1. O VERÃO MAIS ARDENTE DE TODOS
[ATUALMENTE, POR VOLTA DE JANEIRO
DE 2020...]
Na primeira vez que Jean ouviu o
ex-colega de classe comentando que o pai era um coroa bastante conservador,
muito cristão e excessivamente controlador, o novinho ficou bem longe de
imaginar um sujeito tão bonito e atraente quanto aquele que viu sentado todo
elegante na cadeira de jantar. As palavras ditas por Adson não pareceram fazer
jus à boa aparência do homem branco, de cavanhaque, todo posudo e educado. Além
disso, Jean também não entendia muito sobre o que significava ser coroa, já
que, até pouco tempo atrás, no fim do ensino médio, ele só se manteve cercado
de molecotes novinhos: apressados, abusados, atirados, com fome de provar
alguma coisa pro mundo, alguma coisa pra alguém, pra não dizer que quase todos
os pivetões eram muito marrentos, que nem o próprio gaiato do Adson. Só que, ao
contrário do filhote fominha que pôs no mundo, o pai coroa do pivete cristão
era totalmente diferente do que Jean imaginou, a julgar pelas descrições dadas
pelo marrento.
- Boa noite, meu filho. – o homem
de cavanhaque cumprimentou os dois rapazes, assim que os viu parados na porta
da sala. – A paz do Senhor.
- Paz do Senhor, pai. – foi o filhão
que respondeu, se mostrando educado. – Dá licença.
- Toda, meu filho. Todo mundo é
bem-vindo num lar que pertence ao Senhor.
Na visão do gordinho Jean, ver um
moleque atirado tendo que ser educado e respeitoso perto de uma figura paterna
foi completamente inesperado, principalmente porque ele conhecia Adson desde o
ensino médio e sabia do quão pilantra o colega era. Por essa razão, a cena do
molecote tirando os sapatos e entrando só com as meias soquetes nos pés fez
Jean entender que o pai de seu amigo certamente era alguém que prezava pelas
“boas” maneiras, etiquetas e valores tradicionais.
- Eu vim aqui pra te pedir um
favorzão. Sei que você vai poder me ajudar. Aliás, ajudar a gente, na real.
Antes de responder, o homem com
cara de quarentão deu um abraço fraterno no filho. Com os dois estando lado a
lado, Jean, o novinho gordinho, viu pai e filho juntos, notando as várias
semelhanças físicas entre eles. Começando pelos lábios grossos, a estatura
mediana, o tipo de corpo socadinho, a pele branca, além do rosto meio
quadrático e do queixo bem desenhado na face. Em sua visão, Ramon Guerra
pareceu uma versão menos alta e mais grossa do ator Yuri Gaúcho.
- Pode falar. Fica à vontade, meu
filho, sou todo ouvidos.
Parado na porta, Jean ficou todo
tímido e muito surpreso por finalmente conhecer o tão falado pai do macho com
quem esteve fazendo putaria há meses, desde a metade do terceiro ano do ensino
médio. E por todas as coisas que o molecote cristão disse a respeito do pai
nesse tempo de amizade, o novinho gordinho ficou sem saber como reagir naquele
momento, enquanto pai e filho se cumprimentavam e conversavam.
- Vou te passar a visão, pai. –
sem perder tempo, Adson apontou na direção da porta. – Aquele ali é um amigo
meu da época do colégio, é o...
Foi aí que, pra começar a desandar
a mentira já desde o início da história, o pivetão simplesmente se deu conta de
que não havia pensado num apelido ou num nome alternativo para dar a Jean. Aí
parou de falar, continuou com o dedo apontado pro amigo e ficou esperando por
uma reação, alguma atitude que pudesse salvá-lo do silêncio constrangedor. Até
que...
- Andrey! – Jean respondeu rápido
e foi automaticamente se apresentando. – Eu me chamo Andrey! Boa noite, senhor!
- Boa noite, meu filho. Tudo na
paz do Senhor?
- Tudo indo, tudo indo.
Sem hesitar, Adson se apressou e
voltou a explicar, pra não dar tempo da mentira vazar ainda mais.
- É o Andrey, pai! Que estudou
comigo no colégio. Ele tá meio que brigado com os pais e eu tô tentando... Ver
se dou uma... – na mente, somente as cenas do boquete que Jean pagou no
banheiro da escola. – Uma palavra amiga pra ele, vamos dizer assim. Não é,
Andrey?
- É isso, irmão. – Jean tentou
apelar. – Sou grato por tudo.
Os dois novinhos se olharam nesse
momento e seguraram a vontade de rir, pra não dar na telha sobre o que estavam
aprontando no começo da estação mais quente. Ah, se Ramon descobrisse que o que
seu filho tanto deu pro ex-colega de classe nos últimos meses não foi palavra,
mas sim rola amiga, gorda e faminta por putaria, além de mingau grosso e quente
de saco de moleque...
- Andrey? – o pai de Adson fez
cara de dúvida, franziu a testa e repetiu consigo mesmo, botando a mão no
queixo. – Andrey, Andrey...
Tensos, novamente os dois se
olharam e não souberam bem como enrolar, mas Jean foi insistente, pensou rápido
e agiu sagaz e precavido outra vez.
- Andrey Martins! Meu nome é
Andrey Martins, senhor! – o gordinho falou com bastante educação, o antebraço
levantado e acenando. Nem pareceu que tinha acabado de inventar nome e sobrenome.
– É como eu me chamo.
Vestido todo elegante, usando um
perfume madeirado e arrumado de terno e gravata, o quarentão também deu um
sorriso e acenou de volta pro novinho, fazendo um movimento de cabeça.
- Pode me chamar só de Ramon,
rapaz. Você, como está com seus pais?
- Tudo indo, senhor. Quer dizer...
– Jean encarnou a encenação e retomou o personagem. – Apesar dos pesares, tá
tudo indo, né, seu Ramon? Mas mesmo assim, preciso dizer que é um prazer estar
aqui.
- Fique à vontade, meu rapaz. Eu
fico feliz de saber que meu filho tá ajudando um amigo a lidar com as
atribulações da vida, viu? – o coroa disse isso e apertou os ombros de Adson,
que estava de pé ao seu lado. – E tenho fé que o Senhor já está operando um
grande milagre em você, na sua vida e na vida dos seus pais. Oh, glória!
- Tomara, seu Ramon. – o gordinho
quis gargalhar de nervoso, mas se conteve, abaixou a cabeça e disfarçou,
tentando entrar na dança em prol do objetivo. – Eu espero e também tenho muita
fé nisso.
- Glória, pai. – visivelmente sem
jeito pra coisa da religião, até o próprio Adson tentou acompanhar, na intenção
de facilitar o que tinha pra falar a seguir. – Aleluia!
Além de educado, formal e bem
vestido, o pai do molecote se mostrou todo amigável diante do apreensivo e nervoso
Jean, agora apelidado de Andrey Martins, só por precaução. Vendo essa cena de
apresentação, Adson preparou a garganta e voltou a falar.
- Então, pai. Eu vim te avisar que
por enquanto ele não tem onde ficar, então vai passar uns dias com a gente, beleza?
Só pro caso de você... Bom, você sabe... – tentou não vacilar na mentira. – Pro
caso de você encontrar com ele no corredor de casa e não saber quem é. É o meu
amigo Andrey.
Assim que escutou a sentença e
processou as informações ditas pelo filho, aí sim Ramon deu a devida atenção ao
momento e entendeu o que estava sendo tratado ali. Mais do que apresentação,
aquele era um pedido e também um aviso.
- Andrey Martins, né? Me desculpa,
é que eu tô tentando lembrar se já ouvi esse nome em algum lugar antes. Vocês
estudaram juntos no ensino médio todo ou foi só no-
Foi quando o celular começou a
tocar um louvor alto e chamativo no bolso da calça social do pai de Adson,
obrigando o pastor a parar bem no meio da frase e atender à chamada.
- Dão licença só um minutinho? –
Ramon pediu educadamente, saiu pro canto da sala e pôs o telefone no ouvido. –
Opa, pastor Júlio César. Boa noite, tudo na paz do Senhor?
Enquanto seu progenitor falava no
aparelho, Adson disfarçou, riu e andou até onde Jean estava parado, próximo à
porta da sala de estar do templo. Aos sussurros e disfarces, os dois começaram
a cochichar, tendo o máximo cuidado possível para não serem ouvidos.
- Vem cá, por que é que eu tenho
que ter um nome diferente? – o gordinho quis saber. – Que maluquice é essa, e
se a gente acabar se esquecendo dessa porr-
- Ssssh, sem palavrão aqui dentro,
maluco! Tá doido?! Aqui é o lar do Senhor, lembra? Pelo menos na cabeça daquele
coroa ali, ó. – Adson repreendeu e apontou na direção do pai falando no
telefone. – Esqueceu que tu tá estampado no XVideos até hoje, viado!? Tu, Roger
e Andrew, tá lá o nome de vocês, o do colégio, tá tudo lá. Já pensou se meu pai
descobre?!
A cara de incredulidade do novinho
foi evidente, mas, de fato, desde o vazamento das cenas sexualmente explícitas
contracenadas com Andrew e Roger, a vida nunca mais foi a mesma, começando pela
expulsão de casa. Ou seja, toda precaução era mais do que bem vinda após os
estragos já feitos.
- Ué, mas o seu pai não é da
igreja, Adson? Como que ele vai descobrir que eu sou viado e que tenho um vídeo
dando a bunda na internet? Só se ele for pesquisar sobre esse tipo de coisa,
né? Só se ele entrar no XVideos e ver, oras!
Ao ouvir isso, um arrepio subiu
pela parte de trás das panturrilhas peludas e torneadas do molecote abusado e
atrevido. Foi como se, só de pensar, aquela hipótese já o deixasse perturbado e
apreensivo. No fundo da mente, só Adson conhecia o próprio pai e talvez isso
explicasse o porquê dos arrepios.
- Mano, vou te dar a real. Não
subestima o meu pai, tá? Não se deixa levar pelo jeito educado dele de falar. –
o cristão desviou o olhar, botou a mão na cabeça e começou a suar, como se
estivesse nervoso só por imaginar o que poderia acontecer caso o coroa
descobrisse toda a farsa. – Tipo, ele não foi da igreja a vida toda e tá por
dentro de tudo quanto é parada. É desses malucos que conhecem um monte de gente
em tudo quanto é lugar, tá ligado? Quando eu digo que hoje ele é da igreja, não
é pra tu imaginar que ele é desses lerdão que acham que a Terra é plana, que só
faz pregação e participa de retiro, não. Meu coroa é safo, Jea... Andrey! Eu
não subestimo, mano, e se fosse tu, ficaria muito ligado, que é pra ele não
acabar descobrindo algum bagulho. Ouviu?
O mais novo se sentiu um peixe
fora d'água naquele instante, apesar de estar na presença e na companhia do
ex-colega de classe. Só agora ele tava se dando conta do tamanho do problema
com o qual lidaria nas próximas semanas. Em seus planos feitos com Adson no
final de 2019, passar parte das férias de verão juntos pareceu mais fácil e
muito, muito menos assustador e arriscado quanto parecia agora, com os
cumprimentos feitos e as primeiras ações tomadas.
- Cacete! A coisa é tão drástica
assim!? Teu pai vive na internet, é? Ele é tão ligado desse jeito?!
- Meu pai é pastor, Jea... Andrey!
Aff, mas que droga de nome foi esse que tu inventou, ein?! Porr... – o pivete
tentou segurar a língua. – Enfim. O coroa é missionário de templo, tá ligado?
As informações simplesmente podem chegar nele. Não dá mole, senão tamo perdido
e vai ser o fim dos tempos.
O novinho Jean, agora disfarçado
de Andrey Martins, pensou por alguns instantes e não conseguiu conter a
aflição.
- Cara, eu até entendo ele ser
conservador e não simpatizar com gays e tudo mais. Essa galera moralista tem
dessas coisas, sei como é que é. Mas ele não pode nem desconfiar de mim, isso é
sério? Me pedir pra ter cuidado com isso é pedir uma coisa que não tá no meu
controle, sabe? Eu sou afeminado, porra!
- Sssssh! Olha a boca, Andrey!
Os dois cochichando na porta da
sala, enquanto o pastor Ramon falava atento com seu amigo no celular, no outro
canto do espaçoso e luminoso cômodo.
- Papo reto, ele é um cara preconceituoso! –
Adson voltou a explicar, sempre aos sussurros. – Tu nem imagina do que ele é
capaz. Foda! Ele me colocaria na rua junto contigo se descobrisse que eu como
viado, tu não tem noção!
- Ele é tão má pessoa assim?!
- Tu nem imagina.
- Que horror!
Foi aí que Jean, muito sem querer,
constatou que existia uma ficha pendurada em sua orelha... E ela tava só
começando a cair.
- Pera aí, você disse o quê?
- Disse o quê? – o moleque
marrento fingiu que não entendeu. – Como assim?
- O que você acabou de dizer aí,
Adson?
Uma coçada de braço, uma piscada
mais acelerada com os olhos, o pomo de Adão demonstrando a engolida a seco que
deu. Todos os sinais físicos e corporais mostraram a completa ausência de
normalidade na frase dita por Adson. Foi como se ele mesmo tivesse se dado
conta do vacilo e estivesse tentando não reagir explicitamente a isso, como
forma de esconder o deslize.
- Eu disse que... – repensou e
falou pausadamente. – Meu coroa colocaria a gente no olho da rua.
- Se acontecesse o quê?
- Se ele descobrisse que a gente
faz putaria.
- Não, não foi isso que você
disse, garoto. – Jean mal conseguiu conter a euforia. – Você falou que ele
faria isso se descobrisse que você come viado, Adson, foi isso que você disse.
Totalmente sem jeito, o filho de
Ramon deu um sorriso de canto de boca, passou a mão no cabelo curto e meio enrolado
e depois cruzou os braços.
- É, pô, foi isso que eu quis
dizer. Tu entendeu, para de dar uma de maluco.
- Mas é aí que tá. Desde quando
você come viado, Adson?
Outra vez o pivetão engoliu a
seco, ciente de que não havia pra onde correr. Aquela frase nunca tinha sido
tão diretamente perguntada quanto foi naquele momento.
- Desde quando? Até parece que tu
não sabe. Tá pensando que eu tô te chamando pra passar as férias comigo pra
que, pra jogar vídeo game, Jean?! – e logo se corrigiu, tentando manter o papo
furado baixo. – Aff, é Andrey! Qual é a surpresa?!
- A gente ainda não transou e você
já diz que come viado? Hehehehehe! Ou será que tá comendo algum outro cara por
aí e quer me passar a perna? HAHAHAHA! Já sei, é do colégio, né?
- Aff, tu tá me gastando, seu
arrombado?! Claro que não, foi forma de falar.
- Sei, sei...
- É claro que foi, porra, papo
reto! Nunca fiz nada com outro cara, caralho!
Entre os risos e provocações,
Andrey, o Jean disfarçado, aproveitou que o pastor Ramon tava dando atenção completa
ao celular e pôs a mão no meio do peitoral do filho dele. Olhou na cara de
Adson, riu e cobrou.
- Sssssh! Seu pai não quer
palavrão aqui dentro, lembra? Heheheheeh!
Vendo essa atitude, Adson sentiu o
corpo esquentando dentro da roupa, principalmente com o contato da mão do
colega em si. O pivetão virou o rosto, percebeu o pai entretido no telefone e
não deixou barato, pegou a mão do novinho e botou diretamente no volume da
rola, ignorando completamente o fato de estarem no templo religioso.
- Não tô te comendo ainda, seu
viado abusado. Mas é questão de tempo até a gente chegar em Grumari e eu enfiar
essa banana dentro do teu cuzinho, seu puto! – falou baixo, entre os sussurros
e grunhidos perto do pescoço do colega. – Tá pronto pra me dar a bunda que nem
tu deu pro Roger e pro Andrew? Hehehehehe!
Andrey estava armado com a
maçaneta gorda e volumosa pesando em seus dedos. Mesmo que quisesse fechar a
mão, o gordinho não conseguiria, simplesmente porque o jeans massudo e pesado
do amigo não cabia todo em seu enlace. A patolada acontecendo há poucos metros
do pastor Ramon falando no telefone, de costas pros rapazes e perdido na
conversa religiosa.
- Ficou com inveja do Andrew, é? E
pensar que depois de todo esse tempo eu só te mamei naquela vez do banheiro,
ein, Adson? Seu gostoso da porra!
- Minha vontade é te botar pra
bater uma mãozada pra mim aqui mesmo, seu putinho! Sssss, se meu coroa não
tivesse logo ali...
O molecote olhou rapidamente pra
trás, só pra se certificar de que o pai tava distante e dando atenção ao
celular. Em seguida, Adson relaxou o corpo, empenou o físico pra frente e ficou
numa posição de quem queria mesmo servir rola grossa à mão mastigadora de Jean.
- É melhor tu parar com isso,
viado. Hmmffff! Vamo passar as férias juntos, o que mais vai ter é tempo pra
fazer putaria e meter...
- Seu safado da porra. Você que
botou minha mão aí e agora pede pra eu parar?
A calça do moleque pareceu justa
demais pra comportar uma jiboia tão massuda e obesa quanto aquela. Mesmo meia
bomba, a borracha logo se destacou no jeans, com as bolas amontoadas por baixo
e o pacote se tornando o mais abarrotado relevo de pica possível. Mais um pouco
e daria pra ver até o formato petulante da cabeçota marcando no tecido, de tão
arrogante que o filhote do pastor era por dentro da roupa.
- Papo reto, para com isso,
viado... Ssss...
- Quer mesmo que eu pare?
- Lógico, porra! Hmmmsss...
Sentir a quentura da genitália
avantajada do colega fez Jean querer mergulhar ainda mais no plano sem noção,
justamente por saber que seria questão de tempo até finalmente cair de boca no
prepúcio cheiroso e enxertado daquele pivete fominha e com cara de guloso. O
novinho apertou a jamanta no jeans, deixou Adson pronto pra ficar de pau duro,
depois meteu a mão no nariz e cheirou firme, inalando os hormônios e feromônios
do corpo do pivetão em fase de crescimento.
- Putinha do caralho que tu é.
Olha só como é que eu fico só de parar do teu lado e lembrar que vou fazer o
que eu quiser com esse cu ao longo das férias?
O filho do pastor Ramon olhou pra
baixo e mostrou o peitoral de caralho tomando forma dentro da calça, pulsando,
latejando, batendo feito um coração, deformando o jeans em cada estanque e
também fazendo as bolas gordas subirem na cueca. Era a máxima demonstração de
todas as coisas que Adson queria pôr em prática com Jean, deixando o gordinho
lambendo os beiços. Só que foi nesse mesmo instante que o disfarçado Andrey
notou o pai do amigo retornando à sala, e aí eles tiveram que manter a pose.
- Então fica acertado assim,
pastor Júlio. Assim que chegar essa época da festa da carne, eu ajeito pro seu
sobrinho Fabiano ministrar a palavra no nosso templo. Não tem o menor problema,
vai ser um imenso prazer. É até bom, porque estamos vendo de fazer uma vigília
lá em Grumari no próximo carnaval.
Ao dizer isso, o educado e
elegante Ramon mirou o rosto do filho marrento, falou com ele e piscou um olho.
- Não estamos, filhão?
- Claro, claro que estamos. –
Adson logo concordou, colocando a mochila na frente do corpo pra disfarçar a
ereção estalando entre as pernas. – Vou arrumar minha mala hoje mesmo, pode
deixar. Valeu, pai!
- “E que mala, ein?! Puta que
pariu!” – o colega gordinho pensou quase que alto demais, rindo consigo mesmo.
Entre outras palavras, o sinal
dado pelo pastor Ramon significou que estava tudo bem do Andrey passar um tempo
com eles em Grumari. Seria até bom, já que o inocente e pobre rapaz precisava
tanto se agarrar à poderosa palavra amiga que somente o molecote varão poderia
fornecer. Enquanto o pai continuou no telefone, a dupla ficou ali cochichando.
- Qualquer um pode chegar e
ministrar a palavra assim, é? – Jean sussurrou, curioso.
- Não, não. Ele só tá deixando
esse pessoal ir lá ministrar pra não dar espaço pro meu irmão.
- Nossa, você tem irmão? – muito
surpreso, o novinho fez a pergunta e já imaginou a forma física do terceiro
parente, pensando na primorosa genética da família Guerra. – Mais novo ou mais
velho?
- Mais velho. É o Ismael, mas ele
não é muito chegado na família, não.
- Ih, tem briga entre vocês?
- Entre ele e meu pai. O Ismael é
famoso, não se meteu com essas coisas da igreja, aí o coroa fica pistola. Ele
acha que meu irmão vai desistir da carreira a qualquer momento e voltar pra
administrar o templo, aí tá barrando de toda forma. Só se encontram pra brigar,
tu tem que ver.
- Tá maluco? Tenho que ver nada,
não. Já basta de briga de família pra mim, sem brincadeira.
- Mas relaxa, o Ismael nunca
brota. É raro. Ele tá sempre ocupado gravando alguma coisa.
Depois de encerrada a ligação,
Ramon Guerra confirmou formalmente com o filho a ida do amigo para Grumari,
alegando que ele mesmo tinha que fazer uma visita aos irmãos e irmãs do templo
de lá. Assim, os três saíram juntos e seguiram de carro até à casa de Adson,
onde se encontraram com a mãe do moleque e terminaram os preparativos da
viagem. Nesse entretempo de sair do Rio de Janeiro e ir para a casa de praia, a
dupla de ex-colegas de classe teve que se acostumar com Andrey Martins, o novo
nome de Jean, inventado para esconder sua verdadeira identidade. Toda vez que o
pai do amigo o chamava pelo nome falso, o novinho levava um, dois, três
segundos a mais para responder, sendo toda hora beliscado por Adson, sentado do
seu lado na parte traseira do carro. Cada um com sua mochila, os dois pensando
em situações diferentes, enquanto o motorista do veículo, o comportado e
respeitoso pastor Ramon Guerra, os observava pelo retrovisor e conversava
amenidades sobre o carnaval, que a família não tinha o hábito de comemorar, por
razões obviamente religiosas. O grupo levou cerca de uma hora até chegar em
Grumari, e, quando isso aconteceu, o disfarçado Andrey Martins ficou
boquiaberto com o tamanho da casa de praia da família Guerra.
- “Puta merda! Bem que eu vi que
esse cara é cheio da grana.” – Jean pensou.
Na verdade, se tratava de um
sítio. Uma imensa propriedade com um quintal gigantesco, gramado, campo de
futebol e piscina, além de uma estrutura menor, tipo uma casinha à parte do
casarão principal, feita nos mesmos padrões de construção que os templos da igreja
do pai de Adson. Foi a mãe dele, uma mulher morena, de olhos claros, o cabelo
enorme, estatura mediana e pouco barriguda, que conduziu Andrey até o quarto de
hóspedes, no segundo andar, distante do quarto do molecote cristão.
- Você pode desfazer as malas e
depois encontrar a gente lá embaixo, querido.
- Valeu, tia. Obrigado!
- Nada. Paz do Senhor!
- Paz.
Por dentro, Jean quis rir, mas de
nervoso, por saber que não teria paciência pra passar o verão todo sentando em
pica e fingindo que era religioso. Em poucos minutos, ele desfez parte da
mochila, ajeitou as roupas nas gavetas da cômoda, depois saiu do quarto e foi
andando até à sinuosa sala de estar do casarão de praia dos Guerra, totalmente
vislumbrado pela largura dos corredores e também pela qualidade intocada da
madeira no chão. E o que dizer das cortinas clássicas revestindo as janelas
rústicas? E os tapetes persas cobrindo vastas quantidades de chão? Tudo
imensurável e caro.
- Grande, né?
A voz de Adson tirou Jean da
hipnose que ele estava sentindo pelas paredes do saguão, aparentemente
envernizadas.
- Enorme! Eu nunca tinha visto uma
casa dessas assim por dentro, cara.
- Meu pai virou outra pessoa
depois que ele entrou pra igreja. Antes disso ele nunca tinha ligado pra
dinheiro, nem pra nada dessas paradas, tá ligado?
Silêncio.
- Entendo. Igreja é mesmo um
nicho, não tem jeito.
- É mesmo. Mas a gente não veio
pra cá pra ficar falando disso, né? Hehehehehe...
- Mas pra onde a gente vai? Seus
pais não vão ficar na nossa cola?
- Duvido! Acabamo de chegar em
Grumari, Jean, bora dar um rolé. Eles vão ficar pegados nas paradas da igreja,
pode ficar tranquilo que ninguém vai nem lembrar da gente, paizão. Qual vai
ser?
- Se você tá dizendo, então
partiu. – o mais novo abriu o sorriso.
Adson avisou à mãe que iam dar um
passeio na orla, sem muitas pretensões, e, assim, os dois finalmente saíram da
mansão dos Guerra, andando lado a lado, prontos para descobrirem do que era
feita Grumari. Com poucos minutos de caminhada e papo furado, eis que o pivete
cristão finalmente sentiu os pezões enormes entrando na areia fria da praia,
sendo observado por um Jean curioso pelo que viria a seguir. Quando o primeiro
vendedor de bebidas passou, Adson não hesitou e comprou um par de coquetéis de
frutas.
- Tá maluco, garoto!?
- Ué, tu não bebe, viado? Qual
foi? Te vi bebendo na formatura, porra.
- Beber eu bebo, mas a gente não
vai voltar pra casa depois?
- Vai, mas só mais tarde.
- E teus pais? Vamo chegar bêbado,
assim, do nada?!
- Eles já vão tá dormindo,
Jeanzinho. Ou melhor, Andrey. Heheheheh! – tomou os primeiros goles da bebida,
sentiu o álcool descendo na garganta e achou ainda mais graça da situação. –
Andreyzinho Martins. Heheheheeheh! Que porra de nome engraçado que tu inventou,
ein? Hehuehehehe!
Facilmente convencido, o novinho
fez a mesma coisa e sentou ao lado do amigo, ambos tomando bebidas diferentes.
A beira da praia de Grumari não estava tão cheia, com algumas pessoas
circulando, fazendo exercícios em plena noite, alguns quiosques ainda abertos e
até uma roda de capoeira acontecendo ali por perto.
- Quero só ver se a gente voltar
pra casa bêbado e seu pai aparecer, Adson. Vai ser a pior primeira impressão
possível.
- Quando a gente voltar pra casa,
vai ser pra eu amaciar minha cobra no acolchoado da tua bunda. Tô desde cedo
pensando na pegada violenta que tu deu na minha rola quando a gente ainda tava
no Rio, seu putinho! Doido pra te sentar a vara, isso sim.
As palavras saíram tão nuas e
cruas que o gordinho não conseguiu nem piscar os olhos, de tão impactado pela
naturalidade safada que aquele molecote possuía. Mesmo depois de semanas após o
término do ensino médio, Jean não podia se esquecer de que foi aquele mesmo
cristão marrento que um dia esporrou em sua cara em plena sala, com o professor
de Matemática dando aula.
- Tá com fome, é, garotão? Olha
que a gula é pecado, ein? Hehehehehe!
- Fome!? Porra, tu não tem noção
da quantidade de tesão que eu tô sentindo desde cedo, viado!
Adson disse isso, se apoiou pra
trás com as mãos na areia e recostou de leve o corpo, só pra deixar a silhueta
do caralho gordo evidente na calça jeans clara. Ainda esticou as pernas,
exibindo os pezões descalços e brutos, tamanho 44, enfiados na areia fria da
noite. Era inegavelmente um pivetão no auge da fase de crescimento, desfrutando
da malícia da juventude e do físico desenvolvido pela puberdade, com
testosterona aflorada na pele.
- Só de pensar que daqui a pouco
eu vou tá dentro de tu, te sentindo. Bota a mão aqui, bota? – o meninão pediu e
tomou mais goles do coquetel, se certificando de que não havia gente perto
naquele momento. – Ninguém vai ver, tá de boa. Bota a mão nesse caralho, vai,
Jeanzinho?
- Assim, cachorro?
Sorrateiro, o disfarçado Andrey
Martins encheu os dedos no enlace predador da massa picorosa de caralha. Não
tinha conversinha, não tinha comecinho, a estaca de Adson já tava em estado de
bala, demonstrando o quão transtornado de sodomia o moleque truculento estava.
Assim que Jean apertou o tronco, ele sentiu a quentura maciça do membro
inchando em seus dedos, contra sua mão, pulsando em plena resposta à sua
pegada, como se bem soubesse do que o novinho gostava. Quase dobrou de tamanho,
de peso, e de dimensões, se transformando numa verdadeira caceta em formato
adulto, desenvolvida, experiente, muito mais feita do que os dezoito anos que
tinha e os dezoito centímetros que possuía.
- Eu sou teu cachorro, sou? –
Adson gostou da intimidade. – Hehehehehe! Piranho. Então tu é minha cadela, é?
- Quer que eu seja sua cadela,
safado? Sua cachorrinha, quer?
- Depende. Vai ficar de quatrão
pra mim quando chegar em casa?
- De quatro, de lado, do jeito que
você quiser, Adson. Seu puto.
Quanto mais eles trocavam as
obscenidades cara a cara, mais o novinho mexia no tacape entre as pernas do
pivete, desfrutando integralmente da arrogância e da estupidez que o caralho de
um moleque no auge da puberdade podia ter. Grossura, bom diâmetro, o cabeçote
inflando sob o tecido e a envergadura dando sinais de que a qualquer momento
poderia suspender o par de culhões graúdos que o puto tinha abaixo do talo
prepotente da verdura. E o que dizer da rabiola de Jean, piscando incansável em
fisgadas incandescentes? Parecia até que sabia que ia tomar paulada em questão
de pouquíssimo tempo e durante muitas horas seguidas, tudo isso quando chegassem
ao casarão dos Guerra.
- Já que tu é minha cachorra,
então eu vou te comer nas posições que atriz pornô dá a buceta, que nem
profissional. Posso?
- Ué, tá pedindo? Já disse que vou
fazer o que você quiser, safado. Vou ser o seu brinquedo, o seu boneco
inflável. Hehehehe! Tá bom assim?
- Porra, tá de sacanagem?! A minha
vida toda foi só batendo punheta e te botando pra mamar daquela vez, Jeanzinho.
Nunca nem comi um cu.
- Sério?! Ué, mas você não tinha
uma namorada da igreja? Lembro de um boato desses na época do colégio.
- Tive, mas a gente nunca fez
nada. Ela só me mamou, pô.
Foi aí que a ficha do gordinho
caiu. Ele arregalou os olhos, manjou o corpo todo do amigo sentado na areia e
não acreditou naquela possibilidade. Logo ele, Jean, que por tantas vezes ficou
imaginando a quantidade de minas sortudas que já deviam ter sentado no caralho
grosso daquele machinho tão atraente e carismático que era Adson, ele não pôde
acreditar no que tinha acabado de ouvir.
- Adson, você é... Virgem? Fala a
verdade.
A resposta veio em forma de
pulsadas do membro obeso, tremendo e inchando sob o aperto da mão gulosa de
Jean. Aos dezoito anos, Adson podia até não ter a rola tão exageradamente
comprida, mas o porrete era grosso, pesado, tanto de espessura quanto pelo
tamanho das bolas enormes, tão grandes quanto nozes. Esse combo de
características transformava o cristão num verdadeiro macho, um homem pronto
pra foder e pra estrear a habilidade de reprodução masculina em cima de outro
macho.
- Você nunca transou com ninguém?
Sério?
- Bom... – ele demorou um pouco,
talvez meio sem graça antes de prosseguir, afinal de contas estava conversando
com alguém que até vídeo trepando tinha na internet. – É... Papo reto,
Jeanzinho. Mas hoje isso vai mudar, pô. E em grande estilo, porque vai ser
comendo cu, hehehehe! Tu vai ver a surra que eu vou te dar em casa. Te comer
muito, meu viado. De um jeito que o Andrew e o Roger não fizeram, pode anotar.
Sem tirar a mão do caralho
borrachudo e inchado do colega por cima do jeans, Andrey Martins quase não
conseguiu controlar o fogo se espalhando em seu corpo. Ouvir e sentir todas
aquelas camadas de prazer e tesão juntas, ao mesmo tempo, deixou o novinho
perdido, com o cuzinho piscando e doido pra ser possuído por aquele tipo de
moleque invocado, que acha que é dono do mundo, dono de si, marrento por
natureza. Jean olhou pro físico de Adson, manjou o membro atravessado e
pulsando em sua mão e concluiu o inevitável:
- “É esse safado do antigo
terceiro ano que eu quero montado em cima de mim, me cobrindo, abrindo meu cu
todos os dias. Sem dúvidas! Não tem jeito. Vai ser o verão mais ardente de
todos...”
Ter toda aquela liberdade sexual
com um dos caras mais gostosos da antiga turma 3004 era muito avassalador,
transgressor, era inimaginável até pelo menos ano passado, quando os dois ainda
faziam parte do mesmo ensino médio e ficavam só nas brincadeiras e zoações de
colegas. Agora não, agora Jean tinha a genitália do safado toda para si e podia
desfrutar do mergulho íntimo e sexual sem qualquer preocupação, pelo menos
enquanto estavam nas areias da praia de Grumari.
- Tem certeza que você dá conta de
superar o Roger e o Andrew na putaria, Adson? – ele resolveu instigar.
- Se põe no meu lugar, Jean. Eu
sou cabaço, nunca comi buceta, só botei tu e mais uma mina pra me mamar. Vivo
excitado, de pau durão, e até hoje só bato punheta o tempo todo. Tô com
dezoitão, galudo pra foder, o saco pesado pra jogar um leite fora e vou passar
o verão com meu cuzinho amigo. Tu acha que eu tô como, paizão? Doido pra ver o
que meu caralho é capaz de fazer num buraco de carne, porra! Ó só.
Olhou pra baixo e latejou a
ferramenta, parecendo que ia triplicar de tamanho dentro do jeans. Era o
testamento de um moleque que, no auge da explosão de hormônios, quando todo bom
pivetão tá só batendo punheta, descobriu o cuzinho amigo ali do lado, em plena
sala de aula. E essa tensão só evoluiu, se transformando num forte vínculo
altamente sexual e carregado pelo tesão da juventude sem pudores.
- E você vai comer o mesmo cuzinho
que os seus amigos do terceiro ano comeram, é, safado?
- Se eu pudesse teria sido o
primeiro, só pra te comer quando tu ainda tava seladinho. Mas que se foda, onde
come um come dois. E onde come dois come o bonde! Hehehehehe! Se eles entraram
aí, eu posso entrar também. Fala tu?
Nas mãos de Jean, a pedreira
cavernosa de Adson pedindo abrigo, querendo sair pra arena de curra, cansada de
dezoito anos seguidos só em masturbação, sem carne e sem pregas na dieta.
Pulsando mais que uma bomba hidráulica, uma verdadeira mangueira grossa e
cabeçuda, tensa por uma toca, uma caverna pra fazer de habitat natural.
- Claro que pode, safado. Mas como
é que a gente vai fazer pra foder sem o seu pai descobrir, me explica?
- Isso aí tu não precisa se
preocupar, Jeanzinho. Meu pai dorme e acorda cedo. Pode deixar que toda noite
eu vou brotar no teu quarto e te dar leite quente antes de dormir. Não se
preocupa, não.
Jean possuía o cu responsável por
masturbar o caralho gordo de Adson, não havia outra forma de definir. Eles
falavam obscenidades, bebiam os coquetéis e iam trocando carícias na areia da
praia mesmo, até que o pivetão não se segurou e começou a dedar o cuzinho do
amigo por dentro do short, foi aí que o poste de rola engrandeceu de vez e
passou a pulsar em estado vívido de dilatação e tesão.
- Hmmmsss! Seu tarado da porra,
nem parece que puxou seu pai. Ele todo educado, todo respeitoso e você me
dedando em plena praia. Orrrfffff!
- Tu diz isso e não larga meu
caralho, né, viado? Meu coroa é homem do Senhor e eu sou varão do jeito que tu
gosta. Sssss!
Perdido em desejo e em taras, o
molecote abusado deixou os pudores de lado e começou a fazer que nem nos pornôs
que gostava de ver. Sentiu o anel do parceiro dilatando na ponta do dedo, tirou
a mão de dentro e levou ao nariz, enchendo os pulmões com o odor natural do
cuzinho quente e macio de Jean. Ao fazer isso, seu membro pareceu que ia
estourar na calça, ficando ainda maior e mais massudo, como se tivesse chegado
no ápice da ereção da puberdade.
- Orrsssss! Caralho, assim eu vou
acabar te comendo aqui mesmo, meu viado. Fffff! Quer me dar o cuzinho aqui não?
- Para de graça, Adson, senão a
gente vai acabar sendo preso, porra! Hmmmmsss! Tira a mão do meu cu, vai?
Aihnfff!
- Me diz que tu não quer, diz?
Olha como eu tô pulsando por causa do cheiro desse rabo. – o moleque mostrou a
bengala latejando, não se contentou e enfiou o dedo todo na boca, só pra sentir
o gosto das entranhas cruas do lombo que muito em breve se alargaria e
receberia sua visita íntima. – Filha da puta, mané! Nunca fiquei assim nem com
outra mina, ó só. Fffff, orrsss! Não vejo a hora de te botar pra quicar na
minha vara, Jeanzinho. Senta aqui no meu colo, senta?
- Tá maluco?! Aqui?
- Quê que tem? Nada de mais, os
outros só vão pensar que tu tá sentado no meu colo. Tô cansado de cutucar teu
cu com o dedo, quero cutucar com a piroca. Vem?
Era inexplicável a sensação que o
disfarçado Andrey Martins sentia ao ver um puto daqueles falando tão
abertamente, tão perversa e marginalmente sobre sexo fácil, mesmo sendo
cristão. Como dizer não pra um marmanjo desse porte, todo socado, com o corpo desenvolvido
e um pirocão grosso entre as pernas? Se em um momento aquele foi o Adson que
ele só podia admirar e desejar em seus sonhos do ensino médio, agora, para
Jean, aquele homem era Adson Guerra, o mesmo pivete da época do terceirão, só
que prestes a se deitar com ele feito marido e mulher, com intenções de
reprodução anal, as piores delas. Em todos os pensamentos do filho do pastor
Ramon, seu amigo gordinho terminava com o cu assado e muita gala grossa
escorrendo do buraco gasto, amassado e usado, então não tinha como acabarem bem
e isso era tudo que ambos queriam.
- Nada de mais, só senta aqui
comportadinho, anda.
Adson ajeitou a pilastra dentro da
calça, colocou bem protuberante de lado, torta e cabeçuda, e posicionou o
passivo sentado exatamente por cima da caceta espessa. Chegou a usar as mãos
pra abrir de leve as nádegas do amigo, só pra ter a certeza de que o encaixe
entre pau e cu seria o mais perfeito possível, apesar de estarem vestidos. Deu
certo, a bigorna até latejou na pulsação das pregas.
- Isso, caralho! Ssss! Safado,
senta no colo do pai, vai? Puto!
- Aihnss! Adson, alguém vai acabar
pegando a gente aqui assim.
- Que nada, é só um colega sentado
no colo do outro, tem caô nenhum. Fffff! Cavalga gostoso pra mim, vai? Safado.
Piranho. Sei que tu quer. – falou e deu pequenos beijos nas costas do gordinho.
– Tô galudão nesse rabo, seu filho da puta. Ssss!
Apesar do pilantra falar que era
normal o que estavam fazendo, seu tom dominador, sorrateiro e ofegante
entregava o nível sexual e íntimo do contato anal que estavam mantendo na base
da fricção e do sarro. Jean ficou com o cu praticamente colado na extensão da
verga do canalha, recebendo e sentindo cada pulsada que o membro exagerado dava
dentro da roupa e o correspondendo com piscadas aflitas na beirola das pregas
foguentas.
- Vamo pra casa foder, vamo,
Adson? Orrrsss! Eu também não tô mais aguentando, quero muito dar o rabo pra
você comer. Ffffff!
- Vai deixar eu espremer minha
piroca dentro do teu cu todinho, vai? Sssss!
- Claro que vou, safado! Vou
deixar você comer tudo, não falei? Ainssss!
- Até o talo, é? Mmmmfff! Vou
poder guardar tudinho dentro de tu, meu viado?
- Sssss, tudo, até as bolas. Só
vai parar quando eu sentir seus pentelhos roçando na minha bunda, ffff!
- Aff, arrombado! Assim eu vou
querer te comer aqui mesmo, porra! Seu putinho. – mordida no pescoço, chupada
no ombro, mexida daqui, escorregada dali. – Tá precisando dar a bunda, tá? Pode
deixar que eu papo tudinho, vou te encher de leite grosso! Hmmfff! Quer?
- Óbvio! Seu cachorro, sssss! Vou
te dar até você cansar de usar essa rola.
- Então pode se preparar pra levar
tronco até de manhã, garotão, porque eu tenho disposição pra bater duas, três
punheta seguidas, imagina comer cu? Hehehehehe, ffff! Isso, para não. Sssss!
A cena parecia sexo sem remover as
roupas, exceto pela ausência do contato direto entre as carnes, mas com total
intimidade masculina. Era muito difícil dizer que ambos não estavam conectados,
porque estavam, ao ponto de quase entrelaçarem as pernas um no outro, só pra
manterem o tranco dos corpos colados e latejando um no outro. Conexão pau cu
rolando solta e firme, bota firme nisso, principalmente com as pulsações entre
eles.
- Isso, porra! Fffff, rebola, vai?
Que nem tu fez no vídeo do Roger, viado. Sssss!
- Assim, seu cachorro? Oihnffff!
Vamo logo pra casa, não aguento mais.
Com as mãos, Adson ditava o tom e
controlava o ritmo do corpo do novinho sentado em seu colo, aflito para
penetrá-lo em plena praia de Grumari, nem aí pra quem fosse ver o coito
acontecendo. Em sua mente atordoada de tesão, era exatamente isso que eles
mereciam, uma putaria explícita e com altos graus de dominação, quicadas,
botadas e amaciadas de caralho dentro do cuzinho. A piroca parecendo um
vergalhão, toda acumulada dentro da roupa e dando estanques em direção à
portinha coberta do anel de carne de Jean, como se soubesse que ali era o seu
covil ideal, o habitat natural de um cristão caralhudo. De pernas juntas, o
molecão sentiu a pistola chegando a entrar na traseira do gordinho, o membro contorcido
e pressurizado dentro do jeans. Quentura, cheiro de cuzinho no ar, fricção e
muito atrito físico, pra não falar do tesão imensurável que explodia entre os
dois tarados. Afoitos, eles mal conseguiam falar, respirar e fazer a putaria ao
mesmo tempo, de tão concentrados em manter o sigilo na areia da praia, sem
perder o sexo. Sem parar de beber e com o caralho parecendo um vergalhão de
construção civil, o filho do pastor Ramon Guerra voltou pro casarão de praia
com o amigo, não perdendo um segundo sequer da ereção que começou na praia.
2. PECADO DA GULA
Com o casarão dos
Guerra em silêncio e os pais dormindo no quarto de casal, Adson subiu na
pontinha dos pés até o quarto de hóspedes onde Jean ia dormir. Na surdina, eles
entraram e o pivetão fechou a porta, criando um clima safado de putaria por
estarem a sós. Assim que finalmente se viram sozinhos num cômodo com cama,
ambos abriram o sorriso e só então o moleque cristão largou o coquetel em cima
da escrivaninha, não fazendo qualquer questão de esconder a ereção mais do que
despontada no tecido gordo e volumoso da calça jeans recheada.
- Já pensou se o seu pai te vê
entrando com isso?
- O mais perigoso é se ele me vê
portando essa arma de grosso calibre aqui, ó. – falou e pôs a mão na cobra
grossa na roupa. – Já pensou se ele descobre que o filho dele tá de saco cheio,
tendo um cuzinho amigo na mesma casa? A gente tem que fazer alguma coisa, tu
não acha, não, Jeanzinho?
As pregas do novinho piscaram
violentamente, simplesmente por saberem que a largura ia comer solta. Já
estavam dilatadas desde a praia, com cada puxada e repuxada nervosa que a
rabeta disparou nos dedos nervosos do cristão marrento.
- O que você quer que eu faça, seu
cachorro? É só pedir. – o disfarçado Andrey riu.
- Papo reto? Posso pedir mesmo?
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