UMA MAMADA E UM COPO D’ÁGUA
ou SANDRO JÚNIOR
[ESSA HISTÓRIA SE PASSA NO TEMPO PASSADO]
Morar num bairrinho quente e pequeno na Zona
Norte do Rio de Janeiro nunca me trouxe muitos problemas. A gente até ouvia
falar de assalto vez ou outra, mas não era comum acontecer dentro do bairro e
sim nas avenidas movimentadas que o cercavam. Nunca tive do que reclamar
morando aqui: mercadinhos e um bom comércio perto da minha rua, um shopping no
fim da avenida principal, um morro num dos cantos do bairro e uma vizinhança
animada e que não costumava trazer problemas. Viver no bairrinho era feito de
manhãs quentes, fins de tarde infinitos e noites ainda mais calorosas. Até
acontecia de cair uma tempestade no fim da tarde às vezes, mas chegava a noite
e o chão já tava seco e o mormaço subindo outra vez, nem parecia que meio mundo
havia despencado do céu horas antes. Era o clima e a atmosfera típicos do verão
carioca suburbano, só que numa pegada mais bruta, nua e crua, com as ondas de
calor praticamente devorando a tudo e a todos na Zona Norte. E é justamente por
conta dessa chapa quente de temperaturas elevadas que eu não consigo ficar
quieto dentro de casa e de vez em quando fico fumando um cigarrinho no portão,
sentado na minha cadeira de praia, observando a rua e vendo os últimos raios de
sol sumirem por trás das casinhas no morro. Foi quando ele pisou na esquina,
entrou no meu campo de visão e me atravessou sem perceber.
- Pele na pele, a gente nem se protegeu do
sentimento. Pele na pele...
A mão enorme batendo e batucando no próprio
peitoral úmido, a blusa do uniforme da firma praticamente colada no corpo
suado, a calça jeans clara e justa nas coxas grossas e eu mal pude me segurar
quando percebi as botinas escuras nos pezões, estilo segurança do trabalho,
apesar do Sandro Júnior trabalhar como estoquista de loja em Madureira. A
barbicha e o bigodinho fino eram mínimos no rosto bruto, mas até que combinavam
com o brinquinho estilo pagodeiro que o moreno ostentava numa das orelhas e
também com os lábios carnudos e naturalmente grossos.
- Pele na pele. Foi amor e foi loucura ao
mesmo tempo...
De fones sem fio nos ouvidos, ele veio
caminhando na minha direção, cantarolando o pagode, batucando no peito e
sorrindo de leve, mostrando a covinha pra quem quisesse ver. Não parecia
cansado pelas horas de trabalho braçal e nem puto pelo ônibus lotado do qual
acabara de descer, pelo contrário, Sandro cantou cada verso do pagode enquanto
passou por mim, me olhou de relance e seguiu o trajeto diário até sua casa no
fim da rua. O corpo taludo, não exatamente musculoso, porém robusto, firme, daqueles
que a gente olha e sabe que tem muita sustância pra ficar de pé, em seus 1.85m
de altura. Ele não tinha barriguinha de chope e nem tinha tanquinho, era no equilíbrio
do comum, mas um comum muito atraente e bonito de ver passar.
- Pele na pele. Mas quem nunca fez amor
despreparado...
Não éramos amigos, mas eu sabia quem ele era
há muito tempo, desde quando fui morar no bairrinho. Naquela época eu não era
de sair e não tinha muitos amigos, mas sabia que o pessoal jovem do bairro
costumava organizar festinhas e sociais pra galera beber, zoar, dançar,
desenrolar, usar droga, essas coisas da juventude. Não fui em nenhuma delas,
porém já aconteceu de eu passar por perto e ver o povo reunido, dançando funk,
falando alto e enchendo os cornos. Sou um bom observador, principalmente de
homens, então parte da minha diversão era ficar analisando de longe o
comportamento, o corpo e o jeito daqueles vários moleques reunidos e procurando
as mesmas coisas: loucura, adrenalina e gozo, tudo na mesma madrugada. É por
isso que se embebedavam, se dopavam de loló, maconha e pó, ficavam se exibindo
e empinando suas motos no meio da rua e depois iam pra algum beco com as minas
que estavam no rolé. O que chegava nas más línguas do bairro após as festinhas
era que fulana tava grávida, que ciclano ia ser papai em breve e que a mãe de
alguém tava indo tirar satisfação com o pai de algum moleque, porque pegou
camisinha cheia de leite no quarto da filhota. Geral na fase dos 18 anos de
idade, foi aí que eu vi o Sandro Júnior pela primeira vez, já em seus 20 e
poucos, acho que uns 24 anos, e também foi quando descobri que nem sempre as
festas terminavam com homens trepando com mulheres nos becos. Enfim, voltemos
ao meu portão, eu sentado na cadeira de praia e vendo o moreno indo pra casa
após um longo dia de trabalho, agora já em seus 28, quase 29 anos de idade,
caminhando pra ser um trintão com tudo em cima.
- Será que é desse maluco que meu pai tava
contando no outro dia? – falei comigo mesmo e me pus a pensar.
Aí comecei a lembrar de umas coisas que meu
coroa comentou comigo recentemente. Meu pai tinha mania de todo domingo ir pro
bar da esquina da nossa rua pra papear com os colegas dele. Eles passavam horas
bebendo, falando merda, jogando sinuca, dominó e comendo petisco no boteco, até
que, no domingo passado, o coroa chegou em casa meio alto, sentou no sofá e
começou a contar sobre quem encontrou no bar.
- Você não acredita quem tava lá, Félix.
- Quem? – fiquei curioso.
- Aquele teu amigo que mora no fim da rua,
como é mesmo o nome dele?
- Amigo meu do fim da rua? Não tenho amigo
nenhum lá, pai. Não era o Alex?
- Não, o Alex eu conheço, porra! Esse teu
amigo é um outro, um moreninho meio carcacinha. Disse que te conhece e tudo.
- Me conhece? Cara, não faço a menor ideia de
quem seja. Me conhece mesmo? Como?
- Ele disse que vira e mexe encontrava
contigo nessas festas que tinha por aqui. Morou no Sul durante um tempo, foi do
Exército lá. Depois casou, teve filha e agora voltou. Mora com a esposa ali
perto do shopping, uma branquinha. Não sabe quem é?
Quanto mais meu pai deu detalhes, menos eu soube
de quem se tratava aquele suposto homem que disse ser meu amigo.
- Eu com certeza não conheço essa pessoa. Deve
ter me confundido com outro cara.
- Claro que não, Félix! Assim que ele me viu
veio falar comigo, porra! Até perguntou se eu era o teu pai.
- O QUÊ!?
- Pois é, perguntou se eu sou pai do Félix,
eu disse que sim. É claro que o cara te conhece, filho!
- Putz... Não sei quem é mesmo!
Ali estava eu, cheio de calor, sentado no meu
portão, terminando de fumar um cigarrinho, as pernas cruzadas e bem com pose de
vizinho fofoqueiro, enquanto tentava decifrar em minha mente se o tal conhecido
que encontrou meu pai no bar domingo passado era o Sandro Júnior.
- Mas se essa pessoa que encontrou com meu coroa
é o Sandro, por que ele passa por mim e não fala comigo? Que doideira! – reclamei.
– Diz que me conhece, mas não me cumprimenta... Nada de novo nesse bairro.
Pois bem, o calor dentro e fora de casa
pareceu só aumentar. Eu não sabia o que era pior, ficar no portão ou no sofá da
sala, mas, de qualquer forma, deu fome e eu entrei pra comer e beber alguma
coisa. Devo ter levado no máximo duas horas preparando uns petiscos, não parei
de suar durante o processo e não tive outra escolha senão voltar pra cadeira de
praia no portão. Era 9 pra 10 da noite, a rua estava praticamente vazia e
àquela hora só aparecia uma pessoa ou outra circulando, retornando do mercado
ou voltando do trabalho pra casa. Fiquei uns sete minutos assim, nessa paz
quente e abafada, até que escutei passos firmes se aproximando e barulho de
respiração acelerada.
- Com muita loucura, com pouca vergonha! Sem
muita frescura, mordida na fronha!
Era ele, o próprio Sandro Júnior, agora
praticando corrida noturna, visivelmente ofegante e com o corpo ensopado de
suor. Os mesmos fones sem fio nos ouvidos, o pagode estourando e o morenão
cantarolando enquanto corria. Só nós dois na rua, ele vindo na minha direção e
eu sem conseguir tirar meus olhos do par de coxas extremamente peludas que o
estoquista possuía. Sério mesmo, eram as pernas mais pentelhudas e atraentes
que eu já tinha visto em qualquer homem pessoalmente, e foi só nesse momento da
corrida que pude apreciá-las e contemplá-las com meus olhos, ainda que de longe
e por breves segundos. O que dizer então do short curto do safado, com os bagos
e a ferramenta gorda badalando de um lado pro outro e me mantendo hipnotizado?
Parecia até um pêndulo grosso e solto, apesar da estampa da cueca de fora
indicar que o gostoso estava usando roupa íntima.
- “Puta merda, que cara mais... Mais...” –
cheguei a perder as palavras no meu próprio pensamento. – “Meu Deus... Que
coxas!”
Além da blusa de time de basquete
norte-americano deixar seus braços massudos e suados à mostra, a peça de roupa
estava suspensa na parte da frente e isso tornou visível o ventre afiado do
corredor, com a trilha de pentelhos formando um caminho do paraíso abaixo do
umbigo e pra dentro do short curto. Diferente da hora em que eu o vi voltando
do trabalho, agora o moreno tava de tênis de corrida em vez das botinas de
estoquista, sendo que eu não soube dizer qual dos dois pares de calçados era o
maior e mais atraente em seus pezões.
- Puxando o cabelo, com o corpo arranhado! Com
o rosto vermelho de tanto pecado! – ele cantava e tomava fôlego em momentos
diferentes, sem perder o ritmo dos passos acelerados. – Arfh, urfh!
Deu gosto, sede e muita fome ver um macho
daquele porte correndo e suando tão perto de mim, mesmo que eu estivesse na
calçada e ele na rua. O conjunto cara de pagodeiro, carcaça de homem
trabalhador e pernas peludonas me deixou completamente desarmado e sem reação,
a única coisa que consegui fazer foi vê-lo enquanto corria. Na hora de passar
na minha frente, outra vez o Sandro me olhou de um jeito rápido e não deu
qualquer atenção, apenas marcou o passo e continuou correndo na direção do
começo da rua.
- Agora você vê!? Não tem o menor cabimento nisso!
– reclamei de novo comigo mesmo. – Não é possível que esse cara encontrou com
meu pai no bar. Impossível! Ele teria me cumprimentado, a menos que seja muito
sem noção.
Pronto, o pensamento da dúvida e da
desconfiança tomou conta da minha mente a partir desse segundo encontro
aleatório com o gostoso do Sandro Júnior. Como se não bastasse meu corpo ter
ficado eufórico e ainda mais quente quando vi o físico ensopado e as pernas
peludas do estoquista, agora minha consciência ferveu e eu soube que tinha que
vê-lo novamente. Até pensei em botar uma roupa de exercícios e fingir que tava
correndo só para encontra-lo outra vez, mas confesso que, sendo muito
preguiçoso, optei por continuar no portão, na minha cadeirinha de praia e com
meu cigarrinho de sempre. Esperei por cerca de dez minutos, só pensando no que
faria quando o visse, porém nenhum sinal do Sandro correndo. Senti vontade de mijar,
entrei e fui no banheiro, depois passei na cozinha pra buscar minha garrafinha
d’água na geladeira e só então retornei ao portão. Assim que cheguei, quase dei
um pulo quando bati de frente com o morenão parando no meu poste e se
preparando pra botar o pau pra fora pelo lado do short e mijar ali mesmo, ele
crente que tava sozinho, foi quando me viu e se assustou.
- Qual foi, Félix!? Beleza, mano? Tem caô se
eu mijar aqui no teu poste? – o puto ficou muito sem graça por ter sido pego no
flagra.
- Claro que tem problema! Eu vou lá mijar na
tua porta, por acaso? – respondi afiado. – Por que você não pede pra usar o meu
banheiro, em vez de mijar no poste?
Totalmente sem jeito, o Sandro Júnior apertou
a mala protuberante no short de corrida, depois começou a se abanar e eu pude
sentir seu calor e seu cheiro exalando fortes do corpo quente e ensopado de
testosterona líquida.
- Pô, mas aí tu não acha que é mó invasivo eu
bater no teu portão e pedir pra usar o banheiro do nada? Eu ficaria como,
escaldadão se fosse comigo, papo reto. – seu jeito carregado de gírias
combinava com a cara de safado e com as covinhas no sorriso de puto, só não
combinava com a aliança dourada no dedo anelar. – Um maluco brotar assim do
nada e pedir pra mijar, não é estranho?
- Pode até ser incomum, mas é menos pior do
que você mijar no poste e deixar a calçada fedendo a mijo, concorda?
- É... Parando pra pensar.
Sem titubear, respirei fundo e soube que era
agora ou nunca. Nem pensei duas vezes, só abri o portão, voltei pro lado de dentro
da minha casa, dei espaço com o corpo e fiz como se liberasse caminho pro
Sandro me acompanhar. Dito e feito, ele me seguiu e não parou de se abanar.
Fechei o portão, fui na direção da sala e o moreno fez a linha educado comigo.
- Dá licença, Félix.
- Toda, pode entrar.
- Tu tá sozinho?
- Tô, meu coroa tá na casa da mulher dele
hoje. Pelo menos tá no ar condicionado, enquanto eu fico aqui nesse inferno.
- Porra, aí sim. Mó calor, né, viado?
- Tá quente mesmo. Um fogo do caralho!
No momento de entrar na sala de casa, eis que
o macho suado parou de andar, apoiou a ponta de um pé na parte de trás do outro
e removeu os tênis de corrida antes que eu pudesse impedi-lo, ficando apenas de
meias nos pezões enormes e igualmente úmidos.
- Não precisa disso, mano, a casa tá suja.
- Nada, que isso! Já não bastou eu querendo
mijar no teu poste, Félix? Hehehehehe! É o mínimo, pô.
Eu quase sucumbi a partir daí, mas tive que
me controlar, pelo menos por alguns segundos até o puto entrar no banheiro.
Indiquei o caminho, ele entrou, fechou a porta e eis que eu me vi a sós com o
par de tênis de corrida recém tirados do homem mais suado e gostoso que já
deixei entrar na minha casa. Imaginei que o Sandro fosse demorar até esvaziar o
tanque, então não perdi tempo e peguei um dos tênis pra sentir o cheiro, porém me
senti tão excitado que, só de tocar na quentura onde ficavam os pezões do
moreno, já quase explodi de tesão. Soube mais do que imediatamente que aquele
era o tempero de um puto das solas grandes, grossas, firmes e massudas, cuja
função de estoquista exigia esforço, muito trabalho físico e disposição.
- É agora! – comemorei antes de começar o
banquete.
Abri o tênis de corrida do Sandro Júnior,
coloquei a cara bem no meio e respirei profundamente, com todas as forças que
encontrei naquele momento. Trouxe pra dentro dos meus pulmões o cheiro
aflorado, quente, salgado e suculento que permeava e nutria as palmilhas
internas do calçado, sendo este o espaço onde residia a fragrância das plantas
dos pés do cafução, pra não falar da erupção que era o cheiro puro da
testosterona impregnada do lado de dentro do tênis. Pareci um morto de fome
saciando a gula, me senti como um viado sedento tentando matar a sede com o
suor e os fluídos do corpo de um macho estoquista, trabalhador, peludão e mais
do que atraente. Quando nada disso pareceu suficiente pra matar meu tesão,
botei a língua pra fora e esfreguei as papilas na palmilha do calçado de
corrida que o meu vizinho gostoso usava todos os dias. Absorvi seu suor
ressecado e também o recente, me deliciei com o paladar salgado, cheirei a
testosterona avivada ali dentro e arrisquei até mordiscadas e chupadas, fazendo
de tudo pra ter minha cara esfregada na intimidade do Sandro.
- Mmmmm, que delícia de mel salgado, affff! Imagina
como deve ser o pezão descalço desse macho? – me entreguei ao delírio sexual da
minha própria mente. – Aposto que tem pelinhos em cima dos dedos, do jeito que
ele é peludo. E deve ser em formato rústico, tipo o dedão cabeçudo, largo...
Puta merda, daria de tudo pra dar uma chupada no pé desse bofe!
No auge da sensação de entorpecimento, eis
que cuspi na palmilha e deixei minha saliva penetrar de leve no tecido onde as
plantas dos pezões passavam boa parte do tempo. Depois pus a boca e suguei de
volta pra mim, dessa vez com a minha saliva estando carregada do néctar que
escorria diariamente das dobradiças dos pés do estoquista. O melhor eram os
detalhes no meio de tudo, porque eu fazia isso enquanto ouvia o jato grosso de
mijo despencando da rola do Sandro pro vaso sanitário lá no banheiro, e ainda
deslumbrava das marcas de transpiração que seus pés deixaram em forma de
pegadas de suor no chão, formando um trajeto da porta da sala até o corredor.
Meu coração disparado, eu de pau duraço, o cuzinho piscando feito árvore de
natal, até que ouvi o barulho da descarga no banheiro e achei melhor voltar ao
normal, ou pelo menos tentar, pra não ser pego no flagra. Assim, pus o calçado
de volta na porta da sala, sentei no sofá, disfarcei e aguardei pelo safado.
- Porra, agora sim, Félix! Tava apertadaço
pra mijar, tu salvou legal. – sorriu e deu aquela pegada marota no malote
dentro do calção de corrida. – Será que tu me arranja um copo d’água?
- Claro! Até porque, já dizia o Mr. Catra,
né, mano? – fui andando pra cozinha.
- É, podes crer, viado! Heheheheehe! – ele me
seguiu até lá, espalhando seu cheiro de suor por toda a casa. – Uma mamada e um
copo d’água não se nega a ninguém, fala tu?
- E é verdade! Hahahahaha!
Servi água gelada num copo, dei ao moreno e
ele fingiu um brinde antes de começar a tomar, sendo que bebeu enquanto me
encarou e não deu uma piscada sequer com os olhos, como se quisesse mesmo me
fitar. Esse jeito de me intimidar me deixou com as pernas bambas, confesso,
senti a maior vontade de ajoelhar ali mesmo, abaixar seu short úmido e cair de
boca no caralho suado, nem aí pra nada. Quis sentir mais do que a largura ou o
comprimento da pica do Sandro Júnior entalando minha garganta, meu desejo maior
era de engoli-lo e desfrutar de sua testosterona direto da fonte, com as
narinas mergulhadas em sua pentelhada farta e meu queixo servindo de
amortecedor pros seus culhões graúdos. Todo esse momento durou um simples
instante, com o gostoso me olhando, bebendo a água e eu paralisado, muito hipnotizado
pela sua presença inédita na minha cozinha.
- Arrssss, delícia de água gelada! Tava
precisado mesmo, moleque. – tomou tudo e novamente deu a afofada no caralho por
cima do short, dessa vez deixando o volume da tromba marcada no tecido úmido. –
Deixei a porra da garrafinha em casa.
- Quer mais?
- Não, tô de boa já. Valeu!
- De nada.
Guardei a garrafa na geladeira, ele foi
caminhando de volta pra sala e eu fiz o mesmo, encontrando com o safado na
altura da porta. Não quis que ele saísse tão rápido, então pensei brevemente em
algum assunto e disparei com o único tiro que tinha pra dar.
- Agora me fala, Sandro, desde quando que a
gente é amigo?
- Quê? Como assim, mano?
- Desde quando você sabe que o meu nome é
Félix?
- Desde sempre, porra! Tá doidão? Esqueceu
das festinhas que tu aparecia?
- Eu?! Duvido, eu nunca fui nessas festas de
vocês, ficou maluco?
- Claro que foi! Eu lembro de tu de longe,
pô, por isso que sei teu nome. Geral nesse bairro se conhece, viado, tá
pensando que não?
- Conhecer de vista é uma coisa, Sandro, ser
amigo é outra. Você disse pro meu pai que me conhecia e que a gente era amigo
desde não sei quando.
- Ah, modo de falar, Félix! Eu lembro de tu
nas festinhas, tu lembra de mim, então a gente se conhece sim. Podemo não ser
amigo de infância, mas tu tá ligado em quem eu sou e eu tô ligado em quem tu é.
- Ah, tá? Será? – fiz a linha reservado.
- Claro que tô. Tu ia nas festas, mas ficava
só de longe observando a galera, mano. Não bebia, não falava com ninguém, só
observava. Não sei o que tu ficava procurando, mas lembro que com certeza era
tu.
- Hmmm, é. Você tem razão, esse era eu mesmo,
só observando. – liguei o ventilador da sala, sentei no sofá e continuei
falando, meio que convidando o Sandro pra me fazer companhia, apesar de ele só
ter entrado pra mijar e beber água. – Confesso que ficava de olho às vezes, mas
por questão de curiosidade, nada de mais.
- Curiosidade, tu?
- Aham.
- Em que sentido?
Antes de responder, apontei pro sofá pequeno,
me fiz de pouco interessado e o indiquei onde se sentar.
- Dá um tempinho aí pra gente bater um papo.
– pedi.
- Pô, eu tô todo suado, irmão. Vou sujar teu
sofá.
- Não tem problema, não, é melhor do que
ficar em pé.
- Tem certeza, Félix?
- Claro. Senta aí.
Só de meias curtas e úmidas em volta dos
pezões, eis que o Sandro Júnior sentou na poltrona pequena, mas se manteve numa
posição de quem ia levantar a qualquer momento, optando por sentar apenas na
pontinha do sofá e meio que apoiado na parte da frente dos pés. Desse jeito, eu
tive que me segurar pra não perder a linha e encher os olhos nas coxas
pentelhudas do estoquista, pra não falar do volume absurdo que se formou entre
elas assim que ele sentou. Simplesmente dava pra ver o pacotão pesado e
escorado quase que todo na lateral da perna pentelhuda do pilantra, misturando
rola, bolas amontoadas, pentelhos, tudo junto no mesmo alto e chamativo relevo.
O formato destacado da chapeleta ficou perceptível, as bolotas provavelmente
pentelhudas do cafução superlotaram o short e pareceu que mais um pouquinho de
tecido subindo e um dos ovões acabaria saltando pro lado de fora pra poder
tomar ar fresco e dar uma arejada. Fiquei louco! A mulher do Sandro com certeza
era muito sortuda, porque era ela quem tinha tudo aquilo pra si, podendo vê-lo
nu, tê-lo em cima de si e senti-lo todo dentro, bem como eu descobri que também
queria naquele momento. Foi difícil esconder meu pau duro, os mamilos acesos na
blusa e o cuzinho piscando no short, mas mesmo assim me contive e tentei focar
na conversa, sobretudo pro morenão não se sentir desconfortável.
- Dá o papo, por que tu nunca se misturou com
a galera nas festas, Félix?
- Bom, eu sempre tive curiosidade, mas ficava
na minha, porque... Digamos que eu tinha os meus receios. Hoje nem tanto, mas
naquela época tinha.
- Receio?
- Sim. Sempre ouvi dizer que rolava muita
putaria nas festinhas de vocês, então fiquei o tempo todo na minha.
- Porra, mano, sério? Que isso, tu teria se
acabado se andasse com a gente, viado! Naquela época geral se dava bem. Agora é
só saudade, papo reto.
- Ah, duvido muito. Minha praia era diferente
da de vocês, até hoje ainda é. A gente com certeza não teria se enturmado,
Sandro.
- Chega de rodeio, Félix. Dá logo o papo,
qual é a tua praia?
Sem saída e não querendo mais dar voltas no
assunto, dei duas batidas do meu lado do sofá e respondi de um jeito
demonstrativo.
- Se eu te disser que não sou massagista, mas
que tô pronto pra dar uma massagem nos seus pés, será que você entende mais ou
menos o que eu tô querendo dizer?
- Hmmm, tô vendo... – o gostoso armou a cara
de dúvida por alguns segundos, manteve a posição de acuado e fez perguntas. –
Tu é viado, né, Félix?
Só fiz que sim com a cabeça, confesso que até
um pouco receoso por não saber qual seria a reação do meu vizinho ao ouvir
minha confissão. Foi quando, sem mais nem menos, o Sandro Júnior ficou de pé na
minha frente, segurou o riso e jogou abertamente.
- Tu não tem nojo do meu pé tá suadão, não,
viado?
- Ah, se você soubesse como eu me amarro em
pé assim!
- Caralho, tu é desses, é, irmão?
Hahahahahaha! Então já é, fica à vontade. – sentou do meu lado na poltrona e
esticou as pernas pentelhudas pra cima do meu colo, pondo ambos os pezões
praticamente na minha fuça. – Mas ó, essa parada de massagem fica só entre a
gente, pode ser? É que como, tu tá ligado que eu sou casado e qualquer
fofoquinha nesse bairro vira caô, tu sabe.
- Ih, relaxa aí, Sandro. É só uma massagem,
nada de mais. E é bom que enquanto isso a gente vai batendo um papo.
- É isso, mano. Fica à vontade, tô precisando
mesmo de uns apertos nas solas dos pés.
Cheguei a suar frio quando senti o peso
daquelas pranchas sobre meu colo. Naquela posição, o cheiro das meias suadas
subiu direto pras minhas narinas e chegou no cérebro, me deixando tonto e
desnorteado, visivelmente dopado de tanta testosterona quente, salgada e forte.
Me senti tão saturado que até pensei que fosse desmaiar, absolutamente
entorpecido e drogado pelo tempero íntimo que exalava dos pezões do meu vizinho
estoquista. Mal pus minhas mãos em seus membros e os senti firmes, imponentes,
duros feito aço e com as dobradiças suculentas, denotando estruturas fortes o
suficiente pra aguentar o ritmo acalorado do trabalho no estoque da loja.
- Tá vendo só como foi melhor esperar o tempo
passar? – retomei o assunto.
- Pô, eu mantenho meu argumento e torno a
dizer que tu tinha que ter andado com a gente naquela época. Tu teria sido,
como, o nosso fechamento purinho, irmão! Teria se dado bem pra caralho, papo
retão.
- Com vocês sabendo que eu sou viado, jura?
Duvido muito, ainda mais que naquela época era cheio de mina. Lembro que sempre
tinha putaria no beco, não ia ter espaço pra mim nessa brincadeira.
- É aí que tu tá redondamente enganado,
Félix. Hahahahahaha! Ah, se eu te contasse todas as putarias que o nosso bonde
já fez... Tu ia ficar babando de inveja, isso sim.
Como se já não bastasse minha excitação acima
do normal, agora fui tomado por uma curiosidade esmagadora e me senti aflito
por finalmente ficar por dentro das putarias que rolavam nas festinhas que os
moleques organizavam anos atrás.
- Ah, pronto. Vai me dizer que vocês já
comeram viado?
- Pô... – ele riu, meio sem graça, e mostrou
a covinha. – Não vou botar o nome dos meus parceiros na roda, tá ligado?
Hehehehehe! O papo é esse: tu tinha que ter participado dos nossos rolés. Hoje
não, hoje tá todo mundo casado, geral já é pai, mãe, tá com família, mas
naquele tempo, Félix... Puta que pariu, era o mundo se acabando! Não tinha
buraco certo, hehehehehehehe!
- Caralho, isso só pode ser mentira! Tá
zoando, né?
- Juro pra tu, porra! Vou mentir pra quê, me
diz?
Eu massageando os pezões do moreno gostoso,
ele me encarando, rindo e relaxando no toque dos meus dedos curiosos, enquanto
eu era atravessado por um mar de revelações e sentia meu corpo pegando fogo de
um jeito surreal. Era como se eu tivesse a pergunta e a resposta em minhas mãos
naquele momento, literalmente, porque eram as plantas dos pés do Sandro sendo
apertadas em meus dedos, ao mesmo tempo que o safado fazia revelações e me
mostrava um lado inédito seu. No meio disso tudo, eu respirando tão somente o
cheiro quente e delicioso que seus dedos exalavam das meias suadas, minha boca
cheia d’água e o cuzinho piscando com tudo no short.
- Então quer dizer que... – tentei elaborar
os pensamentos.
- Quer dizer que geral se divertiu pra
caralho, ninguém teve do que reclamar. Só não se divertiu quem ficou de fora,
viado.
À vontade no meu toque, o estoquista abriu as
pernas peludas de leve, meteu-lhe o dedo médio na parte interna da virilha e
puxou o elástico da cueca pra fora, na intenção de provavelmente desamontoar
uma bola de cima da outra dentro do saco. Deu pra ver o volume chamativo do
relevo de pica se deslocando a pouquíssimos centímetros das minhas mãos, mas me
contive ao máximo e apenas consegui manjá-lo. Quanto mais ele mexeu com o dedo
na cueca, mais a montanha de varal ficou perceptível aos meus olhos, fazendo o
pano do calção de corrida parecer apenas uma fina camada de tecido por cima da
jararaca peçonhenta e obesa. Nem tive como disfarçar as olhadas, fiquei mega
sem graça e o Sandro começou a rir da situação.
- Ih, relaxa aí, Félix! Tô só gastando
contigo, tu com certeza se divertiu por aí.
- É, me diverti, não vou mentir. E ainda me
divirto, só que...
- Só que?
- Só que eu queria ter me divertido com
algumas pessoas específicas, sabe? Tipo, você já teve muita vontade de comer
uma mina, por exemplo?
- Porra, se já! Ainda mais naquela época,
moleque. Mas te falar, tu tem que ver pelo lado do que tu fez, não do que tu não
fez. Eu deixei de comer muita mina que queria ter tido a chance de pegar, mas
também fiquei com outras e foi maneiro, pegou visão? Tem que ver isso também,
mano.
- É foda. Mas enfim, talvez você tenha razão.
Foco no presente.
A gente falava, eu apertava as bases de seu
corpo peludo e sentia o que era necessário para manter um macho forte e gostoso
de pé todos os dias. Charme de pagodeiro, pinta de galã, sorriso de covinha,
cara de safado, o cabelo disfarçado dos lados e atrás, barbicha só no queixo,
bigodinho fino, sobrancelhas grossas, pra não falar dos nós das solas dos
pezões se desfazendo e relaxando no poder dos meus dedos. Mirei meus olhos da
mala pro rosto do Sandro Júnior e pirei quando vi aquele puto mordendo a boca e
gemendo conforme eu massageava. Até os dedos ele mexia relaxadamente, me
sentindo e ficando à vontade de verdade... Não tinha como deixar passar batido,
o cafução ia cair na minha.
- Ssssss! Caralho, que mão boa que tu tem,
viado! Tô dizendo que a gente teria feito uma boa dupla naquele tempo?
Hehehehehe! Ffffff, aí mesmo!
- Você era um safado, não era, não? Deve ter
passado o rodo em geral naquela época. Fala a verdade, pegou quem?
- Porra, eu curti foi pra caralho. Não me
arrependo de nada, sem neurose, Félix. Hoje em dia tô casado, tenho filha,
esposa e procuro andar na linha, se ligou? Mas a quantidade de putaria que eu
aprontei, puta merda... Consigo nem contar. Acho que eu fui o mais buceteiro
dos moleques, sem caô nenhum. Nunca recusei uma putaria! Hehehehehehe!
- Sério? Pior que você tem cara mesmo, parece
aqueles pagodeiros safados, hahahahahahaa! E pensar que as pessoas desse bairro
sempre acharam você um maluco quietinho, ein? Ninguém imaginou que esse homem é
o maior putão do bairrinho, hahahahaha!
- Ah, qual foi, viado!? Vai me gastar?
Heheheheheheeh! Sou putão nenhum, não, agora eu sosseguei. Tô quieto na minha.
É de casa pro trampo e do trampo direto pra casa, sem desvio.
- Nunca mais fez nenhuma outra putaria dessas,
Sandro?
- Nenhuma. Sssss!
- Sério mesmo?
- Serinho. Agora só como a mesma buceta
sempre, da minha mulher. Tô tranquilão na minha hoje em dia, foram-se os tempos
de bucetagem. Hmmm, fffff! Aí mesmo, pode apertar.
- Entendi. Tá boa a massagem? – perguntei.
- Se tá! Me deu até disposição, ó.
Num só pulo, o macho se pôs de pé, começou a
saltar, ergueu os braços e iniciou uma sequência contada de polichinelos,
abrindo e fechando as pernas em movimentos rápidos. Tudo aquilo era mais do que
demais pra mim. Não consegui pensar, minha única reação foi vidrar os olhos na
mala gorda do Sandro balançando dentro do short suado conforme ele pulava,
resultando num morro de pica que não parou de sacudir na roupa. E o que dizer
das coxas suadas e super peludas? E do cheiro forte de masculinidade se
espalhando pela sala e ficando impregnado nas paredes, portas e móveis? Minhas
narinas já estavam avermelhadas de tanto que eu aspirava e transpirava a
testosterona do moreno.
- Seis! Sete! Oito!
- Porra, haja disposição! – reclamei. – Me dá
cansaço só de ver você malhando, sem brincadeira.
- Nove, dez! É que eu preciso liberar a
energia, Félix, senão dá ruim. Onze, doze!
- Tem vários jeitos de liberar a energia.
Inclusive tem um que eu tô pensando aqui... – debochei e ri. – Não sei se você
já ouviu falar.
- Toma vergonha, viado abusado! Hahahahahaha!
Não me faz perder o ritmo, caralho, senão vou ter que começar de novo, puto! –
ele pulava, balançava o conteúdo do short e ao mesmo tempo ria pra mim, como se
soubesse pra onde eu estava olhando. – Quatorze, quinze!
Tive que olhar por vários minutos seguidos
até realmente acreditar que o Sandro Júnior tava malhando, suando e liberando
seus hormônios na sala da minha casa. De braços subindo e descendo, suas axilas
peludas ficaram expostas durante longos instantes, combinando com o suor ensopando
seu físico peludo e também com a protuberância evidente e destacada na parte da
frente do calção. Como o short estava molhado, o tecido ficou explicitamente
colado no contorno e na silhueta do malote pesado e torto que o estoquista
tinha no meio das pernas, tornando possível de ver até o formato da cabeça da
pica impressa no pano. Eu já não tava mais me aguentando de tanto tesão e de
vontade de cheirá-lo, de senti-lo, foi aí que ele andou até à porta, pegou o
par de tênis e começou a calçá-los.
- Já vai, Sandro?
- Pô, tenho que ir lá, mano. Senão a esposa
arranca meu pescoço quando eu piar em casa, é foda. Tô há mó tempão na rua, já,
e amanhã acordo cedo também.
- Tranquilo. Se precisar de água ou quiser ir
no banheiro de novo amanhã, é só me chamar aqui. Hahahahaha!
- Heheheheeh, sem vergonha! Já é então, tamo
junto, Félix. Bom te ver!
- Digo o mesmo. Boa noite!
- Boa e valeu aí pela água.
- Nada. Disponha.
Levei meu vizinho até o portão, onde nos
despedimos com um aperto de mão, e de lá fiquei vendo enquanto ele ia embora
pra casa, na direção do final da rua. Tava tudo vazio, um calor da porra, eu
cheio de fogo e agora atazanado pela visão e pela memória sinestésica da
presença do Sandro Júnior dentro de mim e da minha casa. O cheiro, o tato, até o
sabor do cafução eu conseguia sentir, mesmo não tendo usado minha boca nele e
exclusivamente pelo excesso de tempo que fiquei imerso em seu poderoso tempero
masculino. A sala de casa ficou impregnada com sua essência salgada e forte, o
que me obrigou a tocar uma punheta mais do que sincera no sofá, no mesmo lugar
onde o macho sentou minutos atrás e me deixou massageá-lo. De tão alucinado, eu
me masturbei enquanto cheirei minhas mãos e tentei me apegar à textura que
senti quando toquei aquelas solas de bofe trabalhador, ainda que ele estivesse
de meia durante a massagem. Fiquei louco, lambi meus dedos, toquei meus mamilos,
pisquei o cuzinho cheio de fogo e fiz de tudo pra simular que se tratava do
Sandro mexendo em meu corpo, mas nada se aproximou do que realmente era ser
possuído por um homem daquele porte, com cara de pitbull, pinta de pagodeiro e
sorriso de pilantra. Enfim, depois de gozar duas vezes, tomei um banho frio pra
poder sossegar o facho e conseguir dormir, porque nada tirou Sandro Júnior da minha
cabeça, ainda mais com seu cheiro másculo dominando a sala de casa.
Nem preciso dizer que passei o restante dos
dias com o mesmo bofe na mente. Perdi as contas de quantas punhetas bati
pensando nele, só imaginando quando aconteceria nosso próximo encontro
aleatório e se rolaria mais um momento igual aquele, de vê-lo ensopado de suor
na sala da minha casa, com a pele brilhando e os pelos escurecendo as coxas
grossas. Continuei indo todas as noites e fins de tarde pro portão, sempre na
esperança de vê-lo voltando do trabalho ou praticando sua corrida noturna, mas
levei algum tempo até encontrar com o Sandro novamente. Já devia ter mais ou
menos uma semana desde nosso primeiro e último encontro, eu tava me preparando
pra tirar a cadeira de praia da calçada, ouvi passos, olhei pra trás e não tive
tempo de reagir.
- PERDEU, PERDEU!
Um braço imponente me rendeu e me impediu de
virar pra ver quem era. Fui preso por uma força bem maior que a minha, até que
o sujeito começou a rir e não hesitou em roçar com o volume da rola na minha
bunda, isso em plena calçada de casa.
- Aff, Sandro! Para de graça, tá maluco!? E
se alguém vê essa porra?
- Vão pensar que eu tô te assaltando, viado.
Hehehehehe!
- E você é ladrão por acaso?
- Sou. Vim assaltar tua garrafa d’água e teu
banheiro de novo, Félix. Posso?
- Claro, entra aí.
Passei pro lado de dentro, ele me seguiu e
logo estávamos repetindo o mesmo processo de ele ir no banheiro mijar enquanto
eu me acabava de cheirar e de lamber as palmilhas internas dos tênis de
corrida. Suor, sal, testosterona líquida, o gosto amargo e suculento do esforço
físico de um estoquista corredor e eu alucinado de tesão, sempre muito entregue
às poucas oportunidades que tinha de desfrutar da masculinidade avivada do
morenão gostoso. Quando ele saiu do banheiro e me viu sentado no sofá, já veio
rindo, isso sem desconfiar do que eu adorava fazer com seus calçados.
- Qual vai ser, vai me arranjar aquela água
gelada?
- Por que não? – brinquei. – Já te falei que
uma mamada e um copo d’água-
- Não se nega a ninguém, é isso aí, viado!
Hehehehehhe!
Fomos até à cozinha, peguei a bendita água e
voltamos pra sala, onde ele sentou no sofá e me deixou eufórico por demonstrar
que queria algum assunto.
- Pô, aí, tu não vai acreditar no caô que deu
naquele dia quando eu cheguei em casa, Félix.
- Eita, deu ruim?
- Pra caralho, por isso que eu fiquei uns
dias sem aparecer. Minha mulher ficou bolada, não tô nem podendo demorar muito
hoje. Ameaçou botar minhas coisas na rua e os caralho, tem noção?
- Que merda, Sandro! E você?
- Tô tentando andar na linha. Detesto
sufocação, tá ligado, mas puta que pariu, tá foda.
- Só imagino. Ela achou que você tava aonde?
- Na casa de alguma piranha, só pode! Ela
sempre acha que eu tô com alguma mina, não importa o que eu digo. Aí por isso
que eu tô um tempo dentro de casa, pra não arrumar ainda mais neurose.
- Putz, entendi. Tá puro estresse, né? – fiz
a pergunta, fiquei de pé e fui pra parte de trás da poltrona, bem onde ele
estava sentado. – Será que uma massagem ajuda?
- Porra, Félix, assim tu me quebra, mano.
Ando tenso, tô querendo mesmo uma atenção, mas não posso demorar.
Quando ele respondeu isso, eu pus as mãos em
seu trapézio quente, inchado e suado, senti seu físico duro e apertei de leve,
na intenção de ajuda-lo a relaxar. Fiz isso e já fui pressionando os ombros rígidos,
escorregando diante de tanto suor escorrendo na pele morena do estoquista.
Seguro de si, o Sandro fechou os olhos, recostou o corpo no sofá e me deixou
tranquilo para prosseguir, ficando totalmente à vontade, bem do jeito que eu
mais gostava. Parecia até um homem-brinquedo à minha disposição, ao ponto de
ser impossível saber quem estava em melhor posição, se era eu o massageando ou
ele sendo massageado.
- Ssssss, só cinco minutinho não vai fazer
mal, né? Ffffff, aperta com gosto.
- Aqui?
- Isso, sssss! Porra, tô todo duro, viado!
Mmmfff!
Enquanto massageava, eu vi seu corpo de cima
e não consegui me conter diante de tantos detalhes atraentes. Dava pra ver os
pezões nas meias úmidas, o volume da escopeta torta pra direita dentro do short
suado, as coxas grossas e pentelhudas, pra não falar do peitoral estufado e dos
músculos dos braços inchados pelo dia de trabalho no estoque da loja. Não
demorou muito e lá estava eu mais uma vez falando sobre o que mais tinha
curiosidade a respeito do Sandro Júnior: suas ações na época das festinhas que
rolavam no bairro.
- Eu queria era ter te conhecido naquele
tempo, não me canso de falar. – admiti.
- Já te dei o papo sobre isso. Aquele tempo é
passado, hoje a vida é outra, Félix.
- Então, é por causa disso que eu queria ter
te conhecido lá. Na verdade, não sei se já comentei alguma vez, mas o meu sonho
naquele tempo era fazer parte do grupo de amigos de vocês. Como era mesmo o
nome? Família Leonoff? Hahahahahaha!
- Caralho, tu ainda lembra, viado!?
Heeheuehe!
- Não te falei que eu era louco pra andar com
vocês, Sandro? Lembro de tudo como se fosse ontem, maluco. Hahahahahaha! Sempre
rolava fofoquinha das festas de vocês e eu doido pra participar, só pra ver
como que era.
- Era a maior putaria, viado. Quer dizer,
isso no final, porque durante a festa corria tudo bem. Tu tinha que ver quando
era na casa do mestre Alex, puta que pariu, aí que o pau comia!
- Muita putaria?
- O quê?! Papo de duas, três minas pra cada
maluco. O que não faltava era xota pra gente enterrar a broca, sem caô! No fim
das contas era leite e camisinha pra tudo quanto era lado, ninguém era de
ninguém. O bagulho ficava como, de verdade!
Quanto mais ele falava e se expunha, mais eu
ficava excitado, principalmente por estar apertando seus bíceps, tríceps,
sentindo a rigidez de seus muques e respirando o puro extrato do suor da
corrida.
- Porra, então você é mestre buceteiro mesmo,
ein?
- Ex-mestre buceteiro. Essa vara aqui já viu
foi muita buceta, Félix.
Aí não tive como pisar no freio.
- E com viado, chegou a fazer alguma coisa? –
mandei na lata.
- Tu tava se segurando pra perguntar de novo,
tava não? Hehehehehehe!
- Ah, você sabe que eu sou curioso por esses
detalhes. Não vai te matar me contar sobre isso, vai? Não é nada de mais.
- Nada de mais? Eu casado, com filha, tu me
massageando e eu te contando uma porrada de coisa que eu fiz quando era mais
novo, papo reto que tu acha que não tem nada de mais nisso?
- Eita! Então quer dizer que você já fez? Eu
sabia! – quase dei um pulo.
- Pera lá, não falei nada ainda.
- Aí, tá vendo só? Cada frase que você diz
confirma que tem coisa aí, Sandro. Hahahahahahaha!
- Caralho, tu é um viado ardiloso mesmo, né
não? Puta que pariu, Félix! Hehehehehehehe! Safado!
- Safado, eu? Você que deve ter comido viado
pra caralho nesse bairro e agora eu que sou o safado da situação? Duvido!
- Olha só como tu já tá falando de mim, seu
cuzão? Hehehehehehehe! Dá um tempo, deixa nem eu respirar.
- Hahahahahaha! Então respira, toma um ar.
Fizemos uma pausa rápida, mas o estrago já
estava feito e eu não consegui parar de olhá-lo. Devia ter quase uma hora que o
macho casado estava na minha casa, a gente papeando, eu o massageando e matando
parte do tesão que tinha no corpo robusto e atraente do Sandro Júnior. Peguei
mais água pra ele, o sacana se fartou de beber e voltou a me encarar, como se
soubesse que eu ainda queria a resposta para a pergunta que fiz.
- Tá olhando o quê, viado? – até suspendeu
uma das sobrancelhas quando perguntou.
- Para de ser sonso, maluco, você sabe que eu
sou curioso, porra! Hahahahah! Conta logo o que eu quero saber. Comeu ou não
comeu viado, Sandro?
- Essa resposta vai mudar alguma coisa?
- Não exatamente. Pode ser que sim, pode ser
que não... A gente só vai saber depois que você responder.
- Hmmm, tô te entendendo. Tá, então eu vou
explanar logo. Eu j-
Aí o som do celular tocando nos interrompeu.
Que ódio que me deu! O estoquista pegou o aparelho da cintura, olhou o número
na tela, arregalou os olhos e ficou de pé na mesma hora, me pedindo silêncio
com o dedo na boca.
- Oi, amor. Tô indo já, acabei de terminar a-
Aí ouvi os gritos de quem estava do outro
lado da linha, a cara do Sandro indicou que o pau tava comendo e ele nem parou
pra me explicar nada, apenas me chamou com o dedo e foi caminhando na direção
do lado de fora da minha casa, direto pro portão. Fui com ele até lá e mais uma
vez o vi indo embora pro fim da rua, agora sem uma despedida formal, graças ao
estresse da situação e também ao fato da mulher dele não ter saído do telefone.
Nem preciso dizer que meu fogo no cu se transformou num arrependimento sem
igual, porque fomos interrompidos justamente quando ia ter a resposta que tanto
queria, sendo que eu era o mais paciente possível. Voltei pra dentro de casa,
fui tomar um banho, depois jantei e fiquei vendo TV na sala, com os
ventiladores ligados e de porta aberta por conta do excesso de calor. Já devia
ser umas 1h30 da manhã quando escutei batidas no portão, seguidas de dois
assobios.
- Quem é?
- Adivinha só? – a voz do Sandro respondeu.
Dei um pulo da poltrona, corri no portão e
não acreditei quando abri e dei de cara com um macho totalmente diferente de
como eu costumava vê-lo. Sandro Júnior estava cheiroso, recém saído do banho e
com os pelos do corpo ainda molhados. Vestia apenas um short de dormir, feito
de pano fino e característico de pijama, levinho e com o formato da penca de
bengala flácida impresso no tecido. Sem blusa, de chinelos de dedo que eram
menores que seus pezões morenos e absurdamente lindos, brutos, com veias por
cima e pelos taludos sobre os dedos rústicos. Sua cara invocada fez parecer um
vira-lata sem dono, ainda mais com a mochila nas costas e um travesseiro e
lençol debaixo do braço.
- Não te falei que ela ia ficar puta se eu
demorasse?
- Caralho, mentira!?
- Verdade. Tá desconfiada de mim, brigamo
feio agora pouco. Ela ficou tão puta que me botou pra fora no calor do momento,
me fodi.
- Nossa, ela é dessas?
- Ah, Félix, Félix, se tu soubesse... É por
isso que eu não gosto de voltar pra casa tarde, tá ligado? Ela bate neurose
muito fácil com essas paradas, já pensa que tem piranha no meio, aí fode tudo.
Será que tem um cantinho aí pra mim? Só até dar a hora do trampo, antes de
amanhecer eu ralo.
- Bom... – saí da frente do portão e dei
espaço. – Entra aí.
- Valeu, moleque. Brigado por me deixar
passar a noite.
- Que nada, já te falei pra ficar à vontade
sempre que vier aqui.
- Valeu mesmo!
Fomos pra sala, ele sentou no sofá de sempre
e eu ainda não tinha conseguido organizar minhas ideias. Não dava pra acreditar
que, do nada, agora o Sandro Júnior ia dormir na sala da minha casa, só com o
short do pijama, aparentemente sem cueca por baixo e vestindo nada de blusa.
Seu peitoral era maior do que parecia, estufado, firme e com bons pentelhos se
espalhando, me dando uma deliciosa sensação de que o Sandro era um completo
emaranhado de masculinidade e de testosterona explícita. Não dava pra apontar
um simples detalhe dele que fosse feio, isso porque tudo naquele macho era
atraente e dava vontade de ficar olhando, admirando, analisando por várias
horas seguidas. Sabe aquele tipo de homem que não faz nada de mais, apenas
senta de pernas mais ou menos abertas e sem querer marca aquela montanha, um
verdadeiro rochedo, um penhasco de massa de pica dentro da roupa? Pois bem, o cafução
com certeza era um desses caras e ele definitivamente se deu conta do tempo que
perdi manjando seu corpo e seus atributos seminus na pouca roupa de dormir.
- Qual foi, Félix? Tu não vai me mamar quando
eu tiver dormindo, não, né, viado? Olha a graça, ein! – debochou de mim.
- Ih, tá me gastando, é? Tá pensando que
porque eu sou viado, sou assediador? Me respeita, maluco! – respondi em tom
irônico, pra ele saber que era verdade no meio da brincadeira.
- É que tu não para de olhar pra minha rola,
porra! Fecha a boca, pelo menos, hehehehehehe!
- Foi mal, desculpa. – tentei resistir e
olhei em outra direção. – Você bem que podia me ajudar e vestir uma cueca, né,
Sandro Júnior? Coopera comigo.
- Tá maluco de usar cueca pra dormir? Bagulho
já me aperta o dia todo, ninguém merece essa porra!
- É só usar uma boxer grande, não tem erro.
- Não dá, viado, minha piroca é muito grossa!
– mandou na lata e apertou a mão inteira na massa de rola, chegando a subir o
short e a revelar parte da virilha. – Sem neurose, meu pau é grandão. Fico
incomodado com cueca.
- Aff, desgraçado, para com isso! – fingi que
tava afetado com aquelas piadas e outra vez desviei o olhar. – Assim você me
mata, porra!
- UHAUAHUAHAHA! Tu não vale o pau que tu
chupa, né, Félix? Puta que pariu, só rindo! Hauhaahahaa!
- Você é foda, Sandro, não para de me gastar.
Vou é lá pra fora fumar um cigarro que é a melhor coisa que eu faço, isso sim.
- Ih, coé, tem cigarro aí? Me dá um?
- Ué, você fuma? Quer dizer, cê corre, faz
exercício e ainda fuma? Não que seja da minha conta e tal.
- Só quando tô boladão, se ligou? Pô, fiz
nada e a mulher me xinga, me dá soco, me expulsa. Aquela casa também é minha,
porra! Ela tem o trabalho dela, mas eu também me mato dentro daquele estoque,
pra chegar agora e perder meu direito? Não, que isso!
A noite quente, o morenão desabafando o fato
de ter sido praticamente expulso de casa pela mulher e eu tentando ter
compaixão e não sentir tesão enquanto ele falava. Nós dois fumando, eu sentado
no chão à sua frente e com seus pezões em minhas mãos, agora sentindo as solas
maciças e rígidas em sua mais pura essência e forma. Pareciam duas pranchas ao
meu controle, com os espaços entre os dedos enchendo minha boca d’água e me
deixando com a maior vontade de passar a língua bem entre essas partes. O que
dizer dos tufos de pentelhos sobre os dedos? Delícia, e tudo com o maior cheiro
de banho tomado, destoando completamente da imagem de suor que eu tinha feito
do Sandro. Tive certeza que o puto tava sem cueca por baixo, principalmente na
hora que o short levinho fez volume e o pano deformou em alto relevo, bem na
parte da frente. Deu pra ver o formato desenhado do porrete cabeçudo e bem
marcado no tecido fino, uma visão que soou completa com todo aquele corpo
desenvolvido e forte ao redor da pilastra. Sabe quando o pau do cara marca na
roupa e dá pra distinguir exatamente o corpo da pica da parte cogumelada da
cabeça? Era isso, precisamente tudo isso debaixo de um simples shortinho de
pijama. Sem reação, levantei do chão, fui na estante do bar e peguei uma
garrafa de Whisky com dois copos de dose.
- Qual foi? – ele ficou curioso.
- Tá a fim de encher a cara e rir à toa?
- Hmmm... – pensou pouco antes de me
responder. – Já tô na merda, num tô?
Viramos as primeiras doses, sentimos o sangue
esquentando e eu tornei a sentar aos pés do estoquista, tendo suas solas
massudas novamente em minhas mãos famintas. Vendo o Sandro de baixo, vira e
mexe eu percebia que ele dava umas pegadas no saco enquanto conversávamos,
sendo que cada vez mais a bengala foi deformando o pano do short de dormir e
dando sinal de vida, como se o moreno encarasse meus toques na massagem de uma
forma inevitavelmente sexual.
- Aí, eu sei que não é um bom momento, mas-
- Tô de boa, Félix. Ia até falar pra tu puxar
um assunto qualquer aí, pra me fazer espairecer.
- Era bem isso que eu tinha em mente. Tenho
uma pergunta pra fazer, mas tô aqui pensando e...
- E...?
- Que tal se a gente fizer
um responde ou bebe? – sugeri.
- Hmmm, agora tô
gostando.
- A pessoa pode responder
se quiser, mas também tem a opção de só beber a dose, caso não queria dar
resposta. Fechou?
Dessa vez ele pensou um
pouco mais antes de decidir. Levou alguns segundos, tomou outra dose e se
mostrou tão curioso quanto eu.
- Ou eu respondo ou eu
bebo, é isso?
- Isso. Bora?
- Bora. Eu começo, então.
- Eita! Pode ser.
Dito isso, enchi os dois
copinhos e a primeira pergunta veio na lata.
- Félix... Tu me mamaria?
Não esperei tanta
sinceridade logo de cara, acabei ficando envergonhado e optei por virar o copo
de bebida em vez de responder.
- Ih, a lá, qual foi?
Hehehehehehee! Tá com medo, viado? Pensei que tu tava a fim de brincar, porra!
Heheehheueheu! Arregão!
- Sandro Júnior, Sandro Júnior...
Se eu for começar a ser direto contigo, você não vai aguentar.
- Manda brasa, moleque!
Tenho medo de porra nenhuma não, bota pra foder.
- Ah, é?
- Cai dentro, pô! O que
tu quer saber?
- Então é verdade que
você já comeu muito viado quando era mais novo?
- UHAUHAUAHUAHAH! Mas que
viado previsível! – e bebeu o copo inteiro de dose de Whisky.
- Aaaaah, para de graça!
Você não disse que tava pronto pra qualquer pergunta? Hahahahaha! Arregão da porra!!
- Eu tô, mas quero te
deixar na curiosidade. Hehehehehhe! – disse isso e apertou o pacotão de pica,
como se fosse incapaz de falar de seu instrumento sem tocá-lo. – Fala tu, será
que minha rola já entrou em bunda de viado? Hehehehee! O que tu acha?
- Aff, você não vale
nada, Sandro! Medroso do caralho! Hahahauaha! Só gosta de ficar me provocando,
né? Vai ver só.
- Ah, deixa de
historinha, porra! Hahahaahaha! Vai dizer que tu não gosta?
A gente rindo, bebendo,
se conhecendo intimamente e se provocando a todo instante, um meio que
instigando o outro, porém cada um à sua maneira. Ele me deixando massageá-lo e
aos poucos revelando detalhes sobre sua antiga dieta sexual, na mesma medida em
que eu o relaxava e também falava um pouco sobre minhas vontades do passado, de
ter feito parte do grupo e convivido mais com o safado do Sandro em sua
juventude. Nossa brincadeira de responder ou beber prosseguiu e a pauta foi
ficando cada vez mais pontual e direta, sem rodeio entre nós.
- Bora lá, minha vez.
Félix, é verdade que tu dá o cu mais do que atriz pornô? Hehehehehe!
- Porra, quem me dera! Se
eu desse tanto o cu, não teria nem metade dos problemas que eu tenho, pode apostar.
- HAHAHAHAHAHAHAH! Ia
resolver a vida emprestando o cuzinho, né, safado?
- Óbvio! Mas por que você
tá tão interessado no meu cu se não quer revelar as putarias que já fez com
viado? Assim eu fico achando que você foi o maior putão e não tá querendo me
contar, Sandro.
- E fui mesmo. – o
canalha parou de dar voltas e jogou na roda.
- Já comeu muito viado?
- Nunca comi cu de viado,
Félix. Já comi de mulher, mas de outro cara nunca.
Foi quando parte do meu
fogo abaixou. Ele virou mais goles de Whisky, deu um soluço e não deixou a
peteca cair.
- Agora...
- Agora o quê? – fiquei
curioso.
- Botar pra mamar já é
outra história. O que eu amamentei de viado nesse bairrinho quando era mais
novo, puta que pariu! Hahahahaahah! Chega perco a conta, sem neurose!
- Mentira, Sandro?!
- Verdade, moleque! Alimentei
muito viadinho assim que nem tu, meio tímido, que fica só observando. É que nem
a gente tava falando outro dia. Naquela época, uma mamada e um copo d’água não
se negava a ninguém, pegou visão? Hhehehehehehe! Não passei aperto, taquei foi
vara.
- Que safado que você é,
cara! Então teve homem chupando essa pica mesmo?
- Homem, mulher,
travesti... Eu dei foi leite pra muita gente, sem caô. Me amarrava numa
boquinha quente, ainda mais naquele tempo que era meio difícil.
- Difícil?
- É, tipo, eu não
namorava, só vivia de lance, então batia mais punheta do que comia buceta, acho
que por isso que não recusava uma boa mamada. Hoje em dia é diferente, sou
casado, tenho uma esposa que se empenha no boquete e que me deixa satisfeito,
se ligou?
- Hmmm, tô entendendo.
Então quer dizer que sua mulher dá totalmente conta do recado?
- Totalmente, totalmente,
não, porque eu sou meio grandinho, tá ligado, Félix? Hehehehehe! – apertou o
porrete outra vez e me encheu de vontade, fazendo meu cuzinho piscar e a
garganta dar um pulo na goela. – Mas ela é guerreira, me deixa felizão quando o
assunto é putaria.
De onde eu estava, sentado no chão, dava pra
ver o formato cilíndrico, torto e gordo da pica do Sandro por baixo do pano do
short de dormir. O pijama era curto, deixava as coxas pentelhudas do morenão de
fora e, sendo feito de tecido bastante leve e fino, parecia repousar e cobrir a
curvatura exata da borracha grossa, me fazendo suar mais do que o próprio calor
da sala. Estávamos levemente altos de Whisky, a massagem nos pés rolando e eu
deliciado com a imagem da estaca tortuosa desenhada na roupa do estoquista. Pra
completar, o macho papeava, ria e vira e mexe afogava a mão no relevo de
piroca, dando uma amassada daqui, uma pegada dali, tudo pra desamontoar uma
bolota de cima da outra. Foi no meio dessa dança que um dos ovos sem querer
escapou pela saída da perna do pijama, sendo que ele não se deu conta e eu
quase caí pra trás com a cena da batatona escura e peluda dando o ar da graça.
- Porra, tô legal já,
Félix. Valeu pela massagem, mas eu tenho que dormir.
- Tá certo, Sandro. Não
quer dormir comigo lá na minha cama? – provoquei, enquanto ele se preparou pra
deitar no sofá.
- Mas tu vai dormir
comigo tipo marido e mulher? Só vou se tu ficar de ladinho pra mim, viado.
Heheheheheh!
- Nossa, seu sem
vergonha, nem brinca com isso! Só de pensar-
- O cuzinho pisca, né,
safado? Heheeheheheh! Tu é um putinho mesmo, ein? Quem diria! Sem dúvidas que a
gente teria dado muito certo se fosse na época das festinhas, pode ter certeza.
Tu ia ser meu bezerro, ia não?
- Claro que ia! Mamaria o
dia inteiro, até o maxilar cansar. Hahahahahah!
- Porra, e eu ia te
encher de leite noite e dia, ainda mais que eu batia punheta o tempo todo por
falta de buceta. Teu estômago teria que ser de ferro pra aguentar tanta
argamassa, puto! Heheheheheehehehe!
- Aff, para de falar
assim comigo que eu fico mole, Sandro. Seu canalha!
- Ah, fica mole, é,
viadinho? Então vem cá, vem.
Deitado no sofá, eis que
o cafução me puxou pra si e me agarrou na poltrona, prendendo as pernas peludas
ao redor das minhas e colando o peitoral estufado e peludo nas minhas costas. Ainda
roçou a barbicha no meu cangote, depois uma mordida na minha nuca e brincou de me
apertar, me imobilizando e me impedindo de sair de seu poderoso abraço. O
hálito de bebida, o jeito fácil de cafajeste, o cheiro de macho trabalhador e
cansado, tudo isso me fez ficar muito ouriçado. O auge foi quando o canalha
encostou com o ventre de propósito na minha bunda e começou a me roçar, me
sarrar, dando engatadas leves e em forma de encoxadas por trás de mim. Fez
isso, mordeu minha orelha e começou a rir, deixando claro que estava zoando,
brincando comigo e me instigando ao mesmo tempo. Entrando na mesma dança, botei
a mão pra trás, tateei seu abdome e alcancei o volume da rola solta no pijama,
aí agarrei e isso automaticamente obrigou o Sandro a me soltar, não dando nem
tempo de aproveitar o porrete massudo nos meus dedos.
- Qual foi, viado, pera
aí! Heheheheheheh! Aí, tá vendo porque não dá pra brincar com viado, Félix? Eu
dou a mão e tu quer logo a piroca, porra!
- Olha como você quer brincar comigo, Sandro
Júnior? Não consigo brincar assim com outro macho, sempre acabo falando sério.
- Então vou te deixar de boa, moleque. Tenho
que dormir, tô morgadão. Amanhã acordo cedo pra trampar.
- Tranquilo. Vou tomar um banho e te deixar à
vontade aí. Qualquer coisa, pode ligar o ar da sala.
- Relaxa, ventilador pra mim tá suave. Boa
noite, mano.
- Boa, Sandro.
Dito isso, o putão virou pro lado no sofá, se
esticou todo e fez silêncio, fechando os olhos. Cheio de fogo no olho do meu
cu, fui direto pro banheiro, tomei um bom banho frio pra refrescar o corpo, mas
nada foi capaz de tirar de mim as sensações do cheiro, do toque e das roçadas
que o estoquista me deu enquanto estávamos na poltrona. Parecia que era tudo de
propósito, ao mesmo tempo que eu sabia que o Sandro era realmente brincalhão e
que eu jamais poderia lhe faltar com respeito, apesar das nossas intimidades
praticamente explícitas. Enfim, devo ter ficado uns 20m no banho, pensei que
minha tentação havia acabado, mas na verdade era só o começo de uma noite
incandescente e mais ardente do que qualquer verão carioca. Quando saí do
banheiro e passei pela sala, vi um macho todo solto, abertão, dormindo no sofá,
roncando alto e só de short. Com a mala volumosa debaixo do pano, os braços pra
trás do braço da poltrona e as axilas peludas de fora, assim como as coxas
deliciosamente pentelhudas estavam à mostra.
- Puta que pariu! –
reclamei baixinho, totalmente hipnotizado por aquela visão magnífica de
masculinidade em repouso. – Só pode ser um sonho!
Não resisti com o ronco
pesado. Vi que o moreno tava dormindo que nem pedra, fui direto na bolsa dele e
peguei os tênis de corrida usados e bem temperados que tanto me entorpeciam. Em
completo silêncio, perdi todas as noções de perigo, confiei no ronco estrondoso
do safado e parei na frente dele no sofá, com seus calçados em mãos e muito
tesão instalado em meu corpo. O fetiche foi explosivo: comecei a me masturbar e
a me dedar enquanto o Sandro roncava alto e eu me acabava de lamber, chupar e
cheirar suas palmilhas, como se pudesse simular que aquelas eram as solas de
seus pezões massudos, rígidos e experientes.
- Sssssss, caralho, que
delícia! – sussurrei o mais baixo que pude, me soltando e me mantendo
disfarçado sob o sono pesado do meu vizinho. – Fffff, soca, vai, Sandro? Me
preenche todo, seu puto safado! Sem vergonha, ainsssss!
Fiquei uns cinco minutos
batendo uma curirica forte e brincando de enfiar dedos no meu cuzinho, piscando
e fingindo que era aquele macho forte e dotado abrindo meu ânus. Enquanto isso,
na minha frente, o Sandro Júnior dormindo todo aberto, mostrando os sovacões,
roncando e com as coxas peludas todas de fora. Foi aí que a bomba explodiu: do
nada, mesmo em estado extremo de sonolência, eis que a bengala do cafução
abandonou o sono e decidiu se despreguiçar, tomando um tamanho grotesco dentro
do pijama. Levei poucos segundos pra me dar conta de que aquele trasgo tava
cada vez mais duro e dando pinotes, pedindo pra ser libertado do short de
dormir, isso ao mesmo tempo em que eu estimulava minha próstata e me derretia
em masturbação anal. Era o auge da sincronia, parecia até que o cafajeste
conseguia farejar a presença de um cuzinho piscando, mesmo durante o sono, e
respondia com a ereção começando a explodir debaixo dos panos.
- SSSS, ARFFFF! AINFFFF!
– fiquei descontrolado e curioso, o coração acelerado, meu pau duraço e a
rabiola dando estanques impulsivos, piscando aflita. – Hmmmm, que delícia de
macho, puta que pariu!
E ele nada de acordar.
Pra completar meu momento máximo de ternura e tesão, eis que a chapeleta da
caceta do Sandro encontrou a fresta lateral do pijama e finalmente deu o ar da
graça, revelando uma ponta um pouco escura e mais gasta do que o resto da
chapoca avermelhada. Deu pra ver o couro borrachudo e grosso logo atrás, ainda
não completamente recuado, mas com potencial suficiente de liberar a glande
sozinha. Mais do que nervoso, eu soube imediatamente que tinha que sair dali o
quanto antes, caso contrário poderia cometer uma besteira a qualquer momento e
estragaria completamente o vínculo que estava desenvolvendo com o Sandro
Júnior.
- Ssssss, vou gozar! – de
tanto me dedar e cheirar o tênis de corrida, comecei a leitar no tapete da sala
e senti o corpo todo relaxando em êxtase, alcançando o máximo da saciedade. –
Mmmmm, fffff! Orrrssss!
Quando isso aconteceu, a
clava do caralhudo empenou de vez, escapou da contenção do tecido do pijama e
hasteou feito um poste cabeçudo, veiúdo e cheio de energia explosiva. De novo,
o detalhe da ponta ser um pouco mais escura do que o resto da cabeça tomou
minha boca, me enchendo de sede e da mais absurda das fomes. Era literalmente
mais de um palmo aberto de picão, torto pra direita, bem curvado mesmo, mas
isso só aumentou o grau de cavernosidade e de suculência do caralho, pra não
falar da minha vontade vilanesca de marretar a goela com a chapuleta daquela
piroca grossa. E o que dizer do comprimento? Chegava a ser desrespeitoso, me
dando a total certeza de que a esposa do Sandro Júnior estava certíssima em ser
ciumenta e desconfiada.
- Esse macho é muito
dotado, que isso! – não escondi o susto, mesmo sendo um viado experiente. –
Como é que pode uma vara tão grande e cabeçuda assim?! E essa saída do mijo?
Porra!
Quase babei, é claro que
confesso. Eram umas 2h30 da madrugada, eu tinha acabado de gozar, mas foi como
se o tesão e a vontade de dar o cu tivessem dobrado ou triplicado dentro de
mim. Na minha frente, um bofe dormente, roncando, sovacudo e todo à vontade,
com a cintura armada e a barraca pronta pra qualquer tipo de abate. Sandro
Júnior era o tipo de homem que poderia virar papai enquanto dormia, sem querer
e sem nem perceber, de tão ereto que ficava durante seu sono pesadíssimo. Como
se nada disso bastasse, a uretra descomunal se fez cada vez mais firme e quase
que toda destacada e desprendida da altura do instrumento, transformando a
bigorna na mais grossa das varas que já vi. A chapuleta em si não era tão mais
grossa que o resto do corpo da tromba, muito embora fosse bem solta, roliça e
esférica. Pra completar a situação drástica e me dar ainda mais água na boca, a
pressão com a qual o pirocão endureceu e deslocou o tecido do pijama fez com
que o short subisse e os bolotões pesados do caralhudo saíssem pelas pernas da
roupa de dormir. Foi o cenário completo do meu deleite, uma cena que fez minhas
pernas bambearem de vontade de sentir aquele tacape aflorando no meio da minha
bunda e pedindo abrigo na toca do meu cu.
- Chega, eu preciso ir
dormir agora! – quase me belisquei pra poder cair na real.
Falta de respeito não era
comigo, eu sabia que cedo ou tarde o Sandro Júnior ia aparecer na minha cama e
só me bastava ter paciência suficiente pra amaciar a carne. Enquanto isso, pelo
menos por hora, pareceu suficiente socar vários dedos no cu e gozar vendo o
morenão dormindo relaxado no meu sofá. Fui dormir com a cena daquele vergalhão
empenado e soltando TEIAS e PONTES viscosas e transparentes de muito babão
pegajoso e carregado de lactose masculina. Era um néctar abundante, cheiroso e
que deu pra ver que estava saturado de muitos filhotes, porque o saco escrotal
do Sandro era farto, bem distribuído, com os ovões descansados e a maior
aparência de que a qualquer momento produziriam mais e mais filhos dentro de
qualquer buceta. Devo dizer que foi muito difícil dormir sabendo que tinha um
puta gostoso de pau duraço no sofá da minha sala, mas mesmo assim eu me
esforcei, deitei na minha cama e, depois de muito custo, finalmente peguei no
sono. Quando foi por volta das 5h e pouca da manhã, bem antes das 6h, senti a
mão me cutucando no ombro, abri os olhos e dei de cara com o Sandro já arrumado
e pronto pro trabalho, de calça jeans, as botinas nos pés e vestido com a blusa
do uniforme.
- Desculpa te acordar tão
cedo, Félix. Abre lá o portão pra mim, por favor.
- Já vai? – me
despreguicei, a cara toda amassada.
- Vou, tenho que ir. Tô
até atrasado, vou pegar um engarrafamento do caralho na Brasil à essa hora. –
ele conferiu o relojão de pulso, depois ajeitou o celular no bolso do jeans e
tornou a me olhar deitado na cama. – Qual foi, bora lá? Prometo que não te
perturbo mais.
- Pode perturbar. Eu
gosto.
- Ó, tu vai se arrepender
de falar isso, viado. Anda, levanta logo pra me levar no portão. – e puxou meu
lençol, dando de cara com o meu bundão nu e empinado na cama. – Eita, moleque,
foi mal!
- Que nada, hahahahahaah!
Relaxa, já tô indo. Só um minuto.
- B-Beleza. – até gaguejou,
de nervoso.
Visivelmente sem graça,
ele esperou algum tempo até eu me vestir e lá fomos nós até o portão. A
despedida não durou muito, foi com um aperto de mão e o Sandro Júnior me
agradecendo por tê-lo deixado passar a noite no sofá da sala. Mais uma vez
fiquei no portão vendo o morenão partir, observando seu andar suingado e
carregado com seu jeito moleque de ser. Nem parecia pai de família, trabalhador
dedicado e responsável, de tão putão que se portava às vezes. Senti como se
fôssemos bem íntimos, entrei, fechei o portão e fui direto pra sala, pra dormir
no mesmo sofá onde aquele safado dormiu. Fiquei temperado e me senti
confortável em seu espaço, pra não dizer banhado em sua fragrância máscula e muito
presente.
- Ah, Sandro Júnior,
Sandro Júnior... – desabafei comigo mesmo, pensando em tudo que tinha
acontecido até então. – Só basta a oportunidade perfeita e eu tenho certeza que
você vai cair na minha. Pode aguardar.
Mais uma vez os dias
foram passando, o calor do verão aumentando no Rio de Janeiro e o Sandro ficou
algum tempo sem dar as caras no bairrinho, me deixando com a sensação de que a
situação com a mulher realmente complicou. Nem passando pra ir ou pra voltar do
trabalho eu o via mais, tampouco em suas corridas noturnas, algo que confesso
que comecei a sentir saudades. Mas por mais que o tempo passasse, era como se
seu cheiro não tivesse saído mais de mim e da minha sala, servindo de lembrança
constante pra eu não tirar o macho da cabeça. Não tirei, claro que não teve
como, nem preciso citar esse fato aqui. Quanto mais eu tentava não pensar no
Sandro Júnior, mais minha consciência escorregava e escorria diretamente pro
corpo peludo e torneado do estoquista. Podia sentir as solas das plantas de
seus pezões em minhas mãos, assim como seu odor imponente em meus pulmões e a
visão de seus sovacos em meus olhos.
Eis que numa noite quente
e bastante abafada de sexta-feira, eu tava voltando do trabalho, dobrei a
esquina da minha rua e dei de cara com aquele marmanjo sentado no meu portão,
no chão mesmo, com o maior semblante de vira-lata abandonado, o uniforme do
trabalho úmido no corpo e uma mochila nas costas. Quase não acreditei quando vi
que era o Sandro, até abri um sorrisão sincero e acelerei o passo para
encontra-lo. Parece até que o calor aumentou no ambiente ao redor, talvez por
conta do nosso encontro inesperado.
- Olha só quem apareceu!
– brinquei. – Finalmente deu o ar da graça, ein, maluco? Tava aonde?
- Porra, é uma merda
atrás da outra, viado, tu não tem noção!
- Foi a mulher de novo?
- E quem mais poderia
ser?
- Foda. Quer entrar? – fiz
o convite enquanto destrancava o portão. – Vamo tomar uma cerveja, acabei de
comprar ali no bar. Tô seco, muito calor hoje.
- Podes crer, Félix.
Bora, tenho porra nenhuma pra fazer mesmo.
- Eita, então dessa vez a
treta foi séria, ein?
- O bicho pegou. Minha
mulher não botou fé que eu passei a noite aqui contigo, tu acredita?
- Ela acha que você ficou
aonde?
- Sei lá, na casa de
alguma piranha! – ele pareceu puto de verdade, franzindo a testa enquanto me
explicava a situação. – Ela não deixou mais eu entrar em casa, viado, jogou
minhas roupas na calçada. Mó drama do caralho, geral no fim da rua vendo eu
passar essa vergonha.
- Caralho, Sandro! Mas
que merda, eu tô achando que foi uma briga-
- Briga porra nenhuma,
foi escândalo mesmo! A mulher não acredita mais em mim, não. Fui explicar que
um amigo me cedeu o sofá, ela cagou e andou. Começou a gritar, berrar, dar soco
nos meus peitos. Foda, irmão, foda!
- Puta que pariu! E o que
você fez?
- Ah, fui dar um tempo na
casa do meu coroa lá do outro lado. Tive que dar um tempo, senão era capaz dela
queimar minhas coisas, de tão puta que ficou. Agora vim só buscar umas roupas e
devo voltar pro meu pai ainda hoje, pegou a visão?
Eu não soube o que dizer.
Nunca tive um relacionamento antes, mas conhecia os namorados das minhas amigas
próximas e eram quase sempre os caras que normalmente pisavam na bola com elas,
não o contrário. Alguma coisa me dizia que o Sandro Júnior devia ter aprontado
algo, por exemplo, traído a mulher com alguma amante e, de repente, poderia até
estar me usando como álibi. Por que não? Afinal de contas, do nada ele aparecia
e passava algum tempo na minha casa, sempre conversando fiado comigo, às vezes
bebendo, fumando cigarro e recebendo minhas massagens. O que o impedia de ser
assim com alguma safada do bairrinho sem ninguém saber? Nada.
- Você tá bem, Sandro?
- Tô indo, Félix. Baile
que segue, tem terror nenhum não.
- E vem cá, vocês
terminaram? – não escondi a curiosidade, isso a gente já entrando pela sala de
casa.
- Tamo dando um tempo. Ela não quer me ver
nem pintado de ouro, deve ter mais ou menos um mês e meio agora. Mas relaxa,
vira e mexe a gente faz isso, não é a primeira e nem a segunda vez que
acontece.
- Caralho, que merda! Foi mal se-
- Ih, foi mal o quê!? Tá maluco?! Todas as
vezes que eu brotei aqui foi porque eu quis, viado, tu não tem nada a ver com
essa doideira, não. Fica tranquilão que a parada da minha mulher é outra.
- Foda, cara, foda. Mas e aí, tirando essa
bola de neve, você tá bem?
- Cansado do trampo de hoje, peguei pesado.
Tô moído. – ele comentou, despreguiçou o corpo na ponta das botinas escuras e
estalou vários ossos ao mesmo tempo. – Arrgh, era só uma massagem do meu viado
favorito, tá ligado, Félix?
- Hmmm, então quer dizer que alguém veio aqui
pra ganhar uma massagem, é? – me fiz de manhoso, enquanto fui na cozinha,
busquei copos e levei junto com as cervejas pra sala. – Quase dois meses sem
dar o ar da graça e agora vem pedindo massagem, seu sacana?
- Porra, tu tá mais do que ligado que eu sou
fã dessa tua mãozinha de princeso, não tá, viado? Para de se fazer de difícil
que hoje eu tô baqueado.
De fato, a aparência suada e exausta do moreno
indicou que ele parecia bastante cansado, pra não falar das manchas de umidade
distribuídas na blusa do uniforme de estoquista. A região das axilas, os riscos
na altura do peitoral, as mangas da camisa, tudo parecia bem nutrido de suor e
o cheiro de todo esse conjunto logo tomou conta novamente da minha sala. Servi
cerveja pra nós dois, fizemos um brinde singelo e senti um calor selvagem percorrendo
no corpo, de um jeito que ainda não havia sentido antes. Parecia uma fagulha,
um choque, um resquício da energia que quase me comeu vivo na madrugada que vi
a clava do cafução estalando de tesão, apontando pro teto e toda torta no
próprio eixo grosseiro.
- Então deixa comigo, vou te dar uma massagem
caprichada. – falei.
- Pode ficar à vontade, moleque. – o puto
abriu bem as coxas e demonstrou o quanto estava ao meu dispor. – Hoje eu tô na
tua mão, pode brincar comigo.
- Tem certeza? Tô gostando de ouvir isso, não
vai cortar o meu barato depois.
- Só fecha o bico e me massageia, vai?
Enquanto conversávamos, me ajoelhei entre as
pernas do macho cansado como sempre fiz, comecei a tirar suas botinas de
segurança do trabalho e fui devastado pelo mais forte e aflorado cheiro de
masculinidade contida dentro de um par de calçados. Eles estavam quentes e
altamente temperados de testosterona por dentro, empesteando de vez o cômodo
onde estávamos. Assim que encostei nos pezões revestidos por meias, senti minha
fagulha entrando em contato com a pele do Sandro e foi como se tivéssemos
tomado um choque ao mesmo tempo, ele me encarando de cima pra baixo e eu o
observando de baixo pra cima.
- Já que você tá tão cansado, hoje eu vou te
dar uma massagem especial.
Falei isso e colei o rosto no pé esquerdo,
medindo sua reação diante da minha entrega sincera. O puto deu um riso de canto
de boca, mexeu os dedos na meia na altura da minha bochecha e em seguida me
deixou conduzi-lo, sem estranhar o fato de eu literalmente mergulhar as narinas
na parte do tecido que ficava entre os dedos grossos. Inalei com tudo, farejei
como se fosse uma cadela no cio e saturei minha corrente sanguínea com a
salinidade dos fluídos amargos que saíam diariamente das solas do macho
estoquista, bem como sempre quis fazer.
- Hmmmmm, arrffff! Que delícia de cheiro bom,
Sandro. Puta que pariu!
- Tu gosta desse cheirão, viado?
- Porra, chego a passar mal se continuar
aqui! Tô padecendo no paraíso, você não tem noção! – eu praticamente me derreti
nos pés dele, respirando seu suor e sentindo a boca encher de água.
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