Antes de começar, vou explicar as principais
ideias por trás desta coleção. Primeiro de tudo, o termo “ex-hétero” é uma
grande ironia, uma brincadeira debochada e análoga ao termo “ex-gay”, que já vi
algumas pessoas usando por aí. Eu não acredito que exista ex-gay, o que
acredito que existe é o cara que opta por reprimir seus desejos e atrações
sexuais por questões familiares, culturais, sociais, religiosas e políticas.
Nesse sentido, acredito que exista também o sujeito que cresce mantendo hábitos
e rotinas sexuais consideradas heteros (namora com mulheres, por exemplo),
porém em algum momento percebe que não sente tesão só nelas. Eu chamo ironicamente
esse amigão de “ex-hétero”, justamente porque até ontem ele tava colecionando
exclusivamente moças e pepecas em sua lista sexual, sem nunca ter imaginado que
um cuzinho amigo, uma rola e uma boa mamada poderiam estar num colega do
futebol. Chamo ironicamente, porque temos um termo para isso: BISSEXUAL.
Quando esse mesmo sujeito do nosso exemplo
chega no vestiário, geral fica pelado e os parceiros começam a zoar um dos
amigos por conta do tamanho da bunda grande e durinha. A rola dele fica meia
bomba do nada, as bolas pesadas, o cheiro do excesso de homens reunidos no
mesmo ambiente se torna fatal e eis que surge um foguinho diabólico e inédito
no pé da orelha do maluco.
- “Caralho, mermão! Tu já tinha visto o
tamanho do rabo do teu amigo antes?! Puta que pariu, olha só o tamanho dessa
bunda!? Maior que da tua ex, que isso!”
Os olhos passam a manjar o lombo do colega
cada vez mais, mesmo que o indivíduo nunca comente ou fale nada a respeito
disso pra ninguém. Tem uns até que tentam disfarçar e não olhar, porque, no
fundo, sabem que dar atenção a esses desejos e estímulos pode ser um delicioso
novo caminho, basta estar disposto a seguir. Estes são os primeiros sinais
claros e evidentes de que esse homem é no mínimo bissexual. Sim, bissexual,
porque de hétero ele não tem nada, apenas compartilha o gosto por
mulheres e come bucetas. É interessante que a gente lembre desse B em lgBtqia+.
Tendo explicado tudo isso, CAFUÇARIA XH
ou CAFUÇARIA: EX-HÉTERO une tudo que já sabemos sobre
homens fáceis, malandros, folgados e vadios que tanto amamos ver andando sem
cueca por aí, com a temática da descoberta bissexual. Caras que, assim como o
amigão do exemplo do vestiário, descobriram que dá pra comer buceta, dar o cu
ou empurrar em outro cara sem problemas. Alguns personagens aqui retratados
foram criados e tratados como heterossexuais ao longo da vida, criando gosto
pelo sexo feminino. Até que, num dado impulso oportuno, esses homens cruzaram a
fronteira da sexualidade e experimentaram a sensação de comer o cu de outro
cara ou então de dar a bunda pra um amigo. Descobriram-se bissexuais praticantes.
A partir dessa proposta, tem-se o “ex-hétero” (uma grande ironia, pois ele
nunca foi hétero e sempre foi bi, apesar de só ter se descoberto depois de
muito tempo).
Outro detalhe é que todas as histórias de CAFUÇARIA
XH são resultado de situações, prints, casos, relatos e outras
passagens que encontrei aleatoriamente pela internet. Homens contando sobre as
primeiras e únicas vezes que fizeram sexo com outros caras, dizendo o que já
viram, o que fizeram e também o que fariam de novo.
A partir de agora, vozes bissexuais que eu encontro pelas minhas andanças e que ilustram um pouco do que estou tentando explicar sobre a bissexualidade. Porém são vozes reescritas no estilo André Martins de literatura erótica.
PS: as imagens anexadas aos contos serviram apenas de inspiração para a construção da coletânea.
CONTEÚDO:
CHAMO TEU VULGO MALVADÃO:
Uma história sobre a boa e velha meinha depois do colégio. Quem nunca
foi pra casa de um amigo gostoso e ficou só na vontade de ser a pessoa com quem
ele treparia no fim da noite? Quem nunca curtiu a foto de um colega não apenas
por curtir, mas sim porque a mala do cara tava toda marcada na foto e mais
ninguém percebeu? Essa história é uma mistura destas circunstâncias, só que
tudo dentro da ideia da meinha a dois, depois da aula e com bastante fetiche de
suor, mijo e um pouco de vestiário do futsal. Diogo Malvado conta de suas aventuras com as moças do ensino médio e também relata do primeiro relacionamento sério que teve com uma delas, justamente aquela que o fez descobrir o gosto pela sodomia. O Malvadão só nunca imaginou que o vício em cu fosse o levar até o outro lado de sua sexualidade: Richard, o amigo nerd do futsal. [46 PÁGINAS]

QUINZE MINUTINHO DE PORRADA SECA DENTRO DO QUARTO SEM PERDER A AMIZADE:
Meu primo é um cara badalado que mora em SP e trabalha com produção de eventos, por isso ele conhece muita gente famosa, entre artistas, modelos, atletas, políticos, cantores e cantoras. Só nunca esperei que um dia fosse chegar no apê dele e dar de cara com um jogador da seleção brasileira de futebol, ainda por cima beberrão, só de cueca e carente por ter terminado o relacionamento com a namorada. Quando é que você imagina que vai passar o dia todo do lado de um cara famoso, boa pinta, galã e dotado que nem o... Bom, não posso revelar o nome aqui, mas vou entregar todas as características... [51 PÁGINAS]
FEBRE DO OURO NO MATO GROSSO:
Tenho 37 anos de idade, meu nome é Abner e sou um homem rústico,
caipira, criado no mato. Amo trepar bêbado com a minha mulher quando chego
cansado e suado do trampo, curto fumar um baseado peladão no meio do mato e
sinto uma atração fodida pelo cheiro do meu suor e dos meus pelos. Quando o
desemprego bateu na porta, aceitei trabalhar num garimpo legal lá no Mato
Grosso e a rotina de vida mudou completamente. De repente me vi num espaço só
de homens, vivendo num dormitório bagunçado e com cheiro de chulé. Foi aí que
eu conheci o Galvão e o Mota, dois caras que também deixaram suas esposas em
outros estados do Brasil. A gente garimpa junto, às vezes toma uma cerveja e
faz bagunça no dormitório... Mas tem um detalhe: acho que o Mota também gosta
do cheiro das minhas roupas suadas do dia de trabalho pesado. E, porra, eu ando
carentão, com o saco pesadaço... Tá foda. [68 PÁGINAS]
É MUITO BOM FODER NA ONDA:
Dia desses tava batendo um papo no bar com meu amigo Kekel sobre a seca sexual que tô enfrentando, depois que minha fiel foi trabalhar longe. "Por que tu não come um viado?", o safado me perguntou. "Tá maluco, irmão!? Comer viado!? Eu sou hétero, porra!", respondi. Ficamos o tempo todo conversando sobre isso e bebendo, até que, na hora de voltar pra casa depois de muita maconha nas ideias, uma viatura da polícia apareceu e começou a seguir a gente. A última opção que encontramos foi nos esconder no quintal dos fundos de um vizinho que tava no portão na mesmíssima hora, um moleque novinho e que meu amigo logo disse que é viado. Pronto, o fim de noite ficou perigoso e cheio de tentações, com o Kekel doido pra me mostrar na prática o que tanto falou enquanto estávamos no bar. [53 PÁGINAS]
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