INTRODUÇÃO
[ANTERIORMENTE,
AO LONGO DE 2019]
Devo
avisar que essa é uma história sobre observação, portanto, se você não é do
tipo que se excita com cenas onde há testosterona correndo escondida, hormônios
latejando e tesão explodindo implicitamente entre homens, sugiro que pare de
ler e siga para outro enredo que melhor te atraia. Por precaução e o cuidado
com a minha profissão, direi apenas que sou um cara de 34 anos de idade,
heterossexual, casado e ex-diretor de uma escola pública da cidade do Rio de
Janeiro, onde ainda trabalho como professor de Matemática no ensino médio e também
na educação de jovens e adultos.
O
que conto a partir de agora aconteceu e vem acontecendo desde o começo de 2019,
sendo a primeira vez que testemunho esse tipo de situação em meu ambiente de
trabalho. Não vou ser ingênuo ou leviano de dizer que não sabia que situações
assim ocorriam, porque já tinha ouvido outros colegas de profissão comentarem a
respeito, porém nunca havia visto com meus próprios olhos. Assim, jamais desconfiei
de que um dia seria eu completamente paralisado na frente da minha sala de aula
e vendo aquilo evoluindo, aquela cena se desenrolando bem diante do campo de
visão, anunciada pra quem mais quisesse ver. Tava ensinando matéria nova, algo
a ver com polinômios e produtos notáveis, escrevendo algumas propriedades no
quadro branco, enquanto a turma do terceiro ano do ensino médio fazia a
algazarra de sempre. Até que virei pra trás, na direção deles, e presenciei o
episódio.
- "Mas que porra... é..
essa?!" - pensei alto, sem falar nada, pra não acabar chamando atenção. -
"O que é que eles.. tão.. !!?"
Fiquei sem palavras com o que vi,
absurdamente impactado e, principalmente, bastante surpreso pela inversão que
tive diante daquele cenário completamente confuso pra mim.
- "Ué, mas.. esse moleque não..?"
- continuei pensando. - "Ele não é.. não tem mulher?"
Meu corpo parado, eu sem saber o que
fazer, porque, além de inédito, era também muito delicado interferir de
qualquer maneira no que estava acontecendo no meio da turma. Imediatamente
escutei as vozes de outros professores e professoras ecoando na minha mente, me
relembrando de relatos de experiências que já tinham tido com aquela mesmíssima
situação que me deixou sem reação na frente da sala de aula.
- "O que eu faço? O que é que eu
faço agora? Eu interrompo?! Eu.. Será que eu..?" - minha cabeça não parou
de tentar processar a quantidade de informações, o peito começou a suar, a água
do meu corpo foi descendo pela testa, pelo pescoço e também pelas pernas suando.
- "Mas que merda, será que esses moleques não têm noção da onde que eles estão?!
Isso aqui é uma escola, porra!"
Já tinha escutado que esse tipo de
comportamento era mais comum no começo da puberdade, por conta dos hormônios
estimulando as curiosidades dos moleques em fase de crescimento. E foi
justamente por isso que considerei muito inédito, uma vez que ali se tratava de
uma turma de terceiro ano do ensino médio, com caras entre 17 e 19 anos de
idade. De repente, essa era a chave da situação: a turma do terceiro ano, que,
por alguma razão, era feita exclusivamente de homens, e só naquele instante me
dei conta disso.
- "O que fazer?! Finjo que não tô
vendo ou reajo?! ... Fingir ou reagir!? Fingir ou reagir!?! Porra, mas que saco
de hesitação!" - o pensamento me batendo firme, cobrando qualquer ação
seguinte, enquanto o cenário se desenrolava em plena sala de aula. - "Se
fosse ao contrário, eu interferiria?! Que droga de consciência!! Tenho que
fazer alguma coisa, qualquer coisa, nem que seja virar pro quadro e voltar a
escrever! Merda!"
Nem nos anos em que atuei como diretor havia
presenciado qualquer tipo de relato com relação aos comportamentos intencionais
entre colegas de classe, não do jeito que tava acontecendo naquele momento. Foi
aí que a porta da sala abriu e entrou um aluno atrasado, fazendo um barulho que
chamou a atenção de todo mundo, incluindo os atores daquele acontecimento
inédito.
- "Salvo pelo gongo!" -
comemorei mentalmente.
Com essa chegada, a situação que me
paralisou acabou, mas eu ainda não tinha noção de que aquilo era só o começo.
Ou melhor: a coisa tava só se desenvolvendo, porque não tinha começado
exatamente no terceiro ano, era algo com muito mais tempo de vida e que
definitivamente ia durar.
Não
comentei com absolutamente ninguém do que tinha visto acontecer em plena sala
de aula, porém não preciso nem dizer que a cena não saiu da minha cabeça, né?
Achei algo tão fora do comum, tão explícito, que se contasse pra alguém, essa
pessoa certamente cobraria minha atitude, que nesse caso foi nenhuma.
Perguntariam o que eu fiz e eu ficaria sem palavras pra responder, ou então
teria que mentir. "Eu mandei que parassem, é claro! O que você acha que eu
fiz?", era o que eu muito provavelmente ensaiaria até acreditar, até eu mesmo me desfazer da cena rolando e
rolando a todo instante na minha cabeça. Até quando fechava os olhos, podia ver
novamente aqueles moleques refazendo implicitamente o que estavam fazendo ali,
à mostra pra quem quisesse ver, apesar de somente eu estar percebendo o que
estava acontecendo. Se qualquer um dos outros colegas de classe visse aquilo,
ninguém poderia predizer o que de fato aconteceria a seguir.
- Tá tudo bem?
- Oi?
- Você tá muito tempo parado aí na
frente dessa tela. Tá tudo bem?
Senti as mãos da minha esposa apertando
meus ombros e respirei fundo, percebendo que estava mesmo passando mais tempo
nas lembranças do que no presente, de tão impactado pela experiência que tive
mais cedo.
- Ah, sim! Tudo bem, sim. - pensei
rápido. - Tô aqui tentando construir mentalmente a prova de uma turma minha,
mas ainda não saiu nada.
- Entendi. - ela fingiu acreditar. - Vê
se não passa a noite aí, tá bom?
- Obrigado pela preocupação, amor. Te
amo!
Demos um beijo e logo ela se deitou,
virando pro lado pra dormir e me deixando novamente imerso no mar de detalhes
registrados pelos meus olhos na escola. A 3004 era uma turma de aproximadamente
quinze cabeças, só com homens entre 17 e 19 anos de idade, a maior parte deles
já trabalhando ou fazendo jovem aprendiz. Alguns já eram pais e um deles até
casado, que eu bem me lembrasse. Desde o começo do ensino médio, quando ainda
eram a turma 1006, ouvi professores e professoras dizendo que se tratava de um
grupo complexo de se trabalhar, porém ninguém nunca explicou bem o porquê, como
se fosse parte de um tabu ou alguma coisa nesse sentido. Foi só depois desse
dia, após o episódio que testemunhei acontecer na sala de aula, que comecei a
perceber o lado oculto desses moleques, mas sempre mantendo minha posição de
professor e nunca estando envolvido nas tretas entre eles. Por isso iniciei
dizendo que era uma história sobre observação, dado que nunca interferi
ativamente no que esse bando de marmanjo fazia.
Tendo
todas essas circunstâncias em mente, acho que posso começar a explicar, passo a
passo, como finalmente entendi as dinâmicas ocultas presentes nessa turma de
terceiro ano, aquele típico terceirão comum como todos os outros, porém muito
mais amigos e muito mais.. íntimos. Íntimos até demais.
ANTES DA BOMBA
Na
próxima aula que dei após o primeiro evento que vi e que me deixou paralisado,
dediquei mais atenção às vozes sussurradas que costumava ouvir quando tudo
ficava em silêncio na sala de aula. A construção do espaço proporcionava uma
acústica livre pra mim, principalmente quando sentado na parte da frente do
lugar. Antes eu não tinha porquê dar ouvidos ao que os moleques ficavam
cochichando: eram moleques de fundo de turma, típica galera do fundão, um bando
de marmanjo já com barba, alguns com família e trabalhando, mas todos
impregnados com um elemento essencial entre si, que era a presença de um certo
ego fora do comum. Fossem os de 17, os de 18 ou os de 19 anos, basicamente
todos eles eram muito parecidos no sentido comportamental, mas essa minha
conclusão levou muito tempo até ser formada. Nesse dia fazia um sol bem forte,
então a turma estava naturalmente agitada, como sempre acontecia nas minhas aulas
de Matemática, só que as risadinhas estavam acima do normal, tanto quanto o
calor na sala de aula.
- Porra, tá mó calorzão, fessô!
Sem virar pra trás, escutei a voz do Adson,
um dos moleques mais falantes e hiperativos da turma. Pele branca, meio
beiçudo, de estatura mediana e do tipo que só usa a blusa do uniforme com os
ombros e braços fortes de fora. O estilo meio brincalhão e zoador, que fala com
todo mundo e por isso é o queridão da galera. Cabelo curto e enroladinho,
disfarçado nas laterais, o corpo magrinho e definido.
- E o que o senhor quer que eu faça? -
falei educado, como sempre. Só então parei de escrever no quadro, virei pra
trás e o observei.
Sentado todo torto e aberto, o Adson
tava quase deitado sob a mesa da carteira, com a calça jeans contornada nas
pernas, deixando parte delas à mostra e revelando a testosterona explodindo em
pelos. A testa suando. Ele estava logo na primeira fileira, então conseguiu
espaço suficiente pra se esticar e ainda esfregou o suor da testa com o
antebraço veiúdo e tatuado, tentando se refrescar por um momento. Essa cena
deixou ver os poucos tufos de pelos enxertados nos sovacos suados e definidos,
assim como as manchas do suor impregnando no uniforme. Mesmo sem querer, me
perguntei mentalmente qual seria o cheiro do quarto de um cara desses, mas logo
retornei à realidade e voltei a escutá-lo.
- Coé, deixa eu abrir a janela lá trás?
- ele olhou meio puto pra parede, apontou e reclamou, abanando a própria blusa
molhada. - Já que essa porra desse ar não funciona, né?!
Os outros moleques começaram a rir do
comentário ofensivo dele ao falar comigo. Adson ignorava a hierarquia entre
professor e aluno e me tratava como mero conhecido, usando gírias, palavrões e
o tom informal no jeito de falar e gesticular. Além disso, ele sabia muito bem
que a regra da escola era que todas as salas com ar condicionado mantivessem
suas janelas fechadas, independente do aparelho funcionar ou não. Num dia de
sol como aquele, estávamos sofrendo, portanto ignorei essas regras inúteis e
voltei a escrever a matéria no quadro branco, respondendo meu aluno sem
olhá-lo.
- Se os seus colegas concordarem com
isso, pode ficar à vontade.
- Ih, ninguém tem que concordar não,
fessor! - marrento como todo aluno de terceiro ano é. - Eu que decido! hehehe
Escutei o barulho dele levantando e
indo até o fundo da sala para abrir as janelas, fazendo isso sem pressa.
Depois, ouvi quando se sentou de volta na própria carteira e foi nesse momento
que surgiu aquele primeiro sinal evidente da tensão que existia entre os
moleques.
- Ó, licença assento, ein! - Adson
falou ao se sentar, fazendo um sinal com a mão e olhando em volta para os colegas.
- Pra depois não meterem o papo que eu não falei, bando de cuzão!
Olhei pra trás e me deparei com os três
colegas que estavam sentados ao redor dele rindo, como se estivessem mesmo
esperando para zoá-lo de alguma forma, caso não tivesse se lembrado de falar o
tal "licença assento" ao se sentar.
- Ainda bem que tu se lembrou, menó,
porque esse paizão aqui tá na seca pra fazer filho, ó! - atrás dele, Roger, um
molecote todo forte, que também adorava uma zoação, da pele bem escura e o
cabelo black disfarçado, tava copiando a matéria e apontou com a caneta pra
direção de outro cara. - Fala tu, paizão? Tá galudão, né? HAHAHAHA
Parado na direção que Roger apontou
estava o Andrew, um magrinho, falador, alto, repetente, com aparelho colorido
nos dentes, algumas espinhas na testa, bigodinho fino, a barba só no queixo e a
pele parda. Tatuagens no braço, no pescoço, até algumas no rosto, com um jeito
de funkeiro meio maloqueiro, todo tirado a sabichão e cheio de gírias pra falar.
Tava sempre de touca na cabeça, brinquinho de pagodeiro numa das orelhas e o
cabelo descolorido no branco.
- Porra, sem caô, hoje o pai tá
enjoado, ein! Já aviso logo, é dia de socar a braba! hahahaahha - Andrew
copiava a matéria e falava ao mesmo tempo, rindo com os colegas. - Se der mole,
taco mermo! Tem tempo ruim não, quem ignora buraco é prefeito!
- HAHAHAHAAHHA
Ao redor, todo mundo começou a rir da
voz grossa, séria e ao mesmo tempo bem humorada dele.
- Ouviu, né, Jean? hahaahah
- AHAHAHAHAHAHAHAH! - mais e mais risadas.
Na metade da sala, sentado de pernas
cruzadas, copiando no caderno e também rindo bastante, estava o Jean, um aluno
muito simpático, gordo, de roupas apertadas, cabelo curto, loiro, e de
comportamento meio afeminado, dando a entender que possivelmente era
homossexual. Pareceu que eles não eram alunos adultos naquela sala e sim
moleques bobalhões demais, presos em corpos de gente grande, de tão imaturos ao
zoarem Jean.
- Coé, paizão, tá vacilando, é? - Biel,
um moleque branquinho, rico e com jeito de filhinho de papai criado em
condomínio fechado, não deixou de lado a oportunidade de entrar na zoação. -
Cadê tua mina, pra abaixar esse teu fogo?
- Ih, mermão, comigo tem essa não! - Andrew
respondeu enquanto copiava do quadro e apertava a mão na própria rola por cima
da calça. - Do jeito que eu tô, qualquer sapo vira pepeca! Lugar de pau é no
cu! HAHAHAHAHA
- AHAHAUSHASHAHS! - como sempre, todo
mundo acompanhou.
Aquele era meu segundo dia de percepção
ativa com relação aos alunos da 3004, ou seja, o segundo instante em que me
peguei entendendo sobre o que estavam falando e de que maneira se zoavam. Só
que, ingênuo, eu ainda não tinha noção do quanto algumas coisas eram ou não
zoações, foi aí que a coisa se desenvolveu.
- Qual vai ser, Jean? - Andrew voltou a
dizer, falando as frases meio pausadamente pra fazer os amigos acharem graça. -
Cair de setorzada comigo depois da aula?
- Iiiiiih, HAHAHAA! Ó o papo, paizão! -
Biel voltou a debochar, zoando o amigo que já era pai e tinha esposa. - Coé,
rapaziada, tão perdendo a cabeça, é? hahahahaha
- HAHAHAHAHAHA!
Pra complementar a situação, Adson, que
foi o primeiro a lembrar de toda a zoação por trás do tal "licença
assento", virou pra trás, olhou Jean de longe, sentado lá atrás, e gastou.
- E aí, qual vai ser, Jean? - passou o
braço no pescoço de Andrew ao seu lado e instigou. - Vai cair de setor com o
meu cria aqui ou não, depois da aula?! HAHAAHHAHA
- Coé, menó! - dessa vez foi o próprio Andrew
que advertiu, tentando se soltar do aperto que Adson deu em si e sem deixar de
apertar o próprio caralho na calça jeans. - Aí depois eu deixo esse viado
grávido, cês vão querer me gastar, porra!
- HAAHAHAHAHAHAH - todo mundo rindo.
Foi nesse instante que Jean decidiu
responder, caindo de vez na malícia de um bando de marmanjo querendo zoar com a
cara dele. Pelo menos foi isso que eu achei que estava acontecendo ali, zoação
por parte da turma pelo fato do cara ser gay.
- Mas eu vou fazer o que na sua casa, Andrew?
- Iiiiiih! - o coro deles foi uníssono.
- Dá o papo pra ele aí, paizão, que ele
tá curioso! - Roger instigou. - Conta pra ele o que tu quer que ele faça no teu
barraco! HAHAHAHA
- Agora eu quero ver! - Biel também
botou lenha na fogueira, até parou de copiar pra olhar pro lado e pra trás. -
Qual vai ser, paizão? Dá o papo! HAHAHA
- Iiih, mané! - entre risadas, Adson
apertou o malote de rola por cima da calça jeans, bem desinibido e à vontade. -
O bagulho tá ficando sério mermo, ein! HAHAHAAH
Andrew esperou, virou pra trás, encarou
Jean e respondeu gesticulando com o verso de uma mão batendo na palma da outra,
como se estivesse simulando empurradas e batidas de um corpo no outro.
- Fazer trabalho, pô! - bem safado, ele
riu malicioso e isso fez a turma cair na gargalhada mais uma vez. - Nada de mais,
papo reto!
- HHAHAHAHAAHHAHA!
Eu só observando, atento na situação e
escrevendo no quadro enquanto eles conversavam.
- Bom que minha mina tá na casa da mãe
dela com a minha filha, vai nem saber que tu tá lá em casa fazendo trabalho pra
mim. - Andrew foi abaixando o volume da voz, dando a entender que tudo aquilo
era muito mais do que simples zoação e brincadeira entre colegas de classe. -
Só brotar, Jean!
- Maluco tá cachorrão mermo, ein!? -
Biel voltou a gastar. - Caralho! HAHAHAHAHAHA
- Amassa, paizão! - Roger também zoou.
- Taca-lhe saco mermo! hahahaha
Bancando inocência e fazendo uma voz
propositalmente mais leve do que a do restante do pessoal, como se quisesse
parecer sereno e tranquilo, Jean voltou a respondê-lo.
- Mas a gente não tem trabalho nenhum
em grupo pra fazer, Andrew.
O riso foi unânime, não deixando
qualquer espaço para que as risadas acabassem em qualquer momento. Todo mundo
estava rindo, mesmo os garotos que não costumavam fazer parte das rodas de papo
e de zoação alta.
- Porra, Jean! Então tu cola lá no
barraco que eu dou um trabalhão na tua mão pra tu fazer, seu viado! hahahahaha
- Andrew gesticulou com a mão fechada na frente da boca, mexendo pra frente e
pra trás e forçando a língua contra a bochecha, simulando sexo oral. - Vô botar
um trabalhão na tua boca, pra ver se tu é bom de prova oral! Já fez prova oral,
Jeanzinho? HAHAHAHAHA
Mais e mais risadas, ninguém se
contendo e eu prestando atenção em cada detalhe, enquanto terminava de copiar a
matéria pro quadro e me sentava na mesa. Peguei alguns trabalhos para corrigir,
só na intenção de disfarçar e não ser percebido, para não interromper a
evolução do assunto entre eles. Enquanto isso, o papo e as gargalhadas
continuaram rolando.
- Eu já fiz duas provas orais e tirei
dez nas duas, tá? - Jean respondeu e isso fez os garotos continuarem rindo e
provocando. - É sério, gente! hehehehe
Por alguma razão, achei que ele não
entendeu bem o que os caras tavam falando. Ele até sabia que era algum tipo de
zoação, mas sua resposta inocente me fez pensar que não tava completamente
ciente do teor sexual naquelas brincadeiras.
- Papo reto? Então, quero ver! - Andrew
instigou. - Eu que vou te avaliar! HAHAHA
- Caralho, prova oral mesmo? - Adson
achou graça. - Duvido tu gravar essa parada pra gente, menor!
- Que mané gravar, tu tá maluco? - o
amigo rebateu. - Se minha mulher descobre, eu tô é perdido! Tem nada de gravar
não, aqui é só um pente e rala, moleque! ahahahahaha
Em nenhum instante as risadas cessaram,
nem mesmo o próprio Jean parou de rir, já enturmado com os moleques que só o
faziam zoar e gastar a paciência com aquelas brincadeiras sem graça. Foi aí, do
meio de todo esse entrosamento e do fundo desse caldeirão de testosterona,
masculinidade tóxica e sexualidade aflorada, que, inocentemente, Biel foi a
pessoa quem deu a sugestão que mudou drasticamente o destino da 3004.
- Jean, por que tu não brinca de
licença com a gente? - ele chegou a virar o corpo pra trás, pra olhar pro
colega de classe cara à cara ao dizer. - Já brincou antes?
Os garotos se olharam ao mesmo tempo,
cada um na própria carteira e com o sorrisinho cínico impresso no rosto. Eu
soube naquele instante que eles com certeza estavam pensando em alguma coisa.
- Iiih, isso não vai prestar, mermão!
hahahaha
- Caralho, papo reto, né? A gente nunca
chamou o Jeanzinho pra brincar de licença com a gente! heheheheh - Roger achou
graça. - Já pensou? Porra, tu vai se amarrar, Jean!
- Papo reto, essa eu quero ver, maluco!
- Adson concordou.
- Licença? - Jean quis saber. - E como
que brinca disso?
Andrew riu consigo mesmo, sem tirar a
mão de cima do pau na calça, copiando matéria e se animando com as
possibilidades.
- Na hora do intervalo pede pro Andrew
te ensinar. - Roger provocou. - Ensina pra ele, paizão!
- Eu ensino! Quer que eu te ensine,
Jean? - Adson interrompeu e já foi tomando lugar no meio das possibilidades. -
Fica aqui na sala que eu te mostro, tu vai se amarrar! haahahah
- Duvido, eu que vou mostrar pra ele! -
Andrew não deixou barato. - Ele pediu pro paizão aqui ensinar!
- Pediu porra nenhuma, moleque, deixa
de ser caozeiro! - Biel debochou.
- Ó, Jean, se quiser tamo aí, ein! -
até Roger quis entrar no jogo. - Dô até aula, se tu quiser aprender a jogar
licença! hehehehe
- Porra, vocês são tudo empata foda
mermo, ein! Vai tomar no cu, mermão! HAHAHAAH
- AHAAUAHHAHA!
Eu prestei atenção naquilo tudo e
tentei não acreditar que era mesmo o que estava acontecendo. Um bando de
molecote já com família, responsabilidade, mulher, filho e trabalho, tudo
agindo como se fosse bobinho, machinho, que nunca viram um homossexual antes.
Todos eles queriam ensinar pro Jean como se jogava licença, sendo que, até onde
pude ver, quando o Adson se sentou e pediu "licença assento", algo me
disse que ele sofreria alguma consequência caso não tivesse dito.
- Tá bom, então na hora do intervalo eu
fico aqui e vocês me ensinam como é que brinca disso, pode ser?
A inocência do Jean fez todos eles
caírem na gargalhada outra vez, com mais e mais zoações sendo feitas
explicitamente. Adson coçando o saco a todo instante, Andrew apertando a pica
inquieta dentro da calça e até o Roger se mostrando todo saidinho nas piadas,
dando a entender que era pau pra toda obra. Pra mim, restava apenas descobrir
qual consequência seria essa da tal "licença" e porque, de uma hora
pra outra, todos aqueles moleques se viram tentados a ensinar pro Jean como se
brincava, um rapaz afeminado que eles só zoavam até então. Era óbvio que
tentariam tirar algum tipo de vantagem do cara, e tive a certeza de que isso
era por ele ser gay. Pronto, tive motivos suficientes pra disfarçar e, na hora
do intervalo, voltar na porta da sala de aula fechada, como quem não queria
nada, só pra tentar espiar o que aquele bando de maluco ia fazer com o Jean.
Assim
que cheguei na porta, espiei pela fresta que existia na portinhola e, de acordo
com o combinado, vi exatamente os mesmos moleques que se prontificaram de
ensinar pro Jean como era a brincadeira da "licença". Ele tava
sentado na própria carteira, enquanto Andrew, de pé, falava desinibido sobre
como se jogava e as regras.
- Não tem caô nenhum, mermão, tu vai
pegar de primeira! No licença assento, toda vez que tu for sentar em algum
lugar, tem que lembrar de pedir "licença assento" antes de sentar. -
o jeito piranhão de gesticular incluía uma desafogada ou outra com o dedo mindinho
na perna da cueca, pra soltar as bolas do meio do tecido. - Tipo, tu levantou
agora, foi ali na lixeira jogar isso fora e vai voltar pra cá pra sentar de
novo. Olha pra gente, pede "licença assento" e só depois senta, se
não a gente tem que fazer tu pagar as consequências.
Ao redor deles, fazendo um círculo, Adson,
Roger e Biel parados, escutando com atenção as explicações do colega mais velho
e rindo, talvez já de imaginar o que viria pela frente.
- E se eu não pedir licença, quais são
essas consequências?
Antes de começar a responder, Andrew
esfregou as mãos, franziu a testa e fez semblante de lobo mau diante da
chapeuzinho.
- Bom, aí, se tu não lembrar de pedir
licença assento, tu tá querendo dizer que qualquer coisa pode encostar na tua
bunda sem pedir permissão. Tá entendendo um pouco do sentido da brincadeira?
- Mais ou menos. - riu. - O que vocês
vão fazer comigo?
- É que, tipo assim, se a pessoa senta
sem pedir licença, ela tá dizendo pras outras pessoas que tão brincando que
podem bater na bunda dela sem dó! Por isso que tu tem que sempre pedir licença,
Jeanzinho!
- E vocês brincam disso sem problema? -
quando o novinho perguntou isso, eu suspeitei pela primeira vez de que ele não
fosse tão ingênuo assim, sabendo do que tava perguntando. - Nunca deu briga
nisso?
- Claro, porra! O bagulho é obedecer as
regras. E sempre lembrar de pedir licença, essa que é a graça da brincadeira,
Jean! - Adson respondeu no lugar do Andrew, em seguida se preparou para sentar
na própria carteira, mas antes fez o sinal com a mão. - Licença assento!
Eu tava espiando tudo da portinhola e
me lembrei imediatamente do momento em que o Adson me pediu pra abrir as
janelas do fundo da sala, pois, ao retornar, ele fez exatamente daquela forma
como estava reproduzindo ali, demonstrando pro Jean como funcionava a
brincadeira.
- Ahn, acho que entendi. Tenho que
pedir licença toda vez que for sentar, senão sofro as consequências. Tô
entendendo! - Jean riu. - Que brincadeira foda! Mas essa regra vale só enquanto
tamo aqui na sala, né?
A reação do rapaz fez os que estavam ao
redor rirem, uns de canto de boca, outros mais explicitamente.
- Não, é em todo lugar. No intervalo,
na rua, em casa. Tudo. Todo lugar tu tem que lembrar da licença assento, senão..
Jean achou graça. Animado com as
possibilidades, Roger disfarçou e coçou a rola marcada na calça jeans branca,
se contendo nas piadas e querendo uma resposta imediata do colega.
- E aí, Jean? Vai jogar com a gente ou
vai arregar?
A pele escura, a cara de mau de sempre,
com as sobrancelhas grossas no rosto e o cabelo cortado num black curto,
disfarçado dos lados e micropigmentado na régua. Aos 18 anos, Roger era o
molecote que quase nunca era visto com alguma mina, por conta do excesso de
tarefas e treinos físicos que fazia, e que consumiam seu tempo, mas todo mundo
sabia que ele já tinha vida sexual ativa.
- Pra mim, tu vai tirar de letra o
sentido da brincadeira! HHAAHHAAHH - começou a rir. - Molezinha pra tu!
Ninguém dizia que tinha tal idade, sempre
aparentando ser mais velho, por conta do porte físico atlético e do comportamento
adulto, apesar das zoações de sala de aula e das companhias imaturas. Roger
tinha moto, bebia, estava em todos os eventos do colégio e jogava oficialmente
nas equipes de futsal, vôlei, basquete e handebol, sempre com os brações de
fora do uniforme, exibindo os muques e os sovacos peludos. Seu interesse pelos
esportes estava ligado a não querer ser motorista de caminhão, profissão que
seu pai tanto queria que ele herdasse.
- Será? - Jean fez semblante de dúvida.
- Não sei se vou me acostumar a ficar lembrando toda hora que tenho que pedir
licença.
Sentado na carteira do lado, Adson
achou graça da pressa de Roger e da sinceridade de Jean, aí também começou a
rir. Esticou as pernas e prendeu as enormes mãos na mesa da carteira, um
antebraço tatuado, muitas veias e o toque de molecote que já começou a foder,
mesmo que o último namoro tenha sido com uma mina extremamente religiosa.
- A graça é essa, Jeanzinho! Se tu se
esquecer, a gente tá aqui pra te lembrar, pô! hhahahahaha
A mão toda hora indo no volume
descomunal entre as pernas, apertando a massa de rola de novinho meio marrento
e ao mesmo tempo carismático, de quem todo mundo gosta. O jeito único de quem
come quieto e come sempre, meio bobão, porém não menos egocêntrico do que os
colegas tirados a machinhos.
- Então vocês vão ter que ficar me
lembrando toda hora, porque, olha... - o novinho soou bobo. - Sou péssimo de
memória, cara!
- Pode deixar que a gente te dá um..
empurrãozinho! Um dia jogando e tu já vai tá na linha, viado! - Andrew sorriu e
despreguiçou o corpo, se esticando na vertical. - Vai ver só!
O
burburinho de risadas e zoações foi uníssono, demonstrando que, de fato,
eu estava certo. Aquele bando de moleque tava explodindo de hormônio, mesmo
sendo tudo maior de idade. Parecia que a puberdade fazia deles o lobo mau
diante da chapeuzinho, as presas expostas e cheias de saliva quente, doidos pra
morder, rasgar e estraçalhar carne.
- Vou contar com vocês! - Jean ou
provocou, ou caiu no atalho que os lobos sugeriram.
- Pode contar comigo! hehehehe - Andrew
voltou a dizer, mantendo o corpo esticado e a preguiça sendo liberada aos
poucos. - Um bagulho que eu sou bom é de lembrar das paradas!
Justamente o mais velho entre eles, de
19 anos, era também o mais imaturo e cheio de maldade. Casado, com filha e
família em casa, o Andrew não tinha pudores e foi ele basicamente que se
prestou a orquestrar aquele enredo, desde o início. Jeito de funkeiro, as tatuagens
no rosto e no pescoço chamando atenção, a ponta da sobrancelha riscada, alguns
brincos na orelha e aquela cara de quem virou a madrugada no baile, mandando
passinho, usando black lança com os parceiros e vendo as faixa rosa jogando
pros crias.
- Vamos ver se vocês são bons mesmo. -
Jean disse isso e se preparou pra levantar, agindo sem tirar o risinho inocente
do rosto.
- Iiiih, ó! Tá desafiando! HAHAHAHA -
Biel gargalhou e incendiou a brincadeira. - Depois não vale pedir arrego, ein,
Jeanzinho?
- É sério, cara! Eu sou ruim de
memória, não tô brincando!
- Aham! HAHAHAHAHA
Pra mim, tudo aquilo era só mais uma
desculpa pra passar a mão na bunda um do outro, mas muito mais que isso: como
seria a brincadeira, a partir do momento em que um participante notavelmente homossexual
passa a fazer parte dela? Quero dizer, quatro marmanjos mais velhos inventando
desculpa de brincadeira pra meter a mão no rabo do considerado "gay da
turma". Onde isso ia dar?
Bom,
pra responder as perguntas acima, vou começar falando das primeiras mudanças
que percebi logo após esse dia, depois que espiei os moleques da 3004 se
organizando pra brincar de licença assento. De fato, eles começaram mesmo a
brincar disso, deu pra perceber na primeira aula que tivemos juntos após a
reuniãozinha. A todo instante escutei as vozes de "licença assento,
licença assento" que Andrew, Biel, Jean, Adson e Roger pediam toda vez que
estavam prestes a se sentar, me dando a impressão de que talvez nada ainda
tivesse acontecido, tamanho cuidado com que se lembravam de pedir a tal da
licença. No entanto, pelo menos no sentido das emoções, das sensações e das
intenções, a primeira mudança peculiar com a qual me deparei foi a nova
disposição de cadeiras que eles fizeram na sala, sem nem terem me consultado. Adson
era até marrento, mas o Andrew não precisava de marra, ele fazia o que queria e
ponto, sem necessariamente ostentar que tinha esse poder. Foi ele, por exemplo,
quem pegou as coisas do Jean, que normalmente sentava no meio ou no fundo da
sala de aula, e o colocou sentado do seu lado, na parte da frente das fileiras.
- "Que cara mais abusado!" -
lembro-me bem do que pensei quando vi a arrumação feita por ele. - "Isso
porque é casado, imagina se não fosse?! Fico só pensando na cara que a mulher
dele faria se descobrisse essa putaria toda.."
A intenção do Andrew era óbvia:
facilitar ao máximo seu acesso ao que tanto queria. E, pra mim, seu objeto de
desejo estava evidente: tirar o cabaço do Jean antes que qualquer outro colega
do grupo o fizesse. Era quase uma corrida, uma competição pra eles, do mesmo
jeito que faziam com a objetificação tradicional que exerciam com as mulheres,
só que dirigida para um colega de classe possivelmente homossexual. Possivelmente,
porque até então eram só suspeitas. Ninguém nunca viu Jean afirmando sua
sexualidade.
- "E se esse moleque não for
viado?" - foi o que pensei. - "Será que ainda existe essa
possibilidade?"
Mas minha dúvida logo foi desfeita,
conforme as outras aulas foram acontecendo. Ao longo das semanas, concluí que a
brincadeira dos rapazes talvez não tivesse dado muito certo, porque nunca vi
nenhum deles punindo o outro por ter esquecido de pedir licença assento. No
entanto, um dia eu percebi um detalhe oculto e que eu nunca nem tinha pensado
ser possível antes.
- Professor, posso ir aí? - a voz do
Jean irrompeu o silêncio absoluto da sala de aula naquela manhã.
Era o meio da aplicação de uma prova,
então estava tudo muito organizado e silencioso, cada um daqueles moleques em
sua respectiva carteira, sem qualquer ruído, tudo na maior paz.
- Pode falar daí. - respondi. - Vai que
a dúvida dos seus colegas também não é a mesma dúvida do senhor?
Ele olhou pra prova, fez cara de
hesitação, coçou a cabeça e ameaçou levantar, preso no que fazer, entre se
sentar ou ir até minha mesa.
- É que, eu tô com dúvida.. na..
Ao redor, três dos quatro amigos que
estavam fazendo prova pararam. Olharam pro Jean, se olharam e disfarçaram o
riso, meio que esperando o que viria a seguir. Naquele instante, percebi que
todos eles se deram conta de que o rapaz havia levantado e sentado novamente,
sem ter pedido licença assento. Vendo essa interação deles cheios de más
intenções, bocejei e depois suspirei.
- Vem aqui. - chamei e ele obedeceu.
Minha intenção foi impedir que uma cena
explícita de bateção na bunda do Jean pudesse acontecer em plena prova de
matemática, porque, além de constrangedor pro resto da turma, me obrigaria a
tomar providências.
- O que você não entendeu?
Ele ajeitou a blusa sobre a barriga, se
abaixou do meu lado na mesa e começou a tirar as dúvidas da prova comigo.
Enquanto isso acontecia, notei Andrew e Roger rindo, pensei que estavam
colando, mas os dois pivetes não pararam de olhar na direção do Jean. Foi nesse
momento que, marrento e ao mesmo tempo sorridente, o Adson se levantou e veio
andando até nós, trazendo a folha da prova consigo na mão. Aí, como quem não
queria nada, ele parou bem atrás do Jean, que estava abaixado resolvendo
dúvidas comigo, e encostou de leve com o volume da calça jeans na ponta do
cotovelo do colega.
- Mas aqui na dois, eu posso somar
antes e.. - o novinho até se desconsertou quando sentiu a picada no braço,
tendo que se concentrar pra não dar na telha e acabar me deixando perceber que
algo estava acontecendo ali. - .. depois divido?
Pra não constrangê-los, fingi que não
vi e foquei no entendimento do Jean na questão da prova.
- Não, primeiro é a divisão. Lembra?
Imóvel e olhando pro meu dedo apontando
os parênteses da equação, ele continuou com o cotovelo na direção da quina da
mesa, enquanto Adson só faltou suspender os braços, de tão à vontade naquela
posição de sarrar a massa de pica contra a pele do amigo. Do outro lado da
sala, Andrew e Roger viram isso e riram silenciosamente, achando graça da
zoação e incentivando o colega a fazer mais, a ir além. Jean, por sua vez, fez
que nem era com ele e tomou uma atitude que me surpreendeu: começou a fazer um
monte de perguntas sobre várias coisas que já tinha feito na prova, como se
quisesse ficar mais um tempo na minha mesa, tomando pirocada do Adson no
cotovelo.
- E essa aqui, também tá certa?
- Não sei te dizer. Na real, eu vou ter
que olhar depois, com mais calma.
- "Ssssss, fff.." - tive a
impressão de escutar o abusado, que estava de pé, gemendo baixinho enquanto
roçava.
- Poxa, nem essa daqui, professor?
- Nem essa. E nem aquela ali, também.
Hoje é dia de prova, então eu não sei de nada.
Ele insistiu e isso me deu a certeza de
que de bobo o Jean não tinha absolutamente nada. Nem o Adson. O puto continuou roçando
o volume do rolo grosso e entubado na calça jeans clara, colada no corpo,
contra a pele do Jean. Disfarçadamente, notei que tava ganhando mais volume,
mais forma, além do cacete começar a dar pequenas pulsadas, bem marcado e com
uma das bolas até desenhada um pouco abaixo, quase na perna. Em questão de
minutos, Adson parecia um cavalo, só que com uma tromba de elefante tomando
corpulência e brincando de querer foder o encontro do braço com o antebraço de
um colega de classe. Como se nada disso bastasse, o pivete ainda levantava a
cabeça, como se não tivesse se aguentando no prazer da brincadeira e precisasse
disfarçar o tesão.
- Então primeiro a divisão, né, profe?
- Sim, primeiro a divisão.
- Beleza. E depois a soma, né?
- Se não tiver multiplicação.
- Tá, entendi. - ele fez que sim com a
cabeça.
Enquanto isso, o outro ganhando tempo e
ereção, brincando de pincelar firme a pele do amigo contra a roupa, ao ponto de
chegar a disfarçar e meter a mão por dentro da calça só pra ajeitar a peça de
pica numa posição favorável às sarradas que tava dando.
- "MMMmm, que delícia!" - o
puto continuou gemendo baixinho, sendo sincero na hora de demonstrar o quanto
queria currar o colega ali mesmo, bem na minha frente, se pudesse. -
"FFfff, tava rasgando tua boca agora mesmo, se pudesse! Ssss!"
No ápice do tesão, o piranho olhava
pros outros colegas da turma e flexionava os músculos do braço, botando a
língua pra fora e fazendo cara de prazer, de orgulho, de masculinidade aflorada,
de testosterona e de vontade de fazer e acontecer com o quadril violento.
- "SSShhh, porra, só uma boquinha
quente agora, seu cretino! Ssss!"
O braço do meu aluno submisso chegou a
mudar de posição, com tanto movimento da cintura magra do Adson mandando ver
contra si. Roger e Andrew então começaram a rir daquele jeito silencioso, de
quem não pode fazer muito barulho. Empolgado, Adson ainda usou a mão pra fingir
que tava botando alguém pra pagar boquete pra ele, subindo e descendo perto das
costas do Jean, como se o segurasse pelos cabelos.
- Obrigado, professor.
- Nada. Boa prova!
Ele agradeceu, se despediu e ainda
levou alguns segundos para se levantar. Nesse meio tempo, o Adson parou de
tentar foder o braço dele e riu na maior cara de pau pro Jean, tendo que usar a
mão na frente do volume grosso de pica pra não deixar evidente que tava de pau
durão, pronto pra qualquer ação de verdade. Não era mais brincadeira, era a
realidade: bateu o tesão e o molecote ficou excitado com o contato físico que
teve com Jean. Nesse instante, até desistiu de me perguntar o que queria
perguntar sobre a prova e, vendo Jean indo se sentar, foi atrás dele, todo
sorridente. Ambos pediram suas licenças e fizeram o sinal com a mão, como
sempre. E, também como sempre, eu tava um ou dez passos atrás daqueles moleques,
sendo ultrapassado sem nem desconfiar. Esperei ver detalhes da brincadeira
entre eles, mas a realidade é que eles já estavam brincando de muitas outras
coisas há muito mais tempo do que pensei.
Era
mais do que óbvio: se a lógica que eles se esforçaram pra acontecer não deu
certo na hora de incluir Jean na brincadeira, evidentemente teriam alguma
válvula de escape, algum jeito de suprir a frustração por não ter funcionado. Claro
que encontrariam uma maneira de extravasar e ainda manter o sentido sexual
daquele jogo de putaria incubada. Como não maldei que fariam algo assim?
Fizeram! A convivência estava lotada, repleta, banhada e encharcada de
incontáveis contatos sexuais ocultos e socados implicitamente entre esses
moleques, sempre na direção e no sentido do Jean, que, por sua vez, bancava o
bobinho só pra se manter tirando a casquinha dos amigos tarados em bunda. Tudo
marmanjo mais velho, com responsabilidade, mas pensando com a cabeça de baixo e
procurando selvageria na rua, nesse caso, em plena sala de aula.
Conforme
me dei conta de que muita coisa possivelmente tava rolando por baixo dos panos,
fui constatando mais e mais detalhes que recheavam a convivência e as relações
daqueles pivetes. Além de não ter sido só esse lance do Adson roçando no
cotovelo do Jean que surgiu diante de mim, também notei que não era só na minha
aula que essas interações eróticas aconteciam entre eles. Num segundo episódio
muito mais aleatório do que esse da minha mesa no dia da prova, estava eu
passando bastante apressado pelo corredor do laboratório de informática, quando
parei na janela e olhei pro lado de dentro, na intenção de ver se o ambiente
estava lotado. Vazio, sem ninguém.
- "Finalmente!" - agradeci em
pensamento e já fui abrindo a porta, tentando não derrubar a enorme quantidade
de pastas, diários de classe e papéis presos nos braços. - "Esse lugar tá
sempre lotado!"
Meu notebook tava muito lento e eu
precisava muito de usar o computador, só que sempre que aparecia ali no
laboratório, dava de cara com o ambiente barulhento e com fila de gente
esperando pra usar uma máquina. Não foi naquele dia. Abri a porta, entrei e já
senti o ar condicionado em clima de montanha. Meu barulho e minha presença
fizeram duas pessoas próximas se assustarem, foi aí que me dei conta de que não
estava realmente sozinho.
- Foi mal, eu não quis assustar. -
tentei justificar.
Virei de lado e olhei diretamente pras
duas figuras, uma sentada, de frente pro computador, e outra de pé, atrás dessa
que estava sentada. Ajeitei meu óculos no rosto, na altura do nariz, e só então
identifiquei os dois.
- Jean?
- Opa, professor!
O novinho nitidamente se assustou com a
minha chegada, disfarçando com um movimento rápido de chegar a cadeira pra
frente. Atrás dele, descendo a blusa do uniforme bem na frente do corpo, como
se tentasse esconder o pacotão expressivo calça jeans, Andrew me olhou e riu de
canto de boca.
- Coé, fessor? Suave?
Coloquei algumas coisas por cima de uma
cadeira afastada de onde eles estavam e virei novamente para cumprimentá-los.
- Tudo indo, tudo indo. E os senhores?
- Tudo em cima.
- Na brisa, fessor. - o Andrew fez um
símbolo com a mão e, por alguns segundos, achei ele lento demais no jeito de se
portar fisicamente.
Pareceu até que tinha fumado um baseado
antes de chegar no colégio, o que não seria anormal, de acordo com seus hábitos
comuns de lazer e recreação antes de ir pro colégio.
- Bom, bom. - dei um tom de
encerramento ao papo, sentei na cadeira onde estava o computador que ia usar e
o liguei.
Não prestei muita atenção aos moleques
e eles até que passaram batidos por mim, porque não fizeram muito barulho e
conversaram baixinho, sem me distrair ou incomodar. Aonde eu tava, fiquei de
costas pra eles e eles também de costas pra mim, então meio que deu certo esse
encontro inesperado no laboratório de informática. Fiquei uns 7 minutos
digitando um documento, imerso nos meus pensamentos e desfrutando do ar
condicionado gelado, até que, distraído, olhei silenciosamente pelo reflexo da
janela na minha frente e vi aquela cena.
- Quando travar, tu vem e clica aqui,
ó..
Andrew de pé, praticamente colado na
traseira do Jean sentado, ensinando alguma coisa do computador para o amigo novinho
e gordinho. Não tinha necessidade do contato físico excessivo. Não só o corpo
do funkeiro, como também seu braço e sua mão, estavam por cima da mão e do
braço de Jean. Pra dar o ponto final, enquanto praticamente cobria o corpo do
amigo com o seu, Andrew ainda mexia o quadril de um lado pro outro,
devagarzinho, agindo como se fosse um animal pronto para a cruza e roçando nas
costas do outro.
- Só clicar?
- Isso, só clicar. Mas.. pode clicar
com vontade.
- Com vontade?
- Sim, sim.. ssss..
O molecote deixou o mais novo assumir o
controle do mouse, porém não cessou o contato físico pleno que estava tendo com
ele. As mãos subiram pelos braços de Jean e pararam nos ombros do novinho, com
o quadril do mais velho continuamente preso nas costas, mexendo lentamente para
os lados.
- Isso aí, garoto! Tô te ensinando
direitin, ein? Daqui a pouco vô cobrar! hehehe
Quem ouvisse aquilo de longe, jamais
suspeitaria da putaria acontecendo entre os dois, tudo isso sabendo que o
professor de matemática estava na sala, porém ignorando completamente. Era
muita vontade e curiosidade de se tocarem, se sentirem, de interagir e de
conhecer a excitação um do outro. Dois moleques pós adolescentes, em seus 18 e
19 anos, respectivamente, cada um numa vida diferente, mas ambos coincidindo no
mesmo desejo: a vontade de se encontrarem sozinhos numa cama, pra trocar uma
ação intensa, íntima e que Andrew a princípio só poderia ou deveria ter com a
própria esposa. Talvez essa seja uma história sobre intimidade e
um pouco da nostalgia
masculina do ensino médio.
- Não me cobra, não, que eu não tenho
dinheiro pra pagar. - Jean sussurrou, na intenção de que eu não ouvisse nada.
O silêncio absoluto na sala, por conta
da falta de gente, me deixou escutar tudo com muita atenção, como se as frases
ecoassem na minha mente e me fizessem suar, apesar do ar frio.
- E quem disse que tu vai me pagar com
dinheiro? - a resposta saiu ainda mais baixo, ao ponto de eu quase não
conseguir entender o que o funkeiro falou. - Tem tanto jeito diferente de tu fazer
esse pagamento.. heheehe
Primeiro foi o Adson desenhando com a
massa de rola grossa no braço do novinho, agora o Andrew, que era casado,
estocando a cintura arrogante contra as costas desse mesmo colega de classe,
agindo como se confundisse os limites entre brincadeira de colégio e excitação
entre homens. Ele nem precisava afastar o quadril do corpo do Jean, mesmo preso
nas costas do rapaz, dando pra ver o quão empenhado em sarrar ele tava.
- Shhhh, ele vai escutar! Para com
isso! mmmm
- Ele não tá nem aí pra gente, viado!
hheheeh
Mal sabiam que dava pra escutar tudo. O
funkeiro chegou a segurar o colega pelo pescoço, só pra se prender e conseguir
se envergar na traseira dele, mexendo de um lado pro outro, como se estivesse
numa perigosa esgrima, onde o objetivo final era certamente fisgar o meio da
bunda de Jean. Era basicamente uma pré foda em pleno laboratório de
informática, tudo prestes a explodir, caso eu não fizesse nada a respeito. Foi
nesse momento que a porta se abriu e umas dez cabeças de alunos do segundo ano
entraram pra, muito provavelmente, fazer trabalho em grupo. Essa quantidade de
gente foi suficiente pra me desconcentrar e impedir os dois safados de
continuarem a putaria que tinham começado, tendo que sair do laboratório poucos
minutos depois.
O
terceiro momento em que vi esses moleques perdendo completamente a linha da
intimidade diante do público, pra quem quisesse ver, foi quando rolou a
premiação das equipes de futsal, vôlei, basquete e handebol, no ginásio da
nossa escola, com todas as turmas do ensino médio reunidas. Estudante pra tudo
quanto era lado, clima de festa, animação, e muita gente usando os uniformes de
competição, que normalmente vestiam para representar nosso colégio. O Jean era
a prova de que esse papo de gordo não ter disposição ou viado não jogar bola
era tudo mentira, invenção, porque ele era o goleiro da equipe e contrariou
todas as expectativas dos estereótipos. Por conta da participação, lá estava
ele, de uniforme, junto de sua mãe e bem alegre, toda hora parando algum colega
de turma pra apresentar.
- E aí, Jeanzinho? Tudo certo? - Roger
foi um dos que parou para cumprimentá-lo, usando aquele riso muito cínico de
quem não podia mostrar pra mãe do amigo que tinha muita maldade com ele dentro
de sala. - Parabéns pelo troféu da equipe!
- Parabéns é pra você, Roger! - Jean
respondeu e riu. - Mais um ano seguido ganhando tudo isso aí de troféu!
Eu tava observando os dois de longe,
sem me envolver, mas com o máximo de atenção naquele semblante suspeito com o
qual o Roger olhava pro rabo do novinho, como se estivesse pensando em alguma
coisa. Foi nesse momento que a fotógrafa apareceu, segurando a câmera e
juntando os times para finalmente fazer a típica foto com todo mundo reunido,
uns abaixados na frente dos outros. Eu sabia que ia dar merda.
- Ajeita, ajeita, vem! - Andrew era um
dos mais animados, chamando os parceiros com a mão e gritando. - Faz a pose,
faz a pose! Geral pesadão, vai!
Adson e Biel também estavam por ali,
comemorando as vitórias e troféus, mas Roger continuava excessiva ou
propositalmente muito perto de Jean, me dando toda a certeza de que algo ia
acontecer. Quando todo o time se reuniu para tirar a tal da foto, aconteceu.
Alguns meninos de pé, atrás, enquanto outros se abaixavam na frente, alguns com
as mãos nos joelhos ou até sentados no chão.
- Eles só podem tá brincando.. - pensei
alto demais.
- Que foi? - uma professora que estava
do meu lado escutou e me olhou. - O que você disse?
- Esses moleques.. - disfarcei e pensei
rápido. - .. mais um ano seguido ganhando vários troféus, só pode ser
brincadeira!
- É, é, você tem razão! Eles são incríveis!
- Se são.
De pé, posicionado exatamente atrás de
um Jean com as mãos nos joelhos, Roger encostou seu garoto na bunda do novinho,
fez sinal de positivo com o polegar e sorriu pra foto, fingindo que
absolutamente nada estava acontecendo. Do mesmo jeito que Adson e Andrew
fizeram anteriormente, o cafucinho e atleta do colégio também tirou uma
casquinha do "gay da turma", mas fez isso no seu estilo próprio de
ser putão, roçando a tromba larga contra o encontro das nádegas do rapaz.
- Digam "xis"! - a fotógrafa
pediu.
Todos os moleques obedeceram, incluindo
os dois safados, que mantiveram a pose pra câmera, enquanto o mavambo continuou
grudado no lombo redondo do parceiro de time. Pra completar, ainda colocou a
mão enorme nas costas dele e, da onde eu tava, tive a certeza de vê-lo tentando
forçar pra baixo, como se quisesse Jean devidamente abaixado, na altura certa
pra ser estocado.
- "Uma hora eu vou te pegar bem
assim, ó?" - fiz a leitura labial do que o atleta sussurrou para o
gordinho. - "Será que tu vai ter cu pra me aguentar? Eu sou grandão, ein!
eheheheh"
Se tudo isso já não fosse o cúmulo da
falta de noção em público, Roger ainda fez que nem Andrew no dia do
laboratório, deslizando o quadril de um lado pro outro, só pra ficar exatamente
com o cacete estacionado no meio da terra de bunda gorda de Jean.
- Ih, peraí, meninos! Minha câmera
travou, segura a posição! - a mulher mexeu na máquina e continuou mirando na
direção do time. - Não mexe, não mexe!
Esse tempo adicional foi o ápice pros
dois pivetes, porque eles continuaram naquela tensão sexual, os dois com o
uniforme fino de jogar bola, e eu já conseguindo perceber a vara volumosa se
formando por baixo da roupa do Roger.
- "Será que tu agarra bola bem
assim mesmo, viado? FFfff, que vontade de testar essa tua habilidade, sua
cadela! SSss!"
O surpreendente é que ninguém mais ao
redor reparou nisso, só eu. Fui o único boquiaberto com a brincadeira entre os
colegas de classe, talvez por já saber que eles tinham um histórico de zoações
e interações recheadas de muito homoerotismo.
- Aí, agora vai! Xiiis!
Todo mundo sorriu e a fotógrafa
finalmente tirou a foto, permitindo que os moleques pudessem desfazer os risos
e as posições nas quais se encontravam. Assim que o cafuçu desatolou do meio da
bunda de Jean, vi o malote pesadão tendo que ser escondido sob as mãos enormes,
porque o putão sabia que era arriscado brincar de sarrar na porta do cuzinho do
amigo em público. Mesmo assim, nada disso o impediu de tentar, de roçar, de
tirar uma casquinha do que seria habitar, residir, estar dentro do rabo alheio,
mesmo que fosse de outro homem, mesmo que fosse durante a épica foto com o time
de atletas. Sua graça, de repente, era mesmo colocar a jiboia pra fisgar uma
prega ou outra do cuzinho do parceiro de time, ainda que fosse por cima da
roupa, só pra entrelaçar as genitálias e forçar um contatinho íntimo, pau mal
passado por cima do cu cru. Roger era do tipo que se Jean desse condição, ele
entrava sem nem pensar duas vezes, mesmo sendo o típico aluno atleta e
famosinho do colégio, que as meninas até comentavam, mas que nunca era visto
com ninguém. Eu sabia que esses moleques da 3004 tavam aprontando alguma coisa
e não me enganei, pois estava começando a abrir os olhos para todos os detalhes
ocultos presentes no cotidiano.
Se
esses episódios não foram o suficiente para explodir a dinâmica dos alunos da
turma do terceiro ano, as semanas seguintes com certeza foram. Era o começo do
verão e a proximidade das férias de fim de ano tiravam a atenção de qualquer um
às aulas de matemática, ou seja, além do calor excessivo e do ar condicionado
da sala de aula não funcionando, eu ainda tinha que lidar com um bando de
marmanjo cheio de hormônio, suado, cheio de calor, de pernas abertas e doidos
pra currar o Jean em qualquer oportunidade. Verão, aula de matemática, clima de
recuperação, calor e curra, essa era a atmosfera.
- Que isso?
Escutei a voz do novinho meio assustado
e, disfarçando, olhei pra trás devagar, parando de dar atenção ao quadro
branco.
- Ué, se esqueceu? - Adson respondeu.
Quando dei por mim, o molecote marrento
e do antebraço tatuado tava com a mão em cheio no meio da bunda do Jean,
apertando os dedos com força e fazendo o colega se perder. Junto comigo, os
parceiros ao redor também o observaram e SE JOGARAM, literalmente só faltaram
mergulhar com a mão e o corpo todo no meio do rego do novinho.
- Ei, que isso?!
- TU NÃO PEDIU, VIADO! CADÊ? - Andrew
tratou de responder, sem deixar de bater, de beliscar e apalpar a carne
abundante do lombo do mais novo. - PEDE, PORRA!
- Coé, Jeanzinho! A licença?! - Roger
tentou lembrá-lo. - Se esqueceu? Qual foi?!
Muito suor, zoação e risadas
masculinas. Eram três pares de mãos diferentes agarrando o mesmo rabo, dando
tapinhas, levantando, descendo, fazendo pressão, experimentando de todas as
formas possíveis, enquanto Jean fez aquela cara de riso e ao mesmo tempo
surpresa.
- Licença assento, licença assento! -
falou rápido e fez o sinal com a mão.
Mas mesmo após dizê-lo, não foi
imediatamente que os três pararam de tocá-lo. Adson foi o último a sair,
mantendo os dedos apertados na coxa direita do novinho, como se quisesse
mostrar a ele que podiam continuar brincando sem os outros se darem conta
disso. Jean não fez nada, deixou e sorriu pra ele, permitindo que, em questão
de minutos, Adson voltasse a apertar sua bunda, longe dos olhos de todo o resto
dos moleques. Até da onde eu tava foi difícil de ver sem ser visto, então
disfarcei e voltei a escrever no quadro, mas toda hora virando e vendo aquela
cena de putaria implícita, com um pivete olhando pro quadro, fingindo que tava
copiando, enquanto o braço esticado terminava com a mão agarrada no lombo de
outro rapaz, sentado do lado. Suas pernas cruzadas ainda deixavam evidente o
volume estrondoso do caralho gordo dentro do jeans claro, denotando o quanto Adson
tava afim de parar de brincar e começar a falar sério sobre botar pra mamar.
- "Esse Adson não dizia que era
cristão?" - tentei lembrar de algo nesse sentido num passado recente. -
"Não era ele que namorava uma mina, que escolheu esperar e tudo mais? Quem
te viu, quem te vê, ein..."
A realidade é que eu, mais uma vez, não
sabia de nada. Mal pisquei o olho e vi o Andrew fazendo a cena que me paralisou
em plena sala: ele enfiou o dedo médio e grosso na boca, chupou com gosto e, em
seguida, sem pressa, abaixou a parte da frente do corpo só pra ficar mais próximo
da traseira de Jean. Afastou a calça do novinho com uma mão e então enfiou o
dedo babado diretamente na carne quente do cuzinho do amigo, fazendo o Jean
fechar os olhos e quase largar a caneta que usava para copiar a matéria do
quadro.
- "Puta que pariu!" - gritei,
mentalmente. - "Esses caras não têm limites!!"
Eram dois homens dividindo a mesma
carne, Adson e Andrew, cada um de um jeito, com suas próprias técnicas e gostos
pessoais. O extremo da objetificação, como se Jean fosse uma peça de carne
exposta num açougue, prestes a ser servido num banquete exclusivo de machos.
Enquanto um apertava e batia de leve e no seco, se servindo da carne, o outro
queria saborear o paladar de dentro do cu do colega de classe, dedando e
botando de volta na boca, só pra cuspir no dedo e lubrificar ainda mais o
encontro com a rabiola.
- ...
O novinho, por sua vez, de olhos
fechados, concentrado em não reagir, conforme era espetado, sentido, desejado
por todos os lados. Literalmente todos os lados, porque o Roger tava mais
distante dele do que os outros dois, mas não parou de olhá-lo e também não
tirou a mão de dentro da calça jeans, se masturbando com aquela cena de putaria
implícita. Da onde eu tava, pude ver até os dedos do cafuçu atleta se mexendo
dentro do sapato, tamanho seu tesão e também o calor na pele preta. Foi nesse
instante que o alarme disparou nos corredores da escola, causando aquele susto
básico que desfez a interação. Andrew e Adson ficaram rindo, na deles, o
funkeiro foi embora, mas o branquinho marrento continuou ali, do lado de Jean.
- Bora lá pra casa? Meu pai saiu, tô
sozinho hoje. Bora?
- Não dá, hoje eu tenho que ficar com a
minha mãe.
Eles falaram entre sussurros e eu não
consegui entender o resto, porque os alunos começaram a sair e aquela
barulheira do alarme só parou um tempo depois. Eu fiquei muitos dias com a
imagem do tal licença assento na cabeça, só me lembrando de como aqueles
pivetes competiam pra ver quem era mais zoador, mais foda, mais pica entre
eles. Existia uma perigosa linha que dividia uma brincadeira boba do começo de
putaria pesada, com direito a dedação de cu e até cuspida no dedo, mas eles não
demonstravam qualquer medo. Pelo contrário, até se arriscavam pra ver quem era
mais capaz de cruzar essa linha, ir mais longe no quesito putaria. Pra eles,
era zoação cuspir no dedo e enfiar no cu do amigo. Menos pro Biel, que sempre
observava tudo isso de longe, agora sem se envolver e às vezes até fazendo uma
vista grossa pras coisas que aconteciam.
A
partir daí, vi que finalmente a brincadeira do licença assento deu certo para o
objetivo arquitetado pelo grupo de rapazes da 3004. Muito além da zoação e das
vezes em que permaneceram com as mãos e os dedos grossos na bunda do Jean, eles
chegaram num ponto onde simplesmente não havia mais desculpa para tocar no rabo
do colega, de tão livres, soltos e desinibidos que ficaram. Em cada aula de
matemática que eu tinha que dar naquela turma, tive a certeza de que muito em
breve aconteceria algum tipo de escândalo, de tão relaxados que esses marmanjos
ficaram. Exemplo prático dessa falta de pudores foi quando, minutos antes do
fim do intervalo, cheguei na porta encostada da sala de aula e vi que o
grupinho de sempre estava reunido.
- É parecido com licença assento, mas
um pouco diferente. - Roger estava explicando, o riso cínico no rosto e o olhar
sem deixar de mirar Jean. - Agora que tu já sabe uma, tá ligado que vai
aprender a outra, né?
- Depende. Essa brincadeira é fácil ou
difícil?
- Aí é tu que tem que me dizer. - ao
redor, os parceiros começaram a rir.
Andrew, Adson,
Roger e Jean. Diferente da
primeira vez em que os vi reunidos daquele jeito e com más intenções, o Biel
não estava por ali, tendo até sentido, parando pra pensar no comportamento
recente dele de não fazer parte das brincadeiras dos parceiros.
- Como é mesmo o nome dessa
brincadeira? - Jean quis saber.
- Licença palhaço! - o atleta tratou de
responder. - É o mesmo esquema do licença assento.
- Me explica.
- Se tu ver um de nós sentando sem
pedir licença palhaço, qualquer pessoa pode vim e meter a mão no teu palhaço.
O novinho fez cara de dúvida.
- No palhaço? - não entendeu. - Como
assim?
- No palhaço, Jeanzinho. - Roger
reafirmou e afundou a mão no saco pra desafogar as bolas. - Se eu sentar sem
pedir licença palhaço, tu pode bater no meu palhaço, ó..
Disse isso e apertou o volume da
calabresa com força, usando todo o entorno do polegar com o dedo indicador para
tentar fechar a mão ao redor da caceta espessa sob a calça. Em volta dele, os
amigos acharam graça e também não se seguraram de excitação, diante da
possibilidade de Jean entrar na brincadeira que faltava entre eles.
- Bater?
- Bater, apertar, puxar, pegar.. - o
mavambo esticou o corpo e mexeu a cintura de um lado pro outro, como se desse
chicotadas com a jiboia grossa. - Por mim, tu faz o que tu quiser!
- Por mim também, Jeanzinho! - Adson
concordou, todo sorridente. - Se tá na brincadeira, então tem que brincar!
hahaahah
- É isso aí, Jeanzinho! - Andrew fez
que sim com a cabeça. - Não pode correr, cria!
Escondido atrás da porta, percebi o
quanto essa brincadeira era exclusiva para o Jean, dado que nunca nem vi
qualquer um daqueles moleques apertando a pica um do outro. Depois dessa
reuniãozinha, logo nessa minha primeira aula após o intervalo, já pude perceber
as consequências imediatas do começo da mais nova brincadeira de putaria dos
marmanjos.
- Fessor, posso beber água? - eram
menos de quinze minutos de aula, quando o Roger levantou o mãozão e fez o
pedido.
Eu tava escrevendo no quadro, parei e
fiz questão de virar para olhá-lo, só pra testemunhar a maior cara de pau e
cafajeste possível, mordendo o canto da boca, além da perna balançando
nervosamente e o volume do rolo afiado dentro da calça. Tive certeza de que foi
tudo proposital, ele queria sair, pra poder voltar e não pedir licença palhaço.
- Vai lá, só não demora. - respondi.
Ele riu ainda mais, se adiantou e saiu
apressado. Nesse instante, Andrew foi mais rápido e levantou pra jogar alguma
coisa na lixeira. Em seguida, como quem não queria nada e com a cara mais
deslavada possível, voltou devagar e fez uma cena duradoura pra se sentar
exatamente do lado de Jean, fingindo que não se lembrava de nada. A reação foi
imediata.
- Que isso, rapaz? - o funkeiro olhou
pra baixo e falou em sussurros, se deparando com a mão do colega de classe por
cima da montanha de rola em sua calça. - Tá doido? Não paga nem uma bebida
antes, coé? hahahahah
- Ué, se esqueceu? - Jean manteve o
volume de voz baixo.
- Esqueci? Tu que mete a mão no meu pau
e eu que me esqueci?
À vontade, Andrew só faltou pôr os
braços pra trás, de pernas abertas e mexendo o quadril, na intenção de fazer
força contra os dedos parados do amigo. Estava sentindo o toque alheio
diretamente no membro, segurando caralho com saco e tudo, em plena sala de
aula, sem mais ninguém ver. Do outro lado do Jean, Adson viu a cena e, sem
qualquer vergonha, levantou o corpo e sentou de novo na própria carteira, rindo
à toa.
- Tá esquecendo de pedir licença, é?
- Ih, tu também não pediu, não? -
Andrew fez voz de preocupado, até pôs as mãos na cabeça. - Cuidado, mano,
Jeanzinho não tá perdoando ninguém! Ó só?
Aí olhou pra baixo e mostrou a mão do
novinho o bolinando sem parar, fazendo o cacete entrar no tranco à força. Sem
medo, Adson também abriu o par de pernas bem comportadas e preenchidas no jeans
claro, riu e debochou.
- Ainda não pedi, não. - o marrento
reafirmou.
Permissão dada, permissão concedida.
Talvez essa também seja uma história sobre essa liberdade. A
outra mão livre do Jean desceu certeiro no ovo esquerdo do abusado, apalpando a
base do caralho grosso do suposto cristão, branquinho, do cabelo curto e
enroladinho. Cara de inocente, corpo de molecote e jeito de marrento que só ele
tinha, esse era o Adson, e ele também queria ser patolado.
- Caralho, tu tá impossível mesmo, ein?
- até achou graça da mão flexionando sua vara. - Ffff, tá mole não! hehehehe
- Num te falei que esse viado tá os
caralhos? - Andrew voltou a dizer, enquanto o varal sob a roupa era fisgado já
na meia bomba. - Vai com calma, parceiro! Assim eu fico até com vergonha!
hahahaah
Numa mão, a tromba do Adson. Na outra,
a tora do Andrew. Jean estava muito ocupado, sem qualquer medo de ser pego no
flagra por mim ou por qualquer outro cara na turma, enquanto brincava de
esquiar. Eles estavam sentados mais pro final da sala de aula, por isso ficaram
mais à vontade pra se soltar naquela.. brincadeira. Dois machos que já calçavam
44 ou mais, de pernas esticadas e deixando um novinho com jeito de ninfeto
alisar suas cacetas, masturbar suas pirocas, subir e descer os dedos no volume
dos varais como se fosse apenas uma boa e divertida brincadeira entre amigos de
turma.
- Tem uma regra que se tu ficar
apertando o palhaço assim por mais de dez segundos, tu pode botar a mão por
dentro da calça do cara. - o funkeiro falou, bem cínico. - Pra sentir o
palhaço.
- Por dentro da calça? Sério?
- Papo reto! Se for mais de dez
segundos, no caso. Isso que é licença palhaço!
Jean riu e quis mais do que isso.
- Não tem nada pra pôr a mão dentro da
cueca, não? Pra sentir o palhaço de perto, na mão?
- Não. - Andrew riu com o canto da
boca. - Mas fica tranquilo, porque eu não uso cueca, seu viadão! hehehehehehehe
Não querendo ficar pra trás, Adson
também se impôs no meio da putaria, afinal de contas, a rola entre as pernas
ansiosas já tava dando sinal de vida, de aventura, de fogo que só se extingue
dentro de rabo.
- E se ficar mais de trinta segundos,
pode até botar o palhaço pra fora, pra mexer mais à vontade. - Adson disse isso
olhando sério pro Jean, todo esticado e mastigando a peça com os dedos, como se
quisesse o tanto de atenção que o funkeiro estava recebendo. - Já pensou?
- Pode mesmo fazer isso?
- Pode, pode. Regra é regra, né?
- É, papo reto. Não pode desobedecer. -
Andrew concordou, ciente de que sairia ganhando. - Tem que botar a minha vara e
a vara do Adson pra fora, viado, se não tu perde a brincadeira.
- E o que acontece se eu perder a
brincadeira?
- Aí tu perde toda a diversão. - o
branquinho marrento respondeu e isso me marcou. Marcou porque ele parou de rir
e falou muito sério. Era a transição da linha tênue entre brincar e começar a
dizer verdades. O fim da graça. O começo do real: ele iam foder ali, se
deixasse.
Sem mais nem menos, Jean abaixou o
zíper da calça do Adson, no maior silêncio possível, e se pôs a mexer na massa
de colina de pica que ficou explícita a partir daquele momento, toda encorpada
e jiboiúda na boxer branca. Ele esfregou a palma da mão aberta com vontade,
apertou a cobra com os dedos e arrastou a pele fina contra o tecido pouco
mijado da cueca do molecote. Deve ter sentido o cheiro forte de testosterona de
molecote na pós puberdade, assim como a textura afofada na parte onde o saco
passava a maior parte do tempo, suando e encharcando a costura do cheiro de
macho em fase de crescimento. Era que nem as meias soquete dentro dos tênis
enormes que o Adson usava.
- Porra, já tá sabendo direitinho as
regras da brincadeira, ein? - o marrento falou, ajudando o amigo a descer sua
calça e liberar mais espaço pra deixar o varal escapulir. - Assim meu palhaço
vai ficar de pé facinho! SSsss, ffFF!
- Será que eu consigo deixar ele de pé?
- Jean respondeu aos sussurros, tendo a vantagem da falação do resto da turma
abafar sua voz.
Minha sorte era a acústica da parte da
frente da sala, que permitia ouvir até os menores ruídos possíveis e
impossíveis. No entanto, por mais que eles estivessem fazendo tudo aquilo meio
que escondidos de mim e dos outros caras, não pareceu necessariamente que
estavam com medo ou apreensivos pela possibilidade de serem pegos. Pelo
contrário, havia muito empenho no meio de tanta putaria, ao ponto do Andrew
chegar a carteira pra mais perto do Jean, na intenção de facilitar o contato da
mão com seu cacete volumoso.
- Pra ser sincero, não sei. - Adson
respondeu num falso tom de tristeza, mordendo o beiço inferior ao fazê-lo. -
Normalmente o meu palhaço só sobe com uma chupeta profissional, né? Já brincou
de licença chupeta?
Os olhos do amigo funkeiro cresceram
com essa possibilidade.
- Licença chupeta? - o mais novo
repetiu. - Nunca ouvi falar. Já jogou isso com alguém?
- Já, já. Mas só com as mina lá da
minha rua, com outro cara não. - riu, bem cínico. - Quer jogar comigo?
- Mas eu nem sei!
- Eu te ensino, ué?! - só faltou Adson
esfregar as mãos. - Vai aprender direitinho! FFFf, sSSss!
-
É muita brincadeira junta, não é, não? - Jean achou graça, sem deixar de
bolinar os parceiros por um só segundo, enquanto ambos terminavam de copiar a
matéria do quadro. - Assim eu nunca vou me lembrar de pedir licença. Vocês
também nem pediram ainda.
- Ih, é! Nem lembramo de pedir, né, Adson?
- Andrew cutucou o colega e ambos riram, debochando da atitude do novinho.
- Porra, papo reto! Deve ser por isso
que esse viado não solta meu pau!
Quando olhou pra baixo, o que Adson viu
foi a própria jiboia grande, gorda e cabeçuda saindo pela parte de baixo da
cueca, vazando por baixo da perna do tecido e passando pela braguilha do jeans.
Dentro da calça, ficou só o volume gritante de um amontoado de saco, um ovo por
cima do outro, cada um do tamanho de uma noz, como se a pica do moleque tivesse
chegado na forma adulta junto com os pés tamanho 44. Era um membro branco, meia
bomba, tomado de veias e feito de couro de pele grossa e mijada, bem pentelhuda,
da cabeça rosada, as bordas rugosas e arroxeadas, além de maciças, naturalmente
inchadas.
- Fffff! - Adson mordeu de novo o
beiço, esticando as pernas e jogando os braços pra trás da carteira, de tão à
vontade que ficou, todo esticado. - Coé, vai continuar mexendo na minha pica,
viado?
- Você ainda não pediu licença palhaço,
pediu?
Sentado do outro lado de Jean, Andrew
também relaxou, abriu as pernas e soltou o zíper, revelando que, de fato, não
usava cueca. Colocou pra fora um cacete moreno, muito mais pardo do que o do Adson,
mais comprido, porém menos grosso. Pentelhos aparados na medida, um varal meia
bomba que a cabeça era só parcialmente coberta pelo prepúcio, dando um visual
de picão de mavambo pra rola casada do funkeiro.
- Ah, tenho que pedir isso? - ele
fingiu que não era com ele, todo à vontade pra receber aquele começo de mão
amiga improvisada. - Tu não vai nem brincar com meu palhaço antes?
Jean riu e, destemido, ignorou o Andrew
só pra segurar a ferramenta do Adson com atenção exclusiva. Da onde eu tava, na
frente da sala, vi um deles colocando a mochila meio que na frente da carteira,
na intenção de impossibilitar que qualquer pessoa pudesse ver o que estavam
fazendo. Tentaram ocultar o braço do Jean indo na direção do colo do novinho
abusado, mas não adiantou.
- Não podem se esquecer das regras. -
segui com a explicação da matéria. - Existem prioridades na hora de fazer essas
contas aqui e aqui, por exemplo.
Era evidente que o Adson estava sendo
masturbado, enquanto todos me olhavam explicando o conteúdo no quadro. Sentado
torto, todo sério, com um cotovelo apoiado na mesa, a mão no queixo e um dedo
na lateral do rosto, tentando não se contorcer, o pivete tentou me olhar fixamente,
sem dar na telha toda a putaria rolando. Eu sabia o que tava se passando, até
porque escutava tudo que eles conversavam e aprontavam, mas fingi que não vi
nada. Podia ver, mesmo de canto de olho, o volume descendo e subindo lentamente
dentro da calça do Adson, meu aluno marrento com as pernas esticadas ao máximo
possível, todo aberto, mordendo o beiço, não se aguentando de tesão e querendo
gemer, cheio de hormônio pra botar pra fora do saco, mas sem poder.
- MMmmmm! - eles quase não fizeram
barulho.
- Então, senhores, atenção quando
chegarem nesse colchetes da segunda parte da operação. - continuei dando a aula
como se nada tivesse acontecendo. - Primeiro faz essa, depois faz aquela ali.
Ficou explicado?
Virei bem de frente pra turma e todos
me olhavam, exceto pelos três marmanjos perdidos em putaria. Andrew se
masturbava na cara de pau, mandando ver nas mãozadas no próprio caralho,
enquanto observava sem pudor Jean batendo um punhetão bem cuspido pro Adson. No
fundo da minha mente, alguma lembrança perdida me dizia que o puto era cristão,
porém não consegui mesmo recordar.
- Mmmmm, ffff! - ele não podia gemer
alto, mas, em compensação, toda hora deixava a cabeça cair pra trás, esticando
ainda mais as pernas e segurando a caneta com toda força possível. - GGhhh,
fffFF!
De longe, eu tinha a certeza de que a
palma da mão do Jean amassava a cabeça gorda e lisa do rolo de caceta do
abusado do Adson, subindo e descendo, deslizando só pra deixar o molecote
feliz, em pleno terceiro ano do ensino médio. Quem diria que um bando de
moleque já tinha vida sexual ativa e tão explosiva daquele jeito? Uma coisa era
já transarem, outra coisa era não se conterem, ao ponto de armarem uma putaria
daquelas no meio da aula de matemática. Eu mesmo comecei a suar, sem saber o
que fazer e vendo meu aluno morrendo de tesão, suando junto comigo, enquanto o
orgasmo era sugado pela pressão da palma da mão de outro cara.
- MMmmmmm! - Adson tentou segurar a
onda e não fazer qualquer ruído, mas eu vi tudo.
Notei até os dedos dos pés dele se
mexendo, fazendo força contra o tecido grosso dos tênis pretos.
- Coé, deixa eu esporrar na tua cara?
SSsssS! - sussurrou.
Jean fez a cara de surpreso e não
respondeu, sem saber o que fazer, mas continuando o punhetão mais do que babado
na caceta gorda e corpulenta do marrento.
- Meu sonho jogar leite na cara de um
viadinho obediente assim que nem tu, Jeanzinho! FFFfFF!
- Tá falando sério? - gordinho não
acreditou. - Onde foi que você aprendeu a ser tão cachorro assim?
- Meu pai que me ensinou. Se eu que sou
filho tu já tá batendo punheta pra mim, imagina se visse meu pai? hehehehe!
FFff, ssSSS!
Obediente, o mais novo tentou abaixar o
rosto perto do amigo e esperou, prosseguindo as batidas de mão contra o púbis,
enquanto segurava o monumento de rola entre os dedos. Até que, visivelmente
acelerado, Adson deu a última esticada com o corpo, tão forte que quase ficou
deitado na carteira, na diagonal, chegando ao ponto de sair com o quadril do
assento. Aí abriu a boca, completamente em silêncio, e pareceu até que estava
dando um bocejo violento, a testa toda suada e as pernas abertas, muito mais do
que à vontade, com as mãos segurando fixamente na mesa. O peitoral estufado no
uniforme suado do colégio, o pivete ofegante e bufando, com a maior cara de
sofrimento e ao mesmo tempo relaxamento, como se tivesse acabado de correr numa
maratona. Deve ter gozado com tudo, parido meio galão de leite grosso,
cheiroso, pegajoso e quente de filhos, aquele esperma latente de puto do
terceirão. Só faltou pôr a língua de fora e babar feito um cachorrão vira lata,
de tão fanfarrão que ficou, por ejacular litros de esperma na cara de um colega
de classe e em plena sala de aula.
- Caralho, agora eu quero ver! - Andrew
escondeu o cacete de volta na calça jeans e debochou do resultado daquela
brincadeira. - Vai pedir pra beber água, Jeanzinho?
Todo suado pelo esforço, Jean recebeu
quase três colheradas de porra escaldante no rosto, passando pelas
sobrancelhas, a boca, o queixo e uma das bochechas, chegando a fazer uma teia
pegajosa que exalava um cheiro absurdo de água sanitária. Tudo isso vindo
direto da fonte de masculinidade do Adson, ou seja, suas bolas, que a todo
momento estavam produzindo mais e mais leite, e estocando no saco de batatas.
- Por que tu não lambe isso tudo? - o
marrento ainda instigou. - Só cuidado pra não deixar cair no chão, que o meu
leite é raro, viado! hahaahaha
- hHAHAHAhha! - Andrew também riu. -
Aproveita que tu ainda não tomou café, Jeanzinho! Deve ter só proteína nesse
leite quente, seu viado! HAHHAHAHAH
Jean então levantou e, sem jeito, veio
andando devagar até à minha mesa, na parte da frente da sala de aula. Conforme
foi chegando perto, o novinho escondeu um pouco do rosto e falou de longe,
visivelmente cansado e suado.
- Professor, posso ir no banheiro
rapidinho?
Eu parei. Parei porque soube que cada
segundo olhando pro meu aluno e esperando pra tomar a minha decisão, cada
tempinho desse significava que mais e mais mingau quente do Adson escorria na
face do safado. Eu olhei no fundo dos olhos dele e ele me olhou de volta, cara
à cara, até que fiquei com a impressão de que o ninfeto queria rir de mim ou
então da situação pela qual estava passando. Jean era mesmo um putinho, um
lolito, não era tão diferente assim do restante dos moleques. A única
diferença, talvez, era que ele certamente era ativamente passivo, ou seja, não
perdia nenhuma oportunidade de mostrar pros outros marmanjos que sabia brincar
do que eles queriam brincar com ele. Foi por causa de tudo isso que, ao escutar
a pergunta do Jean querendo ir ao banheiro, eu só parei. Eu parei e esperei,
tudo isso enquanto nos olhávamos. Tudo isso enquanto o Adson, que tinha acabado
de despejar meio litro de argamassa fabricada dentro do ovo esquerdo na cara
suada e vermelha do amigo, olhava pra gente e esperava ansioso pela resposta
que eu daria ao seu colega. Esse colega que tinha que sair da sala pra limpar o
esperma grosso despejado na face, por mera vontade e fetiche do meu aluno
dominador, marrento e mandão. Ele mesmo disse que tudo isso veio do pai, agora,
imaginem só o pai?
- Vai lá, Jean. - finalmente respondi.
- Só não demora, pra eu poder voltar a explicar.
Ele finalmente suspirou e agradeceu,
sem deixar de se esconder atrás das mãos.
- Deixa comigo. Muito obrigado,
professor!
- De nada.
Ele virou e foi saindo pela porta da
sala, me deixando sem reação senão olhar diretamente pro Andrew e pro Adson,
que estavam morrendo de rir entre eles, o marrento ainda fechando o zíper da
calça volumosa e se ajeitando na própria carteira, como se tivesse se
recuperando de um rápido exercício que teve que fazer, um esforço. Era o auge da
fanfarrice. Em menos de um minuto, Roger entrou e deu de cara com a graça dos
amigos.
- Coé, perdi alguma coisa? O Jean
passou por mim escondendo o rosto, entendi nada!
- Porra, tu não viu foi nada, moleque!
ahahahaha
- Ah, porra! As parada só acontecem
quando tu não tô, vai se foder! - o atleta reclamou e já foi se sentando. -
Licença assento, nessa porra!
- Quem mandou tu meter o pé na hora que
a brincadeira começou? Deu mole, paizão!
- Dei mole é o caralho, vão tomar no cu
de vocês! - Roger estava inconsolável, ciente de que alguma coisa havia mesmo
acontecido. - Quero papo com vocês não! Visão, visão!
- Ih, coé, paizão?! - o funkeiro o provocou
ainda mais. - Tá com ciúme, é? Segura a onda aí, porra! Segura a onda que tem
viado pra todo mundo! hahahahaah
Os outros colegas riram junto dele,
menos o atleta, que continuou de cara emburrada. Pra completar, Roger ainda
respirou fundo e fungou, como se estivesse sentindo um cheiro diferente no ar.
- Deram faxina aqui? Mó cheirão de
cloro!
Pronto, foi o estopim pros outros se
olharem e caírem na gargalhada, deixando o cafuçu ainda mais puto, sem nem
saber o porquê. Eu continuei na minha, como sempre, só observando as
traquinagens desses pivetes e tomando o devido cuidado pra eles não serem
descobertos, muito embora os próprios marmanjos não tivessem essa preocupação.
O fato de a todo instante estarem em cima do Jean me mostrava isso,
principalmente depois da premiação da educação física na quadra do colégio. Por
fim, a realidade é que nada disso era tão crucial quanto eles terem inventado
uma brincadeira só pra tirarem casquinhas um do outro. Andrew casado, Adson
ex-cristão, Roger sério, Biel ausente de tudo.
Por
falar em educação física, também já aconteceu de eu aparecer no vestiário para
apressá-los para a aula e, sem querer, pegar o mesmo grupo de moleques se
divertindo sozinhos, animados entre si. Andrew visivelmente excitado dentro da
sunga, brincando de derrubar o sabonete na frente do Jean, só pra vê-lo se
abaixando pra pegar. Quando o fazia, o novinho sentia a pontada na portinha do
cu, entre as nádegas enormes e carnudas que o funkeiro tanto adorava apertar e bater.
Naquela altura, não existia mais licença assento ou licença palhaço que os
segurassem, porque, bem diante dos meus olhos, eu tava testemunhando o efeito
da intimidade que os putos
desenvolveram sem pudores.
- Coé, minha vez, ein! - Adson reclamou
e deixou o próprio sabonete cair também. - Sai, sai, tem fila!
- Oh, respeita a ordem, paizão! - Roger
também não gostou. - Fim da fila, porra!
- Vocês vão brigar até pra decidir quem
vai me sarrar? - Jean perguntou e, sem mais nem menos, tirou a bermuda que tava
usando, ficando completamente pelado.
O lombo era tão carnudo quanto o resto
do corpo, deixando espaço suficiente pro Andrew se atolar, enterrar ainda mais
a vara no meio do novinho, segurando seu corpo com as mãos, pra impedi-lo de ir
pra muito longe.
- Fffff, caralho! Tô só brincando
contigo, viado, tu tá querendo falar sério, é?
- Que mané falar sério, tá maluco? - o
atleta interveio. - Se alguém brotar aqui, nós tamo é fodido!
- Tá vendo, foi por isso que tu perdeu
a punheta na sala. - o marrento não se aguentou. - Arregão do caralho, vou
deixar vocês aí.
- Vai deixar a gente aqui e nós que é
arregão? Não fode, seu moleque!
Eles não sabiam se discutiam ou se
tiravam mais e mais casquinhas do Jean debaixo do chuveiro, me dando segurança
suficiente pra continuar espiando sem ser visto. O Roger não quis perder tempo,
ajeitou o caralho de grosso calibre dentro da boxer branca, que tava quase
transparente de molhada, e tentou se alojar de baixo pra cima no meio da bunda
do mais novo.
- Porra, deixa só eu ver um negócio
aqui, rapidinho, Jeanzinho. - pediu. - Fffff, porra! Caralho, ssss!
- Quer só ver, é? Mmmmm, ff!
- Por que? - o cafuçu apertou um dos
peitões do colega e massageou, como se brincasse. - Quer que eu te vasculhe, é?
Olha lá, viado, olha que eu te furo! Fffs!
Ainda forçou a cintura, pra cutucar a
porta feita de pregas elásticas e dar o começo de um longo e mal educado boas
vindas, porque, a julgar pelo amontoado de genitália dentro da cueca boxer
molhada, com certeza a jiboia era do tipo que nem dava bom dia antes de vomitar
leite grosso de atleta. Venenoso, concentrado, onde bate emprenha. Porém doce,
porque, pelo visto, Roger comia muita frutinha, incluindo viado e abacaxi.
- Sai, senão vô acabar te currando aqui
mermo, Jean! FFff! - o cafuçu se afastou do colega e voltou a tomar banho.
- Sai é o caralho, vem aqui, viado!
Andrew tratou de pegá-lo pelo braço,
virou o lombo nu e gigantesco para si e, violento, colocou a cobra pra fora e
deu duas, três, quatro pirocadas com a peça direto no couro da carne gorda do
novinho, chegando a ficar na ponta dos pés e com o corpo envergado pra frente,
ao fazê-lo.
- SSSsS! Toma paulada, toma, seu puto!
- Ahnnn, sss!
Em seguida, deu a última pistolada bem
na região entre as nádegas, desceu o pincel comprido e foi tentando se encaixar
na traseira do mais novo.
- FFFf, apertado da porra! Só um
cuzinho amigo desse mermo, ein? - mordeu a boca feito um predador diante da
presa. - Caralho, ssss! FFff!
- Coé, paizão, vai comer o cara aqui
mermo? - batendo um punhetão na tora branca, cabeçuda e gorda, Adson tava que
nem um tarado, com a sunga arriada até à altura dos joelhos. - Eu tava gastando
o Roger, mas isso tem tudo pra acabar em explanação, mano! Alguém vai brotar
aqui e ver a gen-
- Explanação?! Na hora que tu botou
esse viado pra bater punheta pra tu na sala de aula não foi explanação, né, ô
cuzão?! - Andrew respondeu com certa ira, falando pra um, porém descontando em
outro, enquanto distribuía mais coronhadas de piroca no rabo de Jean. - Vacilão
do caralho! Agora tá com ciuminho porque vô arregaçar o cuzinho amigo do teu
putinho, né? hehehehe! Já era, vai comer o que eu comi, seu merda! FFfff!
- Na sala de aula foi diferente,
ninguém tava ligado, porra!
- E aqui ninguém tá ligado também, só
se tu abrir esse bocão que tu tem!
- Aff, Andrew! - Adson resmungou,
visivelmente contrariado e ainda muito excitado. - Tu viaja, papo reto!
- Vai abrir o bocão, vacilão?
Era mais do que tesão e sexo, era
também a competição entre os egos de todos eles, porque esse era o bendito
fator que os unia além de todos os outros. O funkeiro segurou as mãos do
novinho com as suas, colocou ele preso contra a parede do chuveiro e, nesse
momento, Jean percebeu a aliança de casado brilhando no dedo grosso de Andrew. Adson
nem respondeu, só continuou disfarçando e batendo punheta, apreensivo com a
possibilidade de qualquer um poder chegar ali. A sunga de praia ainda nos
joelhos e a mão não conseguindo segurar a viga gorda de carne roliça, maior e
mais grossa do que um tubo de Rexona. Eu não quis ficar muito tempo pra ver
como isso terminou, mas tenho mais pra falar do Adson.
Foi
ele que uma vez eu peguei no flagra, sozinho com o Jean no banheiro de dentro
da escola, os dois no mictório mijando e jogando conversa fora. Como não quis
interrompê-los, fiquei parado do lado de fora da porta entreaberta, sem entrar
e sem sair, só escutando o assunto desinibido e que soube que caminharia pra
putaria.
- Coé, viado? Tá com a mão limpa?
- Tô, por que?
Nesse instante, passei pela fresta da
porta e me mantive atrás da pilastra, sem ser visto por eles e conseguindo o
ângulo de visão perfeito para observá-los. De um lado da chapa de metal onde
todos mijavam, um Jean sorridente. Do outro, o marrentinho com a bengala gorda
de fora, sacudindo o final do mijo, rindo e preparado. As gotas da mijada
despencando do prepúcio e pingando na chapa, fazendo barulho.
- Sacode aqui pra mim, então?
O novinho não se fez de rogado,
caminhou pro lado do amigo, olhou pra ele, sorriu e abaixou a mão diretamente no
instrumento obeso, tentando agarrar na grossura, mas sem sucesso nisso. Era
quase um bujão de piru, cheio, delicioso e com o resto do mijo escorrendo
solto, o saco esbugalhado logo abaixo. O cabeçote arroxeado, inchado e solto do
resto do corpo cavernoso da COBRA, os
dedos do Jean batendo contra o púbis do marrento e fazendo questão de
masturbá-lo do começo ao fim, esbugalhando o palhaço, mostrando a chapoca das
bordas roxas, a pele meio rugosa, o comprimento exacerbado, pra não falar da
grossura descomunal daquele caralho fora de dimensões.
- Seu pau é grosso, né?
- Porra, tu acha? Queria que ele
engrossasse mais, acho que vou crescer até uns 24, 25.
- Sério? Acho grossão, olha só pra
isso?
Jean manuseava como se fosse mestre e
especialista naquilo, mexendo sem tocar punheta. Encostava no prepúcio,
arregaçava, deixava a flor do cabeçote desabrochar feito um pezão de pica
plantado em sua mão, até nas bolas enxertadas de filhos ele passou os dedos.
Sentiu a quentura dos filhotes de Adson incubados dentro do saco, alisou a
selva de pentelhos e farejou o cheiro da testosterona do cristão empesteando o
banheiro, ao ponto de até eu mesmo sentir o odor forte de virilidade
extrapolada, mesmo estando atrás da pilastra.
- Ssss, coé.. tá afim de bater uma
mãozinha pra mim? - o puto pediu, todo desinibido, a calça jeans já arriada na
altura dos joelhos, com cueca e tudo. - Que nem naquele dia da sala de aula,
ein? Qual vai ser? Vai fortalecer teu parceiro?
- Tá querendo uma mão amiga, é, safado?
- Porra, só de tu tá pegando no meu pau
eu já tô latejando, ó? - Adson olhou pra baixo, levantou um pouco a blusa do
uniforme e mostrou o instrumento batendo como se fosse um coração, inchado de
sangue e com as veias estourando em grossura. - FFFff, dá essa moral pro pai,
vai?
- Mas aqui?
- Não, vem cá! - o marrento o puxou
pelo braço e foi andando todo sem jeito pra dentro de um dos boxes. - Vamo ali,
vem!
Os sanitários fechados eram relativamente
grandes e espaçosos, com área suficiente pro molecote sentar num vaso fechado,
esticar as pernas e deixar o Jean bater punheta pra ele cara à cara com o talo
gordo de pica de moleque.
- Fffff, bate pra mim, bate? Para não,
viado! SSss!
Sem fazer barulho, eu me entoquei no
boxe paralelo ao deles e espiei pela pequena parte vazada do mármore, que era a
divisória entre a gente, conseguindo mais uma vez assistir tudo de um lugar
privilegiado, em total anonimato. Diante dos meus olhos, Adson de pernas
abertas, sem tirar a calça jeans clara e os tênis enormes, deixando o amigo
fazer a mão amiga mais difícil de todas, de tão espessa que era sua viga do
mastro gordo e dilatado de cachorrão pós adolescente.
- Bate, vai! Bate com vontade, porra,
vai! MMmm!
- É difícil, muito grosso! SSsS!
- Abre a mão, viado!
O novinho obedeceu e, num ato
espontâneo, o marrento cuspiu no meio dos dedos do colega. Quente, grosso,
babado, no ato mais safado e sem noção possível.
- Agora esfrega na cabeça da minha pica,
vai? Esfrega como se fosse o que tu sempre quis pegar, sentir, cheirar, passar
a boca! SSssS!
O pedido foi prontamente atendido e o
prazer foi imediato logo no primeiro atrito lubrificado.
- FFfff, isssoo, filho da puta!! SSssS!
Dentro dos tênis, os dedos os pés
contorcendo, de tão à vontade que o puto ficou. O membro completamente envolto
entre as mãos e os dedos gordos do novinho que era o "gay da turma",
tudo cuspido, babado, um batendo punheta pro outro.
- Tu não tá afim de fazer uma boquinha
profissional pra mim, não?
- O que?
- Botar meu pau na boca, tá afim? Eu
deixo tu me mamar, se tu mamar na moral. Fala tu? - sacudiu a tromba e botou a
mão na nuca dele. - Já sentiu o gosto da pica desses moleques, não já? Pode me
contar, Jeanzinho.
- Claro que não, eu nunca fiz isso. - o
outro respondeu sem problemas, se deixando descer e ajoelhando entre as grandes
pernas do parceiro. - Eles nem deixam.
- Não deixam? Porra, que otários! -
riu, cínico. - Eu deixo! Pode começ... SSsss!
A língua quente do ninfeto cobriu a
base do caralho, engolindo a cabeça por completa e fazendo a saída da uretra
mergulhar certeira no céu da boca de Jean, parando só quando a bengala passou
gostosa pelas amídalas e estacionou diretamente na garganta quente.
- FFFFFf, caralho! SSSSS!
Como sempre, Adson se esticou todo,
deixando as pernas livres e sustentando a mamada de um viado entre elas. Ele
era o típico molecote filho de mamãe, só que essa mãe não sabia que o filhão já
tava dando uma de leiteiro, dando de mamar pra qualquer bezerro que quisesse
tomar leite quente.
- Isso aí, porra! Engole meu palhaço,
vai? Isso, fffff! Safado! Aposto que tu tá mamando é uma porrada de rola por
esse colégio, ein? FFfff, porra, que tesão!
O canalha ainda tirou a vara da boca do
colega, só pra bater com o tronco na língua dele e fazer aquele estalo de
calabresa quiluda e saco de batata batendo contra alguém.
- Cadela do caralho, abre a boquinha,
abre? SSSS!
Não era gênio, mas pedido atendido. Adson
segurou o lolito pelos cabelos e afundou as mãos junto com o crânio do piranho,
obrigando ele a engolir a jiboia toda de uma vez, parando novamente na goela.
- FFFF! MMM, ssSs! Caralho, sSSSS!
O tesão foi tão grande que ele chegou a
suspender o corpo do vaso sanitário fechado, só pra enterrar mais pé de pica
gorda no fundo da goela do outro. De fora, só os dois bolões estufados,
produzindo leite em larga escala e com a pele rugosa já babada e suada, de
tanta pressão.
- Já deixou alguém esporrar na tua boca,
já? fFFFF, ein, seu viado? Já fez essa garganta profunda pra um desses
moleques? Pode me contar, vou explanar não! Arghh, ssss! Tá fazendo chupeta
neles também, não tá?
A ironia é que o marrento perguntava
isso, porém não deixava o novinho desafogar do tronco de caceta pra responder,
o obrigando a permanecer tomado de piru, do começo da boca ao fim. As narinas
do Jean só tinham a opção de cheirar o púbis pentelhudo e suado do Adson, com o
mais novo tendo seu crânio todo travado pelos dedos possessivos, enterrados e
enormes do cristão.
- FFFFFF, ghhhhsss! - a cintura
impávida colossa começou a mexer, incapaz de ficar sozinha. - SSSs, mmmm!
Com ginga de ator pornô em corpo de pós
adolescente, Adson passou a querer foder a garganta aveludada do parceiro,
simplesmente por não poder apenas ser mamado. Ele queria inserção, queria
penetração, nem que fosse via oral. Imagina o que não devia pensar de cu?
- Duvido que eu sou o único que te põe
pra mamar assim, seu cretino! FFFff! Tu deve tá profissional de tanto engolir
mingau desses moleque da nossa turma, tô ligado na tua! FFfssss, tá cheio de
proteína do Andrew, que eu tô sabendo! MMM, fffff! Mama, porra! Engole tudo,
engole? ISSSSOO, SSSSSFfff! Caralho, mermão! FFFfF!
Ele tentava falar e se perdia na mesma
frase a todo momento, quase torcendo a cabeça do novinho, com os dedos
espalhados pela cara amassada e suada do Jean. Só então deixou ele respirar e a
boca se afastou da tromba ereta. Era um palmo certeiro de comprimento e uma
grossura imensurável, com Adson demonstrando o que significava estar com tesão.
Sozinha, a ferramenta dava impulsos e espasmos a esmo no ar, como se tivesse
com frio, necessitada do abrigo imediato, de um agasalho quente e urgente, pra
não ficar resfriada e começar a espirrar catarro.
- Cospe no meu palhaço, cospe? - o
marrento arregaçou a vara. - Cospe e depois engole o cuspe, só pra eu ver que
tu tá engolindo o gosto da cabeça do meu caralho, vai? SSsss! Sua putinha!
FFFff, tu tá pior que as piranha que eu taco a pica, sabia?
Jean obedeceu sem parar de fitá-lo nos
olhos, jogando saliva bem no encontro da borda da cabeça lustrada com o corpo
do tronco, onde a pele era ligeiramente enrugada e existia o freio avantajado e
solto da carne do piru. Lambeu essa região, passou pelo freio, sugou o prepúcio
feito mamadeira, pra, no final, engolir a bengala toda de uma vez, deixando Adson,
um aluno do terceiro ano do ensino médio, todo arrepiado e com as pernas
esticadas, contraídas de tanto tesão e carinho na superfície da glande
enxertada de massa e de inchaço.
- FFFFFF, ssss! Caralho, seu filho da
puta, ffffff! Ooorgh, sssss! FFff!
Até se esqueceu de que estava no boxe
fechado de um banheiro aberto. Esqueceu-se também de que era cristão, porque
tava agindo como um verdadeiro sodomita de boca entre aquelas quatro paredes de
banheirão.
- É, Jeanzinho.. FFfff, assim eu vou
acabar te dando leite do meu saco, seu viadinho! MMMM, ffff! Tá que pariu,
mermão! Arrgh, ssss, fff!
Da onde eu tava, pude ver os músculos
superiores das pernas do Adson se contraindo, assim como as nádegas, de tanta
pressão com a cintura que ele tava fazendo pra dentro da garganta do lolito.
Ninguém mais entrava no banheiro, mas, quem o fizesse, com certeza escutaria o
barulho das engasgadas sucessivas que o Jean tava dando na envergadura da
verdura grossa, tendo um cabeção roxo de caralho maduraço empurrando a goela e
brincando de amassá-lo por dentro.
- FFFFFF, vou gozar, porra! SSSSss,
caralho, Jeanzinho! FFff!
Mas o novinho tava praticamente com os
lábios selados ao redor do talo da peça, sentindo a primeira fisgada quente e
pegajosa batendo quase no fundo da traqueia, enquanto tinha espaço somente pra
respirar o cheiro forte da testosterona empesteada na selva de pentelhos do
marrento.
- OOOORGH,
SSSSS! ARRRRH, FFFF! SsssSs! Caralho,
porra! FFff!
Adson emendou o boquete num punhetão,
trazendo mais jato de gala pro resto da boca do putinho, ou seja, encheu a
língua, os lábios, as bochechas e até o nariz, tudo isso pincelado com
argamassa concentrada e em quantidade abundante. De tamanha pressão, a uretra
armada do monumento parecia um tubo espesso de cano hidráulico, pesada,
comprida e prestes a cair, tão intensa a carga de esperma sendo vomitada.
- SSSS, fffFFF! Puta que pariu, viado!
FFFFf!
Finalizando na mãozada, o marrento
ainda espremeu o final de leite que ficou retido na uretra, limpando até os
dedos salgados na língua de pelúcia e veludo do Jean.
- Engole tudo pra eu ver, vai? - olhou
na cara dele e esperou. - Isso, cachorra! Sss! Assim que eu gosto de ver!
O ninfeto obedeceu, deixando o canalha
orgulhoso do que acabou de ver.
- Isso aí, safado! Porra, tu chupa piru
bem pra caralho, sabia? Devia investir nisso! Me pegou desprevenido, que eu já
tava mermo galudo pra esporrar na boca de um puto, ssss!
- Gostou, é? Tinha que me ver dando o
cu. - riu.
- Ih, coé, viado? Depois tu fala que
não tá fazendo putaria nenhuma com esses moleque do colégio, né? Tô vendo!
Quando eu te conheci, tu não falava essas coisas desse jeito.
- E nem chupava piru, né? hhahahaa
- HAHAHAHAHA! - ficaram rindo por um
curto período de segundos.
Adson ainda aproveitou pra limpar
também o cacete na boca do parceiro. Em seguida, pegou papel, secou todo o suor
do rosto, botou o pau pra dentro da cueca e subiu a calça, agindo com muita
naturalidade, após ter praticado um de seus esportes favoritos.
- Valeu pela moral, Jeanzinho! Agora
deixa eu correr, que ainda vô pro treino! Tamo junto, viado!
- Valeu.. - ele ainda tava de joelhos.
- Vou só te falar uma coisa antes de
ir: eu ainda vou querer experimentar esse teu cuzinho, pode ficar sabendo.
- Vou esperar.
A cara de satisfação disse que estava
bem, mas, em compensação, o semblante de solidão no rosto parece que pesou na
consciência, principalmente após ter ficado sozinho naquele boxe do banheiro,
como se fosse descartável. Bom, tecnicamente eu também estava lá, só que ele
não sabia disso, então na prática tava sozinho mesmo.
Depois
desse dia, a próxima vez que voltei a encontrar com o Jean envolveu uma
situação que considerei inusitada, além de bastante profunda. Num dia em que
voltei pra sala antes da hora da minha aula, encontrei o novinho piranho
conversando com ninguém menos do que o Biel, o filhinho de papai que se afastou
do grupo de marmanjos depois que a brincadeira entre eles evoluiu de patamar.
Parei na porta, não revelei minha presença e, como sempre optei por fazer,
permaneci apenas como ouvinte na situação.
- Jean, tu é viado, né?
Ao ouvir aquilo, o lolito olhou para o
colega de turma e lembrou de como ele tava afastado de todo o restante.
- Por que essa pergunta assim, do nada?
- Sinceramente, eu não entendo. - o
rapaz com cara de quem foi criado em condomínio tentou não rir. - Por que tu
deixa eles brincarem assim contigo?
- Assim como?
- Ah, para de graça! Outro dia eu vi o
Andrew te roçando no vestiário e tu não fez nada, agora vai fingir que não
sabe?!
Jean engoliu a seco.
- Tu nem reclama, aposto que gosta
dessas brincadeiras. Tu é viado, com certeza!
Foi aí que o mais novo vestiu mesmo a
fantasia por completa, falando sério e sem qualquer sombra de hesitação.
- Eu sou viado, Biel. Eu também tiro o
meu proveito das brincadeiras, até porque, não vou ficar aqui só pra ser zoado
pelos outros o tempo todo. É por isso que eu participo, porque eu gosto dessa
sensação de tá sempre rodeado de um monte de macho! Sei que se eu der mole eles
me comem, como se eu fosse uma novinha de 18, ninfeta, apertadinha. Eu sei
disso tudo, Biel! Mas eu gosto, sabe por que? Porque é comigo, e eu sou viado!
Não é com uma mina, é tudo comigo! É só questão de tempo até alguém perder a
linha, e, sinceramente, eu não sei porque você tá se importando tanto assim
comigo!
Jean pareceu muito decidido, nem
piscando ao dizer tudo aquilo. O outro ouviu com atenção e, ao terminar, fechou
os olhos e sorriu consigo mesmo.
- Eu sabia. - disse apenas isso, se
levantou da carteira e saiu.
Eu disfarcei para que ele não me visse,
esperei por algum momento e só então entrei na sala, me deparando com o Jean
sozinho.
- Bom dia.
- Bom dia, fessor. Tudo bom?
- Tudo indo, rapaz. - deixei as coisas
na minha mesa. - E o senhor?
Antes de responder, ele sorriu com
todos os dentes à mostra, ostentando um certo orgulho, uma determinada imagem
de si mesmo.
- Tudo ótimo, fessor! Tudo ótimo!
- Que bom! - eu também ri.
Continuei por ali até o restante da turma
chegar, o que aconteceu dentro de uns cinco minutos. Enquanto isso, já fui
escrevendo algumas coisas no quadro. Logo o papo alto começou, o grupinho de
sempre reunido e as brincadeiras de sempre rolando. Foi nesse meio que escutei
o assunto do momento entre eles.
- E a nossa festinha, fechou?
Ouvi isso e quase paralisei no quadro.
Então quer dizer que aquele bando de marmanjo tava tramando uma festa? Só podia
acabar em merda, isso era certo!
- Pô, eu só vô conseguir brotar se
aquela minazinha que eu falei for viajar mermo. - Roger foi o primeiro a responder.
- Se não, nada feito.
- Iiiiih, tá dispensando até a ficante
pra ir na festinha, moleque! - Adson começou a rir. - Que isso, ein?! Putão
mermo, paizão! hahaahha
Os outros também acharam graça, me
deixando ainda mais atento pro evento. Quem dispensaria a quase namorada só pra
se encontrar com os outros colegas, dadas as circunstâncias de putaria entre
eles e Jean? Eu sabia que tinha alto pra vir. Foi aí que alguém pegou o assunto
deles na metade e fez a pergunta principal.
- Que festa é essa?
- Ih, ó? Se mete aqui não, mermão! -
foi Andrew que respondeu e cortou a onda de um dos colegas de turma. - É festa
na árvore, tá?
- Festa na árvore? - o rapaz insistiu.
- Só vai quem trepa, mermão! hahahahaah
Mais e mais risadas dos molecotes,
todos meio animados por falar da tal festa.
- Feriadão é tudo nosso! - ouvi alguém
dizendo. - Cês não querem dar festa? Então bora dar festa, mas tudo na moral,
sem explanação!
Pronto, eu sabia que alguma coisa tava
pra acontecer. Se aquele grupo de homens já quase se currava em pleno espaço
escolar, imagina se encontrando fora dali, numa festa só deles? Ainda mais na
temática dita pelo Andrew, de só ir quem trepa. O que poderia sair do meio
disso tudo? Não daria outra coisa, era certo que todo mundo ia ficar sabendo
daquele acontecimento, de tão empolgados e emocionados que eram aquele pivetes.
Eu sabia disso e não tinha outro pensamento, principalmente antes de liberá-los
pro intervalo, quando vi Andre cochichando pro Jean.
- "Tu não perde por esperar, se for. A gente finalmente vai te levar pro recreio e.. merendar! heheheeheh."
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