Não é porque Subúrbia é um bairro
pequeno que muita coisa aleatória deixe de acontecer lá. E também não é porque
cenas homoeróticas são para serem admiradas que não devam ser sexualmente
fetichizadas. Não mesmo. Tem gostinho pra tudo. Aleatoriedades ajudam a mover
qualquer tipo de universo, isso está muito além de qualquer ambiente em
especial. Subúrbia não tem nada de diferente para se chamar de incomum, à
exceção do fato de sua esmagadora maioria de habitantes pertencer ao sexo
masculino e das consequências disso. Ainda assim, todos os tipos de culturas
rolam dentro do bairrinho, sendo pequeno ou grande. Tudo é possível,
principalmente no sentido dos encontros aleatórios.
Quando Ruan estava tomando banho e,
do nada, o encanamento de dentro da parede começou a estourar, ele teve a
certeza de que qualquer explicação dada ao pai não serviria para se livrar de
uma culpa que não era sua. A princípio, ele tinha o mal hábito de sempre
apertar muito o fecho do chuveiro após terminar o banho, mas é certo que essa força
não fora suficiente para estourar um encanamento de dentro da parede. Dito e
feito, o coroa reclamou que nem não sei o que quando viu, disse que teriam de
esperar até que tivesse tempo para comprar as peças necessárias e consertar o
encanamento, e, além de tudo, os dois passaram e ter que tomar banho do lado
externo da casa, no pequeno quintal frontal, onde existia uma espécie de
chuveirão, que até então só era usado nos dias de extremo calor.
-
"Você passa o dia jogando essa bosta e não quer estudar, ainda me quebra o
chuveiro! Só faz merda! Se tivesse servindo não estaria assim!" - Ruan
conseguiu visualizar o coroa reclamando em sua mente, como sempre.
Aos
17 anos de idade, o moleque estava estudando para passar no vestibular de
pesca, então conseguiu aval do pai para passar o ano se dedicando aos estudos
em casa. Só que, na prática, a coisa não tava bem feita, já que Ruan ficava a
maior parte do dia no jogo do computador, instigando a raiva do dono do casa. Praticante
de academia para arrebitar o lombo, e, muito acima de tudo, um viado de
primeira linha quando o assunto era homem, o moleque quase não pegava nos
livros. Fora que era viado na teoria. Na prática, o tímido Ruan era doido para
experimentar seu primeiro macho, já que a viadagem era sempre mantida em
segredo do pai e de todos. Com mais um porém: os dois moravam sozinhos em
Subúrbia, antiga Quadra 24. E pau que bate aqui não bate lá.
- "Eu
sabia que não ia demorar pra isso acontecer, puta que pariu!" - foi o que
conseguiu pensar quando o encanamento estourou.
Era
o sábado ensolarado do rapaz. Disse ao pai que estudaria até tarde, mas só
ficou jogando, então acordou depois do meio dia. Assim que levantou, Ruan foi
até o banheiro e se deu conta do óbvio: não tinha porquê estar ali, afinal de
contas, o chuveiro havia sido transferido para o lado de fora e o vazamento
contido, nada de uso.
- "Pelo
menos não tenho compromisso algum hoje!" - algo de bom tinha de existir. -
"Vou poder jogar até tarde!"
O
sol estava radiante no céu e estalando no asfalto já acalorado do bairrinho. A
brasa era perceptível no olhar vibrante da rua solitária onde morava Ruan e o
pai, que naquele momento estava no trabalho. A casa era pequena e de fundos,
passando por um corredorzinho estreito de canto, com um muro alto, ao menos
para preservar a privacidade do quintalzinho. O espaço, no entanto, era bem
modesto: área para o chuveiro e o varal de roupas penduradas, cozinha, dois
quartos e um banheiro, sem sala. A copinha com a máquina de lavar ficava dentro
da casa, tudo mais do que suficiente para Ruan e seu pai, já que ambos não
faziam questão de muito espaço.
Estava próximo da hora de ir para a
academia, algo que o estudante adorava fazer. Três meses de muito empenho para
aprimorar a bunda e deixá-la empinadinha, sem a menor questão de perder a pouca
barriga que tinha, sendo uma leve mistura de sereio com pitada de ursinho. Na
língua do viado, era não menos piranha do que os outros, felizmente. Ele pegou
a toalha, caminhou até à areazinha, ligou o chuveirão e removeu toda a roupa.
Nu, o corpo deliciosamente esbelto deixou evidente as coxas torneadas, que só
ressaltaram o tamanho da raba desenhada, praticada e treinada diariamente,
cinco vezes na semana. Ruan tinha um objetivo. Até que..
- OI!
OI!
O
grito veio ecoando pelo corredorzinho da parte da frente da casa. O moleque
ainda não havia se molhado, então tentou ignorar e se preparou para começar o
banho. Só que..
- BOA
TÁRDE! - a ênfase no "a" deixou o rapaz curioso.
Aquilo
não era muito comum, tanto alguém chamar de maneira insistente, quanto puxar o
sotaque para um lado fora do usual. Curioso, ele fechou o chuveirão, enrolou a
toalha no corpão arrebitado e abriu o pequeno portão que dava para o corredor.
Colocou o rosto para o lado de fora e o que viu foi totalmente aleatório.
- Boa
tárde, amigo!
Era um
homem baixo, à primeira vista, porque estava com o rosto escondido pelo ferro
do portão. Poderia pular se quisesse, porque o muro também era baixo, e essa
constatação já fez Ruan ficar acuado. Na cabeça, uma espécie de pequeno
turbante preso por um elástico cobrindo a testa, com a parte de trás do pano
descendo pelas costas até certa altura. O cavanhaque no rosto bruto e moreno
foi o que o deixou ainda mais atento para o que estava por vir, já que aquele
em seu portão era claramente um daqueles árabes que só apareciam em noticiários
estrangeiros ou livros de história. Um calor fudido, mas ali estava um homem
vestido dos pés à cabeça, o semblante de preocupado e carregando alguma coisa
no ombro.
-
Ajuda Samir, amigo! Samir amigo! - o macho acenou do portão. - Samir amigo!
O
pensamento de que ele certamente pularia o muro fez o peito de Ruan acelerar, a
primeira ideia na cabeça foi estado islâmico. Ignorância por generalização,
mais do mesmo. Só que a curiosidade não diminuiu, apesar de tudo. Ele estava
debruçado no portão do corredor de casa, com a toalha enrolada no corpo nu e observando
um maluco aleatório e com aparência de preocupado, talvez em seus 40 anos,
baixo e focado em sua atenção, querendo falar, ao ponto dos pequenos olhos na
face bruta e suada nem piscarem, tudo isso parado no portão de casa. Que
loucura de dia quente no surbúrbio!
-
Pois não?
Finalmente
veio a coragem para respirar e ir além. Existia algo ali, Ruan bem desconfiou.
- Eu
Samir, amigo! Eu pode falar com você?
O
rapaz pensou por alguns segundos, sentiu o calor do chão queimando os pés e
ficou na ponta deles. O fogaréu tomando seu físico foi como um vulcão
preparando erupção para daqui algumas décadas. Ou segundos? A curiosidade matou
o gato e o viado, os passos foram dados devagar e logo a metade do corredor já
havia sido alcançada, com Ruan enrolado na toalha mesmo.
-
Pronto.
O
homem esperou.
- Eu
Samir, amigo! Eu vender comida, de família árabe. Conhece, amigo?
O
sotaque e o jeito de falar só entregaram que o cara tava sendo realmente muito
sincero. Talvez estivesse no Brasil há pouquíssimo tempo, porém já tinha certo
domínio de como se virar no português flexível. Um árabe, no sentido próprio da
palavra.
-
Conheço sim, mas infelizmente eu não posso comer essas coisas, moço. - o garoto
foi mais do que sincero, até fez a cara de insatisfeito por ter que dizer não
ao macho repentino que fora trazido pelo destino. - É que eu faço dieta, sabe..
Aleatoriedades
que a vida prega. Ruan virou de costas e se preparou para sair, só que..
-
Espera, amigo! Ajuda Samir, amigo! Samir ajuda amigo!
O
rapaz parou de andar, esperou um pouco e voltou a olhar para o portão.
Lembrou-se do fato de que ele poderia pular se quisesse e, por qualquer razão, isso
o fez retornar aonde estava anteriormente, querendo mesmo dar mais atenção ao
homem. E se aquele ali fosse o primeiro de todos? Atraente já era.
-
Samir homem de família, amigo! - fez questão de mostrar a aliança de prata no
terceiro dedo da mão esquerda, o que deixou Ruan ainda mais empinado, queimando
mais que o calor do chão estalando na ponta dos pés. - Samir trabalhar desde 5
horas e ainda não tomar banho, amigo!
O
homem não parou um só instante de argumentar, fazendo o máximo para parecer
sincero e humilde, tanto no idioma quanto no pedido.
-
Samir saber que Rio está difícil, Brasil, mundo, amigo! Mas Samir só querer um
banho gelado, amigo! Samir não é bandido, não é ladrão, Samir faz o que amigo
pedir!
-
"O que eu.. pedir?" - pensou.
Cena
homoerótica foi isso que se passou pela sua cabeça agora, ao ler "Samir faz
o que amigo pedir". Passou. É disso que se trata, do gostinho dessa
malícia. Vamos além na maldade de um rapaz virgem, de corpo malhado e pronto
para estrear e ser estreado. Estudante, novinho, preparado, o que mais falta?
Falta..
-
Samir, eu sou Ruan! Você consegue me entender?
Pode-se
pensar que aquele idioma era o português, mas não era. Aquela linguagem era a
mundial, a universal: a da putaria. Começando a aflorar para cima do árabe, até
que ele entendesse o que estava prestes a acontecer.
- Claro,
Ruan! Ruan é amigo, Samir é amigo de Ruan!
O
puto do viado ainda riu de canto de boca, foi até o portão e esperou curtos
segundos.
-
Ruan é muito amigo de Samir! - disse entre as presas de sereio afiado. - Samir
quer entrar pra tomar um banho?
-
Samir suado desde 5h de manhã, Ruan! Samir só pensar em banho!
Sem
medo, o mais novo abriu a fechadura pelo lado de dentro e, tomando o fôlego
necessário para dizer olá ao mundo adulto, abriu o portão para que um macho
mundano entrasse em seu universo e ocupasse espaço dentro do que era seu.
Curiosidade à flor da pele, coisa de adolescência. Não somente isso, ele se
empolgou com a sensação de deixar o espaço de outro homem, que era o dono da
casa, seu pai, ser pisado e tomado por outro deles.
-
Samir muito agradecido, Ruan! Samir amigo, faz qualquer coisa que Ruan pedir! -
o estrangeiro insistiu em agradar, muito ciente do quão arriscada era a
situação para o rapaz.
O
árabe deu o primeiro passo para dentro e ficou quase na altura do jovem, que só
então caiu em si de que estava realmente permitindo um completo estranho entrar
na casa de seu pai. Mesmo baixo, ele era um pouco mais alto que Renan, com um
semblante permanente atento demais, talvez pelos olhos penetrantes e o par de sobrancelhas
grossas. Ou então poderia ser pela lateral do rosto bruto e escuro, com pelos
negros e misturados a alguns já agrisalhados, descendo pelas grossas costeletas
do turbante e se juntando à barba do cavanhaque. Estava de meias curtas e
brancas, estilo soquete, usando sandálias de couro, em tiras, bem
"forasteiro" mesmo. O tamanho 44 deixou Ruan atento e sedento, mas
aparentemente Samir só se preocupou em tomar banho, então o seguiu pelo
corredor, totalmente nem aí para o fato do moleque estar só de toalha enrolada
na cintura. Muçulmano, ele era basicamente o típico cafuçu estrangeiro e pai de
família, gostoso por si só, baixinho com cara de marrento e invocado, daqueles
que a gente que é viado olha e fica pensando "imagina a marra quando vai
comer um rabo!?".
Quando finalmente chegaram no quintalzinho
da casa onde Ruan morava, no fim do corredor, o estudante virou para o árabe e
começou a dar uma breve explicação sobre a atual situação de reforma, ciente de
que existia um truque por trás daqueles desejos internos gritando na mente.
Será que era possível? Será que era agora? Quem sabe? O chão quente do
bairrinho era o mesmo aquecendo a ambos.
-
Samir, o meu chuveiro lá de dentro tá quebrado. A gente tem que tomar banho
aqui fora, espero que isso não seja um problema pra você.
O
homem fez semblante de preocupado e até levou as mãos ao turbante na cabeça
para responder.
-
Samir só agradecer, Ruan! Samir banho de qualquer jeito!
-
Ah, então tudo bem!
Tudo
muito planejado por um sereio esperto e aquecido pelo sol de Subúrbia,
agraciado por uma deliciosa aleatoriedade. Ruan foi até o chuveirão, girou o
trinco preso à parede e a água começou a cair. Sorriu para o ambulante e
indicou o caminho para o objetivo procurado. Imediatamente, ao ver aquela cena,
o árabe não se segurou e pôs-se a remover as próprias vestes típicas do oriente
médio. Tirou primeiro as sandálias com as meias e fincou os pezões 44 no chão
do quintal de Ruan, bem espalmados e à vontade, para conseguir estabelecer
sustento ao físico atrevido e espalhar a própria existência, suas chamas
pessoais pelo ambiente cujo outro macho era responsável.
-
"Que pés deliciosos!" - o estudante pensou consigo.
Depois,
Samir tirou o turbante e revelou as entradas na testa de um cara de
aproximadamente 40 anos, mas mais inteiro do que o esperado, principalmente
conforme fora removendo o resto da roupa sem hesitação pela presença de outra
pessoa. Jogou as peças ao lado da bolsa de produtos, que deixou na mesa próxima,
e aí só faltou tirar a bata que escondia a maior parte do corpo, do pescoço aos
tornozelos. Quando Samir passou a mão de um lado para o outro da cintura e
tirou o tecido fora, Ruan só faltou surtar por conta do choque que teve com a
realidade, por uma série de motivos: primeiro que o árabe tinha a musculatura
inesperadamente trabalhada por baixo da roupa, revelando que a rotina de
vendedor ambulante o recompensara fisicamente com uma silhueta mais do que
conservada para a idade aparentada pelo rosto bruto e experiente, apesar da
barriga de chope; segundo porque, talvez por razões culturais ou pelo simples
fato de ser um homem liberal em maneiras sexuais ou comportamentais, Samir não
se bastou e, sem hesitar, passou a mão na cueca branca e a removeu junto ao
resto da roupa, ficando completamente nu, com o pauzão mole de fora e
balançando livremente à visão sedenta de Ruan; terceiro que, como se não
bastasse, a ferramenta era totalmente acima da média, sei lá, mundial! Quem
olhava sabia que não era brasileira.
-
"Aaaah, não!" - ele se arrependeu mentalmente de ter permitido a
entrada de tal macho estrangeiro e abusado em sua residência, afinal de contas,
querendo ou não, estava compartilhando de uma intimidade forçada por ele, não
que fosse ruim.
A
caceta flácida já era preta, mais escura que o próprio Samir, grossa e com
veias fartas para sustentá-la de oxigênio suficiente. Comprida e espessa, com
dois bagos enormes abaixo, puxando todo o quilo para um mesmo ponto com
bastante peso, cheio de leite, o comprimento era daqueles que deixam a gente
pensando: "como será que fica quando engrossa? Será que é capaz de crescer
ainda mais? E dura, como é?". Porque o cara era baixo e com cara de ruim,
que fode no seco, então não se espera um bem dotado, cuja ponta da glande vá
ficar de fora enquanto o membro tá meia bomba, esperando pela ação. "Será
que é baseado nisso que os árabes tem várias mulheres!?", pensou o jovem.
O mais velho passou por ele e foi direto para baixo d'água, deixando no ar o
cheiro de trabalhador com suor impregnado no corpo.
-
Aaah, delíciaaaa!
O jeito
de dizer aquilo e ao mesmo tempo se esfregar debaixo do chuveiro deixou Ruan
estático, limitado a observar. A água escorrendo pelo corpo firme, porém não
necessariamente magro, de um árabe delicioso, completamente nu e ao alcance das
mãos virgens do novinho.
-
"Esse maluco só pode tá brincando comigo!" - a mente metralhou.
Já
pensou, tocá-lo e poder senti-lo tão vivo sob o próprio tato? Testemunhar com
os dedos e os sentidos o sangue quente percorrendo dentro da carne, do corpo,
da vida de um árabe trabalhador, com cara de safado e sem medo de ficar
peladão? Um bem dotado de primeira linha, cujos pés, plantados nos azulejos do
chão da área, recebiam do restante do corpo a mistura de suor do dia de trabalho
e do cansaço de um puto feito, andarilho do subúrbio e conhecedor dos diversos
segredos escondidos sob o asfalto quente da Zona Norte.
-
"Esse cara.."
Um
braço levantado e a outra mão esfregando o sabonete pelas axilas fartas de
pelos, todas torneadas, em sincronia física com a entrada do peitoral, o volume
do trapézio e a divisão para o bíceps, tudo isso sendo tranquilamente lavado. A
descida do tórax tão definida quanto o resto do corpo, apesar da barriguinha,
com o fato chamativo de que os pelos eram pretos e misturados com o grisalho,
entregando muito da experiência que Samir deveria ter em si.
-
".. ele é.."
Ruan
só conseguiu pensar na quantidade de mulheres com quem muito provavelmente o
macho das Arábias já havia se deitado, e sentiu inveja de cada uma delas,
ciente de que o mesmo jamais aconteceria consigo. Pensou em diversas pernas e
coxas femininas sendo apertadas pelos dedos grossos que viu limpar o corpo
debaixo d'água, assim como nos lençóis suados que essas mulheres devem ter
deixado, após longas horas de exigência física, várias posições, para
proporcionar prazer e satisfação a ambos.
-
".. perigoso!" - a conclusão não pudera estar mais do que correta.
A
mão morena e grossa desceu e veio lambendo os pelos do peitoral aberto, num
movimento descendente que passou pelos pentelhos escuros do púbis e chegou na
caceta mais escura do que a pele de Samir, a cor parecida com a dos mamilos e
dos lábios dele. Em seguida, essa mesma mão fechou e puxou o prepúcio, voltando
junto com ele para trás e expondo a cabeça preta e quase roxa do caralho
gostoso de se ver sendo mexido. A parte da pele que quase não se vê pôde
finalmente respirar, dando ar ao couro delicioso de querer passar a língua,
chupar e sentir o gostinho escondido da parte oculta da intimidade de um homem.
-
"Muito perigoso!!"
O
gesto foi repetido umas três ou quatro vezes, até que o árabe arregaçou a
glande escura completamente, exibindo as grossas bordas levemente arroxeadas, e
ficou esfregando a superfície rígida da cabeça com o dedão um pouco ensaboado,
na intenção de limpar a ferramenta e deixá-la lustrada do jeito mais higiênico
possível, bem cheirosa para o caso de alguém vir a experimentá-la mais tarde.
Isso, porém, pareceu no mínimo muito excitante, porque ele fazia os movimentos
e o semblante de prazer no rosto só fez evidenciar o alto nível de teso que
poderia estar sentindo. Apesar da água gelada, Ruan percebeu as bolas pretas
pesadas e querendo descer do saco, forçando o mesmo a não ficar enrugado, mesmo
diante da baixa temperatura, tal qual só um verdadeiro putão boludaço conseguiria
fazer inconscientemente.
- Só
um banho! - o ambulante disse, se esfregando sempre com os olhos fechados.
Removeu
todo o sabão do físico avantajado e parcialmente peludo, abaixou um pouco e
começou a limpar as próprias canelas, esfregando com gosto as panturrilhas
definidas. Apesar da aparência de mais velho, Ruan percebeu algumas tatuagens
pelos braços e no peitoral de Samir, dando a entender que talvez ele não fosse
tão diferente assim. O mais chamativo, porém, continuou a ser o fato dele estar
completamente nu no banho, sem roupas íntimas, a vara balançando e prestes a
entrar no estado de pico, tamanhos estímulos oferecidos pelo dedão massageando
deliciosamente a ponta da cabeça bojuda. O estudante ficou imaginando o puto do
ambulante sentado, todo pacotudo e desapercebido do que estava acontecendo,
inadvertido de que era bem dotado e que, por isso, deveria ter mais cuidado na
hora de escolher as próprias roupas e aparecer em público.
Ruan, sem querer, começou a enumerar
uma série de situações nas quais o inocente e estrangeiro Samir acabaria se
saindo muito mal, ou então muito bem, dependendo do ponto de vista. Tudo por ter
um pau muito acima da média geral, fosse no Brasil ou na Arábia. Uma peça de
dar inveja ao mais pirocudo dos homens, e muito da atraente, simpática, que
fica com parte da cabeça grossa de fora, mesmo flácida. E aí instiga o viado,
porque se ele quer ver o restante do corpo do cacete, então tem que fazê-lo
crescer, deixá-lo ouriçado para o que pode vir adiante. A genitália avançada e
completa de um macho estrangeiro, que normalmente só poderia ser vista por quem
fosse íntimo dele, tal qual as possíveis mulheres. E de tão dotado, várias
delas, não apenas umas. Num relance de hesitação, Ruan se perdeu observando o
corpo experiente de Samir e imaginando em quantas camas já havia estado e em
quantas mulheres apertadas havia também entrado. O muçulmano, então,
desapercebido, foi ensaboando o corpo e virou-se na direção do rapaz. Viu a
cara de quem estava desacreditado com tamanha nudez e aí se ligou de que
aqueles hábitos poderiam chocar.
-
Desculpa, desculpa Samir, Ruan! Desculpa Samir! - até ameaçou sair do boxe
improvisado, pisando para fora, bem na direção do moleque. - Samir esquece que
Brasil..
Mas
o estudante foi rápido, justificando e dizendo que não havia o menor problema
na situação.
- Tá
tudo bem, Samir! Eu não ligo, pode tomar banho à vontade!
-
Ruan tem certeza? Samir não quer que.. - a cada movimento do estrangeiro, o
mais novo só conseguiu observar o sacão balançando, ovo amontoado por cima de
ovo, de tão grandes, fartos e empilhados de leitaria.
-
Ruan tem certeza sim, fica tranquilo, fica tranquilo.. - até gesticulou com as
mãos para deixá-lo bem relaxado, na intenção de impedir que qualquer ordem
naquela situação pudesse ser interrompida.
Estava
ótimo ter um macho de fora ali dentro, esse contraste fez o rabo do novinho
piscar de excitação, ciente de que a grande oportunidade de ser deflorado
estava ali. Ser alargado em prol do prazer próprio e também o de outro macho,
que, caso se deitasse com homem, seria exatamente nessa intenção. Prazer,
satisfação. Alargamento e pressão, numa deliciosa mistura entre raças e homens
lotados de intenção.
-
Olha, Samir, eu vou te fazer um favorzão! - a mente astuta de um sereio se
mantém alerta aos detalhes.
Os
olhos curiosos pararam por cima das roupas, as mãos foram nas peças e as
suspenderam no ar. O cheiro de suor impregnado no tecido veio diretamente no
rosto de Ruan, enchendo as narinas e os pulmões do odor genuíno de macho
trabalhador de rua, andarilho do subúrbio carioca. Sol, ócio, tempo livre e
tardes procurando o que fazer, as piores combinações na mente quente de um
novinho querendo ser piranho.
-
Não é justo você tomar banho, ficar cheiroso e vestir roupas suadas. - o
argumento foi todo ouvido pelo árabe, que não parou de tomar banho e até ficou
com o corpo virado na direção do outro. - Então vou colocar essas peças aqui na
máquina de lavar, só enquanto você toma banho.
Samir
gesticulou e puxou o sotaque quase que no tranco para tentar impedi-lo.
-
Não se incomoda com Samir, Ruan! Samir acostumado!
-
Não, que isso, Samir! Eu faço questão! - e foi saindo com tudo no colo, se
dirigindo para dentro de casa, onde a máquina de lavar ocupava a copa. - Não
vai demorar nada, é bem rápido!
-
Mas Samir já acabando, Ruan! Samir vai ficar sem roupa? - pela primeira vez o
novinho viu inocência no comportamento do muçulmano.
-
Vai secar rápido, aqui tem secadora. - mas para tudo havia uma resposta,
aquelas eram presas de sereio.
O
mais velho, vendo que não teria muito poder de argumentação diante da ação
imediata do mais novo, limitou-se a continuar no boxe improvisado do
quintalzinho, tomando banho, enquanto Ruan entrou com todas as roupas no colo e
correu para dar início ao verdadeiro ritual do que considerou "sentir um
macho". De cara, ele passou o rosto pelo tecido leve da bata, a maior
parte da vestimenta, sentindo entre os dedos das mãos a textura daquilo que
cobria o corpo de um homem estrangeiro em grande parte do dia. Na ponta da
língua abusada, que quis ir além e sentir o gosto, veio o sabor irresistível de
suor de macho experiente, que sua bastante e trabalha com serviço pesado,
deixando o físico aflorar e expirar quantidades enormes de hormônios e
feromônios pela roupa.
-
"Que gostinho salgado delicioso!"
A
parte das axilas foi a que mais possuía aquele odor em demasiado, delicioso e
que fez Ruan enrolar a língua na peça ao máximo que pôde, quase que desesperado
de tesão. O rabo dando trancos e os ouvidos atentos ao banho de Samir do lado
de fora, para o caso dele terminar e acabar aparecendo. Nas papilas gustativas,
misturada à própria saliva dentro da boca, toda a suculência do ser árabe, do
ser trabalhador suburbano e do desejo de um novinho virgem e doido pra ser
currado pela primeira vez, deflorado na cabeça de um membro bem disposto a
empurrá-lo, mexê-lo por dentro, alterá-lo do começo.
-
"SSsss!"
Em
seguida, Ruan foi direto às meias, que, por incrível que pareça, mesmo passando
o dia presas nas sandálias de Samir, não estavam tão sujas, apenas marcadas nas
solas por conta do contato com a superfície de borracha. Grandes, por sinal,
evidenciando a controvérsia entre um macho pequeno de tamanho, mas enorme nos
pés e no pau. As duas vieram ao mesmo tempo no nariz, trazendo para dentro do
novinho o cheiro legítimo das andanças de um homem do mundo, que simplesmente
anda e, justamente por isso, está suscetível a tudo, às mais diversas
situações, incluindo muita putaria. É daí que vem a malícia, a malandragem,
tudo isso somado às outras características de Samir: coroa, inteiração, árabe,
cafuçu, pirocudo e com hábitos culturais interessantes de se presenciar, tal
qual a nudez, ou a naturalidade com a qual se despiu, tacou o rolão de chibata
para rolo e caiu debaixo do banho sem medo de se expor, de mostrar o sacão e o
tamanho de dois ovos que um adulto experiente pode ter.
-
"Que tesão do caralho!" - as mãos do novinho chegaram a tremer tanto
quanto o lado esquerdo do peito, de tão nervoso pela oportunidade de
experimentar as sensações ocultas que um desconhecido pode proporcionar.
Não
parou por aí. Ruan sacou a cueca do meio das roupas sujas e, antes de cheirar,
levantou a peça no ar e observou orgulhoso. Nas mãos, era a parte mais íntima
que estava em contato físico direto com a genitália de outro cara. Era aquele
tecido que escondia, protegia e mantinha a ferramenta sexual de Samir fora das
vistas do público, ou seja, ainda era a responsável por ajudar a formar volumes
e pacotes chamativos. Dotado, afinal de contas, e usando cueca.
-
"Que corajoso!"
O
estudante percebeu as marcas brancas no tecido e se perguntou se poderiam ser
registros históricos de passagens masculinas, tipo leite que não conseguiu ser
contido no meio da noite e teve que ser jogado fora, literalmente na cueca.
Quase pinturas rupestres, que nem as deixadas nas cavernas pelos primeiros
homens. Esse pensamento fez Ruan cogitar, inclusive, se Samir se masturbava
bastante, mesmo sendo coroa. Ele elaborou duas rápidas hipóteses: na primeira,
o árabe era novo no Brasil e por isso vivia tocando punheta, por ainda não ter
tido contato sexual com nenhuma brasileira, o que ainda por cima sugeriria
certa carência afetiva da parte dele; na segunda hipótese, Samir já era putão
de primeira linha, adepto da putaria como linguagem universal, e justamente por
isso não hesitou em leitar várias vezes naquela cueca, em diversos momentos
diferentes, só pelo tesão e pela luxúria de marcar a própria roupa com leite
grosso e quente, que nem a lavagem da máquina remove. Imagina quando pega na
boca, na garganta?
-
"Hmm, ssss!" - Ruan passou a cueca no rosto, aspirou fundo e sentiu o
cheiro pesado de suor, piroca preta e porra batida, se esfregando
insistentemente onde imaginou que ficaria repousado o enorme saco escuro do
quarentão.
Não
qualquer porra batida, e sim aquela argamassa espessa de tanto espermatozóide
concentrado que vem, melacenta, pegajosa e que é difícil de tirar, mesmo no
cloro. Aliás, quando o cara exagera na punheta e goza na cueca ou no short, já
sabe que vai ter que usar o dobro de sabão em pó pra tentar remover a mancha
branca desse leite batido, carregado do cheiro forte de água sanitária.
-
"Delícia da porra!"
Se
passar duas semanas sem leitar, o saco incha, crescem os ovos e deixa o volume
do macho todo bojudo, como se o maluco fosse sacudo, de tão potente que é. O
cara começa a se sentir cheio, tomado por dentro, porque a porra vai fazendo
volume e peso, tendo que ser eliminada, nem que seja escorrida pelo ralo do
boxe ou na descarga do vaso sanitário. Muito leite quente, grosso, em grande
quantidade, meramente desperdiçado no esgoto suburbano, porém impregnado na
roupa e passando na pele de Ruan, um novinho virgem e cheio de talento pra
satisfazer macho, ainda que não utilizado. O sabor, o odor e o gosto do cheiro
de tudo isso só trouxe arrepios ao pé da nuca do estudante, quase como se Samir
pudesse estar em seu cangote, respirando e observando tudo aquilo.
A união de todas as sensações
inflamadas fez Ruan observar pelo basculante da copa. Ele viu o árabe ainda
debaixo do chuveiro, o corpo ligeiramente envergado para frente, de costas para
si, e focado em alguma ação, bem entretido. Com a cueca dele ainda na mão, o
moleque abusado ousou lamber e sentir o gosto vívido do saco cansado do
muçulmano preso ao tecido, fazendo questão de tentar absorvê-lo para si, tendo
o orgulho de deixar a boca lotada do cheiro de bola e de ovo maduro de outro
homem, mais velho, por sinal. Eram três ovos, porém um chocou e virou um pinto
dos bons, todo grandalhão. Ruan colocou todas as roupas para bater e foi saindo
devagar para o quintalzinho, com o cuidado de não assustar Samir e ainda
pegá-lo bem naquilo que estava fazendo. Assim, o moleque foi lento e certeiro,
sentindo um pentelho preso no próprio dente, sorrindo à toa e atento aos
detalhes.
-
"O que será que.."
Para
sua surpresa, o novinho viu o braço mexendo insistente, num repetitivo
movimento de subida e descida, com direito aos ovos sacudindo e batendo no
sacão, a caceta virada para cima e começando a querer ficar séria, bojuda de
verdade, dando o ar da graça. A cabeça no vai e não vai, ainda decidindo se era
o momento ou não. Ali estava, bem diante dos sedentos olhos de Ruan, o belo,
pesado e irresistível conjunto constituído por um pauzão, duas bolas cheias de
leite, uma de cada lado, saborosamente pentelhudo, pouco grisalho, e um ovo
mais pesado que o outro. A baba quase caiu da boca do rapaz, só que o barulho
do árabe fechando o trinco do chuveiro ajudou a sair do infindável transe ao
qual fora submetido.
-
Samir refrescado, Ruan!
Como
se não bastasse, o homem ainda pulou para fora da marca do boxe improvisado e
começou a pular e sacudir o corpo, numa tentativa de se livrar da parte grossa
de água que ainda estava em si, disfarçando completamente o fato de estar
ensaiando uma punheta segundos atrás. Isso causou o efeito de suspensão dos
bagos dentro do saco preto e mais ou menos peludo, junto com a caceta
borrachuda ricocheteando de baixo pra cima, batendo nos pentelhos do púbis e
rebatendo nas bolas, e nada do árabe parar de pular. O barulho chegou a fazer
Ruan piscar o rabo de longe, dando trancos de empuxo no esfíncter cheio de
tesão, ainda mais por ele fingir descaradamente que não tava quase punhetando
ali mesmo. O mais novo quis dizer a Samir o óbvio.
-
"Você veio lá da casa do caralho, do outro lado do mundo, só pra me deixar
doido de vontade de foder contigo. Já pensou que sua existência é capaz de
fazer o cu de outro cara se abrir todo pra você?" - a mente quase falou alto,
inclusive, a ponto de ter que se controlar muito para não dizer, fechando os
dedos dos pés e das mãos de tão nervoso. - "E olha que eu sou virgem!
Dizem que a primeira vez dói, ainda mais se o cara for cacetudo que nem você.
Já pensou que existe um outro homem que adoraria sentir essa dor contigo!?"
Tanto
a consciência quanto o corpo de Ruan entraram numa harmonia tipicamente
sereística. Sinuoso e muito bem intencionado, ele achou que teria de ir muito
além para conseguir o que queria ali, e aí o medo começou a pesar na
consciência. No fim das contas, Samir pareceu apenas um estrangeiro gente fina,
e talvez isso significasse que era melhor não pensar muito além do possível
para o momento. Só que foi nesse instante que veio mais um golpe baixo do
árabe. Com a mão do tamanho de uma pata, ele esperou um pouco até fazer
qualquer coisa. De pé para Ruan e esperando por algo, Samir se virou na direção
do boxe e agiu como se estivesse em casa: segurou o pau entre os dedos, deu
duas sacudidas e a primeira jatada de mijo quente e bem cheiroso, lá do
estrangeiro, veio forte contra o chão, bem amarelada e pressurizada. A ousadia
em não perguntar por um vaso sanitário foi somada à incerteza do jovem se
aquilo era um convite para o lado devasso do cara ou apenas mais uma das
questões culturais, da mesma maneira com a qual o puto optou por tomar banho nu.
O que fazer? Samir então mijou sem pudores, até levantou a cabeça bem relaxado
e quase gemeu com a sensação de estar esvaziando a bexiga.
-
Aaahhh, sss!
Arregaçou
a vara, deixou a glande arroxeada de fora e foi dando aqueles últimos puxões
para que o mijo terminasse de sair, contraindo a benga sem querer e trazendo os
bolões para cima no reflexo físico disso. O prepúcio grosso pareceu apetitoso
de brincar com a língua, bem no couro de um puto safado. Ruan percebeu que, por
causa de todo esse esquema de mijão, o pau ficou numa dimensão um pouco acima
do normal, dando início a um processo de meia bomba que poderia chegar ao ápice
a qualquer momento, incentivado pela meia punheta começada antes de chegar ali.
O árabe sacudiu a pica diversas vezes, na intenção de eliminar as últimas gotas
da urina e finalizar o refrescante banho que tomou, só que foram muitas
balançadas e isso foi, de fato, endurecendo a ferramenta. Vendo aquilo
acontecer, o jovem se preparou para tomar uma atitude, mas Samir botou a mão no
trinco do chuveiro e ligou novamente, envergando o corpo rígido e inteiraço
para usar a água e limpar a cabeça da ferramenta, assim como o chão marcado de
mijo. Não demorou muito, deu leves esfregadas na glande e tornou a fechar o
sistema hidráulico, tanto o seu, quanto o do chuveiro de Ruan. Aí sim virou os
pés enormes pelos azulejos e foi caminhando na direção da mesa externa, onde
estava o moleque.
Antes de qualquer coisa, Samir
acabou dispensando a toalha e disse que não tinha o hábito de se secar,
justamente para o calor demorar a fazer efeito após o banho. Não tinha nem 10
minutos que Ruan havia posto a roupa para bater, então a questão ficou logo
evidente entre ambos assim que o muçulmano terminou de se lavar.
- E
agora, Ruan?
-
Não vai demorar pra bater, Samir! - o rapaz insistiu. - Coloquei no modo rápido
e depois vou pôr tudo na secadora, pode ficar tranquilo!
O
estrangeiro olhou sincero para o moleque e sorriu franco.
-
"Valeu", Ruan! - teve certa dificuldade para usar a gíria, além de
estender o dedão para fazer o movimento afirmativo com a mão.
O
putinho, por sua vez, teve que se controlar muito mais do que antes para não
ficar manjando o árabe na cara de pau, literalmente, porque ele estava
totalmente nu, o corpo experiente e peludo exposto e as intimidades balançando
livremente diante de si. Estava tão deliciosamente liberto que pareceu até
crime sugerir que se vestisse, ou ao menos se enrolasse na toalha. A
resistência durou pouco, a pressão de Ruan logo começou a subir, assim como
aumentou o número de contrações na rabeta de sereio. Ele não conseguiu mais
parar de olhar, principalmente depois que Samir teve a excelente ideia de puxar
assunto, e de uma maneira altamente sugestiva.
-
Samir agradecido, Ruan! Samir não tem palavras para Ruan!
Aí
fez que ia se sentar no banco da mesinha externa, ainda com a bengala
balançando de um lado para o outro toda meia bomba. O adolescente então foi
maliciosamente educadamente.
-
Que nada, Samir! Eu é que agradeço, poxa!
O
macho olhou para ele e continuou sorrindo pela gratidão.
- O
que Samir puder fazer para ajudar Ruan, é só Ruan dizer pra Samir!
Foi
quando o mais novo colocou a mão inocente no antebraço do mais velho e aí sim
teve uma ideia perfeita. Ele percebeu que o outro notou aquele toque acontecendo
e, no olhar entre ambos, sentiu que deveria começar a se explicar o quanto
antes, afim de não dar um clima constrangedor ao momento se desenrolando. Já
que havia começado, agora teria que terminar.
-
Bom, na verdade..
O
árabe levantou as sobrancelhas e, peladão, ficou de frente para Ruan, usando as
mãos para segurá-lo pelos braços e incentivá-lo a pedir qualquer coisa, como
forma de quitar a dívida pelo banho oferecido.
-
Pode falar, Ruan! Samir faz tudo que amigo Ruan pedir! - e nada de soltá-lo ou
abandonar o sorrisão sincero no rosto, totalmente inadvertido do tipo de pedido
que poderia vir a seguir. - Pode falar!
A
mente do rapaz pensou em milhões de possibilidades diferentes, porém só uma
delas pareceu culturalmente suficiente capaz de satisfazer seus fetiches e
curiosidades sobre intimidade com outro homem ao máximo. Ele deixou que a boca
expusesse essa tal probabilidade imaginada pelo cérebro acalorado e controlou
para não sair mais do que o necessário na mentira bem elaborada.
- É
que eu sou massoterapeuta, sabe, Samir? - a face chegou a ficar vermelha, de
tão tímido por mentir assim, olhando nos olhos de outro cara, principalmente
com um desejo daqueles em mente. - E eu tô desenvolvendo um novo tipo de
massagem..
O
estrangeiro escutou com atenção até onde pôde, porém parou num momento e
interrompeu atento.
-
Massô? Massô, Ruan?
-
Massoterapeuta, sabe? - tentou gesticular como se fosse facilitar a explicação.
- Massagista, que faz massagem? Estuda o corpo e tal.
Viu
que ia começar a se enrolar na tensão e colocou as mãos no trapézio saltado do
árabe, apertando de leve para simular um tipo inventado de massagem qualquer,
só para sustentar o plano recém inventado.
-
Ah, Ruan faz massagem!?
Funcionou.
-
Sim, eu sou massagista, Samir! Eu faço massagens de primeira, entendeu? - quase
pulou pela mentira sendo comprada sem problemas.
-
Massa.. Gis.. Ta? Que faz massagem?
-
Isso, isso! Exatamente isso! Massagista!
O
outro só parou quando teve certeza de que entendeu tudo.
-
Ruan massagista!
-
Isso, Ruan massagista, Samir!
Sem
remover as mãos do trapézio saltado e rígido do árabe, o novinho o forçou a,
mesmo pelado e ainda molhado, começar a andar na direção interna da casa, sendo
curiosamente guiado conforme a conversa seguiu.
- E
Ruan tá treinando uma massagem nova, sabe? Porque Ruan tem que apresentar no
curso de massagem dele..
Até
falou na terceira pessoa, usando o máximo de didática para chegar num
entendimento com o estrangeiro. Apesar de usar o português, aquela linguagem
implícita era a da putaria. Eles pararam na cozinha, o filho do dono da casa
abriu a geladeira e pegou duas garrafinhas de cerveja gringa.
-
Gosta de cerveja, Samir?
-
"Beira"? - o outro falou no dialeto próprio, puxando novamente o
sotaque ao traduzir a palavra. - Cerveza!?
Pegou
uma das garrafas oferecidas pelo novinho e abriu na mão mesmo, mostrando que se
amarrava em beber, ou então tinha experiência.
-
Samir ama cerveza! - riu à vontade.
Em
seguida, Ruan continuou andando por dentro de casa, até chegar à copa e
finalmente posicionar o muçulmano sentado numa cadeira meio reclinada para
trás, com um apoio frontal para manter os pés erguidos. Ainda nu, é claro, os
bagos livres e sacudindo em tanta movimentação, pelo menos até o momento de
sentar.
-
Então Ruan treina massagem nova? - Samir deu continuidade ao que fora dito
antes. - Ruan quer treinar massagem nova em Samir?
A
concepção da ideia já trabalhada fez o novinho piscar o rabo de nervoso,
porque, querendo ou não, o árabe estava certo. Tudo que ele mais queria era pôr
as mãos e brincar tranquilamente com o corpo de um macho quarentão, coroa,
casado e disposto a deixá-lo explorar. Um putão de outra cultura, capaz de
deixar tudo isso rolar na mais natural e curiosa putaria entre dois lugares
totalmente diferentes, oscilando entre o velho e o novo.
- É
isso, Samir! Eu quero saber se você toparia, porque minha prova de massagem já
é semana que vem e.. - ele seguiu enrolando na mentira, todo orgulhoso e
precavido com o fato do outro se oferecer para tal.
-
Claro, Ruan! - deu uma golada na "cerveza", relaxou o corpo e se
jogou ainda mais para a inclinação do banco, colocando os pés bem livres ao
toque do moleque. - Samir precisa mesmo de massagem, vai ser ótimo!
A
aliança brilhando no dedo fez o filho do dono da casa se sentir um verdadeiro
piranho, mas aquele que ainda era virgem, só pela luxúria e devassidão de
finalmente tocar um macho mundano. Sem hesitação, Ruan desceu o dedo e sentiu o
corpo inacreditavelmente quente de Samir, muito embora ele tivesse praticamente
acabado de sair do banho frio. Essa textura de pelos e rigidez calorosa fez o
coração acelerar, perturbando tanto a mente que ele sequer se lembrou de pegar
algum creme ou gel para lubrificar a massagem inventada na hora. Devagar, Ruan
pôs ambas as mãos sobre a canela grossa do árabe, sentiu a quentura, os pelos,
os ossos, a musculatura e toda a experiência envolvida na formação da silhueta
de trabalhador suburbano. Foi quase um choque controlar tamanha experiência de
vida, sendo que tudo isso pertencia às outras mulheres, e não necessariamente a
si. Enquanto isso, Samir apenas sorridente e bebendo cerveja, servido como há
muito tempo não o era. Do que tinha que reclamar, estando em tal posição?
Entretido na situação e aproveitando
da massagem sugerida, o ambulante começou a puxar assunto, na intenção de não
interagir apenas fisicamente com Ruan, mas também trocar um papo enquanto
deixava que ele massageasse seu corpo.
- As
"cervezas" de Brasil são diferentes de outras "cervezas",
Ruan não acha? - mais uma golada, o pé esquerdo relaxando cada vez mais e
chamando a atenção dos dedos curiosos do novinho.
Sempre
lentamente, ele foi ensaiando apertos e puxões nas carnes do estrangeiro, como
quem quisesse fingir mesmo movimentos profissionais de massoterapeuta, só que
tudo feito de maneira bem amadora.
- Eu
nunca tomei outras cervejas, Samir. Você já?
O
quadril do mais velho veio para frente e isso o deixou ainda mais entregue aos
toques do novinho. Abriu as pernas, relaxou o corpaço na cadeira e foi se
permitindo.
-
Samir é viajante do mundo, Ruan! Samir conhece todo mundo!
E
começou a rir. O estudante não sabia se observava o cenário superior ou
inferior, de tão descontrolado e perdido. Sentiu-se num playground aberto, no
qual não saberia por onde começar, de tão grande a oportunidade. Se olhasse
para cima, via um árabe todo gostoso, coroa e levemente grisalho, aberto a si e
ao seu toque, às suas mãos. Os braços espaçados, quase que deitado na cadeira
reclinada, e por isso as axilas expostas, revezando entre tomar uma cerveja e
soltar um ou outro gemido pelo aperto das mãos explorando curiosamente seu
corpo, sua idade e os efeitos das gerações sobre si, em sua sexualidade e
comportamento eroticamente sugestivo. Um virgem tocando um pecador experiente,
com histórico de muitas horas em camas, dentro de putas e damas.
-
Sério, Samir? Mas você nem parece velho! - jogou verde, como se precisasse.
Se
olhasse para baixo, o novinho via dois pés de base para um quarentão vendedor
ambulante, andante do subúrbio, trabalhador suado de primeira linha. Que acorda
cedo e dorme tarde, batalha quando todo o restante das pessoas estão em
feriados, férias e fins de semana.
-
Samir tem filho de idade de Ruan! Da época que viajou em México!
Ele
só pôde imaginar como seria a versão adolescente, carregada de hormônios e mais
rejuvenescida, primogênita do árabe. A edição atual de seus genes, muito
provavelmente carregando entre as pernas uma arma tão potente ou até mais
carregada que a do pai, uma vez que cromossomo é um bagulho louco. Como se não
bastasse, se foi no México e a mãe era mexicana, então esse filho ainda tinha
ascendência latina na corrente sanguínea. Ruan pensou por alguns instantes,
enquanto escorregou as mãos e finalmente alcançou um dos pés enormes do
baixinho Samir. Concluiu então que, entre outras palavras, estava dando conta
de aliviar o cansaço do corpo de um árabe muçulmano, quarentão, cafuçu, pai de
um moleque de 17, 18 anos, que possivelmente era tão mavambo quanto ele,
gostoso, com os mesmos genes do Oriente Médio, bem dotado, com a malícia e a
criação do Rio de Janeiro, do subúrbio, e, de quebra, era descendente latino.
- É
sério isso, Samir? - ele não pôde mesmo acreditar. - Você tem um filho lá no
México que é da minha idade!?
Simplesmente
precisava de mais detalhes, porque ter aquele ambulante em suas mãos e contando
de si e do próprio filho foi além da tensão sexual, foi uma dose dupla de
sexualidade aflorada, num falocentrismo capaz de misturar inúmeras raças e
culturas. Mais do que um suingue latino, aquele era um suingue árabe.
- Lá
em México não, aqui em Rio! - o outro completou. - Ele trabalha em sala de
corte.
Tentou
explicar, mas não foi entendido e aí gesticulou uma espécie de tesoura no
próprio queixo barbudo.
-
Sala de corte! De barba e bigode!
-
Ah, seu filho é barbeiro!
- É
barbeiro! - concordou convencido. - É barbeiro!
Ruan
tomou o pé todo na mão e comparou o tamanho de si para a superfície da sola de
Samir, percebendo o quão imponente era a pata daquele macho disposto. A cerveja
na garrafa quase no final, confirmando que realmente gostava de beber
"cerveza". O dedão era o maior de todos, rígido e bem feito, a unha
desenhada de forma bruta, porém alinhada ao dedo em si. O espaço entre eles
pareceu ideal para caber a língua, pra não falar dos poucos pelos nas partes de
cima, convidativos a serem experimentados. Os calcanhares pontudos faziam parte
da mais equilibrada silhueta de um homem trabalhador diário, atraente em sua
forma mais natural de se apresentar: nu.
-
Mas então seu filho veio pro Brasil do México, Samir? - Ruan foi dando
continuidade ao assunto, lambendo os beiços enquanto manuseava, apertava e
admirava a sola peituda do pé do árabe paizão de família.
Cada
vez mais o coroa foi se tornando apetitoso ao toque, gradualmente impossível de
permanecer preso a este sentido. O paladar estava aflito para ser testado,
sentido na língua e saboreado na boca, enchendo tudo d'água.
-
Sim! Mãe dele muito nervosa, muito nervosa, Ruan! - terminou de tomar a
cerveja. - Não gostou dele com "marijuana", mandou ele pra Brasil,
direto pra Samir, pra Samir tomar conta.
A
quentura da massa nas mãos do novinho o deixou sem qualquer reação. Ele olhou
para o muçulmano, deu-lhe a outra garrafa de bebida que havia trazido e sorriu
ao perceber que o ambulante aceitara tudo de bom gosto, tanto a bebida, quanto
a massagem. Imaginou então o possível filho dele fumando maconha e aí
perguntou.
-
Ah, ela pegou ele com baseado e mandou pra cá pra você dar esporro?
Riu
e se conteve, a boca inundada de baba, doido para chupar o macho diante de si.
Nu, a vara permaneceu quieta, vira e mexe sendo tocada pelas mãos de Samir. Às
vezes ele até alisava os pentelhos, meio que no automático, tal qual faria caso
estivesse vestindo a bata.
-
Não esporro, Ruan! Eu e filho somos amigos! Eu e filho fumamos
"marijuana" em narguilé juntos! HAHAHAHAHA
-
HAHAHAHAHA!
Os
dois riram juntos, bem sinceros, acalorando ainda mais a tensão sexual rolando
explicitamente. Nesse instante, a máquina de lavar apitou, e aí o mais novo
levantou e foi até lá para tirar as roupas do ambulante, que estavam lavando.
Em seguida, colocou tudo na secadora automática, não demorou muito e retornou
com mais duas garrafinhas de cerveja, tudo pensando no bem estar do árabe
sentado na cadeira reclinável do canto da copinha.
Antes de se ajoelhar em silêncio e
tornar a observar Samir nos olhos, Ruan se concentrou em não fraquejar e
decidiu ir além na mentira responsável por deixá-lo ali, cara à cara com o par
de pés 44 de um vendedor ambulante do subúrbio. Ele pôs as mãos novamente nos
membros, alisou os dedões e respirou fundo.
-
Então, Samir, eu tô treinando uma massagem nova e queria saber se podia testar
em você. - relembrou.
-
Claro, claro, Ruan! Ruan trazer até "cerveza" pra Samir!
A
permissão havia sido dada, só que isso já era parte do plano final do novinho. Sem
mais hesitar, ele abaixou devagar por cima de um dos pés do muçulmano, abriu a
boca e deixou que a ponta da língua tocasse a cabeça do dedão, sentindo nas
papilas o gosto da pele de um árabe genúino, cafuço pezudo e cheio de
disposição. A primeira reação de Samir foi olhá-lo com os olhos ligeiramente
abertos, quase que arregalados. Não esperou por uma chupada no dedo do pé. Só
que a língua quente e babada fazendo carinho e tentando sugá-lo como se fosse
pica pareceu deliciosa, principalmente por pertencer ao filho do dono da casa,
que tinha permitido a entrada ali, e, talvez por isso, pareceu muito mais do
que justo. Em que mundo aquilo aconteceria, por exemplo? Em que mundo seria
permitido dedar a boca de um puto qualquer? Logo ele, ambulante cansado? O
quarentão virou a cabeça de lado, só para ver o rosto de Ruan enquanto ele
chupava-lhe o dedão, deslizando em seguida para o espaço entre os outros dedos,
onde a língua finalmente dançou bastante escorregadia, e aí os olhares se
cruzaram. O novinho então lembrou que não deveria mostrar muita empolgação,
afinal de contas poderia acabar se entregando e revelando as verdadeiras
intenções, que em nada tinham a ver com massagem, não no sentido técnico da
coisa.
-
Massagem diferente, de Ruan! - Samir teve que destacar.
Continuou
dando goladas na cerveja, bebendo bem relaxado, porém não pôde deixar de fazer
o destaque. No dedo grosso e escuro, o anel prateado brilhando, porque a
cultura não admitia homem ostentando casamento em ouro, só prata. Ou seja, era
casado. Com quantas mulheres?
- É
que é uma técnica nova, sabe, Samir? - foi explicando e intercalando as frases
com chupadas nas cabeças dos dedos, lambidas nos vãos e mordidas bem babadas no
peito do pé grosso do macho árabe. - Ainda estamos desenvolvendo aqui no
Brasil, então não é muito conhecida lá fora!
Ele
mexeu o pé e, de certa forma, isso acabou dando mais carne para que o novinho
pudesse morder e mexer, só que fez uma cara que deu a entender que ainda não
havia se acostumado com aquilo. Isso fez o estudante se sentir um pouco
estranho, ao ponto de reduzir a velocidade e se certificar do que o estrangeiro
poderia estar achando.
-
Samir acha diferente essa massagem. - insistiu.
- Eu
posso parar, se você não quiser que eu faça. Não tem pr-
Antes
de terminar, a mão veio atrás da cabeça e forçou a língua de fora, falante, a
retornar encaixadinha entre o dedão e o segundo dedo.
-
Não, Samir acha diferente, mas Samir acha boa! Tá relaxando Samir!
Com
aquela pressão inesperada contra o pé, o chupão foi inevitável, com a parte
áspera da língua sendo arrastada, passada, imprensada e usada de várias formas,
ao ponto do árabe encolher a perna e trazer a cabeça do novinho consigo, na
intenção de ser massageado por outros ângulos.
-
Sssss, que massagem boa de Ruan! Sssss!
Quando
o mais novo viu que ele tava fechando os olhos, aí foi difícil recuar. O maior
problema de todos foi que, de tão próximos naquela entrega entre oportunidades
de saciedade e relaxamento, Ruan, num momento, olhou para baixo e percebeu algo
que preferiu não ter percebido durante alguns instantes: a vara não tava mole.
Não tava ereta também, porém pareceu anormal, bem acima do comum, grandalhona e
literalmente deitada sobre a superfície da cadeira reclinada, deixando um ovão
do saco esbugalhado para cada lado. Talvez pelo banho, uma gota luminosa
permeava a ponta da cabeça roxa, que tava metade exposta e o restante coberto
sob o couro grosso. A veia pesada por cima já deixando evidente que, até à
ereção, muito oxigênio seria necessário, fazendo a pressão sanguínea subir como
um todo. Maldito suingue cultural!
-
Hmmm, assim Ruan vai ser massagista número um! Sssss!
Escutar
isso e sentir a própria boca sendo usada para domar um putão era o auge da
coisa. O cúmulo foi quando Samir começou a misturar as perspectivas e se
entregou de vez, dando ainda mais tensão e interpretação sexual ao contexto da
falsa massagem. Sem nem pensar, ele riu e, numa de brincando, tapou as narinas
do novinho, como se quisesse deixá-lo sem ar de propósito no dedão. Só que isso
era uma coisa típica de se fazer em um outro momento muito conhecido, todo
mundo sabe ou deveria saber disso. Ruan não somente chupou sendo dominado e
tampado, como também viu a aliança prateada refletindo a todo instante e só
quis fazer uma única pergunta ao muçulmano.
-
"Quantas mulheres você tem?"
Talvez
não apenas uma, mas o certo era que todas elas ficariam apenas no pensamento.
- "Quantas
delas chupam seu pé assim?"
A
luxúria pegando fogo, bem inflamada na copinha da casa. O cheiro de churrasco
típico dos sábados de subúrbio estava entrando pelo basculante dos fundos, já
que os vizinhos só querem um bom motivo para se reunir e beber.
-
"Será que um cara com sete mulheres guarda espaço para um viado?" - a
mente impávida continuou incontrolável naquela situação altamente erótica. -
"Será que os árabes 'héteros' tão acostumados a botar sete viados pra
mamar, quando bebem?"
Ruan
até quis rir, de tão putinho que se sentiu. E, como quem não queria nada, já
que estava tendo a língua, a boca e o corpo usados em prol do prazer e da
objetificação, do trabalho e do suor de outro homem, ele viu a oportunidade e
foi subindo devagar a mão apoiada na coxa do ambulante. Em três, quatro
movimentos disfarçados, o novinho tocou os fartos pentelhos de Samir e, quando
estava começando a sentir o calibre grosso da divisão da peça dele, teve a mão
segurada e impedida de prosseguir pelo árabe. Os olhares então se cruzaram, a
mamação de dedo do pé parou, e aí ficou um clima parcialmente amistoso.
-
Ainda é massagem de Ruan? - o tom sério dominou o diálogo, ao ponto do mais novo
repensar se não deveria ter hesitado antes de tomar tal atitude.
- É
sim, Samir! É porque é uma massagem que mexe com todo o corpo, entende?
A
mão ainda coberta pela outra maior, as duas paradas no começo do talo grosso da
pica grande do árabe, os pentelhos fartos bem sentidos por baixo, no irônico e
mais sexual relance físico já sentido até ali. Por que parou?
-
Massagem? - o estrangeiro insistiu, bem desconfiado, o semblante de quem queria
pensar mais sobre aquilo.
-
Massagem! Eu sou massagista, se lembra?
Poucos
segundos de pausa e silêncio, aquele clima nítido de o que aconteceria a partir
dali, até que Samir, sem mais nem menos, decidiu como levar adiante o ocorrido.
-
Mas Ruan faz massagem em pica de macho? Samir é macho, Ruan!
Fingindo
que não estava perdido, o novinho usou e abusou das palavras, ciente de que
teria de rebolar para escapar tranquilamente do cenário entre a cruz e a
espada, quase que literalmente.
-
Massagem é massagem, Samir. Eu faço massagens em qualquer tipo de pessoa. Eu
também faço massagem em machos, você não é macho?
Se
aquela era a maneira dele de lidar com as coisas, então um sereio havia que
saber falar em todas as mais línguas, boas ou más. Aquela era a dos homens, no
entanto.
-
Samir é macho, Ruan! Samir muito macho, ó!
Botou
a mão na pica e forçou a grossura, como se quisesse mostrar o quão putão era,
dando a entender que ali estava a fonte de seu poder sexual. Esbugalhou os ovos
bem saltados, mostrou a fartura da uretra passando por baixo do eixo taludo de
caceta bem plantada no corpo, além de novamente alias através da cheirosa
pentelhada farta no púbis, pouco abaixo do umbigo. O cheiro forte de quarentão
dominou o ambiente, misturado ao odor impregnado de pica estrangeira, ainda
assim cafuçu.
-
Então! Eu faço massagem em vários outros machos por aqui!
A
resposta não demorou muito, e veio na medida da ousadia de tudo aquilo que
estava acontecendo.
-
Ruan então ver a pica de outros machos de Rio?
Do
nada o gelo foi quebrando e ficando safado.
- É
claro, isso muito normal, Samir! Ainda mais pra mim, que sou massagista. Na
Arábia não tem gente que faz massagem?
O
muçulmano nem se deu ao trabalho de responder, muito mais interessado em si e
na cultura local, por assim dizer.
-
Ruan ver muita pica?
-
Vejo sim, tô te dizendo!
-
Então diz pra Samir, Ruan. Pica de Samir é "mais grande" que de
carioca ou "mais pequena"?
Junto
dessa pergunta, o estrangeiro teve a coragem de empenar o corpo de leve pra
frente e usar a mão para arregaçar a cabeça roxa da piroca torta, deixando a
glande bojuda respirar e dar o ar da graça, em toda sua rigidez e dimensão
acima da média. A cor escura deu o ponto ideal de ajoelhar e começar a mamar,
mas aí seria demais para Ruan, não que faltasse tanto para isso. Antes que pudesse
responder, porém, o novinho foi interrompido pela curiosidade aflorada do
árabe.
-
Porque Samir achar pica pequena!
Aquilo
só poderia ser uma piada de muito mal gosto. Um cacete daquele JAMAIS poderia
ser chamado de pequeno, fosse em qualquer situação, mesmo em piada. Nem para
fazer rir. Era insulto, ofensivo ousar diminuir uma peça daquela proporção e
dimensão.
-
Que isso, Samir!? - a sinceridade veio. - Tá brincando?
-
Por que?
-
Essa é uma das maiores varas que eu já vi pessoalmente!
Até
pareceu que já tinha visto várias.
-
Ruan achar grande?
-
Grande? Você tá brincando!? Esse pau é enorme, Samir! Deve ser o maior que eu
já vi!
O
gringo olhou, pensou por uns instantes e tentou levar aquilo a sério, de alguma
forma, como se o ego engolisse as afirmações pouco a pouco. Em cada passagem de
tempo que isso se sucedera, o sorriso foi aparecendo no rosto, junto com a
ereção da caceta começando, isso muito perto de onde a mão de ambos ainda
estavam paradas. Quase que a cabeça tava rabiscando o verso da mão de Ruan,
inclusive, numa deliciosa e cretina tensão sexual explícita, porém
dolorosamente não praticada ainda.
- Ó
a largura dessa pica!
O
mais novo disse isso e voltou a mexer a própria mão, usando a frase como
espécie de desculpa para, sem pressa e com total calma, enroscar os dedos
indicador e polegar num anel ao redor do talo da ferramenta. Tentou, na
verdade, porque eles não chegaram a se encontrar do outro lado, sobre a uretra,
justamente pela grossura da dita cuja não permitir o enlace.
-
Não consigo nem fechar a mão, Samir!
Tentando
se deixar convencer pela opinião de que era bem dotado, o gringo cruzou os
braços na altura do peitoral e ficou observando, enquanto Ruan manteve a mão na
tentativa de fechar ao redor da peça de grosso calibre. Não conseguiu de primeira
e nem de segunda, sendo que cada uma dessas vezes tentando acabou resultando
num mínimo e disfarçado vai e vem, do tipo de quem tenta segurar tudo e não
consegue, aí recua, tenta de novo, novamente não dá certo, e por aí vai.
-
Viu, não adianta?
Foi
tiro e queda, o quase nada de atrito da mão do moleque com o tranco da caceta
do estrangeiro resultou no começo da ereção majestosa de um puto carente e
cheio de tesão, macho viajante de outra cultura, outra sociedade, mais ainda
assim macho e com fome de putaria. Na quarta tentativa de agarrar tudo, Ruan
percebeu que já estava praticamente masturbando o vendedor ambulante, que por
sua vez foi se entregando ao toque e ao sabor do tato, permitindo ter a vara
usada, dada atenção, acariciada e bem tratada, obtendo prazer. Saciedade. Os
ovos souberam que muito em breve descarregariam muito leite, então subiram
firme por dentro do saco, num estanque que fez a viga da tora enrijecer por
completa na mão de Ruan, quase que escapando do toque e se debatendo no ar.
- É
muito grande, Samir!
Ele
aproveitou a oportunidade para soltá-la e se esbaldar nos pentelhos fartos do
coroa, descendo em seguida para agarrar o saco e sentir o peso de cada uma das
bolas experientes, cujos poderes já haviam se manifestado fisicamente, na forma
de um filho latino, brasileiro e ao mesmo tempo árabe, tudo através do leite
quente. Não demorou muito, o novinho retornou ao talo grosso do caralho e,
disfarçando menos do que antes, arregaçou por completo a cabeça do monumento,
tendo que lidar com os inúmeros trancos do bicho, como se tivesse vida própria.
-
Samir consegue tocar punheta assim?
A
pergunta foi suficientemente desinibida, na medida para seguir instigando de
forma safada o ego do outro, além de saciar a curiosidade diante do corpo mais
velho.
-
Samir fica muito tempo sem trepar, tem que gozar toda hora! - disse num tom tão
sincero que revelou parte da carência de estar no subúrbio. - Difícil achar
mulher pra aguentar tudo de Samir em bunda!
A
resposta foi tão na lata que fez o cuzinho virgem do estudante piscar muito
intenso, numa pressão que poderia descabaçá-lo automaticamente, caso
acontecesse mais algumas vezes. Seria o primeiro caso de foda à distância, se
possível, de tão tesudo foi o linguajar e a colocação de palavras feita pelo
gringo. Como se não bastasse tudo aquilo, o marmanjo gostava de rabo e deixou
isso explítico.
-
"aguentar tudo de Samir em bunda!" - a frase continuou ecoando mesmo
minutos após ser proferida.
Seria
o sonho de Ruan? Felizmente era um possível refugiado árabe, o que dava as
condições unicamente ideais para formar esta imagem de safado difícil de se ver
por aí. Mais do que meramente cafuçu ou putão, uma delícia de macho
multicultural, contendo vários estilos diferentes de malandros de várias terras
distantes, tudo num único coroa parrudo, que, acima de tudo, se amarrava em
rabeta, anel de pele e carne, aperto anal e atrito sodomita.
-
Sério, Samir?
A
mão ainda subindo e descendo na envergadura da vara, indo do umbigo, tentando
cobrir a cabeça com o prepúcio grosso, até o saco, que ficava estufado quando
os ovos se empilhavam na pele enrugada. A boca de Ruan estava cheia d'água, ele
não aguentava mais sentir tanta pressão somente na mão, sendo constantemente
tremida e repuxada pela força da uretra como eixo principal da ferramenta. Mais
do que apenas isso, o novinho queria sentir tudo isso na boca, usando da
quantidade de saliva que seu corpo produzira para combinar com a presença da
piroca ali dentro, como se já soubesse do que viria a seguir.
Nesse instante, a máquina secadora
de roupas apitou, indicando que as vestimentas do árabe estavam prontas, ou
seja, a brincadeira poderia estar muito perto do fim. Os olhares se cruzaram e,
num impulso, quem passou a conduzir o momento não foi mais o filho do dono da
casa.
-
Ruan..
Sem
deixar de arregaçar e fechar a mão por cima da cabeça da rola babada do árabe,
o novinho escutou atento e deixou a curiosidade crescer.
-
Que foi?
- Samir
também conhece massagem de Oriente. Parece com massagem de Ruan..
A
sobrancelha levantou, o mais novo sentiu o corpo esquentando e quis ficar na
ponta dos pés, de tanta safadeza sendo presenciada. Mesmo após o anúncio da
secadora, o ambulante puxou outro assunto, dando a entender que continuaria
ali, ou seja, Ruan tinha mais tempo para continuar segurando seu mastro,
sentindo suas bolas e trancos, de tão vivo e potente. Só faltava pôr na boca,
porque babão já sabia que era, a mão estava toda melecada de teias e pontes de
baba e pré-porra bem gostosa, em quantidade abundante, morna e transparente,
para deixar mais tesudo o atrito entre pele da mão e pele da cabeça.
-
Você conhece massagem que parece a minha?
Como
poderia, se a dele era inventada?
-
Samir conhece. Ruan quer que Samir mostre?
Ele
não pensou em outra resposta.
-
Claro, Samir!
Foi
quando as mãos pesadas e grossas vieram em seus ombros e o obrigou a ficar de
joelhos, posicionado de frente para o baixinho marrento que era aquele pai de
família do Oriente Médio. Peludo, barbudo, cafuçu do pezão, além de muito bem
dotado, Ruan não poderia negar, afinal de contas ficou cara à cara com a pica
que tanto acariciou e fez babar de tesão e punheta bem ensaiada. O árabe
balançou a bengala duas vezes na frente do rosto do novinho, em seguida deu um
solavanco tão forte de pulsada, que a tora subiu e bateu com a cabeça contra os
pelos do umbigo, deixando neles várias pontes de baba morna e translúcida.
Nesse impacto, os ovos mexeram bastante no saco, além do barulho estalado ter
enchido o ambiente. O filho do dono da casa lambeu os beiços.
-
Mas você já fez essa massagem com outros caras lá no Oriente, Samir? - foi a
última coisa que ele conseguiu perguntar.
-
Samir conhece homens do Oriente assim que nem Ruan.
E foi
nesse instante que o barulho do portão explodiu feito um trovão irrompendo
pelos ouvidos do estudante, que levantou do chão correndo, quase caiu, e pôs as
mãos na cabeça.
-
Caralho, é meu pai, Samir!!
Assustado,
o árabe ficou mudo, talvez ciente de que falar qualquer coisa não teria como
ajudar. Foi correndo na direção da máquina de secar roupas, enquanto o novinho
vestiu um short e correu para o quintalzinho, na intenção de enrolar o pai e
conseguir algum tempo. Quando chegou no portão, viu o dono da casa já na altura
da metade do corredor lateral, então correu de volta pra dentro, levando a
bolsa do ambulante consigo e o encontrando parcialmente vestido pela bata, já
de volta na copa.
-
Vem, rápido!
Puxou
o árabe pelo braço e o levou para dentro do próprio quarto, tendo tempo apenas
de fechar a porta e abrir a janela.
-
Você precisa sair rápido, se não meu pai me mata, Samir! Pula pro lado de fora,
dá a volta e sai pelo mesmo portão que você entrou!
O
estrangeiro não discutiu, só fez que sim com a cabeça e atravessou o buraco da
janela na parede, guardando o restante das vestimentas na bolsa, no intuito de
acabar de se vestir apenas depois de sair. Pulou sem dificuldades, e, antes de
cair fora, tirou um cartão do bolso e jogou para o lado de dentro do quarto.
-
Pra Ruan visitar Samir!
Saiu
correndo logo em seguida, sem olhar para trás, enquanto Ruan só teve tempo de
ouvir a porta do quarto abrindo atrás de si. Quando virou, deu de cara com o
pai observando parte da fuga de um homem estranho pela janela do quarto do
filho. Ele estava segurando duas garrafas vazias de bebida, com o semblante de
poucos amigos.
- O
que você fez o dia todo, Ruan?
-
Pai, eu..
A
boca secou de repente, a resposta faltou na pior hora.
-
Quem é aquele homem que acabou de sair daqui? Tu tá me escondendo coisa, né?
-
Era um amigo, e..
- Amigo
daquela idade? E aí vocês abrem minhas cervejas e depois ele foge pela janela
do teu quarto, Ruan?
-
Pai, eu juro que era um amigo, é porque ele tem cara de velho! - ele soube bem
que não havia argumentos contra o velhote, nunca funcionou, então não seria
naquele momento que daria certo. - A gente tava com calor, então abrimos só
algumas garrafas!
- Eu
sabia que te deixar estudando em casa não ia dar certo, Ruan! Se tivesse no
exército não tava assim!
O
moleque levantou os olhos em discordância e saco cheio daquela questão.
-
Ah, começou.. - reclamou.
O
silêncio que se instalou indicou que tudo daria errado a partir dali, com
certeza.
-
Como é que é?
-
Nada, pai! Não é na-
-
Vou te ensinar a me respeitar, seu pivete mal educado! Vamos ver se eu não te
inscrevo num pré e te obrigo a entrar numa porra de academia militar!
A
ameaça foi engolida a seco. No mesmo dia em que experimentou na boca o gostinho
de um homem mais velho e sexualmente aberto a si, Ruan também ficou de cara com
o surgimento de um destino que não havia cogitado até então. Fez bom uso de um
dia dedicado à servidão para Samir, sendo que, após o esporro do pai, viu-se
inesperadamente obrigado a trilhar um caminho ironicamente ligado à ideia de
servir. Da forma mais controversa possível, a vida de Ruan jamais seria igual
novamente, principalmente porque ele achou que o pai estava só brincando quando
disse aquilo sobre curso pré-militar. A única coisa que o novinho pôde fazer
naquele começo de noite do subúrbio, em pleno sábado, foi esperar o velhote
sair do quarto e começar a xingá-lo na cabeça. Quando andou na direção da cama,
onde pretendeu se jogar e amaldiçoar o restante do mundo, pisou em alguma coisa
que colou em seu pé, e que acabou chamando a atenção. Ele pegou e viu que se
tratava de uma espécie de cartão de estabelecimento, com propaganda, endereço e
telefone de contato. Na parte de cima, em letras garrafais e com ornamentos
típicos de barbearia e salão de beleza, o nome do lugar:
-
"BARBEARIA CAVALINE".
__________
Fonseca, um dos novos e ao mesmo
tempo mais antigos vizinhos de Marlon, era um coroa conservador que fazia
questão de, por tamanha implicância, quebrar garrafas de vidro no terraço da
própria casa, só para foder o moleque caso ele ousasse pular para pegar pipas
voadas. Além de machucado, Marlon uma vez saiu puto e raivoso o suficiente para
pensar em se vingar. Quem aquele velho pensava que era para fazê-lo sangrar?
Algo tinha de ser feito, nem que fosse uma vingancinha de leve, só para mostrar
quem mandava no pedaço.
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2. André Martins está vivo e ele mostra a cara lá no instagram @cafucaria às vezes!
3. O wattpad removeu todas as minhas obras e por isso eu não posto mais nada lá. A partir de hoje, uso a CDC e também o blog.
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