terça-feira, 10 de outubro de 2023

CAFUÇARIA XH 2 - BONITINHO, MAS ORDINÁRIO [GRÁTIS]

 


 ou

ELE É NOVINHO E JÁ TEM UM PIROCÃO

 

 

 

 

 

 

 

ANDRÉ MARTINS

2021



CONTEÚDO

CAPÍTULO 1: BONSUCESSO.. 2

CAPÍTULO 2: RONALD & SHEILA CAIÇARA. 27

CAPÍTULO 3: NORONHA. 57

CAPÍTULO 4: DIGÃO & CLEBINHO.. 68

CAPÍTULO 5: ALEXANDRA. 100

CAPÍTULO 6: GABRIEL. 142

CAPÍTULO 7: CARNIFICINA HOMOERÓTICA. 158

CAPÍTULO 8: POR UMA VIDA NOVA. 179

+ HISTÓRIA BÔNUS: RENATINHO.. 186

 

 

Essa é a história de um homem aleatório que resolve não se identificar. Ele é o típico introvertido submisso, quarentão bem casado, vascaíno doente e pai de duas moças, estando sempre satisfeito e acomodado com a vida, exceto por ser o bem sucedido administrador de um hotel de luxo em Itaguaí e estar sempre dedicando a maior parte do tempo ao trabalho administrativo. No trajeto normal entre sua casa e os vários quilômetros até o trabalho, o sujeito atropela um moleque malandro e desbocado, novinho de dezoito anos que passa mais tempo soltando pipa na rua do que em casa e que leva uma vida típica de suburbano vadio: vive na rua, joga bola, não trabalha, não estuda, é malandro, tirado a cafuçu e só quer saber de comer as novinhas do bairro de Bonsucesso. É nesse encontro aleatório que a curiosidade de um se mistura com a malícia do outro e culmina numa história ardente e cheia de pecados, traições, luxos e consequências inimagináveis pra vida de cada um deles.

O que vai secar primeiro: a carteira do coroa, a paciência de sua família ou o saco do moleque flamenguista?

 

 

 

 

 

 

 

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. PROTEJA VOCÊ E O PRÓXIMO.

PREVINA-SE, USE CAMISINHA!

CAPÍTULO 1: BONSUCESSO

          Este é um enredo de dominação sexual pesada, com submissão, idolatria, objetificação e exposição, então se você é cardíaco, sugiro que pule de história.

Não direi meu nome. Saber minha identidade será o de menos, considerando a quantidade de coisas íntimas que tenho a contar. Você não me conhece em absolutamente nada ainda, mas vai conhecer bem, pode ficar sabendo.

Sou um cara branco e peludo do Rio de Janeiro, quarentão do corpo mais ou menos pançudo e as entradas avançando na frente da cabeça. Casado há 20 anos com a mesma mulher, com quem tenho duas filhas, uma de 17 e outra de 18 anos. Sempre andei na linha enquanto maridão exemplar, nunca pisei na bola com as minhas responsabilidades para com a família, tampouco no trabalho ou na vida pessoal. Acho que a única coisa que quem me conhece pode reclamar com razão ao meu respeito é que sou vascaíno doente e não faço a menor questão de esconder. Perco a linha e caio na pilha muito facilmente quando algum parente faz piadinha com meu time do coração, principalmente se for flamenguista urubuzento. Pra dar uma ideia, uma vez eu perdi uma aposta com um amigo e paguei a ele 350 reais, tudo por conta do resultado de uma final entre Flamengo e Vasco. Coleciono copos, bandeiras, camisas autografadas, tenho chuteiras oficiais, vou aos jogos, assino pacotes de transmissão na TV... Faço de tudo pelo meu time, não tem jeito, e disso todo mundo sabe, porque, como eu disse, faço questão de mostrar meu amor. Além desse vício pelo Vasco da Gama, eu possuo uma outra atração muito, muito forte, porém dessa ninguém sabe, nem mesmo minhas filhas ou a mãe delas. Acho que nem meus pais nunca se deram conta das vezes que eu fugia de casa de madrugada, na época de adolescente, e ia pra rua procurar satisfazer esse segundo vício. Era uma vontade muito forte que eu não sei bem quando nasceu em mim, mas que durou só até eu começar a namorar, ter filhas e me casar, depois nunca mais aconteceu. Ou pelo menos era o que eu achava...

          Na quarta-feira passada, quando eu tava voltando de Itaguaí para a Zona Sul pela Avenida Brasil, parei pra abastecer o carro num posto de combustível e acabei me deparando com um engarrafamento monstro na altura de Bonsucesso. Era por volta das 17h, o céu ainda estava claro, porém o efeito da hora do rush já havia começado, por isso o excesso de carros, ônibus, motos e caminhões indo e voltando. Não pensei duas vezes em tomar um atalho, liguei o GPS e fui seguindo por dentro do bairro, evitando assim a Avenida Brasil totalmente congestionada e intransitável. As ruas de dentro de Bonsucesso têm muitos quebra-molas, então nem adiantou correr com o carro, até porque é um lugar bastante residencial e típico do subúrbio carioca, com pessoas transitando, vizinhos nos portões, gente saindo dos colégios, moleques pipeiros nas ruas e um comércio local bem ativo. O fato de ter que andar devagar me deixou um pouco irritado, confesso, e foi isso que me deu mais tempo de olhar pras casinhas de muro baixo e varandinhas ao meu redor. Mais ou menos no final da rua, perto da linha do trem, vi a avenida livre e quase que vazia, dando mais espaço para eu finalmente meter o pé e acelerar. Quando fiz a curva e me preparei pra sair do quarteirão, os olhos bateram rapidamente na imagem de um pivete que simplesmente pulou por cima do caput do carro, subiu pelo para-brisa e me deu o maior susto da vida, me fazendo afundar o pé no freio.

- FILHO DA PUTA! – ainda berrei dentro do carro. – FICOU MALUCO!?

Os pneus cantaram e marcaram no asfalto, o veículo parou bruscamente e, por conta dessa inércia imediata, a figura foi literalmente arremessada de cima do automóvel direto no asfalto quente à minha frente. Só escutei o grito de dor e o barulho do impacto do corpo no chão, aí abri a porta do carro e saí aflito.

- Porra, tio! Qual foi, tá me vendo não!?

- Como é que você pula na frente do carro assim, menino?!

- Afff, tu sabe que aqui não pode correr, não sabe? Que merda!

- Eu tava prestando atenção na avenida, seu moleque, você que não viu o carro vindo! Cadê a tua mãe, ein!? – olhei ao redor, porém não havia o menor sinal de qualquer pessoa na esquina da rua com a avenida, só alguns outros carros passando.

- Que mané mãe o quê, coroa! Tô de boa já, vaso ruim não quebra fácil assim, não. Tá pensando o quê!? Sou enjoado, sou cria, pô! Hehehehehehe!

Eis que o pivete se colocou de pé e só então minha consciência caiu em si para as circunstâncias drásticas do momento. O sujeito que chamei de menino tinha a mesma estatura que eu, o cabelo cortado bem curto e disfarçado, com as costeletas descendo nas laterais do rosto e se juntando com o bigodinho fino sobre o beiço escuro e com a barbicha, tudo igualmente descolorido em amarelo gema de ovo. A pele parda e ensopada de suor, o corpo grosso e dos ossos largos, dando a impressão de taludo ao tórax. O peitoral abrindo no meio, com alguns poucos pelos crescendo e os ombros bem separados, grandes, com as clavículas marcadas e pontudas. Poucas espinhas na testa, a voz em timbre grosso e o pomo de Adão despontado. O short fininho da Nike caindo na cintura pentelhuda e exibindo a estampa da boxer úmida e pesada. Os chinelos Kenner mal cabiam nos pés enormes, mas mesmo assim ele os calçava, nem que fosse pra não tocar o asfalto quente do subúrbio. Tatuagens no pescoço, numa das panturrilhas e no antebraço, além do relojão no pulso e um pesado cordão de prata completando o visual latino suburbano. Cara de novinho, vinte anos no máximo.

- T-Tem certeza que tu tá bem, moleque? – até gaguejei pra falar, de tão desnorteado pelo acontecimento. – Pode ter deslocado alguma coisa, não é melhor ir num médico?

- Ih, que médico o quê, paizão! Tô bonzinho, tá doidão? – com uma pipa enorme e colorida na mão, o pivetão deu dois pulos e riu, mostrando que não quebrou nada. – Aí, tô inteiraço, pô. Só vê se não anda voado na minha rua de novo, tá ligadão?

Fiz que sim com a cabeça e vi o puto limpando a poeira dos arranhões e dos ralados que ficaram nos antebraços e joelhos. Mesmo ele dizendo que estava tudo certo, senti que havia algo fora do lugar e não me convenci tão facilmente a sair dali. Ele percebeu minha hesitação, ajeitou o carretel de linha na mão e riu de mim.

- Qual foi, coroa? Já falei que tô de boa, abraça o papo, porra. Vai ficar aí plantado que nem corno, é? Hehehehehehe. Se adianta, pô.

- Escuta só, garoto. Por acaso a sua mãe sabe que você quase morree na rua correndo atrás de pipa?

Assim que fiz a pergunta, ele parou o que fazia, franziu a testa e me olhou com o semblante típico de marrento. A carcaça de pivete fez os ombros se abrirem ainda mais, ele estufou o peitoral e me respondeu à altura.

- Cismou com essa porra de mãe, ein, paizão?! Eu me garanto, porra! Sou adulto, preciso ficar chamando mamãe pra resolver minhas treta não, tá vendo? Tenho 18 anos na cara, sou barbado. Tenho idade pra ser pai, tu tá maluco?! Se adianta, pô!

- Tá, tudo bem. Foi mal, foi mal. – pensei rápido e não quis deixa-lo mais puto. – Tem certeza que você não tá sentindo dor? Sei lá, não quero que depois apareça filmagem minha na TV dizendo que atropelei um cara e não prestei socorro.

- Ih, relaxa, maluco! Se eu tô dando o papo que tô de boa é porque tô de boa, porra! Tu é um cegueta do caralho que não me viu no meio da rua? É, não vou mentir. Mas tô bem, relaxa. Se adianta, vai lá. – abriu a mão enorme, deu um tapa de leve no caput do meu carro e se despediu, voltando a dar atenção ao carretel e à linha da pipa no céu.

Olhei seu corpo suado e ralado pela última vez antes de entrar no veículo, respirei fundo e senti o cheiro salgado e amargo de longe. A preocupação por tê-lo machucado foi passando, fui voltando à realidade e isso me deu tranquilidade pra continuar minha volta pra casa. Retornei ao volante, coloquei o cinto, me despedi e pedi desculpa mais uma vez, depois fechei a janela e saí dali, tendo apenas a visão do pivetão corpulento e marrento no meu retrovisor: ele mexendo os brações escuros, suados e massudos pra dibicar a pipa no céu, nem aí pro que tinha acabado de acontecer. Conforme o automóvel se afastou do molecote, uma sensação enorme de abstinência começou a crescer forte dentro do meu peito, como se alguma coisa me dissesse que ainda havia pendências no meu assunto com o cafucinho pipeiro, mesmo eu não fazendo a menor ideia do que tinha pra falar pra ele. Mãos no volante, pés na embreagem e no acelerador, meu carro se afastando do local do quase acidente e a cabeça a mil, com a aliança queimando no dedo e cobrando minha mente das responsabilidades que tinha que seguir como pai de família. Mas a boca secou, não podia negar isso. Secou de um jeito tão drástico e potente que eu esvaziei minha garrafa d’água antes mesmo de sair da avenida paralela à linha do trem, porém a fome e a sede só cresceram.

- “Que merda de ausência escrota que eu tô sentindo...” – pensei comigo mesmo, enquanto sentia cada pedaço do meu corpo de marido e paizão quarentão implorando por um retorno com o carro, nem que fosse pra passar e rever o molecão pela última vez na vida. – “Não, não, não, eu não posso fazer isso! Tanto tempo sem sentir nada assim, não posso ceder desse jeito...”

O peito apertou, comecei a suar, a cabeça mergulhou nos tempos de adolescência e eu só tentei pensar nas minhas filhas e também na mãe delas, com quem eu compartilhava a vida íntima há muitos anos. Foi o pior gatilho possível, porque o pivetão rueiro devia ter a idade da minha mais velha, mas mesmo assim eu não consegui tirar seu físico e nem o jeito de cafuçu marrento da mente. Queria olhá-lo direito, observá-lo por mais tempo e descobrir o que havia em seu corpo que tanto tonteou minha cabeça, ao ponto de eu não me esquecer dos pezões sobressaindo nos chinelos e nem dos pentelhos aparecendo abaixo do umbigo e entrando pela estampa da cueca boxer. No auge da minha loucura e também da coragem, apaguei a família da mente por breves segundos, pisei no freio e preparei o carro pra fazer o retorno no final do quarteirão da avenida da linha do trem. Fiz a curva, demorei mais ou menos três minutos contornando Bonsucesso, o coração disparou no peito e eu quase tremi com as mãos no volante, mesmo querendo muito que o encontro acontecesse novamente. Quando passei na mesma esquina de minutos atrás, lá estava o garotão soltando pipa, exatamente do mesmo jeito que eu o deixei quando saí de carro após a colisão, com a pipa no alto e o short caindo na cintura truculenta. Assim que me viu de relance, o molecote olhou de novo pra ter certeza que era eu, riu, mas não parou de dar atenção à pipa no céu.

- De novo na minha rua, paizão? Qual foi, perdeu alguma coisa aqui, é? Hehehehehe!

Muito sem graça, tentei pensar em algo pra dizer, porém não consegui disfarçar o fato de que parei ali exclusivamente para olhar e analisar o físico ensopado, salgado, desenvolvido e pardo do pivete marrento, seus pelos úmidos e cheirosos de suor, pra não falar da carcaça inchada e exalando a mais pura testosterona.

- Vai falar nada não? Dá o papo, coroa. Dá o papo que eu sou cria, sou morador, tu tá ligado? Tá procurando o quê na minha rua?

Mas eu estático, imóvel, incapaz de responder e conseguindo apenas fitá-lo dos pés à cabeça. Nesse momento, pra minha sorte ou azar, uma moça de shortinho curto e com as polpas da bunda de fora, top preto cobrindo os seios enormes e piercing no umbigo, passou do outro lado da esquina e chamou a atenção do molecão pipeiro com um grito chamativo.

- QUE, QUE NOVINHO GOSTOSO! QUE, QUE NOVINHO GOSTOSO!

Assim que percebeu que era com ele, o abusado perdeu a atenção na pipa, olhou pra mulher na outra calçada e abriu o sorrisão largo de uma orelha à outra. Aí, quebrando de vez minhas pernas que já estavam bambas, o pivete botou a mão por cima do volume da pica no short fino, amassou o volume de uma caceta nada modesta entre os dedos e gritou em resposta.

- DUDINHA DO RABÃO, AINDA VOU BOTAR NESSA TUA XERECA, SAFADA!

O jeito ousado e mal educado de falar, o palavreado baixo, fácil e chulo, a ousadia, a extroversão sexual ao lidar com uma mulher, todas essas características me deixaram paralisado de tensão. Só sei dizer que senti uma coisa muito boa por dentro, como se estivesse perto de descobrir que ausência tão forte era aquela, e tudo isso vindo simplesmente do comportamento natural e rotineiro do garotão soltador de pipa de Bonsucesso.

- DUVIDO, NOVINHO! TU NÃO TEM PAU PRA MIM, NÃO! HAHAHAHA! – a moça respondeu, antes de virar a esquina.

- VEM CÁ VER SE NÃO TENHO, ENTÃO! O QUE NÃO FALTA AQUI É PIRU PRA TU E PRA TUAS AMIGAS, DUDINHA DO RABÃO! EHEHEHEHEEH! – ele continuou empolgado e apertando o malote na mão, enquanto dibicava a pipa com a outra e caía na risada pela situação. – Agora tu vê!? Essas mina aqui da Bulhões tão pensando que eu não taco-lhe é pica na buceta delas. Vai vendo! Abraça o papo, neguinha, que eu ainda vou acabar contigo. Hehehehehe! Vão ser só quinze minutinho de porrada seca na tua xereca, sem perder a amizade.

A colega já havia ido embora, porém, de tanto falar putaria e ficar afofando o caralho no short, eis que o pipeiro tirou a mão de cima da rola e voltou a soltar pipa normalmente, mas o tronco entre suas pernas já estava mais do que desenhado no contorno massivo, cilíndrico e volumoso do tecido fino. Ele realmente não mentiu quando disse que não faltava piru ali pra tal da Dudinha e também pras amigas dela, e olha que eu só tava manjando por cima da roupa. Minha boca seca, eu suando dentro do ar condicionado do carro e os olhos presos na carcaça suada e reluzente do machinho viciado em pipa e também em buceta.

- E tu, paizão? Vai ficar daí sem falar nada? Dá teu papo, porra, tá batendo neurose comigo? Nunca nem te vi por aqui. Já me jogou pro alto aquela hora, agora vem e brota minha rua de novo. Quê que se passa na tua mente? Fala tu.

- Sendo bem sincero, você não acreditaria se eu te dissesse.

- Desembucha, pô! Tem terror nenhum não, aqui é geral cria. Só tu não vacilar comigo que eu não vou encrencar contigo, tem caô não. Qual foi do bagulho?

Um calafrio subiu das solas dos meus pés, por trás do corpo, até o topo da cabeça. As coxas vibraram, um calor interno me consumiu e a mente não parou de sacudir diante da corpulência seminua e exposta do pivetão, principalmente com o malote despontando notável no short fino. Num rápido vislumbre com os olhos longe da pipa no céu, o puto me olhou e me pegou manjando seu corpo exposto, porém ainda não entendeu minhas intenções.

- Caralho, que relojão daora, ein, paizão? É Rolex?

- O quê? – olhei pro meu pulso apoiado no volante e só então me dei conta do que ele tava falando. – Ah, você gostou disso?

- Brabo! Já tive um igual, mas era réplica. Esse daí é original, né? Só pelo brilho dá pra ver.

- Você é bom com os olhos, garoto. Acertou na mosca.

- Podes crer. É moleza dizer.

Pra minha surpresa e também nervosismo, o molecote simplesmente ignorou a pipa no céu por alguns segundos, veio pro meu lado e se apoiou na janela do carro, chegando perto pra ver bem o relógio. Na curta distância que ficamos, senti o cheiro forte e quente do suor exalando diretamente do seu corpo construído em testosterona e quase me entorpeci de prazer, totalmente tomado pelos sentidos diante daquele monumento de homem. Mesmo sendo jovem e bem mais novo do que eu, o rueiro já tinha o jeito de quem era experiente na putaria e sabia desmontar uma cama só com a malícia da cintura suada e ignorante. Uma cara de quem era o mais piranho dos safados na hora de comer buceta, semblante de bom comedor e porte de molecão que batia punheta por qualquer coisa e não dispensava uma oportunidade de ganhar mamada.

- Tu até agora não deu o papo, coroa. Tá procurando quem?

- Não tô procurando ninguém. – fui sincero. – Na verdade, não tava procurando ninguém. Mas aí voltei...

- Voltou. E...?

Não consegui responder. Sempre que eu tentava, as palavras travavam e o anel no meu dedo anelar queimava na pele, junto com a mente fazendo peso e me impedindo de atravessar as fronteiras. Meus olhos permaneceram travados no volume grotesco da rola grossa do novinho, eu lambi os lábios de nervoso e simplesmente não falei nada. O puto deu um riso de canto de boca, olhou pra pipa no alto, dibicou com uma mão e pôs a outra novamente por cima do pacote deitado de pica volumosa. Apertou, olhou pra mim e em seguida manjou a própria penca da banana, como se quisesse ver o que eu estava vendo.

- Qual foi? Tá reparando na minha vara, paizão? – falou baixo. – Tu é bicha, é? Dá ré na banana, coroa? Hehehehehehe!

- Eu nem sei mais dizer, falando sério.

- Não sabe?!

- Não sei. Olha só, garoto, eu sou casado há 20 anos com a mesma mulher e nunca, te juro por Deus, nunca na vida traí ela com ninguém. Não sei nem porque tô te dando essa satisfação toda, é só que... Sei lá! Eu tava passando aqui na boa e do nada você apareceu em cima do meu carro, caiu na minha frente. E... Porra! Parece que tem uma coisa dentro de mim que quer sair, sabe?

- Não, não sei, não. Me explica melhor.

- Eu não sei bem como explicar, porque tá tudo acontecendo agora... Te conhecer me deixou com vontade de fazer uma coisa que eu só fiz quando era mais novo, bem, bem antes de casar. Uma coisa de muitos anos atrás e que eu nunca mais fiz, tá entendendo?

Nesse instante, pra minha surpresa, o pivetão só balançou a cabeça afirmativamente, depois afastou o corpo da janela do carro e respondeu com a maior tranquilidade do mundo.

- Ah, já tô ligado no que tá acontecendo contigo. Tu tá é com formiga, tá não?

- Formiga? – não entendi de primeira.

- É, pô. Formiga. Tá coçando, não tá? Tu tá querendo é esquentar o anel.

- Como assim? – me fiz de desentendido só para vê-lo sendo ainda mais explícito.

- É, ué! Tu passou de carro na minha rua, me avistou e bateu vontade de torrar o brioco. Quer queimar a rosca no meu kibe, não quer, paizão? Dá o papo, heheehhee! – o canalha disse isso, apertou de leve a massa de caralho entre as pernas, ajeitou o short e riu debochado. – Como é que pode? Tu é casado, tem mais de quarenta ano na cara e vem pra pista procurar macho pra encher teu rabo de leite, enquanto tua mulher deve tá em casa dando a pepeca pra outro, já pensou? Puta que pariu, tu é o maior corno! Hahahahahah!

Mesmo com o sacana me zoando e rindo às minhas custas, entendi que essa foi sua forma de reação diante das revelações que fiz. Afinal de contas, eu era um homem nunca antes visto naquele lugar, dentro de um carro todo preto, que apareceu do nada, jogou o cara pro alto e depois voltou pra dar em cima dele. Detalhe: de aliança no dedo. Quem reagiria de maneira natural a tudo isso? Com as mãos no volante e o motor ligado, olhei pro molecote e o admirei enquanto ele ria de mim e do que imaginava ao meu respeito.

- Tu tentando desenrolar comigo e tua mulher sendo lanchada pelos vizinhos, pode pá, paizão! Hehehehehehe!

- Será? – perguntei.

- Tá pensando que só tu que é esperto, irmão? Só tu quer se dar bem? Tua mina não é boba, não, pô. Enquanto tu tá aqui pedindo pica, ela deve tá lá ganhando do teus amigo, isso sim.

O jeito cuspido, marrento e relaxado de falar mexeu muito comigo, tanto quanto nosso assunto e sua linguagem corporal explanada, bem à vontade. Dibicando a pipa no alto, vira e mexe desafogando o saco do meio da boxer suada e ao mesmo tempo jogando conversa fora comigo, eu ainda dentro do carro.

- E você, não pensa em se dar bem também? – dei a ideia.

- Geral pensa em se dar bem, coroa. A parada é que nem todo mundo tá disposto a pagar por isso, sabe qual é? – deu essa resposta e esfregou o dedo polegar no indicador, fazendo um gesto de preço. – Tá geral querendo rir, mas ninguém quer fazer a graça, esse que é o foda.

- Tô entendendo e concordo contigo. Mas... – ajeitei o relógio no meu pulso antes de prosseguir. – E se eu disser que te achei bonitinho e tô disposto a pagar o preço?

Ele não deu a resposta logo assim que me ouviu, como estava fazendo até então. Esperou um pouco, ignorou a pipa no céu por alguns instantes e tornou a me olhar, não fazendo qualquer questão de disfarçar o semblante de desconfiado, com a testa franzida e as sobrancelhas quase se encontrando. Até que, antes da resposta para a minha pergunta sair, a mesma moça que passou minutos atrás retornou na esquina, dessa vez acompanhada por uma colega da mesma faixa etária e igualmente vestida de bermudinha jeans e top. Assim que elas viram o pipeiro roludo no meio da rua, as duas começaram a zoá-lo em voz alta.

- Quê isso, ein, novinho!? Tá cada vez mais gostoso! Hahahahaha! Bem que a Dudinha falou.

- Porra, tu tem que ver é o tamanho da minha piroca, sem neurose! Eheeheheh! – o danado respondeu todo sorridente, e, como sempre, manifestando a mania incorrigível de segurar no tronco enquanto falava safadezas. – Quando é que tu vai pagar pra ver, safada? Pode vim tu e a Dudinha, tem pau aqui pras duas.

- Tá podendo, né, cachorro? Hahahahaha! Vale nada. – do meio das risadas, eis que uma delas começou a cantar um funk. – Ele é novinho e já tem um pirocão!

- Sempre! Só marcar. – ainda jogou um beijo e deu uma piscadela de olho pras moças. – Se acabar a água lá na tua casa eu te dou um banho de leite, garota! Hehehehehehe!

Quanto mais o putão interagia com as vizinhas na rua, mais eu me desconcentrava e me perdia em analisar o formato da cobra aparentemente cabeçuda escondida sob o tecido fino do short da Nike. E de tanto afofar e amassar o instrumento entre os dedos, algumas manchas de umidade se formaram na região onde parecia estar a cabeçota da pica. Essa cena não só me deixou com tesão, como também acelerou meu coração ao máximo e queimou meu dedo anelar. Senti um pouco de culpa, porém já havia tomado a decisão só de estar ali trocando ideia fiada com um molecote vadio de 18 anos, a idade da minha filha mais velha. Assim que as moças sumiram novamente no fim da rua, o garotão voltou a me dar atenção e foi direto ao assunto.

- Vou te mandar a real, coroa? Eu achava que esses papo de padrinho pagão fossem só lenda burbana, sabe coé?

- Padrinho pagão? – dessa vez fui eu que achei graça. – Como assim?

- É, pô. De vez em quando brota um cria aqui da área de tênis caro, bonezinho de grife, Rolex original no pulso, trajando como? Só bagulho importado, tá ligado? Aí a gente junta na roda do fute e nego já pergunta quem foi que deu. Os moleque sempre manda dessa que foi o tio que pagou, nós já gasta logo! Hahahahahaha! Que tio é esse que ninguém nunca viu? Pra mim era só mito.

- Puta merda! Vou ser sincero, já te falei que é a primeira vez na vida que eu faço uma coisa assim. Não tinha a menor ideia de que tem outros caras que nem eu por aí, falando sério.

- Tem uma porrada, pô! Toda hora um parceiro brota com esse papo de viado que pediu pra mamar por dinheiro, quis pagar pra dar o cuzinho. Direto rola disso aqui, mas os moleque sempre metem dessa que não. Hehehehehehe!

- Tô entendendo. E o que você acha que acontece, eles saem com esses caras que pagam?

- Com certeza, paizão. Pô, meu primo mesmo vive falando disso. Um parceiro dele dá várias moral. Compra até cueca usada, meia usada, roupa usada do meu primo. Ninguém nunca explana, né, mas que rola, rola, papo retão. – ainda botou a mão de lado na frente da boca, como se quisesse dar mais credibilidade ao que estava me dizendo.

Quando ele falou dessas possibilidades, confesso que me perdi imaginando o pivetão cobrindo os pezões rústicos com meias curtas, macias e cheirosas, tão suadas e carregadas de testosterona quanto sua cueca boxer úmida e afofada. Meu peito não parou de bater forte, a boca encheu de muita saliva e senti o corpo esquentando furiosamente, aumentando a vontade de sentir a quentura salgada e íntima do físico pardo e suado do pipeiro corpudo.

- E você, não tá a fim de ser apadrinhado, moleque? – mandei a pergunta na cara e na coragem. – Já te falei que tô disposto a pagar o preço, que nem você falou aí desse amigo do seu primo. Eu também compraria umas coisas suas. Já pensou?

Mas foi eu dizer isso e o sacana logo ficou de cara enfezada, até aumentou o tom de voz, achando que eu estava desconfiando ou duvidando de sua orientação sexual, seu gosto por mulheres.

- Tu tá me gastando, não tá, não, paizão? Só pode tá tirando uma com a minha cara. Meu negócio é xereca, porra! Bucetão carnudo e inchado, tá ligadão?

Puto, o novinho malandro deu de ombros e fez um símbolo de vagina com as mãos, juntando os dedos indicadores e polegares pra gesticular e me mostrar do que gostava de verdade. Só que o impacto em minha mente já havia sido feito, então tentei ser didático e prático com o marrento, na intenção de deixar as coisas mais fáceis.

- Olha só, relaxa, tá? Eu sei que você gosta de buceta, entendo e respeito muito isso. Não tô te pedindo pra me comer ou pra fazer qualquer coisa comigo, você vai continuar sendo hétero. Só tô pedindo uma coisa que você consegue fazer todos os dias, só isso. Entendeu a diferença? Sem contato físico entre a gente, que nem o seu primo e o amigo que compra as roupas usadas dele, entendeu?

          - Ahn, e quem me garante que tu vai me pagar mesmo, coroa?

- Eu te dou a minha palavra, moleque. Palavra de homem.

- Porra, tu tá é de neurose com a minha cara, isso sim! Nunca te vi aqui, do nada tu brota, me joga pro alto e depois vem com esse papo de comprar roupa usada minha?! Vai te foder, cuzão!

- Juro que não tô brincando, muito menos te testando ou qualquer coisa parecida, rapaz. Olha, o fato de eu ser casado e mesmo assim ter voltado aqui só pra falar contigo já prova isso, você não acha? – falei tranquilo, me explicando na maior sinceridade e abrindo minhas ideias pro malandro. – Já sei. O que é que eu tenho que fazer pra provar que tô falando sério?

- Não adianta, maluco. – ele nem ignorou a pipa pra me responder. – Não boto fé no teu papo, tu pra mim é mandado.

- Então só me diz o que eu faço pra você acreditar. É só falar.

Foi com essa frase que finalmente retomei a atenção do pivete às minhas intenções. Desconfiado, mas ligeiramente curioso, o safado olhou pra mim, segurou o riso de canto de boca e meio que me analisou, com os olhos cheios de fogo. Depois se aproximou da janela do carro, apoiou o peitoral aberto perto de mim e pude sentir seu cheiro quente, salgado e suculento de homem suado e solto na rua. Sem mais nem menos, o pilantra botou a cabeça pro lado de dentro do veículo, sentiu o frescor do ar condicionado e abriu o sorrisão largo.

- Porra, tu fica no maior bem bom aqui nesse clima de montanha, né, paizão?

- Gostou?

- Tá vendo, pô! Passo o dia todo suando na rua, quem é que não curte um arzão desses?

Fez suas constatações, continuou vasculhando os olhos em mim e no lado interno do carro, até que percebeu minha mão e a puxou para si. Tocou na aliança dourada, tentou segurá-la e me encarou, mantendo o riso de deboche ao confirmar que eu era mesmo um homem quarentão e casado com mulher.

- Pelo visto tu tem uma grana mesmo, ein, coroa?

- Já te falei, moleque. Tô disposto a pagar o preço, o que você me diz?

A próxima constatação do pipeiro depois do meu anel de casamento foi o relógio dourado em meu pulso, grande e chamativo. Assim que o vi de olho na peça, já matei qual seria seu pedido pra confiar na minha palavra. Ele parou de olhar pro meu Rolex, segurou meu braço e não teve qualquer sombra de dúvida.

- Tu quer que eu bote fé nesse teu papo de pagão? Então. Troca de relógio comigo. Hahahahahaha! Mas ó, o meu é réplica direto da Uruguaiana, dei dez conto nele. Esse teu é original, né não?

- Você é novinho, mas sabe negociar pesado, não acha?

- Ué, não foi tu que deu o papo de que paga o preço, velhote?

- Tudo bem. Eu pego.

- Tu não me achou bonitinho? Heheheheehhe! – riu em ironia.

- Bonitinho, mas ordinário.

- Que seja. Esse é o preço pra cheirar a cueca de um moleque que já te disse que só curte buceta, pô. Pegar ou largar, qual vai ser?

Ele deu o ultimato e a gente ficou se olhando por alguns segundos, um esperando pela atitude do outro. Quando decidi voltar de carro até aquela rua em Bonsucesso, eu já tinha decidido comigo mesmo que pagaria qualquer preço pra ter mais daquele molecote solto, garanhão e com corpo de macho feito. Poderia até comprar um relógio original pro malandro, mas aquele momento não era tanto sobre mostrar o quanto de dinheiro eu tinha, e sim impressioná-lo com a real vontade de pagar por suas roupas usadas.

- Pago agora mesmo. – tirei meu relógio do pulso e quase derreti por dentro quando vi a cara de incrédulo que o sacana fez. – Troca comigo?

- Puta que pariu, paizão! Tu tá falando sem neurose mesmo, viado!? Caô que tu vai me dar o teu Rolex original?! Ó, não vou devolver, não, ein? Pega tua visão que aqui não tem papo de devolução. Agora é meu.

- Qual parte do eu pago o preço você ainda não entendeu, garotão?

Sem nem pensar duas vezes, eis que o puto finalmente pôs meu relógio dourado e pesado no próprio pulso, não parou de rir e ficou se admirando no reflexo do retrovisor, forçando os músculos e posando para si mesmo. Eu peguei a réplica dele, ajeitei no meu pulso e não consegui parar de olhá-lo todo se querendo, ao mesmo tempo que o cheiro forte do suor quente do novinho exalava forte de seu corpo moreno e inchado.

- Pô, agora sim eu boto fé que esses moleques tudo tão colocando viado pra mamar, papo reto! Hahahahahahaha! Achava que era só lenda urbana, mas pelo visto...

- E aí, gostou? Combinou mais com você do que comigo.

- Me amarrei! Quando eu vestir o traje completo então, vou ficar muito enjoado. A quantidade de buceta que eu vou comer só por causa desse Rolex, tu ainda não faz ideia, pegou a visão? Hehehehehehe. Pai vai amassar, não tem jeito.

- Elas gostam de relógio caro, é?

- Tá de sacanagem? As mina pira quando vê um maluco trajado e cheirozão brotando no bailão, coroa, ainda mais quando é pinta e roludo que nem eu, tá ligado? – o pipeiro se elogiou e coçou o saco de leve, deixando a tromba em formato roliço no short suado.

- Por falar nisso... Tá preparado pra me dar um agrado?

- Claro, porra! Toda hora, já vi que tu é de palavra mesmo. – não se intimidou. – Qual vai ser, passa aqui amanhã pra pegar uma cueca que eu vou usar o dia todo só pra tu?

- Passo sim, pode apostar. Mas... – olhei pro short do safado, ele percebeu e não entendeu. – Por que você não mata a minha vontade agora e já me dá essa cueca aí?

- Pô, tu quer essa daqui, paizão? – o moleque puxou a estampa da boxer e sem querer mostrou a entrada dos pentelhos recém-aparados. – Essa cueca aqui tá toda rasgada, já. Tá suadona, imunda. Deve ser a pior que eu tenho, não é melhor eu preparar outra? Passei o dia todo correndo na rua com essa.

- Assim que é bom! É assim que fica o cheiro forte, bem impregnado mesmo. Eu quero essa boxer que você tá usando e ainda passo aqui amanhã pra pegar mais coisas, se topar.

- Como assim pegar mais coisas? Tu quer me deixar sem ter o que vestir, maluco?

- Vamos fazer assim: eu compro umas peças, você usa e a gente vai trocando, que tal? Aí você ganha roupa, eu cheiro e todo mundo sai ganhando. Justo?

- Já é. Guenta aí, então.

Em questão de um ou dois minutos, o pivetão foi atrás de um muro no terreno baldio perto de onde estávamos, no fim da rua, removeu a cueca boxer suada que estava usando e trouxe ela toda amassada na mão pra me entregar. Quando ele voltou andando na minha direção, não tive como desgrudar meus olhos do porrete massudo e balançante sacudindo dentro do short fino. A boca encheu de água, meu corpo ficou ainda mais eufórico, porém foi nesse mesmo momento que meu celular começou a tocar dentro do carro e eu logo voltei à realidade, me sentindo nervoso e pego de surpresa pela minha esposa.

- Alô? Oi, amor.

- Oi, mô. Cê tá aonde?

- Então, eu peguei um engarrafamento sem tamanho agora na Brasil e vim por dentro de Bonsucesso, só que não fui o único que teve essa ideia. Agora tá tudo parado, a Brasil, o atalho, tudo.

- Ah, entendi. Tô vendo aqui pela TV que teve um acidente na altura de Bonsucesso mesmo, aí fiquei preocupada. Não demora, tá?

- Deixa comigo. No máximo meia horinha eu tô chegando em casa.

- Tá certo. Beijo.

- Beijo. – engoli a seco minhas mentiras, desliguei a chamada e o cafuçu pipeiro já tava do meu lado, rindo da desculpa que dei e segurando a cueca usada. – Viu só? Demorei um pouquinho e ela já ligou.

- Mal sabe a coitada que o maridão tá atrás de pica de moleque na rua, né? Hehehehehehe! – o folgado disse isso e jogou o tecido encharcado na minha cara. – Toma aí o que tu pediu e se adianta logo, paizão. Anda, vaza que eu não quero que me vejam vacilando contigo aqui, não.

- Beleza, garoto. Agora você falou a minha língua. Obrigado por isso e amanhã eu te trago mais umas cuecas novas, posso? Nesse mesmo horário.

- À vontade, pô. Mas vai rolar uma moralzinha, né? – perguntou e coçou o dedo indicador no polegar. – Tem que ter um agrado, senão eu perco a motivação, tá ligado? Heheheheehhe!

- Sempre. Eu compro qualquer coisa que você tenha aí pra oferecer, acho que esse é um dos meus fetiches.

- Caralho, rico tem uns fetiches nada a ver, né? Puta que pariu. Mas beleza, eu topo. Brota amanhã aí que eu te vendo umas paradas.

- Fechado. Eu curto de tudo. Cueca, meia, short, roupa de futebol, meião, chuteira. Você é do exército? Se for, pago até pra cheirar uma farda, um coturno seu.

- Já é. Às vezes rola um fute sim, mas não sou milico, não. Mas se adianta, amanhã nós conversa.

- Tá certo, moleque. Marcado então. A gente se vê, até amanhã.

- Até. – deu dois tapinhas no capô do carro, virou de costas e saiu andando, assobiando e prestando atenção somente à pipa no céu.

Dito tudo isso, fechei o vidro e fui saindo lentamente com o veículo, me sentindo muito saciado por ter comigo um pedaço do que era a intimidade daquele sujeito desconhecido, cujo nome eu nem sabia. Só sabia que o moleque era safado, marrento, folgado e interesseiro, mas todas essas características acabaram funcionando ao nosso favor a partir do momento em que o pivetão se mostrou acessível e eu decidi recompensá-lo.

Mal saí da rua onde conheci o novinho e admito que entrei rapidamente no primeiro posto de gasolina que vi, fingindo que ia calibrar os pneus só pra ter alguns minutos de deleite com a cueca boxer que o puto tirou pra satisfazer minha tara de entrar em contato com seu saco, seu suor, suas intimidades, hormônios e feromônios exalados do físico safado de macho rueiro. Despreocupado e no anonimato garantido pelos vidros fumê, a primeira coisa que fiz foi esticar o pano da cueca na frente do rosto e admirar o visual rústico, gasto e esgarçado da peça de roupa. Dava pra ver incontáveis manchas amareladas e porracentas ao longo das costuras brancas, indicando a quantidade de vezes que o cafução melou a boxer e deixou o tesão extravasar quente no tecido. Levei ao rosto, senti o frescor caloroso da região entre as pernas do garotão e respirei fundo quando o nariz afogou no meio de tanto suor, umidade e cheiro forte de molecão criado no asfalto do subúrbio. Entorpecido como se estivesse me dopando com uma droga dissolvida no pano, ainda abri a boca e fiz questão de absorver na língua todo o gosto e a fragrância dos feromônios sexuais do pivete, sentindo prazer em poder desfrutar do suor salgado, meio amargo e potente do malandro. Imaginei sua virilha bruta cantando no meu rosto, encharquei minhas narinas no odor vívido e masculino e enchi a língua bem na parte temperada e mais afofada da cueca, onde a textura ficava mais desgastada e o elástico esgarçado de tanto uso. Meu coração acelerou, eu comecei a suar no ar condicionado do carro e os mamilos endureceram, roçando continuamente contra minha própria blusa. A rola ganhou vida na calça, meu cuzinho peludo começou a dar espasmos de tesão e eu pensei que fosse perder o controle, me descobrindo incapaz de segurar a vontade de gozar até chegar em casa. Quando achei que ia perder na guerra da sedução e da forte atração que estava sentindo pelo macho pipeiro, escutei um veículo buzinando atrás de mim e foi isso que me trouxe de volta à realidade. Respirei fundo, tirei meu carro da calibragem do posto e achei melhor ir embora, a fim de não receber outra chamada da esposa no celular.

Mesmo muito excitado, dirigi apressado e ainda cheguei no tempo de ver o jogo do Vascão. Escondi a cueca usada do novinho no bolso da calça que estava usando, pensei que ia passar batido quando entrei, mas a mulher foi a primeira a perceber a diferença no visual.

- Ué, amor, cadê aquele Rolex dourado que você tanto ama? Trocou?

Assim que ela perguntou, minha filha mais velha, a de dezoito anos, olhou pra mim e também tomou um susto quando percebeu um outro relógio, preto, em meu pulso.

- Eu não sei bem o que foi que pifou dentro dele, mas deixei lá na joalheria em Itaguaí pro cara trocar pra mim.

- Sério? Nossa, que bosta. Viu por que eu preferia o outro?

- Pois é. Acabou que ele me deixou com esse aqui enquanto o meu não fica pronto. – admirei a réplica e agradeci muito por nenhuma das duas notar as óbvias diferenças pro original. – Se eu soubesse teria ficado com o outro mesmo.

- Eu avisei, não avisei? Agora aguenta, amor. Quando é que você vai lá pegar o outro?

- A previsão é de duas semanas. Agora só esperando mesmo. – um tanto quanto desatento e querendo mudar de assunto, olhei algumas poucas goteiras no teto e apontei. – Aquilo dali é mancha de água?

- Ah, nem fala, vida! – minha esposa desabafou. – Não sei mais o que fazer com essa infiltração. Já tô perdendo a cabeça.

- Tem que arranjar alguém pra dar uma olhada nisso, você não acha?

- Claro que acho, mas quem?

- Pois é, também não faço a menor ideia.

A conversa não se arrastou muito, então eu passei da cozinha pra sala, fui pro quarto e tirei o paletó que estava usando. Fiquei só de cueca, peguei minha roupa pra tomar banho e parti pro banheiro, morrendo de vontade de me masturbar no banho enquanto cheirava cada linha da costura empesteada com o cheiro das genitálias e das intimidades do pivete roludo. Aquela era a boxer que ele usou o dia todo, desde a hora que acordou de pau durão até o momento que encontrou comigo no fim da tarde, eu podia sentir muito nitidamente a presença do sal do corpo suado impregnada no tecido. Uma vez dentro do boxe e com a porta do banheiro trancada, liguei o chuveiro, mas não me molhei, fiquei só tocando um punhetão e chupando as costuras de onde imaginei que ficava o peso dos culhões temperados do novinho marrento. De pau duraço, me masturbei de um jeito apressado, farejando a cueca usada que nem uma cadela submissa e viciando minha língua com o sabor genuíno das bolas e da vara de um molecote criado solto na rua, no auge dos dezoito anos de idade. Confesso que bater punheta não era um hábito que eu costumava praticar, então posso afirmar que gozei intenso na mãozada, como se fosse um pós-adolescente cheio de testosterona que ficou muito tempo sem esporrar. Cheguei a sujar a parede do boxe com meu leite, depois tive que limpar tudo pra não deixar vestígios do meu tesão aflorado. Após o banho, me enxuguei, vesti a roupa e saí com a cueca manchada do garotão dentro do bolso. Voltei no quarto e a guardei na última das gavetas da minha parte do guarda roupa. Por fim, fui pra sala jantar com a família e só então voltei ao meu eu normal, esquecendo do que aprontei durante o dia e o quão fora da cerca me arrisquei a ir. Encerrando a noite, uma cervejinha e jogo do Vascão na TV, só pra reavivar a paixão que eu sentia pelo time do coração, não tinha como deixar passar. Sendo uma vitória contra o Flamengo, então, aí sim fui dormir mais do que feliz e satisfeito.

No dia seguinte, segui a vida normalmente e fiz todas as coisas que costumava fazer no período normal de trabalho. Saí de casa antes do amanhecer, cheguei em Itaguaí por volta das 6h e tomei café no hotel do qual sou proprietário. Resolvi vários perrengues administrativos até à hora do almoço, recebi incontáveis chegadas de materiais de cozinha e de limpeza meio-dia e só fui almoçar de tarde, depois das 15h. Diferentemente do dia anterior, dessa vez adiantei tarefas que normalmente deixaria pra mais tarde e consegui sair de Itaguaí uma hora mais cedo do que costumava sair. Voltei pela Avenida Brasil como sempre fazia, não peguei qualquer congestionamento, porém ainda assim desviei o percurso por Bonsucesso e fui seguindo mais ou menos pelo mesmo trajeto do dia anterior, sentindo um formigamento começando na pele. O coração acelerou logo, senti que tava ficando nervoso, mas mesmo assim me mantive com a mente decidida sobre o que fazer. Entrei na rua com duas árvores enormes nas esquinas, passei pelos quebra-molas, fui até o fim e virei exatamente no sentido da linha do trem, bem onde terminavam as casas e varandinhas e começavam vários terrenos baldios. Mal entrei com o carro na avenida e não vi absolutamente ninguém por ali, nem qualquer sombra de pipa no céu ou de carretéis e linhas no chão. Minha empolgação deu lugar a um vazio sem explicação, comecei a murchar e a mente pensou no que fazer.

- Ué, será que ele se esqueceu de mim? – perguntei a mim mesmo, sozinho dentro do carro e sentindo o frio do ar condicionado gelando a pele. – Ou então eu tô muito adiantado e o moleque ainda não saiu pra soltar pipa. Será?

Muito perdido sobre onde ir, escutei um barulho na porta do carona, ela foi aberta por fora e isso me deu um susto. Num movimento rápido e preciso, um cara simplesmente entrou do meu lado dentro do carro, fechou a porta e trancou o veículo por dentro, se fechando comigo.

- Tá maluco?!

- Ih, qual foi, velhote? Tá de neurose pra cima de mim, é? Só uma cueca usada não foi suficiente, dá teu papo. Hehehehehe!

- Como é que você entra no meu carro assim de repente, seu doido?

- Ah, coé! Ontem tu me jogou pro alto e nós ficou só por isso, lembra? Vem cantar de galo pra cima de mim agora não. Pega visão. – o pilantra apontou pra frente, mastigou um pedaço de carne na boca e só então eu vi o espetinho em sua mão. – Cai ali pra calçada, bora mais lá pra frente. Tá rolando um churras na minha casa e não quero que ninguém me veja contigo aqui não, se ligou? Se adianta, vambora.

- Tudo bem, vamos.

Fiz como ele pediu e levei o carro vários metros à frente na calçada, deixando as últimas casas da rua pra trás. Quando desliguei o motor, aí sim olhei atentamente pro lado e reparei em todos os detalhes do físico desenvolvido e completo do novinho folgado. O cabelo curto, loiro e disfarçado se misturava com a costeleta, com a barbicha cerrada e também com o bigodinho fino por cima do beiço escuro e grosso. A boca mastigando churrasquinho, um baseado atrás de uma das orelhas e um brinquinho de pagodeiro em outra delas. Até os pelinhos embaixo do lábio inferior estavam descoloridos, contrastando com a pele parda, morena e reluzente do moleque. Com o meu Rolex dourado no pulso, o pipeiro tava de short, chinelos Kenner nos pezões e uma blusa que só naquele momento percebi as cores em vermelho e preto. Antes que eu pudesse tomar qualquer atitude, eis que o garotão meteu a mão no bolso e tirou um potinho pequeno, transparente e aparentemente lotado de um líquido espesso, abundante e esbranquiçado.

- Tu brotou na hora certa, coroa. Eu acabei de soltar-lhe um galão de mingau grosso pra tu, não era o que tu queria?

Segurou o pote na frente do meu rosto, riu da minha cara, mas eu só conseguia reparar com nervoso na blusa que o puto tava vestindo. Vermelha, preta e com o escudo do Flamengo estampado no peito, engatilhando o pior tipo de rivalidade que eu tinha em mim.

- Tava três dias sem jogar um leite fora, bati um punhetão de quase uma hora e minha pica vomitou essa gala toda pra tu, olha isso. – ignorando minha cara fechada, o cretino balançou o potinho, depois abriu a tampa bem diante do meu rosto e mostrou a textura concentrada e densa do próprio sêmen. – Já tava como? Galudão. Fumei só um baseadinho e aí o cinco a um comeu solto, tá ligado? Hehehehehehe! Qual vai ser, cinquentinha pelo meu mingau?

Fez a pergunta e tornou a me mostrar o pequeno recipiente plástico lotado de porra. Parecia mesmo um pote de exames médicos, cheio até à metade e com uma quantidade inimaginável de leite branco e com cheiro de água sanitária exalando. A parte das extremidades já tava com a gozada ressecando e ficando encrostada, dura, mas o recheio do vasilhame em si ainda estava todo líquido, quente e cheirando à testosterona pura, na mais valiosa forma.

- Um galo por um vidro de gala, não tá bom? Hehehehehehe! Diretamente do meu saco, do jeitinho que tu gosta. Gagau de qualidade, porra muito bem feita, tá vendo só? É pegar ou largar, velhote. E aí?

- Vem cá, você é flamenguista ou tá usando essa blusa só por usar?

- Pra quê tu quer saber? Também torce pelo Mengão?

- Nem se fosse o último time do Brasil ou do mundo, garoto! Deus que me livre torcer pra um time desses quando se tem o Vasco da Gama, já ouviu falar? Inclusive ontem a gente deu um sarrafo em vocês, você devia era ter vergonha de usar uma blusa dessas no dia de hoje.

- Ih, caô que tu é vascaíno? Hehehehehehe! Torcedor do Vasco e ainda por cima corno. Depois dizem que Deus não castiga duas vezes, ein? Hhaahahahaha! – marrento, o pilantra ainda deu um tapinha na minha cara. – Certeza que tu vai se lambuzar com meu leite de flamenguista, paizão! Heheheheh! Porra grossa que saiu direto do meu saco preto, lá do fundo do meu ovo esquerdo, tá ligado? HEHEHEHEHHE!

- E você acha mesmo que eu vou querer tomar isso?

- Acorda pra vida, irmão. Tu é corno, vascaíno e ainda pediu pra sentir o cheiro da minha pica na cueca suada, tá lembrado? Extraí um suco de piroca delicioso pra tu se lambuzar, não tô nem aí pra que time é o teu. Hehehehehehe! Qual vai ser? Não adianta se fazer de difícil, que eu tô vendo na tua cara que tu tá quase babando.

Quanto mais ele falava, mais irritado eu ficava, porém toda essa ira era rapidamente convertida em deleite, em excitação e em cada vez mais vontade de ser submisso aquele macho em corpo de novinho de dezoito anos. O jeito malandro e solto de falar comigo, agindo com a total certeza de que eu ia mesmo comprar seu esperma, foi o que me deixou mais excitado do que puto. De uma hora pra outra, foi como se até a rivalidade dos nossos times tivesse me dado vontade de me submeter, de me deixar levar pelo tesão, pelo gosto e pelo ego folgado do moleque insolente. Quando dei por mim, já tava com a carteira na mão e contando o dinheiro nos dedos.

- Aí, não falei? No fundo, no fundo, esse é o sonho de todo vascaíno, paizão! Hahahahahahaha! Pagar pra tomar gozada de flamenguista. Como é que pode, né? Aliás, tu vai tomar isso aí, coroa?

- Tem certeza que você quer mesmo saber?

- Dá o papo, ué. É meu leite, quero saber pra onde é que vai.

Pensei por uns breves segundos, não encontrei qualquer nota de cinquenta, mas mesmo assim não desisti daquela compra tão excitante e vulgar.

- Isso vai direto pra cá. – alisei minha barriga. – Vou engolir bem devagar, só pra sentir o gosto do seu néctar grudando na minha garganta e me dando sensação de catarro de porra, já ouviu falar, garotão?

          Ele fez uma cara de nojo que eu sabia que faria, afinal de contas, quando se passou em sua mente que outro homem teria prazer em ficar com a garganta inflamada por conta da presença irritante da porra concentrada e pegajosa agarrada na goela? Nunca.

          - Caralho, é por isso que falam que viado é foda, tá vendo? Puta que pariu! Hehehehehehe!

          - Viado, eu?

          - É claro, porra! Tu não vai tomar minha porra, seu viado?

          - Olha só, eu sou casado com mulher, tá? Posso estar interessado em você sim, mas viado eu não sou.

          - Ah, tu tá de sacanagem, né, paizão? Tá se amarrando em pagar pra ser o meu viadinho e agora vai cantar de macho pra cima de mim? Pega a visão, pô!

          Ao mesmo tempo que fiquei puto por ter sido chamado daquela forma, confesso que também me senti um pouco mais à vontade, porque o sacana falou como se a gente já tivesse algum tipo de laço, mesmo que fosse financeiro e indiretamente sexual, sem contato íntimo direto entre nós.

          - Vamos manter o respeito? – pedi. – Não precisa me chamar assim.

          - Ué, mas não tô te chamando de viado pra desrespeitar, não, maluco. Tô mandando a real, porra! Tu não curte cheirar meu saco na cueca? Não disse que vai tomar meu leite? Então, caralho! Tá com dificuldade de entender que é viado por quê? Vai entrar em negação uma hora dessa comigo? Até eu já aceitei que sou o teu garotão, pô, agora é tu quem vai pagar de incubado?

- Acho viado uma palavra muito forte. Eu me vejo mais como um... Sei lá, um admirador da beleza masculina, só isso.

- Admirador, é? Então admira aqui o cheiro do meu caralho, vem? – bruto e truculento, ele pegou na minha nuca com uma só mão e desceu meu rosto diretamente entre suas pernas, me botando pra inalar o odor presente no volume do short. – Aí, tá vendo como tu é viadinho sim? Se não fosse viado não tava cheirando minha rola, safado! Hehehehehehe, filho da puta!

- Hmmmmss, seu moleque atrevido!

- Cala a boca que eu tô ligado que tu gosta é disso, seu corninho do caralho. Cheira minha piroca, cheira? Vai dizer que não curte? Deu até o Rolex na minha cueca usada, seu engole leite! Hehehehehe!

O filho da puta não me soltou, mas confesso que era exatamente daquilo que eu precisava, porque se dependesse só de mim, acho que não teria coragem suficiente pra cruzar as fronteiras e tomar liberdade com um macho de rua daqueles. Afinal de contas, como que um quarentão casado chega pra um desconhecido na rua e diz que pagaria para ser submetido, controlado e dominado? Foi como padecer no mais perigoso e quente dos paraísos. Eu sentia a musculatura molenga e maciça do membro avantajado do garotão deformando minhas narinas e seus hormônios explodindo na minha pele através do short.

- Ainda trouxe outro presentinho pra tu, não pediu? Olha como eu sou bonzinho, coroa. – disse isso e tirou um meião esgarçado do bolso. – Sente meu chulezão depois do futebol, vai? Tô ligado que tu se amarra, puto. Hhehehehe!

Mesmo podendo segurar a linha e evitar aquela situação, me deixei levar completamente e parei de resistir, inspirando e absorvendo o máximo do cheiro dos pezões temperados do pilantra pra dentro de mim. Agora, quanto mais ele mexia minha cabeça e me servia com seus odores, fragrâncias e texturas, mais eu ficava excitado, meu pau subia e o cuzinho piscava sem parar, pulsadas atrás de pulsadas.

- Já pensou se eu tiver te passando a perna e essa meia aqui for de algum colega meu? Hehehehehe! Só não garanto que o parceiro seja tão caralhudo e cheiroso quanto eu. Hahahahahaha!

- Você não faria isso, seu abusado. – murmurei. – Não seria maluco de me enganar. Seria?

- Ah, tu já tá ligado na minha. Não daria a meia de outra pessoa pro cara que me deu o Rolex dele, tu já pegou a visão. Fora que agora eu mesmo tô curioso pra ver tu sendo viadinho na minha frente.

- Como assim ser viadinho na sua frente? – fiquei muito excitado com os rumos que as coisas estavam tomando, confesso.

- Tu não disse que vai tomar meu leite?

- Disse. E vou.

- Então. Mais cinquentinha na minha mão e eu mesmo faço questão de te dar minha gala na boca. Mas ó, só se tu topar eu te chamar de viadinho, paizão. Dou até o dedo na tua goela pra tu chupar, mas tem que aceitar que eu brinque contigo.

Parei por uns instantes, analisei a situação e pensei bastante no tempo que ainda tínhamos pra continuar ali dentro do carro antes que minha esposa começasse a ligar no celular. O corpo incandesceu, eu peguei fogo e me abri aos desejos carnais que possuía dentro de mim, cedendo ao máximo das vontades daquele macho em forma de pivetão largado e folgado.

- Pelo visto você só quer rir da minha cara, não é?

- Tu não me chamou de moleque? Então, porra, agora eu quero brincar mesmo. Tá a fim de comer porra na minha mão? Te dou, é só botar mais cinquentinha na minha. Leite de flamenguista marrento, né o que tu quer? Esperma saído direto do meu saco, né isso? Só pagar, tem terror nenhum. – ele deu o ultimato, parou de forçar meu rosto entre suas pernas, esticou a mão pra mim e esperou pela resposta.

Totalmente rendido e pegando fogo de vontade de literalmente comer na mão daquele machinho abusado, peguei uma nota de cem e o paguei pela porra e também pela aplicação do leite na minha boca. Tão rápido ele entendeu o recado, se empolgou, abriu bem as pernas no banco do carona, depois pegou o pote cheio de sêmen e passou o dedo indicador na gozada fresquinha, trazendo uma quantidade absurda de massa de gala junto consigo. Parou o dedo sujo e melecado na frente do meu rosto, riu de canto de boca e arregalou os olhos, tão curioso quanto eu pelo que aconteceria a seguir.

- Abre o bocão pra comer o esperma do pai, vai, viadão? Quero ver se tu é bicha mesmo, até agora não tô acreditando muito. Hehehehehehe!

- Moleque, você não me provoc-

- Sssh, aqui tu não fala nada, só obedece o flamenguista no comando, sacou? – rápido e provocativo, ele me instigou com um tapinha no rosto e apontou o dedo na minha fuça. – Cala a boca e bota a língua pra fora, é só o que tu tem que fazer. Bora, anda. Cadê o linguão?

Tomado por fogo me lambendo pelo corpo todo, hesitei brevemente, mas logo obedeci, abri a boca e coloquei a ponta da língua pra fora. Sem tempo a perder, ele puxou pela ponta mesmo e me botou praticamente de bocão arreganhado, para em seguida lascar metade do dedo indicador gozado quase até minha goela. A próxima sensação foi de meio quilo de mingau encorpado e grosso virando por cima da língua e simplesmente escorregando até à garganta, com um trajeto esbranquiçado da leitada sobre as minhas papilas gustativas. Foi quase como um catarro delicioso de engolir e de sentir atravessando as amídalas, sendo que era a carga de porra quente e venenosa de um moleque folgado, pipeiro, rueiro, e que tinha chulé do futebol.

- Isso, viadinho, é assim que se faz. Toma tudo, vai? Delícia, leitinho que eu tirei na base do punhetão, tu tá ligado? Cheguei no banheiro, sentei no vaso, abri as pernas e dei um cuspidão na mão pra ficar escorregadio. Soquei uma braba com esses dedos, tá sentindo? – o malandro perguntou, pegou mais esperma pegajoso na palma da mão e em seguida esfregou diretamente na minha língua aberta. – Come a proteína da minha bola, vai? Engole tudinho pra eu ver, senão não vou botar fé que tu é viado mesmo, paizão. Cadê?

Fiz o que ele mandou e senti o maior prazer em satisfazê-lo. Foi como se o corpo tivesse nascido pra cumprir as ordens dadas pelo sacana, obedecendo cada comando antes mesmo de eu pensar na possibilidade de recusar. Em questão de minutos, eu já tava com os dois dedos do marmanjo enfiados na goela, tomando dedada nas amídalas e o deixando chegar cada vez mais longe, explorando os caminhos babados e quentes do meu paladar. A gozada era maciça, clorificada, salgada e muito gostosa de engolir, deixando a impressão de ficar garrada na garganta quando eu botava pra dentro.

- Isso aí, meu viado, tu sabe como deixar teu macho feliz. Deixou o sobrinho orgulhoso, titio. Hehehehehehe! Falta pouquinho pra terminar e tu já quer mais, né? Quero só ver se no dia das mães vai me dar parabéns, porque o tanto que eu te amamentei hoje nem tu acredita, dá o papo. Hehehehehe!

Os movimentos se repetiram mais de três vezes, sempre com o marrento usando um ou dois dedos pra recolher a sopa de esperma de dentro do potinho e passar na minha língua como se fosse a manteiga no pão. Ele fazia tudo isso sorrindo, sem fechar as pernas e mantendo os olhos fixos na minha cena de engolidor de porra, repetindo os gestos até acabar com toda a carga de galada do tubinho.

- Ó? – mostrou o pote vazio. – Nadinha, tio. Ainda lambeu os beiços, gosto assim. Quero que tu chegue em casa e beije a boca da tua esposa com o cheiro e o gosto do suco do meu saco, viado. Pegou a visão?

Fiz que sim com a cabeça, ele pegou o meião suado e limpou o resto de gala grossa que ficou nos meus lábios. Antes de finalmente sair e me deixar a sós, o cretino ainda avistou a foto da minha filha mais velha no espelho retrovisor, pegou o retrato nas mãos e riu em deboche.

- Ih, caô que tu tem uma filha da minha idade, coroa? Porra, podia desenrolar pra eu papar a buceta dela e ser teu genro, ein? Já pensou, eu comedor de buceta, morando na mesma casa que tu, tua filhota e tua esposa? Ia ser o luxo, fala tu? Hahahahahahahaha!

- Seu moleque atrevido, você não existe mesmo.

- Não existo, mas tu se amarrou em vim me procurar em Bonsucesso, ein? Tô ligado já na tua, paizão. Sei que tu tem é muito dinheiro e o que não me falta aqui é gala nas bola pra te deixar pobre e gordo de tanto comer leite. Quem será que seca primeiro, meu saco ou a tua carteira?

- Tá a fim de descobrir, garoto?

- Eu tô. E tu, vai pagar pra ver?

- Claro que pago. Já disse que te achei bonitinho, não já?

- É. Assim que se fala, titio. – alisou meu rosto, deu um tapinha com ternura e riu, fazendo questão de me analisar aos poucos.

Ficou evidente o quanto o macho me viu como seu saco de dinheiro naquele momento, seu objeto para uso e enriquecimento pessoal, assim como vi nele a minha oportunidade de ser submisso do jeito que sempre quis ser. O sacana se preparou pra sair do carro, guardou o dinheiro no bolso e se despediu. Antes disso acontecer, seus olhos famintos e curiosos avistaram o segundo detalhe oculto dentro do veículo: um cartão de contato do meu trabalho no bolso da minha blusa. O folgado pegou o pedaço de papel nas mãos sem eu perceber, leu do que se tratava e foi nesse momento que a verdadeira empolgação explodiu, resultando numa ação que mudaria para sempre as nossas vidas a partir dali.

- Caô que tu trabalha em hotel, velhote?

          - Pra que você quer saber? – tentei fazer que nem ele, mas não tive o mesmo jeito e o puto logo se deu conta.

          - Oh, pode parando de bancar o valente comigo. Tu trabalha mesmo em hotel?

          - Trabalho. Sou dono, na verdade.

          - DONO?! – ele gritou. – TÁ DE SACANAGEM!?

          - Ei, ei, calma. Pra que o espanto? Sou dono, não te disse que tenho dinheiro?

          - Puta que pariu, e eu aqui aceitando só cinquentinha de esmola pra te dar meu leite, vai se foder!

          - Trato é trato, garotão. Uma coisa de cada vez e quem sabe eu não aumento essa sua mesada?

          - Não, tu não vai só aumentar a minha mesada, não, meu viadinho. – pôs novamente a mão na lateral do meu rosto, mexeu o dedão sujo do resto de porra e esfregou nos meus lábios, querendo entrar na minha boca. – Tu quer ser a minha putinha de estimação e continuar comendo mingau toda semana?

          - Você promete que não vai parar de me dar leite?

          - Prometo, mas só se tu der tua palavra de sujeito homem e topar ser meu viado na coleira. Tá a fim? Mas ó, é um caminho sem volta. Vai ter que fazer tudo que eu mandar, coroa. Hehehehehehe!

          - Afff, seu abusado... Tem alguma coisa que você peça que eu não sinta vontade de fazer? Só de olhar essa sua cara de safado, esse bigodinho fino e loiro...

          - Tu gosta, né? Hehehehehehe! É disso mesmo que eu tô falando. Pra ser meu viadinho tu vai ter que fazer uma parada muito foda pra me fortalecer, pegou a visão?

          - Mais do que eu já tô fazendo?

          - Mais. Eu não tava ligado que tu era dono de hotel, porra!

          Quando ele disse isso, aí sim a minha ficha caiu e eu comecei a entender quais eram os planos do pivetão. Pra ser sincero, devo dizer que o pilantra não jogava pequeno, muito menos jogava pra perder. Bastou saber com o que eu trabalhava e o malandro sentou a mão dominadora em tudo que podia alcançar de mim.

          - Quanto você quer agora? Só me diz o valor e eu pago, garoto. Já te expliquei que eu tenho condição, não já? Só falar.

          - Quanto eu quero? Melhor tu anotar: eu quero passar a noite na melhor suíte do teu hotel, se ligou? Quero ficar, como? De patrão lá, que nem o Messi quando chega na Argentina. Quero hidromassagem, quero comer lagosta, beber várias garrafas de espumante, jogar videogame e andar peladão o tempo todo, só de roupão. E enquanto eu tiver lá, é tu que vai me servir as paradas. Quero ser mimado pelo meu tio pagão que tanto me chama de moleque. E aí, tem coragem de pagar tão alto assim?

Silêncio. A gente se olhou cara a cara, ele segurando o riso e eu bastante sério. A aliança no meu dedo pegou fogo, senti como se a pele estivesse queimando, mas isso aconteceu ao mesmo tempo em que a palma suada da mãozorra do macho marrento também aqueceu meu rosto, com o maior cheiro de esperma fresco tomando conta da minha boca e também do carro onde eu levava a família pra jantar aos domingos. Era simplesmente um molecote desconhecido, pidão e me tendo em suas mãos como bem entendia, brincando comigo e fazendo de mim diversão, férias, lazer. Prazer.

- Mas não pensa muito, não, senão eu desisto de me vender e aí tu fica sem casquinha pra tirar de mim, já é?

- Tudo bem, eu topo. – não aguentei a chantagem sexual e paguei o preço mais alto de todos.

- Tu tem mesmo coragem pra isso?

- Eu sou feito de coragem, garoto. Não estamos aqui? Eu já não comprei sua cueca, já não troquei de relógio contigo e tomei leite quente? Então. Só por uma noite não tem problema, eu te coloco na suíte presidencial. Mas você tem que me prometer que não vai sair do quarto pra nada, escutou?

- E eu vou precisar sair? É só tu dar a tua palavra que vai me servir e eu não vou ter que sair pra nada. Temo ou não temo um trato? – esticou a mão na minha direção e esperou.

- Temos. – respondi e o cumprimentei de volta, selando nosso pacto.

Nem eu e nem ele sabíamos o nível cataclísmico que esse pacto sexual e financeiro teria em nossas vidas. O aperto de mãos chegou a soltar uma faísca carregada, de tão forte e perigoso que foi o nosso encontro inesperado em Bonsucesso. Tudo começou com um quase atropelamento e agora estava indo para...

- Eu te levo comigo na sexta, pode ser? É o melhor dia pra mim, porque posso dormir no hotel sem a esposa em casa desconfiar. Passo aqui de tarde e te busco, que tal?

- Sexta agora? À tarde? Mesmo horário?

- Mesmo horário, garotão. Fechado?

- Fechado. Te aguardo.

O marmanjo então abriu a porta do carro, me deixou com o potinho vazio, o meião suado, e saiu. Aí eu lembrei de perguntar o óbvio, chamei por ele e o moleque voltou na janela.

- Qual é o seu nome? – perguntei.

- Me leva sexta-feira pra suíte presidencial que eu te falo meu nome. Vai ter que registrar lá no hotel, não vai? Então, tu vai ficar sabendo de qualquer jeito.

- Hmm, tudo bem, vamos fazer do seu jeito.

- Vamo, tio, é claro que vamo. Tem que ser sempre do meu jeito. – debochou. – É por isso que eu gosto tanto de tu, tá vendo? Tu me enche de moral, é disso que eu gosto. Hehehehehee! Te vejo na sexta, coroa. Tamo junto!

Eu nunca pensei em pagar por sexo na minha vida, principalmente sexo com outros homens. Sempre me senti muito bem estando casado com a minha mulher, por isso nunca achei necessário investir em qualquer tipo de putaria na rua, só que isso mudou drasticamente depois que conheci aquele macho vadio, rueiro, pipeiro e de bobeira na vida. Um garotão de dezoito anos, folgado, marrento, cujo chulé delicioso ainda estava presente nas minhas narinas, junto com o meião de futebol que eu fui cheirando até chegar em casa. Até entendo que eu poderia pagar por rapazes mais atraentes, gostosos e realmente profissionais, mas quem eu queria era tão somente o pivetão moreno, todo largado no jeito de andar e sem nenhuma pretensão de ser garoto de programa. Foi ele que eu sem querer joguei pra cima do carro quando nos conhecemos, mas que agora me servia seu leite extraído diretamente do saco, assim como cuecas usadas, roupas suadas e outros acessórios carregados de testosterona inflamada e explosiva. Foi esse malandro safado que deixou minha garganta com catarro de porra, meu carro com o cheiro forte de seu suor e a minha gaveta de cuecas tomada por sua fragrância única, entorpecente e tão instigante. Até seu chulé me deixava seduzido, com muito tesão nos mamilos e no cuzinho peludo, doido pra ser dominado feito fêmea e possuído de fora pra dentro por um abusado insistente e doutrinador feito aquele puto insolente de Bonsucesso. Ele sabia como brincar comigo em suas mãos, ao ponto de fazer eu me masturbar diversas vezes já na garagem de casa, por ser incapaz de chegar no banheiro sem render homenagens aos seus meiões, cuecas e ao pote vazio de leite.


 

CAPÍTULO 2: RONALD & SHEILA CAIÇARA

Minha atração pelo novinho atrevido apareceu de um jeito natural e muito inesperado, por isso nem pensei duas vezes na hora de me submeter à sua vontade petulante e truculenta, só aceitei todos os pedidos, abracei a rivalidade flamenguista e mergulhei de vez no meu lado submisso, transformando nosso caso acidental e financeiro em algo mais esporádico, rotineiro e quase que firme. Antes mesmo da sexta-feira chegar, passei outras vezes pela ruazinha das árvores em Bonsucesso, perto da linha do trem, porém não encontrei com meu abusado favorito nesses outros momentos. Na quinta-feira, um dia antes do dia que marcamos, avisei pra minha esposa que muito provavelmente passaria a noite de sexta pra sábado no hotel em Itaguaí devido à sobrecarga de afazeres e ela logo entendeu, sendo sempre bastante compreensiva com o meu lado profissional, porque me conhecia e sabia que era comum eu dormir no trabalho às vezes, pra ajustar umas coisas quando necessário. Meu hotel era referência na região, desde os tempos do meu avô, por isso era comum que eu passasse dias e noites resolvendo pendências em Itaguaí em vez de retornar pra casa. Assim, na sexta-feira eu me despedi da família de manhã cedo, saí de casa com a mochila já feita e fui direto pro trabalho, me programando pra resolver as demandas diárias cedo e ficar mais livre à noite. Admito que fiz as coisas com mais pressa do que o normal e isso chamou a atenção do meu funcionário mais fiel, que notou meu comportamento eufórico e fez questão de comentar.

- Que isso, chefe? Hoje tem Vascão?

- Não, pior que não tem, Gabriel. É só que... O afilhado de um senador importante deve aparecer aqui mais tarde e vai ficar até amanhã. Tô meio preocupado se tá tudo perfeito pra ele, porque o cara com certeza vai postar que tá hospedado aqui pros seguidores dele, entendeu?

- Pode deixar comigo que eu vou lá ver se a suíte presidencial tá nos trinques, chefia. Não demoro.

- Faz isso. Mais tarde eu mesmo também vou conferir se tá tudo nos conformes.

- Tranquilo. Já volto, chefe.

Minhas mentiras estavam ficando cada vez mais compulsórias, articuladas e complexas, confesso, mas era o único jeito de disfarçar pros meus funcionários a presença de um moleque folgado, marrento, vadio e saliente circulando pelos corredores do hotel sem pagar nada. Mesmo que ninguém ali fosse fofoqueiro, todo mundo sabia que eu era casado e que minha esposa às vezes aparecia pra ficar por dentro do que tava rolando, então procurei estar bastante precavido para que nenhum dos funcionários falasse da presença extrovertida e atraente do pivetão cruzando o saguão principal e se instalando numa das suítes presidenciais. Ninguém sabia da verdade, só eu e o...

- Ronald? – repeti comigo mesmo, parado no hall de entrada e observando o molecote chegando de mochila nas costas e a identidade na mão.

- Pode pá, coroa. Tu não me achou com cara de Ronald, não? RDzada, porra, sustenta! Hehehehehehe! – atrevido que só ele, o puto deu um tapa no meu ombro e mostrou o documento. – E aí, é hoje que eu broto da suíte presidencial mesmo ou tu tava só me gastando?

O jeito de falar, o comportamento abusado, folgado e marrento, o semblante de poucas ideias, apesar do sorriso fácil, todas as características exaltadas e marcantes me conquistaram fácil, mesmo com a cara de espanto dos meus funcionários ao me ver conversando com um flamenguista declarado.

- Não te dei a minha palavra, garoto? – lembrei. – Você vai ficar no meu melhor quarto, não se preocupa com isso.

- Porra, é assim que se fala, paizão! – sem medo, o malandro ainda jogou o braço por cima do meu ombro e me deu um beijo fraterno no pescoço, nem aí pra quem fosse ver nossa interação.

Pra me deixar numa situação ainda mais chamativa, Ronald fez questão de aparecer vestido com a camisa dez do Flamengo, além da calça de moletom, das sandálias slide nos pezões cobertos por meias e do bonezinho pra frente, meio que escondendo o rosto debochado e sorridente. Parecia até um MC de funk, um jogador de futebol chegando no aeroporto de mala pronta, todo tatuado, o cabelo descolorido e mascando um chiclete enquanto olhava na minha cara e esperava eu fazer seu check-in.

- Olha só, eu tô cumprindo com a minha palavra e preciso que você também cumpra com a sua, entendeu? Isso aqui não é só o meu trabalho, é a minha vida. Eu vivo por esse hotel, tudo que eu tenho vem dele. Fica dentro da suíte e não pisa na bolsa, escutou, Ronald?

Ao ouvir meu pedido, o sacana esticou os braços pro alto, olhou ao redor e começou a se despreguiçar, ficando na ponta dos dedões e levantando a parte baixa da camisa.

- Fica suave que não vai ter neurose nenhuma, velhote. Só brotei pra aproveitar o luxo, tô de boaça.

- Ótimo, então que continue assim.

Conforme ele se esticava, eu suava frio pra não manjar a genitália sobressaliente no moletom e os pentelhos curtos respirando o ar fresco do saguão. A boca encheu de água a partir daí, mas continuei firme pra não dar bandeira na frente da equipe de funcionários.

- Contanto que tu também cumpra o que prometeu.

- Prometi? Já não tô te trazendo aqui, garotão?

- Tá, pô. Mas eu disse que tu que vai me servir enquanto eu estiver hospedado aqui, tá lembrado? Tu disse que sim, coroa. Vai dar pra trás agora?

Aflito por alguém acabar escutando nosso papo, olhei em volta e por sorte não havia gente tão perto. Por conta do nervosismo, segurei Ronald pelo braço, ele encarou meu toque em seu corpo e não entendeu minha apreensão.

- Já pensou se alguém aqui começa a desconfiar de mim, seu moleque?! – sussurrei. – Fala baixo. Melhor, não fala nada dessas coisas enquanto a gente tiver fora do quarto.

- Ih, qual foi, velhote? Tilta não, pô, tá viajando? Solta, porra!

- Foi mal, tô meio preocupado.

- Já falei pra não tiltar que fica bem mais fácil pra tu.

Enquanto falávamos, eu terminei de preencher o cadastro do pivetão e reparei que ele tava sem o Rolex no pulso. Perguntei pelo relógio e, ao contrário do que imaginei, o safado até que se mostrou atencioso e detalhista.

- Tá maluco de alguém me ver com o teu Rolex no pulso, paizão? Surta não. – explicou. – Deixa que lá na suíte eu boto de novo, tem caô não.

- Ótimo. Então vamos.

- Terminou? Tá tudo certo, já posso pedir um espumante na hidro? Hehehehehe.

- Primeiro a gente sobe, depois faz isso. Vamo.

- Ô, ô, e isso daqui? – o pilantra apontou pras próprias costas, mostrou a mochila e aproveitou cada oportunidade de ser folgado às minhas custas. – Quem é que vai carregar minha mala?

- Seu moleque...

- Sssh. O hotel é teu e tu prometeu que ia me mimar, lembra? Hehehehehe. Bora, velhote, faz tua parte.

Mesmo um pouco puto pela ousadia dele, peguei a mochila pesada e o deixei confortável, só então fui andando até o elevador e o safado me acompanhou, andando ao meu lado, rindo à toa e achando graça de tudo. A mistura da raiva com a submissão intensificou ainda mais a excitação que eu sentia por dentro, principalmente depois de ver o macho flamenguista pisando com os pezões brutos no tapete persa do saguão e dos corredores do hotel. Isso pra não falar da euforia e também do receio agitando meu corpo, por medo de ser descoberto por algum funcionário, mas ao mesmo tempo curioso pelas coisas que o Ronald queria fazer entre quatro paredes. Desse jeito, envolvidos numa tensão do sexual com o desconhecido, chegamos no andar com os aposentos mais caros, paramos na porta e eu usei minhas impressões digitais para liberar a passagem.

- Puta que pariu, paizão! Sarneou muito, papo reto! Olha só o tamanho da moral que tu tá dando!? Anteontem eu tava soltando pipa na Leopoldo Bulhões, agora... – ele não se conteve com tudo que viu. – Caralho, eu tô no paraíso, sem neurose!

- Gostou? Fica à vontade, é tudo pra você.

- À vontade, é? – entre os risos, o abusado correu na direção da cama, arriscou um mortal e começou a fazer a maior bagunça no cenário que estava perfeitamente arrumado até então. – Hahahahaha, eu vou é me esbaldar nisso aqui, tem nem como!

- Hoje você é o meu hóspede VIP, garoto. Pode se sentir em casa e pedir o que quiser, qualquer coisa que tiver no menu.

- Papo reto? Olha que eu faço isso bem, ein? Hehehehehe! Vou pedir logo o prato mais caro no cardápio, tu tá ligado, coroa? – disse isso e manjou descaradamente o meu rabo. – Posso?

- Falei pra você ficar à vontade, não falei? Pede tudo, só não desperdiça comida.

- Minha mãe me ensinou a comer de tudo, paizão, pode ficar sossegado. Hehehehehe!

A cama onde ele tava jogado era enorme, feita sob medida para caber no espaço específico do quarto, com lençóis costurados à mão e as colchas bordadas em muitas estampas detalhadas, coloridas em tons amarelados e vinhos. As cortinas do quarto eram longas e em formato imperial, feitas em estilos grego, vitoriano e medieval, com lustre de vidro no teto, ar condicionado mantendo a temperatura amena e todo o ambiente à meia-luz. Confesso que não me programei para ficar o tempo todo na suíte presidencial fazendo companhia pro molecote, até porque isso definitivamente levantaria todos os tipos de suspeitas ao nosso respeito. Primeiro a equipe me viu sendo abraçado por um cliente flamenguista, depois carregando a bolsa dele, então o que pensariam se agora vissem o dono do hotel socado na suíte com o hóspede? Deixei a mochila na mesa, dei meia volta e me preparei pra sair do quarto.

- Ou, tá pensando que vai aonde? – o puto logo me chamou a atenção.

- Moleque, eu ainda tenho um monte de coisa pra terminar antes de tirar um tempo contigo. Deixa eu finalizar o trabalho e aí eu volto, tá certo?

- Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc. – fez o barulho de negação com a boca. – Negativo, pode vindo aqui me servir.

- Te servir?

- Com toda certeza, velhote. Me recebe, pô! Tô no teu trampo, no lugar que tu tanto cuida. Me recebe, cuida do teu moleque. Me mima. Não deu tua palavra de sujeito homem? Aproveita que eu tô aqui.

Fiquei sem reação, totalmente à mercê dos gostos e das vontades incabíveis do novinho marrento e mandão. Incabível porque eu não tinha como simplesmente abandonar a chefia da administração do hotel pra ficar ali com ele, mas era exatamente isso que meu corpo e a minha mente queriam naquele momento. Quando olhei praquele cafução todo jogado na cama, de pernas abertas e me chamando com o dedo, tive a confirmação de que estava completamente dominado e submisso antes mesmo da chegada à suíte presidencial.

- Vem cá. – falou olhando nos meus olhos. – Tira minha roupa, me deixa à vontade. Quero ficar peladão, coroa. Tem coragem ou vai ficar de historinha pra cima de mim?

- Aff, seu moleque! Você quer acabar comigo, é?

- Shhhhh... – levou o dedo à própria boca. – Só obedece o que teu sobrinho tá mandando, vai, tio? Meu corninho favorito. Hehehehehe! Vem cá, vem?

Vou ser sincero: não tentei resistir, nem mesmo um pouquinho. Assim que ele deu a ordem, meu físico se posicionou em sua direção automaticamente, as pernas saíram andando devagar e, quando vi, já estava parado de pé na frente de um molecote folgado, pidão e exigente. Ele de pernas abertas, eu entre elas e sem saber o que fazer, apesar de conhecer todas as minhas vontades com o pilantra.

- Vai mesmo me deixar peladão, coroa?

- Não foi o que você pediu? – achei graça. – Por onde eu começo?

- Começa tirando meu manto, vai? Mas ó... Lembra que é o escudo do Mengão nessa blusa, já é, meu corno? Hehehehehehe!

Debochou e caiu na risada como se fosse um molecão sem noção, aí levantou os braços e ficou me olhando, esperando pelos meus próximos movimentos. Meio apreensivo, porém bastante excitado, segurei a base da camisa vermelha e preta, comecei a suspendê-la e logo passei pela cabeça do marmanjo, deixando seu tórax tatuado e o peitoral estufado expostos. Só de moletom, Ronald pôs as duas mãos apoiadas pra trás na cama e continuou me encarando, agora sem blusa e ciente que meu próximo movimento seria remover sua calça. Desci o corpo entre suas coxas bem lentamente, sem desfazer nosso contato visual, até que o malandro chegou pra frente, dominou meu queixo e puxou meu rosto diretamente na direção de uma axila peluda, mantendo meu nariz preso aos pentelhos úmidos e cheirosos debaixo do braço.

- Dá um cheiro no meu sovaco, vai? Vê se eu tô cheirosinho pras mulé, do jeito que tu gosta. Isso, puto, brinca comigo.

- Sssss, seu garoto cheio de marra!

- Marrento, mas tu se amarra, né? Hehehehehe! Dá um cheiro forte nesse suvacão, dá? Isso, meu viado, assim mesmo, hmmfff! Cheira teu molecão, cheira?

- Você sabe como me deixar controlado, seu insolente.

- Tô pinta, num tô? Pai veio trajado, velhote! Cheira firme, cheira? Bota a língua pra fora pra sentir o gosto do teu moleque, vai? Tô ligado que tu gosta, tenho que te dar essa moral também.

- Aff, você que é um puto, garoto! Eu tenho que trabalhar e olha só o que você tá fazendo comigo, seu abusado? – tentei responder, mas ao mesmo tempo me deixei ser conduzido e usado do jeito mais delicioso possível, enchendo minha boca com gosto de suor, Malbec e Rexona misturados.

- Vai dizer que tu não curte o cheiro do teu macho, meu viado? Hehehehehe! Hmmmfff, isso, coroa safado. Tu se amarra, né? Tira minha meia então, vai?

Abaixado entre as pernas do marmanjo, parei de lamber a fragrância masculina dos sovacos pentelhudos e fui com as mãos em direção aos pés, mas o folgado dominou minha nuca e me fez descer com o rosto diretamente em suas meias, ainda mexeu com os dedos do pé nos meus lábios. O cheiro quente e entorpecente dos feromônios amorteceram minhas narinas, senti um prazer imenso se espalhando em meu corpo e acabei assinando o contrato final de submissão com Ronald, um flamenguista mais do que marrento e dominador. Ciente da minha decisão, o pipeiro insistiu com os dedos em meus lábios, eu cedi e abri a boca, permitindo que o tempero salgado e mundano de um pivetão rueiro dominasse meu paladar quente e tomasse conta da minha língua.

- Hmmmsss, papo reto que tu curte até chulezada do teu macho, é, corninho? Fffff, que delícia! Nunca nenhuma mina pediu pra fazer isso comigo, tá ligado? Primeira vez, tô achando do caralho! Hehehehehe! Relaxa teu homem, vai?

- Ghhmmmffff! – de boca lotada, eu mal conseguia responde-lo, até porque nem precisava, pois minha forma de demonstrar o máximo de devoção e de tesão era sugando e inalando sua testosterona exaltada.

- Boca quente, gostosa, viado! Ffffff, tu curte suor de flamenguista, né? E olha que ainda fez aquele charminho pra comer meu mingau, heheehehhe! Sabe o que tu vai fazer? Tira minha meia e língua meus dedos, vai? Mostra que tá mesmo a fim de me obedecer, paizão.

Nem perdi tempo, usei as mãos e libertei de vez as duas pranchas que o sacana chamava de pés. As bases do corpo eram grandes e rústicas, com alguns poucos pelos na parte de cima e também sobre os dedos, sendo o dedão o maior deles, cabeçudo e feito em traços bruscos, exagerados. A pele tão parda quanto o restante do corpo, a sola quente, massuda e mais clara, tudo isso umedecendo minha boca. Sem tirar meus olhos dele, pus os dedos na língua, fui chupando o restante e logo me vi com metade do pezão socado todo na goela, os beiços arregaçados e um garotão orgulhoso e sorridente brincando de prender minha língua nos espaços salgados entre seus dedos.

- Ffffff, minha putinha submissa! Dá gosto de ver essa fome, ó só? – acarinhou meu cabelo, forçou minha nuca e socou mais pé no fundo da garganta, fazendo questão de esfregar a sola ao longo da minha língua. – Passa vontade não, mata tua sede no suor do meu pezão, vai? Hmmmmsss! Quem diria que ver um corninho rico engolindo a cabeça do meu dedão daria tanto tesão, mmffffff!

Comecei a suar, fiquei muito excitado e meu rabo pegou fogo, dando muitas piscadas que se transformaram em pulsadas fortes no meu caralho, que logo subiu na calça.

- Aff, é sério que nunca nenhuma mina caiu de boca nesses seus pés assim?

- Nunca, velhote. Essas mina de hoje em dia tudo tem nojinho. Até pra mamada eu não posso tá pentelhudo. Suor, pé, nada disso é com elas. Tu é a primeira pessoa que eu conheço que curte essas paradas.

- Que injusto! Eu pagaria caro por esse suor delicioso, seu moleque folgado. Hmmmmfff! – voltei a mamar nas solas e ele ficou mexendo os dedos de prazer.

- Sssss, isso, meu putinho! Corninho submisso, me deixa à vontade, vai? Fffff, caralho!

Meu coração também disparou de nervoso, olhei a aliança no dedo e ela pareceu estar queimando na pele, evidenciando o quão fora da realidade eu estava. Ajoelhado no colo de um novinho de dezoito anos que tinha a idade pra ser meu filho mais velho, com metade do pé descalço dele enfiado até o fundo da boca e permitindo que ele me dominasse e usasse minha língua como lixa para as plantas dos pezões escuros, indo e vindo na minha boca. Meu rosto ficou todo suado, a pele do moleque toda babada e ele rindo à toa.

- Sssss, vem cá. Agora tinha minha calça, vai? – deu a ordem e não escondeu o volume de rola deformando o moletom. – Deixa teu flamenguista favorito peladão, que eu tô doido pra ficar à vontade. Chega de roupa.

- Hmmm, seu safado. Você é naturista, é?

- Naturista? Que porra é essa?

- Ah, aquele pessoal que gosta de ficar à vontade na natureza, sabe? Tem até algumas praias de nudismo, nunca ouviu falar?

- Tô ligado. É, pode ser. Agora para de enrolar e tira logo tudo, vai? – ele pareceu apressado pra querer que eu o visse nu. – Quero que tu me relaxe, paizão.

Sem perder mais tempo, arranquei o moletom do pivete com as mãos e ele ficou só de cueca boxer branca, me deixando abismado com a quantidade de carne e de massa recheando a roupa íntima. Parecia um braço, uma possível terceira perna escondida entre os panos e costuras, que por sua vez resistiam ao peso exacerbado da genitália e a mantinham toda acumulada em si mesma, criando um montante de rolão fazendo a curva pro lado na cueca. Devido ao seu estado de excitação, dava pra ver até a uretra vertiginosa e toda marcada no tecido, tão pesada e desenhada que o sistema de pica pesava e tornava a boxer insustentável, bem preenchida e em alto e vivo relevo. Toda essa montanha crescente encheu a boca de água e tonteou minha mente, me causando uma sensação de saciedade visual que nem sei descrever. Num impulso automático, pus os dedos nas alças da estampa da cueca e me preparei para removê-la, entrando em contato com a pele do ventre truculento e recheado do malandro. No instante exato que me preparei pra fazer isso, ele ficou de pé, pôs os braços em meus ombros e depois segurou meu rosto com uma mão em meu queixo, virando minha cabeça de lado pra falar no meu ouvido.

- Quem disse que tu podia tirar minha cueca, paizão?

- Você mandou eu tirar sua roupa, só tô cumprindo a ordem.

- Então o que eu falar, tu vai cumprir, é? Qualquer coisa que eu mandar, é assim que funciona?

- Não é? Pensei que fosse.

- Bom saber que tu tá pensando assim.

Hesitei por alguns instantes, ele percebeu e cheirou a região do meu ombro, depois deu uma lambida massiva e quente no meu cangote e me causou um arrepio que percorreu dos pés à cabeça. Minhas pernas tremeram, achei que fosse ceder de nervoso e de tesão, mas Ronald impediu que isso acontecesse quando deslizou as mãos dos meus ombros pro meu pescoço, me agarrando sem necessariamente forçar, mas fazendo questão de mostrar seu domínio nato e bem explícito sobre mim. Devagar, o pivete corpulento me desceu diante de seu corpo e não desfez o contato visual, me observando abaixar na sua frente. Fiquei com o rosto diante da protuberância pesada na cueca do macho, senti o cheiro quente de intimidade e cheguei a lamber os beiços, tão bem servido visualmente. Até a textura do volume descomunal de pica escondida na cueca deu pra sentir de longe, acho que por conta das colinas de rola, das veias destacadas no pano, da uretra bem desenvolvida nas costuras e também do trilho de pentelhos curtos descendo pelo umbigo do safado. Com os dedos nas alças da estampa, me preparei para deixa-lo nu, olhei uma última vez em seus olhos famintos de curiosidade e não me contive, puxei a roupa íntima pra baixo, no sentido dos joelhos, e em seguida manjei aquela parte do corpo que era seu instrumento de prazer.

- Puta que me pariu, Ronald! Tá de brincadeira comigo?!

- Curtiu? Hehehehehehe! Me amarro nessa reação quando mostro a piroca, ó só como é que eu fico animado? – saliente, ele remexeu a cintura bruta e fez o tronco empesteado de veias inchadas sacudir de um lado pro outro do ventre, ricocheteando nas coxas. – Gostou, né? Tira nem o olho, a lá! Hahahaha!

- Porra, pelo visto você com certeza tá acostumado com as moças reagindo desse jeito, porque não é possível! – demonstrei o quão aterrorizado fiquei com as dimensões da caceta do novinho. – Aquelas garotas lá de Bonsucesso tinham razão, olha só pro tamanho dessa clava!? Puta merda, cara!

- Gostou do picão do teu sobrinho, tio? Heheheheehhe, maior pirocão que eu tenho, fala tu? Dei o papo reto naquela novinha, mas ela nem aí pra mim. Agora tu tá vendo como eu sou um sujeito homem, não dou papo torto. Comigo é sem neurose, né não?

- É, é, com certeza! Sem neurose nenhuma, olha só pro tamanho desse papo reto!? Que isso! – eu não sabia o que dizer e nem como reagir, senão com muita curiosidade e empolgação. – Te digo com toda a certeza que nunca vi um pau tão grande quanto esse seu, moleque! Deve ter quanto de tamanho, já mediu alguma vez?

- 22 centímetros, velhote. Acha que tu se garante na mamada?

- Cacete! Eu nunca nem botei uma rola na boca, garotão. Como é que já dou conta de um trabuco que é maior do que uma régua, me explica?! Tem como não, impossível!

- Hahahahaahah, para de draminha, coroa. Até parece que é impossível.

- Porra, e não é?! Olha só o peso disso!? O tamanho da cabeça, parece até um morangão, Ronald!

- Para de show, seu corno! Hehehehehehe! Morangão, essa foi boa. – ele se fartou de rir das minhas reações de espanto ao tamanho descompensado e não projetado da caceta.

Aquela piroca parecia um tubo de desodorante, e olha que ainda tava no estado de meia-bomba, numa dimensão aparentemente acima do normal e do aceitável pra uma rola mole. Era fruto de uma geração que facilmente deixaria a anterior com inveja, já que a pistola de um pivetão de dezoito anos era maior, mais grossa e bem mais desenvolvida que a de muitos machos pais de família e donos de casa. Eu mesmo não tinha neuras com o tamanho do meu pau, porque se tivesse, com certeza teria me sentido oprimido por um fedelho com idade pra ser meu filho mais velho, mas com uma senhora lapa de pica facilmente maior do que vinte centímetros entre as pernas. Maior do que uma régua comum, cabeçuda e com as bordas rústicas da glande inchada bem separadas e destacadas do restante do corpo da rola, com direito as glândulas suculentas liberando cheiro quente do tempero de macho e enchendo minha boca d’água. O que mais me deixou excitado e com sede foi o espaço carnudo que o prepúcio cobria naturalmente, mas que acabava aparecendo quando o caralho entrava em ponto de bala e o couro massudo recuava pra liberar o tamanho máximo da carne de linguiça toscana que o molecote tinha coragem de chamar de pênis. Tudo mais escuro do que sua pele parda, o porrete em tons de chocolate e a ponta do cabeçote aparecendo, indicando que a cabeça do cogumelo era avermelhada, por isso a impressão do morangão enorme. Veias do começo ao fim, uma espessura grotesca da ferramenta, um sacão de touro e com bolas bem consolidadas abaixo, só deixando a desejar nos pentelhos mantidos aparados, não muito grandes.

- Qual foi? Tá sem palavras, é, titio? Hehehehehehe!

- Sendo sincero? De verdade, eu não sei nem o que dizer! Parece até piada.

- Né piada não, é papo reto, pô! Hahahahaha! Qual vai ser, pega ali o roupão pra me deixar completo, vai?

Ele deu a ordem, eu fui até o armário da suíte presidencial e tirei o roupão felpudo e branco pra vestir no flamenguista nu. Encaixei um braço dele de cada vez na roupa, acertei a parte da frente e ainda fiz questão de completar seu visual com um charuto cubano que tirei do bolso.

- Porra, assim tu me bota no auge, coroa! Sarneou, papo reto.

Puxando a fumaça, nu, enrolado no roupão e se olhando no espelho, o Ronald parecia até um rei, um imperador todo tatuado e bem à vontade na roupa aconchegante. Ficou a cara do malandro mafioso, canalha e meio cínico, daqueles golpes que a gente sabe que são emboscadas, mas que dão a maior vontade de cair. Todo relaxado e sorridente, eis que ele sentou na cadeira da mesa, ajeitou as mangas do roupão e começou a folhear o menu de um dos restaurantes do hotel. Demorou poucos minutos lendo alguns nomes, parou na parte de entradas e apontou em dois itens diferentes.

- Se liga, vou querer essa parada aqui, ó. Tal de ceviche de robalo e essa salada niçu... Ni-çu-

- Niçoise. – completei. – Salada niçoise.

- Isso, isso, tu já tá ligado. Pode mandar as duas e o espumante mais caro, tamo junto?

- Pera, mas aí você tá pedindo duas entradas. Esses dois pratos têm a mesma função, que é a de abrir a refeição principal. Eles são leves, não são pra te encher, então é melhor pedir só um.

Mas muito mandão e metido a sabichão, o cafuçu alisou meu rosto, deu um tapinha pra me provocar e respondeu de um jeito debochado e petulante, como sempre.

- Só traz o que eu mandei, morô? Qualquer coisa, peço mais depois. Hoje tá tudo na tua conta, não tá? Então, pô, hehehehehe! Agora vai lá que eu tô morrendo de fome, velhote. Manda fazer meu rango com carinho e dedicação, já é?

- Tá, tudo bem. Mas lembra da sua palavra, tá? Nada de sair dessa suíte pra nada, certo?

- Deixa comigo. Enquanto tu tiver fazendo minhas vontades e me mimando, não saio daqui pra nada.

Relembrado nosso acordo, eu dei meia volta, me preparei pra sair do quarto e o flamenguista marrento atirou a meia usada na minha direção.

- Pra que isso?

- Duvido tu enfiar isso na cara e ir até lá na cozinha sentindo meu cheiro, paizão. Tem coragem?

- Porra, mas aí você quer acabar comigo na frente dos meus funcionários, né, garoto? O que eles iam pensar de mim se vissem isso? Ainda mais que à essa altura já devem ter dado minha falta, então seria um passo pra começarem a desconfiar de você. Tá doido?

- Ué, tu não disse que ia fazer tudo que eu mandasse? Pensei que se amarrava em sentir meu cheiro.

- Eu gosto, você sabe bem disso. Mas tudo tem sua hora, concorda?

Falei sério, porque aquela era aparentemente a primeira experiência do Ronald com outro cara, então ele até podia me dominar, mas eu, estando no meu local de trabalho e correndo muito mais riscos do que ele, tinha que demarcar o território das nossas putarias e dominações sexuais. Era só até ali que eu poderia ir para não prejudicar minha imagem diante dos funcionários, por isso guardei a meia do safado no bolso da calça, fui até à porta e dei o recado.

- Já volto com a sua janta.

- Já é, meu puto. Tô esperando.

Assim que saí do andar das suítes de luxo do hotel e entrei no elevador principal, ignorei totalmente as câmeras, fechei a mão e levei até o nariz, disfarçando ao máximo pra sentir a fragrância e o tempero masculinos que o cafução flamenguista e abusado deixou impregnar na meia usada. Quanto mais fundo eu ia com o Ronald, mais conhecia e descobria a mim mesmo, por isso não consegui simplesmente dizer não à minha vontade de servi-lo, de vê-lo satisfeito e saciado em seus desejos e tesões de pivetão pipeiro e criado no asfalto quente da rua. Saí do elevador, fui direto pro restaurante escolhido pelo molecote e mostrei os pedidos à cheff da noite. Nesse meio tempo, pedi que meu melhor funcionário, o Gabriel, levasse espumante no balde de gelo pra suíte presidencial, que foi o que ele fez muito prontamente. Cerca de onze minutos depois de todo esse preparo e arranjo, lá estava eu voltando com o carrinho de refeições preparadas ao gosto do hóspede mais gostoso que já tive naquele andar. Abri a porta com as digitais, entrei com a comida e não encontrei o pilantra.

- Ronald?! – chamei, mas nenhum sinal dele. – Aff, eu sabia que isso ia acontecer!

Com medo de que o puto tivesse saído e a gente pudesse ser descoberto, corri na direção interna da suíte e comecei a ouvir um barulho atípico vindo do banheiro. Quando abri a porta do cômodo, o funk explícito tomou conta dos meus ouvidos e a cena foi de um marmanjo todo tatuado tomando espumante na hidromassagem, envolto às bolhas e aos sais de banho dissolvidos na água. Sobrancelha com dois talhos riscados, o corpo pardo tomado de figuras, frases e símbolos rabiscados, o cabelo, o bigodinho e a barbicha descoloridos e a boca se mexendo pra cantar o ritmo do funk explosivo na caixa de som do tamanho de um boom.

- Ele é novinho. Ele é novinho. Ele é novinho e já tem um pirocão!

Por um lado, fiquei tranquilo dele não ter ido longe. Por outro, achei que a música chamaria atenção, porém confesso que nem me importei tanto com isso, até porque, o malandro tava bem ali, tranquilo e à vontade na hidromassagem, relaxando bem diante dos meus olhos.

- Fui ficar com a novinha, ela duvidou de mim. Falou que eu era fraco, mas eu falei assim. Bora marcar um baratino, o destino é seu colchão. Ela ficou surpresa quando eu abaixei o calção. Ah, meu Deus, que pau enorme! Ele é novinho e já tem um pirocão! – vendo minha chegada inesperada e também a cara de incrédulo que fiquei, o cafução simplesmente ficou de pé na hidro, riu e sacudiu a cintura na última parte da música, ciente de que o tamanho da sua peça era o que dava sentido aos versos cantados pelo MC.

- Sua comida já chegou.

- Ih, já trouxe meu rango? Vou sair, pera aí

- Trouxe. E fiz questão de adicionar um item especial.

Mal disse isso e o abusado logo me olhou, fazendo o semblante de desconfiado e se enrolando de volta no roupão branco.

- O que tu aprontou, titio?

- Tá tudo tampado, então vou deixar você mesmo descobrir.

- Hmmm, tá querendo surpreender o teu sobrinho, né, meu viado? Então tá, quero ser surpreendido. Hehehehehe! – esfregou as mãos, se preparou pro banquete e veio pro meu lado checar as refeições.

Quando levantou a primeira bandeja e viu o tamanho da lagosta grelhada e bem servida que pedi à cheff, o garotão não escondeu a empolgação e praticamente pulou nos meus ombros, visivelmente animado e eufórico pelo que iria comer. Pra ser sincero, ele quase nem se admirou tanto pelas entradas que pediu, apesar de ter sentado pra comer tudo.

- Caralho, tio, hoje tu só sarneou comigo, papo reto! Tô te devendo pra caralho, isso sim. Me deu conforto, me deu dinheiro, comida, mó mordomia, ainda tá me servindo. Falta só o que, eu comer o teu brioco, né? Fala tu? Hehehehehhe! – ele enchia a boca de comida e se perdia entre rir, beber espumante e bater papo, fazendo questão que eu o visse dando conta de todo o banquete servido. – Não, mas papo reto mesmo, sem zoação. Fortaleceu, viado. Maior moral mesmo, sem neurose! Ninguém nunca fez nada disso por mim, só tem vacilão por aí.

- Não precisa me agradecer, moleque. Já falei que eu tenho condição pra tá fazendo tudo isso, não já? Então, só aproveita e fica à vontade, que não tem tempo ruim.

- Porra, velhote, agora que tu falou em tempo ruim, sabe qual ia ser a parada mais braba pra completar essa suíte?

- Hmm, você quer dizer que falta alguma coisa na suíte presidencial do meu hotel cinco estrelas? – provoquei. – Então tá, tô até curioso pra saber o que é.

- Pô, falar sem neurose pra tu? – botou a mão esticada do lado da boca na hora de falar, querendo me convencer da próxima vontade extravagante surgindo. – Falta é um narguilezão boladão, tá ligado? Pra eu, como? Torrar o skunk do bom que eu trouxe, pegou a visão?

Explicou o desejo, botou a mão no bolso do roupão e tirou vários pedaços esverdeados de algo fumável.

- E eu lá sei aonde vende isso por aqui, garoto?

- Tu pode não saber, mas aquele teu funcionário com certeza tá por dentro da parada.

- Meu funcionário? Qual deles?

- O que tem uma tatuagem de maconha no pulso. O branquinho, do cabelo curto e meio ruivo.

- O Gabriel tem uma tatuagem de maconha? – pensei comigo mesmo, meio desconfiado do contato entre eles. – Aliás, o Gabriel teve aqui no seu quarto?

- Claro que teve, porra! Tá ficando noiado, é? Foi ele que trouxe o espumante, paizão. Eu, ein.

- Claro, claro. Aff, tô é ficando confuso com esses seus pedidos, isso sim. Tá, deixa eu ver se entendi. – tentei elaborar verbalmente. – Você quer um narguilé pra fumar skunk numa das minhas suítes presidenciais, é isso? Quer usar droga ilícita dentro do meu hotel de cinco estrelas, é isso mesmo, Ronald?

Antes da resposta, vi o riso de petulância, arrogância, mas também de indignação brotando na face taxativa do novinho flamenguista.

- Vem cá, por acaso tu tá pensando que ninguém nunca usou droga por aqui só porque é geral riquinho, seu corno? Hehehehehehe! Tá achando mesmo que os ricaço não usam droga, não cheiram um quilo de maisena?! Milionário só não cheira farinha porque tem que usar pra fazer farofa, coroa, acorda pra vida, porra! Bota tuas ideias no lugar. – falou meio puto, fez uma arma com a mão e apontou diretamente na minha cabeça, não querendo ser contrariado em seu pedido e nem na própria ideia. – Tu não falou pros outros que eu sou afilhado de senador? Então, pô. Diz que eu sou afilhado do Aécio e que agora tô em outra parada, se ligou? Tô querendo fumar um natural, tem erro não! Heheheheheeheh! Ou então dá o papo que eu sou parente do Gabeira, pronto. Só me arranja o narguilé, paizão, eu tenho que gastar onda nesse castelo que tu me ofereceu, não tem como.

Paralisei. Se antes meu nervoso foi por simplesmente ter pisado no freio e dado meia volta com o carro pra rever o pipeiro que quase atropelei em Bonsucesso, agora a sensação de tesão e de adrenalina eram por conta da minha decisão de tê-lo levado não só pro meu local de trabalho, como também pro hotel onde todos os funcionários me conheciam e conheciam minha família, incluindo esposa e filhas. Uma pessoa que não curte dominação jamais vai entender o porquê de eu continuar me submetendo aos desejos impávidos de um completo desconhecido com quem trombei num dia totalmente aleatório. Quem é submisso só se contenta quando vê o macho dominador trabalhado nos três S da submissão: satisfeito, saciado e sorridente. Leve, acima de tudo, rindo à toa e orgulhoso pela minha serventia prestada ao seu bel prazer. De tanto eu pensar e demorar na resposta, o pivetão me encarou e fez a chantagem.

- Ou é isso ou eu vou ter que gastar a minha ondinha fora desse quarto, coroa. Quero te enganar não, tô logo avisando.

- Tá bom. – cheguei a tremer das pernas, mas meu corpo já estava totalmente adestrado em cumprir as ordens e saciar o ego faminto do Ronald. – Eu vou lá falar com o Gabriel e peço pra ele procurar esse tal narguilé numa tabacaria que tem lá embaixo. Se tiver, você fica tranquilo que vai dar pra fumar sua maconha sem ninguém te fazer mal. Prometo. É isso que você quer?

- É, paizão. Só quero teu patrocínio, pô, ainda bem que tu me entende quando eu abro o jogo. Tá pronto pra me dar essa condição toda?

- Tô. – falei decidido. – Vou lá adiantar isso.

- Suave. Vou terminar de comer e voltar pra hidro. Quero fumar lá mesmo, já é?

- Tudo bem, só espera o Gabriel sair do quarto antes de começar a fumar, pode ser?

- Tranquilidade. Mas já te aviso que se bobear esse viado fuma mais maconha que eu, tá? Hheheehehehe! E ó, manda ele comprar as paradas também. Carvão, papel alumínio...

- Tá, vou providenciar tudo, relaxa.

- Eu tô tranquilão, pô. De patrão. Confio no meu tio. Hehehehehehe!

Saí do quarto apressado, voltei pro elevador e fui pensando no discurso que faria pro meu melhor funcionário. Confesso que decidi apelar e fiz do jeito mais óbvio que poderia fazer, sendo dono daquele hotel e patrão do Gabriel.

- Preciso de um favorzão seu.

- Só pedir, chefe.

- Quero que você vá lá na tabacaria e compre um desses... – até olhei pro lado antes de falar. – Um desses narguilés, sabe? Pro afilhado do senador que tá lá na suíte presidencial. Ele falou que é afilhado do Gabeira, tá entendendo o meu recado?

Desconfiado e fazendo uma cara de detetive, o Gabriel apoiou o cotovelo em cima da mão, tocou no queixo com a outra, franziu a testa e ficou me observando, querendo entender o meu recado.

- Entendeu ou não entendeu?

- Eu entendi, chefe, mas tô querendo entender porque o senhor tá falando assim tão baixo.

- Porra, então você não entendeu, Gabriel! Se tivesse entendido, ia saber porque que eu tenho que falar baixo pra te explicar um pedido desses, né? Ora, bolas.

- Foi mal, chefe, é que... Ele só quer um narguilé, é isso?

- Só. Com carvão e papel alumínio, pra poder... Você sabe... Vai fumar lá em cima.

- Hmmm... Tá. E ele tem tabaco orgânico lá ou precisa comprar também?

Só nesse momento eu entendi o sentido que meu funcionário tanto procurava na conversa que estávamos tendo.

- T-Tem, ele tem tabaco sim. – menti. – Não precisa se preocupar.

- Tá certo.

Após o combinado, fui pro balcão do hall de entrada e fiquei alguns poucos segundos pensando no que aconteceria a seguir. Quando dei por mim, o Gabriel tava do meu lado e mantendo a cara de pensativo.

- Ah, meu Deus, o que é que foi agora?! – perguntei, meio nervoso.

- O senhor sabe que dá pra fumar várias coisas diferentes no narguilé, né, chefe?

Fiquei sem resposta, porque admito que não tinha a menor noção dessas coisas. Minha hesitação fez o sabichão falar ainda mais, me colocando numa posição de ignorante.

- Quer dizer, não é só maconha que se fuma num narguilé, se é com isso que o senhor tá preocupado.

- Você tá achando que eu sou burro, Gabriel!? – apontei na direção da saída. – Vai logo lá comprar o que eu te pedi e para de tentar me enrolar, tá? Anda, vai!

- Tá bom, tá bom, não precisa ficar puto!

Depois que ele saiu, aí sim fiquei aparentemente sozinho na recepção, distante alguns metros dos outros funcionários e com espaço suficiente para pensar sobre os limites que extrapolei ao convidar um flamenguista folgado e marrento pra uma das suítes presidenciais do meu hotel. Posso estar sendo chato por ficar remoendo essas ideias a todo momento, mas é que existia realmente um medo constante de que, no menor indício, alguém pudesse descobrir a natureza da minha relação com o pivete e colocar em risco a estabilidade da minha família. E o foda é que, sendo submisso, quanto mais alto o Ronald pedia, mais alto eu apostava e mais orgulhoso me sentia em satisfazer suas vontades, por isso não conseguia dizer não e simplesmente ver o moleque insaciado, querendo relaxar e não conseguindo. O que aquele cafução abusado e insolente poderia pedir que eu não era capaz de dar? Enquanto o Gabriel saiu, aproveitei pra focar um pouco nas tarefas pendentes da administração e me distraí no tempo passando. Depois que meu funcionário retornou com o narguilé e subiu para entregar ao pivetão, contei cerca de quinze minutos e só então fui até o andar das suítes presidenciais para ver como ele estava. Mal pus as digitais na porta e entrei, já senti o cheiro forte da maconha exalando firme dentro do quarto, com a fumaça densa sendo minimamente dissipada pelos meus movimentos de chegada no recinto. Da entrada mesmo avistei o flamenguista largado na cama totalmente pelado, coberto apenas pelo roupão e com a mangueira do narguilé na boca.

- Eita, porra! Isso sim que é ficar relaxado, ein, moleque? – cheguei do lado dele e achei graça da cena, devo dizer. – Tá bem?

- Porra, tô é bem pra caralho, tô legalzão. Ó só.

Fez bico, ajeitou a língua na boca e começou a soltar fumaça em formato de círculos perfeitos, de um jeito que eu só tinha visto em filmes e vídeos até então. O que mais me chamou atenção não foi seu nível de ousadia em realmente fumar skunk na suíte presidencial, mas sim a vermelhidão nos olhos caídos e secos. E enquanto observava seu olhar, notei a mão do Ronald procurando pela bengala no meio do roupão, até que achou e o formato inchado e exagerado da peça se fez desenhado no tecido, evidenciando a pré-ereção do safado.

- Coé, tu veio pra ficar aqui comigo?

- Ainda não dá. Tenho que terminar umas coisas que ficaram em aberto e o Gabriel já me salvou muito por hoje. Você entende, né?

- Tô ligado. Entendo. – ele fez que sim com a cabeça e soltou mais fumaça, coçando um dos sovacos em seguida, como quem estivesse muito à vontade. – Sabe o que tu podia fazer então pra me salvar?

- Lá vem você com esses pedidos extravagantes, Ronald.

- É que eu fumo skunk e fico galudão, tá ligado? A parada era tu chamar uma puta pra mim, paizão. Pra eu dar aquela gozada e ficar leve, pegou a visão?

- Peraí. Depois de fumar maconha no meu hotel, você ainda quer que eu contrate uma garota de programa? Sério?

- Pode ser garota de programa também, eu chamo de puta.

- Aff, Ronald!

- Ué, foi tu quem deu a palavra de obediência, pô, só tô te lembrando. Eu não tô querendo apelar contigo, não, se ligou? Pra mim, o sujeito prova que é homem quando cumpre o que prometeu sem ninguém ter que ficar lembrando, tá ligadão, coroa? – fez a pausa, esperou e retomou o tom de chantagem emocional. – Tu não disse que ia ser a minha puta, o caralho?! Puta minha não fica dando pra trás na palavra comigo, não, porra! Puta minha só dá pra trás se for o cuzinho pra mim, tá entendendo? Pergunta lá pro Gabriel se ele não conhece uma vagabunda por aqui querendo ganhar dinheiro, vai? Dou a minha palavra que vai ser a última parada que vou te pedir hoje à noite, tem erro não.

- ... – não respondi, muito tentado por obedecer. – Você promete isso? Vai comer uma puta e vai dormir?

- Não vou dormir, ainda quero ver o Mengão entrando em campo no pay per view. Mas prometo que não te peço mais nada, se é isso que tu quer. – riu debochado e alisou meu rosto. – Titio.

- Ah, Jesus, onde eu tô com a cabeça pra mimar esse garoto? – desabafei comigo mesmo e isso o fez comemorar. – Tudo bem, deixa comigo. Mais uma moral na minha conta, nada de novo. Já tô no inferno, né?

- Assim que se fala, meu puto! Quando chegar a tua hora quero só ver se essa garganta vai aguentar, já é? Hehehehehehe!

- Seu cretino.

- Óóoó, fala direito com o teu macho, ein, meu viadinho. Quer que eu fique boladão, é? Como é que vou meter isso daqui na bucetinha da piranha se tu me deixar pistola? – fez a pergunta, puxou o roupão pro lado e revelou...

Mais de um palmo do calibre mais grosso, borrachudo, inchado e grandalhão que já vi diante dos olhos. A cabeçota do cogumelo parecia mesmo um morangão pulsante, avermelhado e grande, com a superfície lisa e brilhante, chegando a brilhar de tão perfeita. Naquele estado ereto, a uretra pareceu um tubo de sustentação da ferramenta, assim como o prepúcio ficou na iminência de recuar totalmente e liberar de vez o freio escuro, longo e gasto da caceta preta do novinho caralhudo. Isso inevitavelmente aconteceu, o couro espesso e escuro recuou e deu todo o espaço pro cabeçote inflamado e vermelho que era a glande avantajada do cafuçu marrento.

- Como é a música que você tava escutando, Ronald? Ele é novinho e já tem um pirocão? Puta que pariu!

- Behehehehehe! Pelo visto tu curte mesmo uma vara, né? Pode nunca ter mamado, que nem tu deu o papo, mas o gosto por macho tá pegando fogo dentro de tu, meu corninho. Vai lá chamar uma piranha pra eu comer o cuzinho dela na tua frente, vai? – fez o pedido e o pedregulho pulsou, quase trincando no auge da ereção potente. – Ffffff, tô quase babando aqui, paizão. Providencia isso pro teu sobrinho, vai? Sem neurose, vou arregaçar o cu de uma puta hoje, tu vai ver.

Maior do que uma régua, como já bem constatado, e com aquele tão suculento espaço carnudo que o prepúcio cobria naturalmente, entre a chapoca massuda e o recuo do resto da vara. Era o tamanho quase que máximo da bigorna, ao ponto dela trincar e deixar vazar um filetão grosso e meio esbranquiçado de gala cheirosa, quente e pegajosa. Tudo escuro, menos a chapeleta avermelhada e o pré-gozo branco, resultando num mastro muito acima da média e muito mais parecido com uma tromba do que com uma rola. Quase babei sobre as coxas do piranho, afinal de contas, ele bem gostava de me ver comendo seu instrumento com os olhos e me mantendo fielmente atento às pulsadas cavernosas do porrete.

- Vai lá, coroa, me adianta. Tô cheio de fome, pô! – ele me apressou. – Desenrola com o teu funcionário uma rabuda que tope trepar por grana, vai?

- Tá, tá, já escutei, deixa de ser abusado.

Virei de costas, me preparei pra sair do quarto e comecei a andar, mas quando cheguei na porta escutei o assobio e o corpo imediatamente parou de se mover.

- Coé, velhote?

Tornei a virar, olhei na direção da cama e me deleitei com a visão do Ronald de longe, todo largado no colchão, deitado apoiado com os cotovelos pra trás, o físico relaxado e a pistola envergada pra cima, apontando pro lustre de cristais no teto elevado da suíte presidencial. Em dois gestos carregados de tesão, eis que o piranho segurou a base do pé de pica, deu uma balançada e riu pra mim, mas um riso exagerado, provocativo e cheio de intenções. No exato momento em que deu essa sacudida na ferramenta, mais dois filetes encorpados e esbranquiçados despencaram do topo do cabeçote vermelho da peça, escorregando pela uretra cavernosa e caindo sobre os dedos grossos do molecote pipeiro. Quando percebeu o babão escorrendo por cima do dedão, o flamenguista ignorou minha presença e cometeu o mais suculento ato de amor que um homem pode ter a si mesmo: pegou o filetão de pré-gozo no dedo, levou à própria boca e esfregou na língua, fazendo tudo isso sem tirar os olhos de mim. Além de folgado, marrento e pidão, o pivete caralhudo ainda se mostrou um verdadeiro macho sedutor, muito ciente de que todos os seus movimentos me traziam uma forte sensação de excitação, por isso experimentou o sabor do suco do próprio saco e me deixou ver. Não só isso, o canalha chupou o dedo, espremeu a extensão da caceta preta até à ponta da cabeça e extraiu mais néctar de testosterona nos dedos, em seguida apontou pra mim e me instigou.

- Antes de tu ir chamar minha puta, dá só uma lambida nessa parada aqui pra tu sentir o gostinho. Vê se eu tô do jeito que tu gosta, meu puto. Vem cá.

- Sério, Ronald?

- Papo reto, pô. Sente só.

Andei devagar, cheguei na beira da cama e sentei na ponta, esticando o rosto na direção da lapa de mão que o moleque tinha. Diante da minha atitude devota, Ronald encostou os dedos em meus lábios, abriu um pouco a boca e lançou ambos no fundo da minha língua, inebriando todo o meu paladar com o sabor vicioso de suas intimidades. Além do gosto delicioso do babão do sacana, senti também a textura robusta dos dedos e não hesitei em chupa-los, fazendo o máximo pra absorver os feromônios presentes na pele salgada e quente do putão. Quanto mais o nosso contato evoluiu, mais meus mamilos endureceram na roupa, meu caralho cresceu, o cuzinho piscou e a pistola do malandro envergou, se tornando quase um berimbau trincado, grosso e todo torto.

- Sssss, safada! Gosta de ser mandado pelo teu novinho, né, meu corninho? Hehehehehe, eu me amarro em te dar ordem, tu não imagina. Chupa tudo, vai? Engole meus dedo, viado! Fffff, putinha!

Submisso, excitado e com muito tesão nas pregas, me deixei levar e permiti que o cafução brincasse de dedar minha goela, algo que ele fez como se quisesse me preparar para o tamanho do pirocão preto quando entrasse na garganta. Quando ameacei tossir, ele parou, me deu um tapinha no rosto e fez o pedido.

- Vai lá adiantar minha puta, vai? Mais tarde tenho um presentinho pra tu.

- Tudo bem. Não sai daqui, tá?

- Tamo fechado, velhote. Vai lá, se adianta.

Saí da suíte presidencial com um único pensamento na mente: uma vez no inferno, a gente abraça o capiroto. Se já havia passado dos limites quando sugeri comprar roupas usadas e suadas daquele moleque aleatório, agora não tinha mais volta nos caminhos que tomamos para a dominação e submissão. Enquanto descia pelo elevador, senti o celular vibrando no bolso da calça, peguei, desbloqueei a tela e vi as notificações no aplicativo de administração do hotel. Fui na caixa de mensagens e abri o comentário enviado ao vivo por uma hóspede que estava em outra suíte presidencial.

- Boa noite, será que teriam como consertar o controle da TV? Estamos tentando usar o YouTube, mas acho que tá quebrado. – pediu a moça.

- Agora mesmo! Estou providenciando. – respondi. – Peço perdão pelo inconveniente.

Desci apressado, encontrei Gabriel no balcão da portaria principal e o chamei num canto, ciente de como abordá-lo sem levantar suspeitas.

- Preciso de outro favorzão teu, meu querido.

- Mais um, né, chefe? É pro Ronald lá na suíte?

- É, mas... – me perdi. – Como você sabe o nome dele?

- Ué, por que eu não saberia? Tá no registro do hotel e o senhor mesmo chama ele assim. Não chama?

- Chamo? – apreensivo, admito que tinha esquecido totalmente desses detalhes. – Ah, claro, claro que chamo! É que... Normalmente chamam ele pelo apelido, até me esqueci do nome do moleque. Hahahahaha!

- Acontece, chefia. São tantas pessoas circulando por aqui, que a gente se perde. Eu mesmo já troquei várias coisas de lugar nos quartos. Uma vez pendurei a vitoriana vinho na suíte master, sem querer.

- É o que, Gabriel? – fiquei espantado com a revelação do meu funcionário. – Tá falando sério?

Assim que percebeu minha mudança repentina de tom, ele se deu conta do quão sincero foi e começou a gaguejar nas explicações.

- N-Não, chefe, eu... Eu quis dizer que já me perdi, mas, mas-

- Eu não acredito nisso, Gabriel. – fechei os olhos, suspirei profundamente e apertei as têmporas, tentando focar nas prioridades. – Existe alguma possibilidade de você ter, por exemplo, trocado os controles das TVs de lugar?

Só pelo silêncio criminoso, a resposta ficou evidente.

- Corre agora lá em cima e destroca a bagunça que você fez nos controles, porque tem uma hóspede na suíte presidencial reclamando no aplicativo, seu desatento!

- Putz! Agora mesmo, chefe! – ele não ficou nem um minuto na minha frente e saiu acelerado.

- Ou, ou, ou! – chamei. – Volta aqui, volta aqui.

- Pois não, chefia?

- Depois que você resolver essa bagunça, vai naquele nosso livro e pede um serviço pro Ronald.

Meu pedido arregalou os olhos do melhor funcionário do hotel, porque ele, mais do que ninguém, entendia o significado oculto nas minhas palavras.

- Aqueles serviços?

- Sim, Gabriel, aqueles serviços pro Ronald. Agora se adianta e vê se não deixa a moça esperando lá em cima!

- Tá certo, tá certo, chefe! – e saiu em passos largos outra vez, tentando não correr pelos corredores.

Aproveitei esse intervalo pra dar conta de outras solicitações e pedidos específicos dos hóspedes, fazendo de tudo pra finalmente poder ter meu tempo livre com o moleque folgado e abusado que tava desfrutando de uma das minhas suítes presidenciais. Cerca de quarenta minutos depois, eu estaria recebendo um monumento de mulher no tapete de entrada do hotel. De vestidinho vermelho empacotado em seu corpo, revelando tanto as coxas fartas quanto os seios volumosos, a silhueta esculpida e a traseira destoante, Sheila surgiu sobre saltos finos e longos, pouco maquiada, mas mesmo assim chamativa com o batonzão carmim nos lábios grossos. Os peitões quase pulando do decote inflamável, o sorriso inconfundível no rosto, com a bolsinha segurada numa das mãos e a outra mantendo o vestido justo nas pernocas. O cabelo era loiro bem claro, grande e batendo no rabo enorme, fazendo um atraente contraste com a pele morena da profissional. Assim que me viu, ela deu uma risadinha saliente e pôs o antebraço tatuado de lado, esperando até que eu fosse ao seu encontro e a recebesse com a cordialidade de sempre.

- Sheila Caiçara. Deslumbrante e felina como sempre, ein? – elogiei.

- Eu com as minhas manias e você com as suas, não é mesmo?

- Ah, eu não sou modesto. Você é a melhor que eu conheço e sabe disso.

- Sei, sei. É que eu gosto de ser bajulada, benzinho. Hihihihi!

- E aí, como tá a vida?

- Tudo indo, bem, e você?

- Tudo indo também, podemos dizer. E seu filho lá no Poção, tudo na mesma?

- Na mesma. Tá na igreja com o pai, mas não vim aqui pra falar disso, né?

- Claro que não. Vamos entrando.

Acompanhado da beldade, cruzamos a entrada sem fazer check-in, passamos pelo corredor lateral e tomamos o elevador até às suítes presidenciais do hotel, apenas nós dois, ganhando espaço e discrição para conversarmos mais à vontade.

- E hoje, qual é o prato da noite? – ela ajeitou os seios no vestido embalado à vácuo e me olhou, curiosa. – Deixa eu adivinhar, é mais um sertanejo que veio fazer show em Itaguaí. Acertei? Da última vez o Sem R-

- Não, pode esquecer. – cortei. – Passou longe.

- Então com certeza é ator gravando filme aqui perto. Ah, já sei! – Sheila ficou eufórica. – É aquele bofe casado que dizem que adora contratar acompanhante de luxo quando tá hospedado em hotel!? Ele tava filmando aqui na praia semana passada.

- Nem perto, garota.

- Sério? Hmmm, então só pode ser... Um jogador de futebol procurando aventura. É minha última tentativa, benzinho.

Mexi o rosto de um lado pro outro, negando e sorrindo ao mesmo tempo.

- Hoje eu vou te surpreender, posso? – provoquei.

- E você acha que consegue?

- Quer apostar comigo, moça?

- Claro, benzinho. – ela se debruçou em meus ombros, me deu um abraço e depois o cheiro no pescoço. – Se esse seu cara me derreter, fica tudo por minha conta hoje. Mas se ele for só mais um...

- Se ele for só mais um...?

- Aí você paga dobrado. Hihihihihih!

Ela falou de dinheiro pensando que eu ia desistir. Pra ser sincero, eu quis apostar independentemente do resultado, com o Ronald aguentando o tranco da safada ou não, então foi o que fiz e apostei. Em vez de apertar as mãos, Sheila deixou a marca do batom selada em meu pescoço como prova do pacto feito. Em seguida, a porta do elevador abriu e nós chegamos no vazio corredor das suítes presidenciais. Quando me preparei pra sair, a donzela decidiu se olhar no espelho e retocar o batom, querendo estar impecável para o programa.

- Tinha que fazer isso agora? – falei. – A porta do elevador vai fechar.

- Então segura pra mim, benzinho. – dengosa que só, a moça sabia bem como lidar comigo, me fazendo ceder às suas vontades. – Cê sabe que eu gosto de serviço bem feito, não sabe? Tenho que estar preparada, ainda mais com uma aposta alta dessas.

- Sei, sei.

Terminados os retoques, nos ajeitamos e paramos na porta da suíte onde deixei o flamenguista folgado e dotado fumando seu skunk da última vez. Pus as impressões digitais, destravei a tranca e entrei, sendo seguido por Sheila e sua fragrância doce de mel selvagem. Mal entrei e fechei a porta e a visão primordial foi dominada pelo macho deitado na cama, pelado, se masturbando e vendo pornô de sexo anal na enorme TV. Assim que nos viu, o pivete deu um pulo, ficou de pé, abriu o sorrisão sincero e nem fez questão de esconder a piroca latejando e pulsando sozinha, mirada pro teto do quarto.

- Misericórdia! – a profissional reagiu logo. – Esse garoto tem permissão pra andar com porte de arma assim!?

- Gostou? – perguntei. – Enorme, né?

- Porra, olha só pra isso! Esse menino deve ser capaz de dar prazer até pra uma égua, bem!

- Ou, ou, para de falar como se eu não estivesse aqui, morô? – o abusado não se deu por intimidado e impôs moral. – Por que tu não dá esse papo olhando pra minha cara, safada? Até porque, nós vai meter firme, tu já tá ligada, né?

- Vamos? Hmmm, e será que você dá conta de comer um mulherão desses, benzinho?

- Ué, não tá ligada no tamanho da minha vara, porra? – ele fez a pergunta, debochou e sacudiu a pilastra. – Vou fazer é um estrago no teu cuzinho, sua rabuda, isso sim!

- Quem disse que tamanho é tudo, moleque abusado? – Sheila engrossou o tom, mas fez isso de um jeito sexualmente desafiador, instigando o malandro ainda mais. – Tô começando a achar que cê tá merecendo uma aula de sentada pra aprender o que é meter, não acha, não, fedelho?

- E quem é que vai me dar essa aula, piranha? Tu?

- Se você tiver idade suficiente pra isso. – a moça debochou.

- Vou fazer 19, pô! Mas já tenho mais de 20cm de pica, será que tu se garante na tua experiência?

Quando ele perguntou isso, a profissional riu irônica, fechou os olhos e fez silêncio. Pôs as mãos pra trás, desceu o vestido e revelou o corpo escultural, com os seios perfeitamente redondos e feitos pelas mais experientes mãos da área cirúrgica. A bucetinha raspadinha, com várias tatuagens no ventre e a cintura fina, sinuosa em relação ao rabão pesado e tão redondo quanto os peitões. O pirocão do cafuçu chegou a dar uma pulada bruta, ele então se sentou na cama e, mandão, deu dois tapas na coxa.

- Senta aqui, senta, gostosa? Senta, que teu professor vai dar uma aula de piroca socada no olho do teu cu, vem? Depois vai ser só botadão de charuto na tua buceta, já sabe. Quem perdoa é Deus e minha piroca não é cristã.

Destemida, Sheila foi na direção do Ronald e eu quase derreti por dentro nesse momento, porque fui eu que dei todas as condições materiais e funcionais para que aquele encontro explosivo acontecesse. De um lado, um pivetão pipeiro que encontrei todo suado, ralado e folgado no meio das ruas de Bonsucesso, com dezoito anos de idade e morto de vontade de comer as bucetinhas do bairro, mas sem poder, porque as minas não davam condição pra ele. Do outro lado, a acompanhante de luxo mais competente, safada e atraente que já conheci em tantos anos administrando hotel. Sheila era a primeira na lista quando eu recebia algum ator, cantor ou jogador de futebol como hóspede, por isso tenho certeza que ela jamais esperou ser apresentada a um novinho marrento, abusado e ainda por cima flamenguista, com jeito de macho posturado e o vocabulário trabalhado na putaria fácil. Sexo anal acessível e mordomia era tudo que o Ronald merecia, por isso achei melhor dar privacidade aos dois e me preparei pra sair da suíte. Quando cheguei na porta, novamente ouvi aquele assobio que tinha o poder pra paralisar meu corpo, como sempre acabava acontecendo.

- Ou, ou, ou. Vai aonde, meu corninho? – a voz do marmanjo me repreendeu.

A loira corpuda até se admirou pela forma dele de falar comigo, mas eu a encarei, coloquei meu dedo na boca e pedi que ela nada comentasse.

- Preciso trabalhar, te falei. Se eu deixar na mão dos funcionários, a coisa desanda.

- Não vai nem ficar pra me ver fodendo essa safada, paizão? – fez a pergunta e lascou a mão no rabo da moça, enchendo a boca no seio empinado dela.

- Fica, benzinho. Sssss! Esse moleque é muito tarado mesmo, não é? – a própria profissional falou. – Ele tá aqui dedando o meu cuzinho, acredita? Hihihhihi! Hmmmfffff, tesão! Quem sabe a gente não pode se divertir a três?

          Achei graça daquela possibilidade, mas confesso que foi de ironia, porque nunca aquilo se passou pela minha mente.

          - Desculpa, gente. – mostrei a aliança no dedo. – Sou casado.

- Ah, corta essa! Até ela quer dar a bucetinha pra tu, velhote, tu não quer!?

- Só dou se ele quiser comer, ninguém vai obrigar. – ela riu.

- Obrigado, mas eu passo. – dei a resposta final e abri a porta pra sair.

- Então pelo menos fica no quarto. Eu sei que tu quer me ver fodendo essa gostosa, paizão, não adianta fingir que não.

O corpo parou de se mover nesse instante.

- Oh, não falei? Hahahahaha! Volta e fica de olho no que eu vou fazer com essa safada, vem, putinho? Bora, me faz perder tempo não. Tempo é dinheiro, né, piranha?

- Sempre, moleque. E aí, benzinho?

Respirei fundo, fechei a porta e esperei alguns segundos antes de retornar pra parte interna da suíte presidencial. Educado e comportado, sentei numa poltrona individual que ficava de frente pra cama onde eles estavam, cruzei uma perna por cima da outra e acendi um charuto, me posicionando como um verdadeiro voyeur. Antes de começarem, o flamenguista tomou alguns goles de espumante, puxou mais fumaça do skunk no narguilé e soltou no ar, voltando a cair de boca nos peitões graúdos da loira. Enquanto a sugava e enchia as mãos nos seios massudos, o Ronald ainda aproveitou pra brincar com o dedo na ponta do grelo da safada, chegando a colocar três de uma vez no espaço apertado e quente da buceta. Quanto mais ele fazia isso, mais Sheila se abria sem seu colo e era dominada, gemendo e se desmanchando feito pétalas por cima da cama.

- Ainnssss, seu fedelho faminto! Gosta de buceta, gosta? Cheio de fome!

- Porra, eu sou buceteiro número um, piranha! Ffffff! Cadê, vou cair de boca no teu grelinho. Vou morder essa tua xereca até tu ficar molhada, isso sim!

- Me chupa, vai, moleque? – ela pediu e ele obedeceu. – Oinnffffff, isso, porra!

A acompanhante teve que se segurar nos lençóis pra não perder o controle, tendo o rosto e a boca sedenta de um marmanjo pipeiro bem no meio de suas pernas. O novinho, por sua vez, linguava sem medo em todos os sentidos, chegando até a fazer bochecho e gargarejo de cara no bucetão da loira, com a piroca dando trancos e solavancos enquanto fazia tudo isso. No auge da entrega, Sheila vestiu a camisinha com dificuldade no trabuco grosso do moreno, uma cena da qual eles até riram, por conta do quão apertado ficou o salame coberto apenas até à metade. Sem perder tempo com oral, Ronald logo se viu dentro das entranhas da corpuda, atolando mais de um palmo de picão preto, cabeçudo, inchado e faminto por quentura. Assim que engatou na loira e ela se prendeu em seus braços pra segurar o tranco, o cretino ainda fez questão de olhar pra mim e fodê-la enquanto me encarava, mordendo o lábio inferior e me mirando com ódio.

- FFFFF! Isso, pirralho caralhudo! SSSS! Soca essa porra na minha buceta que nem homem, vai? Macho marrento, assim que eu gosto!

- Tu não duvidou que eu lotava tua xerequinha, vagabunda? Sssss! Quem é teu macho, ein? – acelerado e começando a suar, o puto perguntou pra ela, mas olhou pra mim. – Quem é o teu moleque favorito, fala pra mim? Orrrfffff! Cadela do caralho, mal vejo a hora de botar nesse teu cu e ver essa tua carinha de obediente cumprindo cada ordem que eu dou, tá escutando? FFFFF!

- Tô! – Sheila respondeu e eu devo admitir que quase respondi com ela. – Acaba comigo, vai? Ainnssss, que fedelho mais caralhudo, benzinho! Hmmmmff, onde foi que cê achou um cara dotado desses, ein? Orrrssss, fode, porra! Fode bruto, vai!?

- Assim, piranha?! – com o corpo completamente engatado no da profissional, o Ronald transformou a posição numa espécie de gangorra e ganhou ainda mais ângulo pra meter com força, chegando a bater com as coxas contra as da moça. – AAARFFF! Assim que tu gosta, é?! Quem é que te come assim que nem eu, fala tu? Ffffff, puta!

Eu via toda a cena e não conseguia acreditar no nível de safadeza e de putaria do pivetão, sobretudo por ele ter a coragem de transar com uma das garotas de programa mais caras do livro do hotel, olhando pra mim e dizendo todas aquelas coisas enquanto se mantinha focado em meus olhos. Cada detalhe em seu corpo desenvolvido me hipnotizava, cada centímetro de piroca afogando no fundo da buceta quente da Sheila me manteve seduzido, absolutamente vidrado e entorpecido nos movimentos viciados do físico suado do flamenguista caralhudo. Até tentei fumar o charuto com dedicação, mas minha visão foi exclusivamente de um Ronald com o corpo todo ensopado, exaltado e inchado pelo esforço físico, encravado de lado, de frente, de costas, por cima e por baixo de uma loira cavaluda e arreganhada.

- SSSS, só pauladão na tua buceta, tá me sentindo lá no fundo? Fffff!

- AHAM! AAARGG, FFF! Soca, moleque! Soca, para não! Ainsssss!

- Hmmmfff, tá gostosinho, tá não? Orrrssss, delícia de xereca quente! Parece até o hotel do meu corninho, sempre de portas abertas pra me receber, heheeheheh! Arrrrffff! – como sempre, o cafução gemia, fazia as expressões faciais de muito prazer e depois respirava fundo, tudo isso olhando pra mim, pra me dar a certeza de que sua satisfação se devia à minha disposição.

Era quase como se a foda fosse comigo, apesar de eu estar poucos metros distante, sentado no conforto da poltrona e admirando a cena como um bom e comportado expectador.

- Sssss! Vai me dar o cuzinho, vai? Tô galudão pra comer tua bunda, papo reto, fffff!

- Oinnnsss! Duvido, seu pirralho!

- Ué, como assim? Não me chamou de fedelho? Pensei que tu era profissional, piranha, ffffff! Amadora, heheheehheh!

- Não adianta me provocar que eu não vou te dar a bunda, não sou doida. Só tenho um cu pra cagar, meu bem! Ainsssss!

O mais delicioso de ver era que o malandro fodia usando toda a carcaça, não apenas o pau grosso. Ele trepava e ao mesmo tempo encoxava a rabuda com as pernas por trás, metia e simultaneamente apertava os peitos pesados e redondos dela, como se quisesse ter acesso ao prazer completo com uma profissional do sexo. Por ser tão folgado, o piranho nem teve que se preocupar com o quanto foi pago, porque tava tudo na minha conta e era exatamente essa relação, esse vínculo sexual que me mantinha obediente, silencioso e voyeur naquela suíte presidencial. Todas essas circunstâncias colocavam a experiência da Sheila à prova e provocavam os mais sinceros gemidos de satisfação e de completude nela, que pareceu não se cansar de rebolar, de remexer o quadril e de dançar no mesmo ritmo da cintura agressiva e desesperada de fome do pivete cacetudo. Depois de quase uma hora e meia de muita meteção, suor, respiração acelerada, penetração íntima e várias trocas de posições, eis que um Ronald muito grande, inchado e todo apressado avisou que tinha chegado no limite, exausto de tanto foder, morder, beijar, sugar, amassar e trepar na xereca quente da acompanhante de luxo.

- SSSS, VOU GOZAR! FFFFF!

- Joga no meu peito, vai? – a safada pediu. – Quero tomar um banho com o seu leite, seu gostoso! Fffff!

- Aff, tu não quer na boca, não, piranha? Vai jogar um mingau desse fora assim? Orrrrssss! – ele logo se indignou, tirando a camisinha e emendando um punhetão aflito na vara grossa.

- É, tá ficando doida? – falei sem querer, e foi aí que os dois me olharam juntos. – Quer dizer...

- Né não, paizão? – sem medo de nada, o sacana sacudiu o punhetão na minha direção e riu. – Fortalece aqui, vem! Arssssss! Bora, rápido!

Perdido entre o que eu queria fazer e o que eu deveria fazer, ignorei toda a apreensão por conta da presença da mulher, sucumbi aos meus desejos e o corpo cumpriu com o tesão do novinho, ficando ajoelhado do jeito que ele pediu, bem diante daquela viga empedrecida mirada na minha direção.

- Mentira?! – Sheila não acreditou. – Quem diria, ein, benzinho? Hihihihhi!

- SSSSS, lá vem chumbo grosso, coroa! Ffffff! Abre bem o bocão que tu vai tomar argamassa direto da fonte, vai? Arrrrfffff, ooorrssss, caralho!

Com pouco cuidado e quase nenhuma precisão cirúrgica, Ronald segurou o tesão até à última mãozada possível e eu notei o exato momento em que a chapeleta da moranga deu a pulsada braba, porém não liberou nada. Acho que esse estalo significou a linha tênue entre a última segurada e a primeira vazada do leite, porque, na segunda vibrada forte, a piroca encavernou completamente e liberou a mais densa e gorda das golfadas de esperma quente que já vi na vida, acertando meus lábios, pegando na língua e estilingando na goela, quase me fazendo tossir logo de cara.

- Orrrrrffff! Arrrrssss, caralho, paizão! Hmmmfff, puta merda!

Dois, três, quatro, cinco jatos carregados e bem disparados na minha cara, indo leite no céu da boca, nas amídalas, pelos dentes e até em meus olhos, me obrigando a fechar um deles. Na primeira vez que tive a oportunidade de fechar a boca, mais sêmen continuou vazando da ponta da piroca grossa e foi aí que o Ronald fez a festa, leitando minha fuça, gemendo e rindo ao mesmo tempo.

- Hmmmmss, tá vendo qual é o lugar que todo vascaíno obediente merece, velhote? Hehehehehe, orrrrfffff! Tomando minha gala, assim que eu gosto de ver. Aprende com ele, piranha, se não tu não pode dizer que é profissa, tá ligada?

- Não se faz mais novinho marrento como antigamente, ein? – Sheila também achou graça da situação, levando o momento na esportiva. – Quando eu era mais novinha não era assim, não. O que cê tem de pica, tem de marra, garoto!

Enquanto ela ria e reclamava, o cafajeste soltava o sexto, o sétimo e o oitavo e último disparo de galada na minha língua, criando uma massa concentrada, pegajosa, cheirosa e densa de esperma por cima do meu paladar. A boca foi completamente dominada por um gosto salgado, forte e bastante gelatinoso, se transformando numa mistura viscosa e saborosa de sentir passando pela garganta quando engoli.

- Sssss, direto da fonte pra tu, velhote. Não falei que te dava um presentinho no final da treta? Hehehehehehe, tá aí, pra tu ficar contente. Ó. – disse isso, espremeu o pirocão na minha fuça e soltou o restante do leite quente por cima do dedo indicador, levando à minha língua pra eu comer. – Só mingau grosso direto do meu saco, que nem daquela vez, só que agora te deixei como? Fortão, fala tu? Heheheheehehe!

O pilantra não deixou passar nem a goza que espirrou no meu rosto e no olho. Fez questão de pegar o filete de gala com os dedos e depositar diretamente na minha língua, da mesma maneira que fez com todo o restante. Mais de um litro de suco concentrado de saco, de bola e de pica, tudo atravessando meu corpo e chegando no estômago, dando início à digestão mais saciada que já fiz até então. Um submisso pode querer algo melhor do que isso? Depois de terminados os serviços, quando estava descendo com a Sheila pelo elevador, ela parou pra ajeitar os cabelos desarrumados no espelho e ficou rindo.

- Que foi? – perguntei.

- Hoje cê ganhou, benzinho. Foi por minha conta. Parabéns, viu?

- Você quis apostar, não quis? Hehehehehehe. Mas não, você sabe que eu nunca te deixaria ir embora de mãos vazias. – tirei a carteira do bolso, contei o valor do programa e prendi na alça do vestido dela. – Meu hotel tem cinco estrelas de qualidade, foi assim que você me conheceu.

Entre os risos, ela viu o dinheiro preso na roupa e agradeceu.

- Cê só me valoriza, benhê.

- É assim que eu gosto. Te vejo na próxima?

- É só me chamar, gostoso.

- Deixa comigo, eu chamo. Boa noite, Sheila, e obrigado.

- É uma honra. E um prazer, sempre, te atender.

- O prazer é todo nosso.

Fui até à porta do hotel, onde ela me deu um beijo de batom no pescoço, tomou um Uber e partiu pra casa. Em seguida, voltei até o balcão do hall de entrada, resolvi umas últimas coisas e só então me preparei pra retornar até à suíte presidencial. Quando cheguei, vi o ambiente todo à meia-luz e Ronald largado na cama, aparentemente imóvel, sem se mexer, até que soltou o ronco e eu logo vi o bocão aberto, com o molecote dormindo pesado. Totalmente nu, o corpo ainda meio ativo e as solas dos pés viradas exatamente na minha direção. O pirocão massivo caído pro lado, as bolas descarregadas, cansadas e amontoadas entre as coxas peludas e o garotão com as mãos pra trás da cabeça, dormindo de axilas bem expostas. Algumas das roupas de cama ainda estavam suadas e a suíte presidencial exalava um cheiro forte do leite do flamenguista, ou, de repente, na verdade a fragrância que eu sentia estava mesmo era em minhas narinas, talvez por conta da enorme carga de espermatozoides que decidi engolir no fim da punheta do cafução. A cena de um pivetão daquele tamanho dormindo e descansando feito um anjo me deixou encantado, tanto quanto o momento em que tomei um tiro de gozada no olho e na língua. Minha vontade era de deitar ao seu lado e fazer carinho no meu marrento favorito até ele se sentir verdadeiramente relaxado e confortável, porém não quis incomodar seu sono e me retirei da suíte, dando todo o espaço pro Ronald se recuperar da noite intensa que teve.

Trabalhei até tarde, comi alguma coisa, depois tomei meu banho e fui dormir na minha própria suíte dentro do hotel, bem à parte dos outros quartos do estabelecimento. Na manhã seguinte, antes mesmo das dez da manhã, o molecote já tava de pé e me contando do quão foda achou a sexta-feira, por conta de toda a moral e condição que eu dei a ele. Como eu tinha que voltar pra casa naquele dia, dei uma carona e o deixei em Bonsucesso antes da hora do almoço. Na hora de nos despedirmos, parei com o carro na mesma esquina que virei nas vezes em que o procurei por ali, no mesmíssimo lugar onde quase o atropelei, mas que foi onde nos conhecemos, perto do fim da rua e em frente aos terrenos baldios. Ronald saiu do veículo, deu a volta e parou com os cotovelos apoiados na minha janela do motorista, rindo saliente pra mim.

- Me amarrei nesse passeio que tu me levou, sem caô.

- Gostou mesmo?

- Tá de sacanagem, titio? Teu sobrinho tá rindo à toa, pô! Gehehehe! Quando é que a gente vai repetir a dose?

- Hmmm, já tá querendo ganhar mais moral, é, moleque ordinário?

- Ah, vai dizer que tu não tá a fim de tomar mais mingau direto da fonte, meu corninho? – fez a pergunta, apertou o pau no moletom e riu pra mim. – Se me levar pra mais um rolé desses, eu juro que boto uma parada pesada na tua boca e no teu cuzinho. Mas só se me levar, o que tu acha?

- Vai botar mesmo? – instiguei.

Querendo ter mais confiança, fingi que ia botar a mão na mala do malandro e ele nem se intimidou, pelo contrário, pegou minha mão e fez questão de levar até o membro grosso e bem acumulado no meio das pernas. Aproveitei a oportunidade, dei uma apertada e senti uma pulsada de leve em resposta, quase como se aquele pirocão tivesse vida própria e fosse capaz de até mesmo se comunicar comigo. Entre os risos maldosos, Ronald olhava eu o bolinando e também ria de mim, sabendo exatamente o que fazer pra me manter seduzido, dominado e submisso ao seu jeito fácil de pivetão canalha e sedutor. Buceteiro nato, como ele mesmo dizia ser.

- Boto piroca na tua boca e no teu cuzinho se tu me fortalecer mais uma sexta-feira na mesma suíte do teu hotel, paizão. Qual vai ser, quer pagar pra ver?

Pensei um pouco nas possibilidades, imaginei que poderíamos repetir da mesma forma como fizemos e confesso que foi muito fácil responder, ainda mais com o porrete volumoso do pilantra na minha mão.

- Eu topo, já disse que pra mim isso não é problema. Você dá sua palavra?

- Sou sujeito homem, coroa, qual foi? Já te passei a perna alguma vez?

- Não.

- Então, pô. Agora é tua chance deu te passar-lhe a piroca, hehehehhee! Fechou? – esticou a mão na minha direção e esperou.

- Fechado. Sexta-feira que vem. – apertei a dele e selamos mais um pacto. – Mas olha só, e se eu quiser passar aqui durante a semana pra te ver. Posso?

- Ih, qual foi, meu viadinho, já tá ficando apaixonado, é? Ó, pode mudando de ideia que nem por mulher eu me apaixono. Se não tem buceta que me prenda, quem dirá um cuzinho, paizão!

- Que apaixonado o que, moleque. Tá doido? Eu sou casado, não quero arranjar relacionamento com ninguém.

- Hmmm, tô ligado. O que tu quer, então?

- Só quero te ver, não posso? Vai ter jogo na quarta, eu ia sugerir de te levar pra tomar um chope. Depois, quem sabe, tomar mais uma dose desse leite salgado e delicioso que você tem dentro das bolas. Quer uma moral, garoto?

- Com moral eu topo tudo, só passar aí. – ele deu dois tapas na minha janela, afastou o corpo e foi saindo. – Até mais, meu puto.

- Até... Gostoso.


 

CAPÍTULO 3: NORONHA

Eu ainda não sabia, mas todas as minhas ações desde o dia em que conheci o Ronald em Bonsucesso trariam consequências que jamais imaginei pra minha vida. A traição, no sentido do adultério e da infidelidade, é algo totalmente inaceitável, ainda mais se tratando de um cara com casamento estável e feliz feito eu. Por conta de estímulos, desejos e vontades sexuais que eu sentia dentro de mim desde quando era adolescente, acabei tendo a oportunidade de pular a cerca no meu casamento, não pensei duas vezes e traí a boa relação que tinha com a minha esposa dentro de casa. Na minha perspectiva, as escapadelas constantes para Bonsucesso, os engarrafamentos inventados e a peças de roupas usadas escondidas em minha gaveta de cuecas estavam passando sem serem notados por qualquer pessoa ao meu redor, e assim continuei vivendo. Encontrando Ronald ora aqui, ora ali, mas vivendo. A dor de cabeça começou quando, numa noite típica de chegar em casa cansado do trabalho no hotel, abri a porta e dei de cara com um homem desconhecido saindo pela entrada.

- Opa! Boa noite. – o sujeito falou.

- Boa noite, amigão, tudo certo?

- Tudo indo, e você?

- Eu também, eu moro aqui.

- Ah, sim, o senhor me desculpa.

- Desculpa pelo que? – banquei o esperto.

O cara era bem mais alto do que eu, careca, barbudo e com orelhas e nariz grandes no rosto, parecendo até um gigante, um colosso perto de mim. A pele negra, os ombros largos e expostos na camiseta, o peitoral estufado, braços fortes, mas seu corpo não era definido, pelo contrário, ele tinha uma pancinha que não passava despercebida no macacão jeans que estava usando. Tão logo esse homem apareceu, minha esposa logo surgiu atrás dele, segurou o grandalhão pelo antebraço veiúdo e não se importou com o suor forte exalando da pele do titã.

- Oi, querido, finalmente você chegou. Muito engarrafamento? – só de baby-doll, ela fez a pergunta e fingiu que nada estava acontecendo. – Demorou hoje.

- É, tava bastante engarrafado hoje. – respondi sério, tentando não pensar na imagem do Ronald me deixando segurar na rola através do moletom. – Esse daqui é o...?

- Ah, esse é o Noronha. Noronha, esse é meu marido.

- Prazer, patrão. – o negão falou comigo sem se intimidar, esticou a mão ENORME e me cumprimentou. – Tudo em cima?

- Tudo, irmão. E você? – tentei bancar a marra, mas admito que não tinha como.

- Tranquilidade, chefia.

- O Noronha tava consertando a cozinha de uma amiga minha, amor, foi ele quem reformou o quarto todinho da casa da Luíza, acredita?

- Sério? – fingi que estava interessado. – Nossa, então deve ter ficado bom. Pra Luíza ter gostado é porque com certeza ficou bom.

- Ficou maravilhoso, esse homem sabe de tudo sobre reforma! Hehehehehehe! Aí eu logo chamei pra dar uma olhada nos encanamentos lá do banheiro, né? Óbvio que não perdi meu tempo, amor. Era tudo que a gente queria, fala a verdade?

- É. Tudo.

Passei por eles, fui pra cozinha e tentei apagar da mente que a minha esposa estava em casa de camisolinha, sem sutiã e com um colosso chamado Noronha consertando o encanamento. A traição fode a sua cabeça de uma hora pra outra, porque você simplesmente passa a desconfiar que também possa estar sendo traído, por que não? E a desgraça infelizmente é que o infiel gosta de trair, mas ele odeia ser vítima de uma traição. O bom traidor é aquele que jamais levanta suspeitas, por isso não suscita vingança em seus parceiros, justamente porque não é descoberto. Mas eu não havia sido descoberto, então não consegui entender o porquê daquele encontro entre minha mulher e o Noronha, por isso fiquei inquieto comigo mesmo. Depois que ela o levou até à porta, veio até a mim na mesa e me deu um cheiro no pescoço, o mesmo pescoço onde a Sheila beijou para firmar o pacto sexual que tinha comigo.

- Eu sinto muito a sua falta dentro de casa, sabia?

- Sente?

- Óbvio que sinto. – ela me abraçou por trás, cheirou meu ombro e foi me beijando devagar. – Vamos fazer um amorzinho, vamo? Aproveitar que as meninas não estão em casa.

- Amor, eu tô meio cansado... – respirei fundo e logo percebi a cara dela fechando. – Mas nunca tô cansado pra você, é claro!

- Seu safado, hahahahaha!

Transamos na cozinha mesmo, com rola na xota sem massagem e sem nem precisar tirar a roupa. Só suspendi o baby-doll da safada, botei o cacete pra fora e nós praticamos a arte da reprodução ali mesmo, onde a família se reunia pra almoçar, lanchar e jantar todos os dias, muitas vezes sem mim. Após o sexo, tomamos banho juntos, brincamos mais um pouco e depois eu fui dormir, deixando minha mulher acordada na sala, esperando pelas nossas filhas voltarem da saída que deram juntas. Na manhã seguinte, quando todas elas dormiam tranquilamente, lá estava eu acordando, tomando meu banho e saindo rumo a Itaguaí, como bem fazia quase todos os dias. A diferença, porém, estava no desvio do trajeto rumo a Bonsucesso, um percurso do qual apenas eu e meu pivetão sabíamos. Saí da Avenida Brasil, peguei a ruela com as árvores nas esquinas e fui até o final, passando devagar por cada um dos quebra-molas. Perto dos terrenos baldios, já na saída da beira do trem, lá estava o meu moleque, o meu homem, meu macho, minha mais fiel obsessão sexual, sentado de pernas abertas, vestindo um moletom, meias, blusão e mastigando um pedaço de pão com queijo, manteiga e mortadela. Quando viu meu carro, o pilantra abriu o sorrisão largo que eu tanto amava ver, coçou a barbicha cada vez maior no queixo e levantou, caminhando até o lugar onde eu parei e portando uma sacola na mão.

- Entra. – destranquei o veículo e ele obedeceu, sentando no carona ao meu lado. – Bom dia, garotão. Tá bem?

- Sempre, paizão, e tu? Suave?

- Tranquilo. Aí dentro tá o que eu pedi? – apontei pra bolsa dele.

- Tudo. Uma cueca, duas meia e um potinho de porra que eu acabei de botar pra fora do saco pra te dar. Tá com a minha grana aí?

- Sempre, moleque. – peguei a carteira, tirei as notas e contei. – Cem, duzentos, trezentos. Tá certo?

- Correto, meu viado.

Sem pressa, o abusado pegou o dinheiro, me entregou o saco e eu conferi os itens, já muito excitado pelo cheiro forte da testosterona do novinho empesteando a sacola plástica. Até o peso do leite dele no potinho me deixou com tesão, mas foi nesse momento que vi um pepino enorme e uma camisinha jogados no fundo da bolsa e isso me deixou muito curioso.

- Ué, pra que isso aqui, Ronald? – tirei o vegetal da sacola e o puto caiu na risada, mastigando o pão e falando ao mesmo tempo.

- Isso daí? Eu tava pensando se tu não tá a fim de ganhar um pepino no cu, heheheeheheh!

- Quê?! – não entendi. – Como assim?

- Que nem na vez que eu te dei leite na boca, tá ligado? Só que ia socar porra no teu cu, se tu quiser investir mais uma moral no teu sobrinho, tio.

Quando entendi as intenções do piranho, confesso que o rabo piscou e deu um tranco que quase me fez pular do assento do motorista. Ele notou minha euforia, achou graça e logo se animou, pensando que eu tinha topado a ideia sem pé nem cabeça.

- Você acha mesmo que eu enfiaria um pepino no meu cu, Ronald?

- Tu não enfiaria, mas eu enfiaria no teu, paizão! Hehehehehehe! – falou sincero. – É só botar mais cenzinho na minha mão que eu viro esse pote de leite todinho no teu rabo, ainda soco esse pepino inteirinho e faço tu tirar do olho do cu só quando chegar no hotel, já pensou?

O jeito vulgar e objetificante de falar comigo me deixou de pernas bambas, no mais delicioso e sujo sentido. Vê-lo lidar com o meu ânus como se fosse um mero buraco guardador de rolos fez explodir o mais intenso tesão em mim, principalmente pelo flamenguista folgado ter dado prazer à uma coisa que inicialmente soou sem sentido, que foi a ideia do pepino enfiado no cu.

- Mais cem reais e você soca esse troço no meu rabo junto com o seu leite? – repeti a pergunta e ele fez que sim com a cabeça sem nem piscar, me olhando com o semblante perverso e sádico de quem tinha muito fetiche em sodomia.

- Tudinho, paizão! Tu vai ser tipo o meu banco de esperma, tá ligado? Meu corninho de estimação, meu viadinho, minha putinha e agora meu depósito de mingau, pegou a visão? Hehehehehehe! Só mais cenzinho e eu te faço de buraco aqui mesmo, qual vai ser?

Pegou o pepino numa mão, o pote de leite na outra e se preparou, muito certo de que nossa putaria ia acontecer. Não errou, já que minhas pregas se arrepiaram com a ideia de serem exploradas por um pivetão faminto, doido pra brincar de curra e aflito por falar sério com meu rabo. Cumprindo com a minha profecia submissa de não pensar duas vezes, tirei mais cem reais da carteira e pus dentro do bolso do marmanjo. Na mesma hora, ele apontou pra frente e deu a ordem.

- Bora cair mais pra lá, paizão. Ficar mais longe, vamo.

- Vamos.

Levei o carro mais adiante, avançamos no terreno baldio e fomos pra uma parte do campo onde absolutamente nada passava, nem ninguém. Como meu veículo era grande e espaçoso, deitei meu banco do motorista, ganhei espaço pra me posicionar de quatro e aguardei pelas ações do novinho. Ronald entendeu o recado, segurou minha calça pelo cinto e tratou de puxar pra baixo, me deixando nu em um só movimento. Quanto mais ele me manuseou, mais eu me senti uma de suas piranhas, sendo controlado de um jeito brusco e truculento pelo meu flamenguista dominador favorito. Sem medo de nada, o pivete arreganhou minhas nádegas, chegou o rosto perto do meu anelzinho quente e pequeno e deu uma soprada gelada na pele enrugada, pra me deixar exposto e muito, mas muito excitado mesmo.

- Cuzão peludo e guloso esse que tu tem, ein, velhote? Ó só o cheirinho de cuzinho indo longe. Fffff, porra, eu chego marolo, papo reto!

Com tanta putaria sendo falada diretamente pra minha bunda, acabei perdendo o controle e piscando muito com as pregas.

- Aff, assim você acaba comigo, moleque! Hmmmmssss...

          - Porra, tuas preguinhas são tudo conservada e sou eu que tô acabando contigo, viado? Dá nem pra acreditar que esse cu vai ganhar uma pepinada, tá ligado? Hehehehehe! Abre aqui, vai?

          - Abro, fffff.

          Concentrado, fiz força, prendi a respiração e dilatei o máximo do ânus que consegui. Ronald abriu o potinho lotado de gozo quente e grosso, pincelou a ponta do pepino na própria porra e levou diretamente ao encontro da abertura do meu cu, me fazendo piscar as pregas na menor sensação do contato imediato. Isso resultou em pelo menos um terço do pepino sendo mastigado pelo começo do meu lombo, isso sem massagem, causando a mais deliciosa das queimações que já senti.

          - Arrrrfffff, caralho, seu cachorro! Ssssss, tá queimando à beça essa porra, mmmff!

          - Tá queimando, mas tu aguenta, meu corninho. Se é meu viadinho, tu aguenta, já sabe, né? Hehehehehe, ffffff! Relaxa pro teu macho, vai? Teu moleque quer brincar com esse cuzinho, mas só se o titio relaxar o brioco. Cadê?

          - Oinssss, olha como você é um tarado viciado em cu, garoto! FFFF!

          - Isso, minha puta, relaxa, vai?! Orrrffff! Que tesão ver essa porra sumindo dentro do cuzinho de outro cara, papo reto! Como é que pode dar o cu pra um pepino e ainda fazer isso rindo, me explica? Ainda bem que tô te adestrando, meu corninho, ainda bem que tu já é meu, heheehehe! Sustenta, vai? Isso, ffff!

Piranho e experiente que só ele, o salafrário ainda falava essas coisas por traz do meu ouvido, agindo como se fosse o caralho exagerado dele entrando esporrado pelas minhas entranhas quentes. Pra completar a situação, comecei a ficar de pau durão e cada pulsada se transformou em mais e mais piscadas do cu, cedendo o espaço que o marrento tanto queria pra esconder um pepinão inteiro dentro da minha bunda e usando, para isso, seu próprio esperma quente e grosso como lubrificante.

          - Arrrfffff, parece que essa porra tá me rasgando, Ronald! Hmmmsss, mas é uma queimação gostosa de sentir, sabe? Puta que pariu! – nervoso, me prendi no banco e comecei a suar, sentindo o cafução rodando o vegetal dentro do meu buraco. – Orrrssss, que delícia, caralho! Ghhmmfff!

          - Por isso que dizem que viado gosta de queimar a rosca, tá vendo? Fffff, pisca no meu pepino como se fosse a minha pica grossa que tivesse rastejando na carne do teu cuzinho, vai, putinha? – ao mesmo tempo que me masturbava analmente, ele me provocava, me incendiava e ainda deu um tapinha de leve na minha cara, querendo me instigar ao seu bel favor, me dobrar à sua própria vontade. – Quem é a minha puta que aceita todos os meus mimos, ein, cachorra? Sssss, quem é minha mina de ouro submissa que dá dinheiro até pra mamar meu chulé, viado, fala tu? Ffffff, corninho do caralho, tu tá ligado que eu não dominaria mais ninguém, né? Só tenho vontade de fazer isso contigo. Tá me deixando mal acostumado, sabia, velhote? Hehehehehe!

          - Orrrrrffff, você é muito desgraçado mesmo, ein, moleque?! FFFFF! Rasgando meu lombo com um pepino, socando leite quente no meu rego e ainda me lembrando que eu sou sua cachorra, como é que pode ser tão devasso assim? Arrrssss!

          Diante da minha fala, o malandro tirou o pepino, passou mais gozada farta no vegetal e fez questão de derramar bastante da gala pegajosa na beirola recém amassada e atropelada do cuzinho. Fez isso pra ganhar mais lubrificação e chegar ainda mais longe com o palmo do fruto nas minhas entranhas, arrastando minhas pregas num exercício anal muito foguento e instigante, que me deixou mais piscante do que shopping no natal. 

          - Ssssss, ainda tem pepino de fora, viadão! Só vou sossegar quando sumir tudo nesse cuzão peludo, se ligou no papo? Quero te ver bem treinado pra quando chegar o dia deu meter-lhe pica no fundo desse buraco. Sem mimimi, sem frescura, escutou? Viado meu tem que liberar a bunda sorrindo pro macho, pra eu saber que tá curtindo levar ferroada no cu, pegou a visão? Ffffff!

          - Arrrrffff, para de falar e soca logo essa porra toda no meu rabo, vai, Ronald? Seu desgraçado, vou deixar você acabar comigo de uma vez! Hmmmmfff!

          - Ah, posso? Então tá, lá vai chumbo grosso. – disse isso, largou a mão e socou o pepinão inteiro em mim, me preenchendo com uma verdura que representava toda a sua vontade de dominação e de controle sexual taxativo.

          - OOOORSSSS! FILHO DA PUTA, MMFFFF! Caralho, que fogo surreal é esse, moleque!? FFFF!

          - Tu curte mesmo sentir o brioco pegando fogo, ein, corninho? Ssssss! Cospe não, sustenta essa porra aí dentro agora, vai? Aguenta, aguenta a vontade do teu moleque, sua puta! Vagabunda! Quem é meu depósito de esperma, ein? Fala, puta, tô falando contigo, porra! – mandão e marrento, ele chegou a montar em mim, mesmo não me penetrando com o picão grosso, só pra ter a certeza de que meu ânus não colocaria o fruto pra fora. – Arrrrssssss! Tu não tem noção de como eu me satisfaço vendo uma cena de obediência dessas, paizão, papo reto. Fffffff!

          - Ainssssss! Você é um moleque irresponsável e sem noção, seu inconsequente! Injetando esse leite em mim sem nem usar camisinha, seu grosseiro!

          - Até parece que tu não se amarra, puta! Minha puta! Isso é pra não socar meio metro de pica no olho do teu cu, tá me sentindo? Tá sentindo teu moleque nervoso pra brincar com o teu buraquinho, tá, minha cadela? Ffffff! Só vou parar quando tu tiver 100% adestrada, escutou? Arrrrssss! Cospe esse pepinão de volta pra mim, vai?

          - Oinnnnffff, caralho, Ronald! Hmmmmfff! – fiz força, a queimação virou prazer outra vez e logo o cu arreganhou e foi cuspindo centímetro por centímetro do vegetal pra fora. – Aff, mas que garoto mais filho de uma puta, cara! SSSS!

          Eu não estava mais me aguentando de tanto prazer, suando copiosamente e com a pele da bunda toda arrepiada. Meu pau tava latejando de duro, soltando muita baba e sendo absurdamente estimulado de dentro pra fora, por conta de tanta interação com a próstata e com a parte interna e traseira do meu corpo.

          - Sssss! Como é que pode um pepino desse tamanho entrar inteiro nesse lombo e sair limpinho, meu parceiro, explica? Tu tinha que ser viado mesmo, tem jeito não. Ffffff, ó só? – enquanto falava, o pilantra tornou a socar o pepino novamente em minhas entranhas e ainda fez questão de girá-lo, só pra ver meu cu dando nós. – Arrrrfffff, cuzão de responsa, ein, paizão? Porra, vou te enganar não, tá melhor do que muita mina que eu já comi por aí, heheehhe!

          Viciado em ver meu ânus abrindo, fechando e escondendo um palmo de fruto dentro da carne, o morenão terminou de virar o pote inteiro de esperma dentro do meu buraco, em seguida usou dois dedos pra sentir minha dilatação e largou uma cuspida grossa e pegajosa dentro. Finalizou novamente com o pepino entrando, depois vestiu minha cueca e em seguida a calça, me pondo completamente vestido e com o vegetal socado dentro.

          - Se tu é mesmo meu viadinho e quer ficar largo pra me dar o cu na sexta-feira, então só tira essa parada daí quando chegar no hotel. Morô? Tem coragem?

          Perguntou e meu lombo latejou, querendo parir o pepinão de uma vez, mas sendo impedido pelo fato de eu ter me colocado novamente sentado no banco do motorista. Aquele pedido era uma ordem, sendo que quanto mais o Ronald me ordenava, mais eu deixava de calcular o tamanho das consequências e dos riscos, mergulhando cada vez mais profundo nos desejos ardidos, carnais e sujos de um novinho marrento, abusado e muito sem noção. Eu quarentão, casado, fui pro trabalho com o pepino socado no cu, agradecendo pelo ato de dirigir ser feito sentado. Passei cerca de meia hora com um vegetal enterrado no lombo e me fazendo de plantação, tudo pra satisfazer a falta de pudores de um flamenguista caralhudo, dominador e sádico. Quando cheguei no hotel em Itaguaí, a calça já estava toda molhada na parte da frente, de tanto que melei a cueca por conta dos contínuos estímulos internos provocados pela presença deliciosa do pepino socado no ânus. Andei tentando não rebolar muito, disfarcei o máximo possível e fui direto pro banheiro, pra gravar um vídeo com o fruto sendo cuspido lentamente pelas minhas pregas inchadas, borradas da gala cremosa e porracenta do Ronald. Foi assim que registrei as cenas do meu traseiro arreganhado, eu ainda de paletó, todo engomado da roupa de trabalho, com as mãos pra trás e deixando o buraco livre pra vomitar um pepinão grande e grosso, inserido ali pela vontade sodomita do pivetão pipeiro de Bonsucesso. Ainda gemi baixinho enquanto gravava, chamando pelo nome dele e dizendo o quão safado e pilantra o cafuçu era.

Na quarta-feira seguinte, quando nos encontramos pra assistir ao jogo do time dele num bar em Vila Isabel, Ronald quase caiu pra trás quando mostrei o vídeo gravado e o estado oco no qual meu ânus se encontrou logo em seguida.

          - Nesse pique, logo, logo tu vai dar conta de sustentar minha pica inteira, paizão. Quando esse dia chegar, será que tu vai aguentar eu te fazendo de minha puta, ein? – fez a pergunta e deu aquela coçada discreta e malandra na rola.

          - Nem que essa seja a última coisa que eu faça, moleque. Me escutou? – falei sério. – Pode anotar.

          - Gostei. É assim que se fala, heheheeheh! – e de repente deu um pulo da cadeira do bar onde estávamos bebendo. – GOOOOOL! É GOOOL, PORRA! MENGÃO, CARALHO!

          O estabelecimento quase veio abaixo só pela animação do garotão pulando, rindo, derramando cerveja da caneca de vidro e beijando insistentemente o escudo do Flamengo estampado no peito da blusa. Todo mundo pulou junto dele, numa energia quente, contagiosa e muito extrovertida. Acho que é aqui, na sexagésima quarta página dessa história, que eu percebo que, de fato, devia estar mesmo fissurado no Ronald e em toda a malandragem que ele ostentava com seu riso fácil, comunicativo e temperamento folgado, com requintes de mandão e de pidão. Sentimentalmente falando. Vê-lo feliz, pulando, gritando e com o meu Rolex no pulso me deixou animado e satisfeito, mesmo que o puto fosse flamenguista. Na verdade, acho que posso até dizer que o fato de eu estar ali, vestido com roupa normal e cercado por um milhão de flamenguistas, provava esse meu apreço por ele, porque se fosse por qualquer outra pessoa eu jamais me prestaria ao papel. Aquele funkeiro marrento e dominador me tinha em suas mãos calejadas e sabia bem disso, e o melhor, ele tinha essa consciência sem se perder diante das possibilidades, sempre mantendo a personalidade forte. Exemplo disso foi quando, ainda no bar, eu sugeri que compraria umas coisas novas pra ele.

          - Moleque, tô a fim de renovar o seu armário.

          - Que isso, paizão? Do nada?

          - É, ué. Não posso querer te dar um presente?

          - Poder pode, mas tu com certeza vai querer alguma coisa em troca, não vai?

          - Quem sabe? – me fiz de bobo. – De repente... Podemos conversar.

          - Aí, tá vendo? Quando a gente se conheceu, eu pedia e tu fazia, a ordem era essa. Vamo manter desse jeito, pode ser?

          - Por mim, tudo bem. Mas isso me impede de comprar roupa pra você? É que tô vendo o Rolex tão bem no seu pulso que me deu vontade de completar o visual todo, tá entendendo?

          - Tô ligado, mas pode ficar de boa que o pai tá trajado, coroa. Se eu precisar de roupa, pode ter certeza que vou te pedir, aí nós desenrola uma ideia, pegou a visão?

          - É. Tudo bem então, já que não tem jeito.

          - Isso aí, assim que eu gosto. – sem mais nem menos, ele deu um beijo no meu rosto, um tapa no meu pescoço e voltou a dar atenção ao jogo.

          Essa atitude me mostrou o quanto a afetividade entre homens é relativizada, dependendo do ambiente e das pessoas ao redor. Por mais que o ambiente estivesse tomado de torcedores ostentando macheza, a felicidade pela vitória do Flamengo era tamanha, que tudo ressoava como fraternidade. Enfim, talvez essa seja uma ideia pra outra história. Quando o jogo terminou, paguei a conta, nós fomos pro carro e foi nesse momento que tive de admitir que o Ronald realmente tinha um estilo próprio visualmente chamativo e atraente, uma mistura de elementos que nenhuma loja específica de grife teria sagacidade de criar. Blusão do time, moletom vermelho, bonezinho preto pra frente, meio que escondendo o rosto, e os tênis Lebron da Nike, combinando as cores vermelho e preto do time. Rolex no antebraço tatuado, vários cordões de prata no peitoral estufado, o cabelo disfarçado, o bigodinho fino e a barbicha descoloridos, se juntando num cavanhaque de putão. As duas sobrancelhas riscadas nas pontas e melhorando ainda mais o semblante de pivetão que tava sempre de olho em tudo, meio desconfiado ou escondendo alguma coisa do restante do mundo. Assim que entramos no carro, liguei o motor e o abusado pegou a foto da minha filha mais velha pendurada no espelho.

- Caralho, paizão, já imaginou eu namorando tua filhota, o terror que ia ser?

- Ih, pode cortando suas ideias, garotão.

- Ué, tá com ciúme, é? De mim ou dela, meu viado? Hehehehehehe!

- Tô falando sério, para de ser emocionado.

- Por que emocionado?

- Porque as minhas filhas vão herdar tudo que eu tenho hoje em dia, então não quero nenhuma das duas arranjando homem cedo. Primeiro, elas têm que ter noção da responsabilidade que vão receber, depois vão arranjar algum homem pra compartilhar a boa vida. Ou até uma mulher, se for o caso. Vai que?

Em silêncio, ele esperou por alguns segundos, virou o resto da lata de cerveja, amassou e jogou no chão do carro.

- Mas tu tá ligado que pai nenhum controla isso, né, maluco?

- Não controla? – me senti minimamente afrontado quanto à minha experiência de pai. – E o que você entende de paternidade, Ronald?

- Eu nunca te contei que tenho uma filha, não, coroa? Pô, tá de bobeira então.

- Quê?! – cheguei a parar com o carro no meio da avenida vazia. – Sério, isso!?

Sem piscar ou dar um pio, ele fez cara de triste pra mim e a covinha apareceu pela primeira vez. Não demorou muito, o sem vergonha caiu na gargalhada e deu um tapa na própria coxa, rindo descaradamente às minhas custas.

          - Tu cai fácil nas minhas gastações, ein, paizão? Hahahahahaah, tô zoando, porra. Meu leite é potente, é de qualidade, mas eu só fodo de camisinha, pô. Tá maluco virar pai cedo? Nem fodendo!

          - Entendi. É um bom pensamento, exatamente o que eu espero pras minhas filhas.

          - Mas se liga, eu falei sério dessa parada de que pai e mãe não controlam isso. Tipo, uma coisa seria se tua filha fosse mais nova, aí sim, os pais têm que vigiar mesmo. Mas ela tem cara de ser mais velha, tu tá pensando que o corpo dela não vai sentir vontade de experimentar umas coisas?

          Pensei naquelas palavras enquanto dirigia e não podia nunca dizer que ele estava errado ou que não tinha razão no que falava. Ainda assim, permaneci quieto e estável no meu posicionamento, não abrindo mais diálogo pro moleque folgado me interpelar ou questionar minhas ideias com relação à criação das minhas filhas.

          - Tu já pensou se a minha coroa descobre que as minhas meias do futebol sumiram porque eu vendi pra um maluco que é pai de família, casado e rico?

          Essa foi a pergunta que parou o meu mundo. E ele percebeu, pois logo em seguida botou a mão na minha coxa, apertou e me fez um carinho, como se quisesse chamar minha atenção.

          - Tipo, mesmo se tu não fosse homem e fosse mulher, tu acha que se perguntassem pra minha mãe se ela me criou pra vender roupa usada e porra, ela diria que sim? Dirige e pensa, paizão. Tá vendo como o Ronald te deixa com tesão e ainda te faz refletir? O pai amassa até na filosofia de vida, coroa, tem jeito não. Hehehehehehehe!

          Parte do ego de um macho egocêntrico era isso, extrair o máximo de glória de cada ação sua, sendo ela bem sucedida ou não. Nesse caso, o molecote abusado e flamenguista acertou na mosca, porque suas afirmações se transformaram em contra argumentos potentes diante das minhas ideias, ao ponto de me deixar em completo silêncio durante todo o trajeto de volta a Bonsucesso. Até mesmo depois que o Ronald desceu do carro, ele veio do meu lado na janela do motorista e, pela primeira vez em muito tempo, se despediu formalmente, com um aperto de mão seguido de boa noite. Certamente notou minhas feições quietas após seus questionamentos e quis se manter amigável, apesar da minha reação introvertida.

          - Tudo certo pra sexta-feira? – perguntou antes de sair.

          - Sexta-feira? – eu já tinha até me esquecido, acho que por conta do momento. – Ah, você ir lá pro hotel de novo? Tá fechado, moleque, te dei minha palavra.

          - Então fechou. Até sexta, coroa.

          - Até.

Cheguei em casa de madrugada, meio bêbado e pensativo, com todo mundo já dormindo. Não consegui ir deitar, preferi ficar na sala escura refletindo sobre todos os rumos que a minha relação com aquele molecote travesso e pidão estava tomando. A realidade é que eu não tinha visto nada ainda, mas estava bem perto de testemunhar o que era o verdadeiro poderio insolente e inconsequente de um molecão rueiro e mandão do subúrbio carioca.


 

CAPÍTULO 4: DIGÃO & CLEBINHO

Na sexta-feira combinada, fiz que nem da primeira vez e fui pro trabalho mais cedo, ficando cada vez menos tempo dentro de casa. Em Itaguaí, resolvi umas pendências chatas na rua, almocei com Gabriel num restaurante e o preparei para mais uma hospedagem cara do Ronald pelo fim da tarde.

- Eu tô sempre pronto, chefe! Pode contar comigo.

- Sei. – debochei. – Que nem na vez dos controles da TV, né?

- Ah, esse dia eu só tava um pouco chap... Cansado, chefia, sabe como é o plantão, não sabe?

- Cansado, sei. – olhei em seu pulso e o pilantra cuidadosamente botou a mão por cima da tatuagem da folha de maconha, não querendo que eu visse o que já sabia que tava ali.

Depois do almoço, retornamos ao hotel e cuidamos da administração até umas seis da noite, quando vi aquele cafução trajado do uniforme do Flamengo chegando no hall principal da minha hospedagem e todo mundo parando para vê-lo, de tão atraente e chamativo que o gostoso era.

- Fala, paizão! Não falei que ia brotar? E vim, como? Pesado, trouxe uns parceiros aí que tão sempre comigo. – apontou pra trás e mostrou dois outros caras chegando junto de si, ambos sorridentes e me olhando com curiosidade. – Ó, esse daqui é o Digão, meu fiel número um. A gente tem mais hora de buceta junto do que de futebol, se ligou, coroa? Hahahahahahaha!

- Porra, sarneou, RD! Heheheehehehe! – animado, o amigão estendeu a mão e eles se cumprimentaram, como se estivessem comemorando o fato de estarem ali juntos. – Assim que se fala, mano.

- Tá vendo, pô! – Ronald bateu o ombro no do colega e parou para apresentar o outro. – E esse daqui é o Clebinho, famoso vacilão. Menor começou a namorar, noivou e nunca mais deu ideia pra gente, tá ligado, paizão? Aí, como, trouxe ele pra dar uma escapada da patroa, se ligou? Da melhor forma, fala tu, meu brother?

- Se minha mulher descobrir, tô perdido, RD.

- Relaxa, filhão, aqui tá tudo palmeado. – o folgado jogou o braço no meu ombro, se apoiou em mim e riu, usando o dedo pra brincar com meus lábios em pleno hall de entrada do hotel. – Com o meu tio aqui, a gente tá feito. Dá o papo pros meus irmãos, coroa, explica pra eles a moral que tu me dá quando eu broto.

Eu não soube como reagir, sobretudo por conta do Gabriel parado no balcão e segurando o riso, cada vez mais ciente das saias justas nas quais o cafuçu safado me colocava.

- Boa noite, rapazes. – olhei pro pivetão e tentei ser educado e seguro no jeito de falar. – Ronald, será que eu posso dar uma palavrinha rápida com você? Um minutinho só.

- Ih, qual é, paizão? Vai dar pra trás, é?

- É particular. Vem aqui um minuto. – insisti e fui até o balcão, sendo seguido por ele.

Só nós dois na administração do hotel, os amigos dele nos olhando e eu meio sem paciência diante de suas companhias surpresas.

- Olha só, garoto, o meu pacto foi com você, não com os seus amigos. Que brincadeira é essa?

- Ué, se teu pacto foi comigo então tu tem que fazer o que eu quero, né isso? E eu quero que tu quebre esse galho pros meus irmãos, pô, que nem tu fez pra mim semana passada. Qual é o caô, coroa? Quê que tem de mais? – marrento, ele cruzou os braços e ficou me encarando, mantendo o semblante cínico e as sobrancelhas suspensas. – Te dou minha palavra que a gente não vai sair da suíte. Só quero, como, ficar na onda com meus parceiros, tomar um espumante, encher o bucho. Libera, vai? É só eu, o Digão e o Clebinho, velhote.

Ronald não abriu mão de seus desejos extravagantes e mimados nem por um minuto. Disse essas coisas e depois apontou pra trás, mostrando a dupla de amigos parada no balcão do hall de entrada do hotel, ambos no maior papo furado com meu funcionário, o Gabriel. Contando com o flamenguista atrevido, eram três machos diferentes, cada um de um jeito. De um lado, o tal do Digão, que tinha esse apelido justamente por ser o mais alto e mais massudo dos colegas. Parecia um surfista morenão de praia, com o cabelo mantido baixo, talvez na máquina dois, e a pele bronzeada, chegando a ser um pouco mais escura e reluzente que a do Ronald. Devia ter uns 28, 29 anos no máximo, tinha o rosto todo liso e era visivelmente o mais forte e com os braços mais grossos entre os três amigos, com um dos muques tatuados e os rabiscos dando a impressão de que iam até metade do peitoral estufado. Camiseta justa no tórax robusto, short de tactel revelando as canelas de ossos largos e os pezões em chinelos de dedo.

- Eles ficaram a fim de te conhecer depois que eu falei que tu tá me bancando. – o pivete sussurrou enquanto me via observando a dupla de amigos. – Não é o tipo de coisa que eu saio contando pros outros, só falei mesmo pros meus irmãos de fé, que tão sempre comigo.

- Você contou pra eles... – pensei. – Tudo? Até da parte sexual?

- Não tudo. Falei só das roupas usadas e tal.

- E eles?

- Eles o que? Nada, pô, ficaram de boas. Quer dizer, perguntaram quando é que iam te conhecer. O Digão é aquele meu primo que te contei, tá lembrado? Que vende cueca e meia pra um colega dele e tal.

- Ah, é esse o cara?

- O próprio, paizão.

Do outro lado, Clebinho era exatamente o extremo oposto do grandão: era o mais baixo entre os três, da pele branca, o corpo magrinho, porém ainda assim um pouquinho de nada definido, sem ser necessariamente forte ou musculoso que nem o Digão. Um de seus braços e uma das pernas eram tatuados, o cara devia ter no máximo 23, 24 anos, mas já ostentava uma aliança dourada no dedo anelar. Diferentemente do primo do Ronald, seu rosto magro tinha uma barba curta somente no queixo e um bigode grosso partido no meio. Ele vestia moletom que nem o meu molecote marrento, porém sem cores de time, apenas o cinza básico.

- Lembra que eu disse que ia te botar numa boa, paizão? Então, tá na hora. O que tu achou deles?

- Como assim o que eu achei deles? – me fiz de desentendido. – Tá brincando comigo, me testando?

- Tô perguntando sem neurose, velhote. Dá teu papo, porra, até agora tu tava na moral com a palavra de sujeito homem. Curtiu ou não curtiu?

Apesar de observá-los e analisa-los de longe, eu não tinha qualquer dúvida de que o tal Digão era inegavelmente primo do Ronald. Ainda que cada um deles tivesse seu jeito único e uma aparência muito própria, ambos desfrutavam de uma beleza rústica muito bonita de se ver, do tipo pouco cuidadosa e feita em garranchos: pés grandes, pelos excessivos nas pernas grossas, voz grave, axilas peludas, mãos calejadas de cerol e testosterona aflorando ao longo de todo o corpo exaltado. Os dois primos tinham o mesmíssimo jeito fácil, sedutor e quente de machos vadios, a toas, que conhecem a cafuçaria da vida masculina e tiram proveito dela. Eu podia até não conhecer o Digão a fundo, mas só de saber que era ele quem vendia roupa usada pra um amigo viado, deu pra sentir o mesmo impacto caloroso que eu sentia ao lidar com o folgado e abusado do Ronald.

- Não vão sair do quarto, prometem? – perguntei ao malandro. – Você sabe que já te dei um voto de confiança, não sabe? Vê se não vai jogar isso fora.

- É claro que eu sei, coroa. Alguma vez te dei motivo pra desconfiar de mim?

- Hmm... Tudo bem. Vou pedir pra levarem as coisas de vocês, então.

- PORRA, VELHOTE! – o sacana quase deu um pulo pra cima de mim. – É assim que se fala, maluco! Tá vendo como tu ainda é dos meus? Hehehehehehe!

Extrovertido e rindo à toa, o garotão deu meia volta, retornou ao balcão e foi se adiantando com os parceiros, ciente de que naquela noite a diversão estava na minha conta. Literalmente. Tão rápido eles saíram do hall de entrada e se encaminharam ao elevador principal, providenciei que as malas fossem levadas até à suíte presidencial onde os hospedei e assim foi feito pelo Gabriel. Desde a chegada do trio de amigos até sua hospedagem, não se passaram nem cinco minutos e eu permaneci na administração, refletindo sobre a imagem daqueles três sujeitos diferentes e absurdamente atraentes aos meus olhos. Pra ser sincero, continuei achando o Ronald incomparavelmente mais gostoso e completo do que os outros dois, ao ponto de dizer com segurança que não pararia em Bonsucesso por ninguém além dele. Ainda assim, o fato de estarmos todos ali criou uma espécie de tensão dentro de mim, deixando minha sexualidade desperta e aberta para descobrir porque o Digão e o Clebinho tanto queriam me conhecer. Por conta dessas circunstâncias, fiquei apenas meia hora trabalhando na administração, depois deixei meu melhor funcionário em meu lugar e me preparei para finalmente subir até à suíte presidencial.

- Tá tudo bem, chefe? – Gabriel percebeu minha euforia e não resistiu em perguntar.

- Tudo ótimo. Por que não estaria?

- Nada não, só curioso. Não é sempre que vão três pessoas juntas lá pra cima, né?

- Vem cá, você não tem nenhum controle de TV pra trocar em algum andar, não? – debochei. – Agora deu pra ficar tomando conta de quem entra e sai das suítes presidenciais, é, garoto? Eu, ein!

- Que isso, chefe, também não é pra tanto. Foi mal, pô!

- Vai arrumar o que fazer, anda!

- Agora mesmo, tô nem mais aqui.

Tão logo ele foi pra parte dianteira do hall de entrada, eu também me retirei e fui direto pro elevador, rumo ao mesmo quarto de luxo onde Ronald e seus melhores amigos desfrutavam de todo o conforto e mordomia concedidos por mim. Não levei três minutos da administração até à porta do lugar, coloquei minhas impressões digitais e comecei a escutar uma barulheira alta vindo do lado de dentro da suíte. Quando finalmente entrei, a primeira coisa que senti foi o cheiro forte de fumaça, seguido da cena dos três amigos saindo da varanda e vindo ao meu encontro, um deles com uma caixa amplificadora na mão e o funk explodindo.

- O que é que os seus colegas tão aprontando, Ronald? Isso tá muito alto, abaixa um pouco! – pedi.

- QUÊ?! – ele teve que berrar pra ser entendido, de tão alto o barulho do ritmo acelerado ecoando por todos os cantos.

- Que fumaça é essa vindo da sacada? – tentei outra vez.

- NÃO TÔ TE OUVINDO, PAIZÃO. GRITA!

Sem muita paciência, fui na direção da caixa de som no colo do Clebinho e diminuí eu mesmo o volume do pancadão explodindo nossos ouvidos.

- Puta merda, como é que vocês conseguem ouvir um negócio tão alto desses sem perderem a audição? Jesus!

- Ah, coé, velhote? – o flamenguista marrento logo reclamou. – Qual foi, vai gastar nossa onda agora?

- Quero saber o que vocês tão aprontando na varanda. Que fumaça é essa?

- Não é do narguilé? – Digão apontou pro meio da sala e indicou o objeto ligado, exalando o cheiro forte e denso do skunk no ar à nossa volta.

- Não, a fumaça daquilo ali é branca. – desconfiado, dei a volta na sala e fui conferir o que eles tanto evitavam me responder, rumo em direção à varanda. – O que eu tô sentindo é cheiro de...

Quando abri a cortina e vi aqueles ferros pretos montados e pegando fogo na brasa, quase caí pra trás. Em plena suíte presidencial do meu hotel cinco estrelas, um trio de machos simplesmente armou uma churrasqueira portátil, acendeu o carvão e começou a queimar os pedaços mais graúdos de picanha e de filé que já vi num churrasco. Sim, os três, Ronald, Digão e Clebinho, todos fazendo churrasco e ao mesmo tempo pedindo comida, porque vi até pedaços de lagosta sendo assados na grelha. Garrafas de espumante esfriando em baldes de gelo, outras de whisky importado e até algumas vodcas vagabundas jogadas no chão do quarto, sendo que essas com certeza não faziam parte do nosso bar do hotel.

- Churrasco, moleque!? É sério que você e os seus amigos vêm pra um hotel de luxo pra fazer... Churrasco?! – tentei conter a irritação. – Qual é o sentido disso, me explica?

- Ih, a lá? Vai desmerecer uma das melhores comidas que já foram feitas até hoje, paizão? – ele reagiu e me ofereceu um copo de bebida, que recusei.

- Pô, assim tu diminui a gente, maluco. – Digão, o grandão, concordou. – Papo reto que tu não gosta de churras?

- É, qual foi? – até o Clebinho fez questão de reagir. – Churrasco é bom pra caralho, chefia!

- Mas nem assim a gente deixou de prestigiar o rango nota dez da cheff do teu hotel, tá ligado, né? – agora o gigante pegou uma das garras da lagosta e comeu a carne.

- Viu só, velhote? Meus amigos são fechamento, não falei? Hehehehehe!

A maneira com a qual os três normalizavam algo que pra mim era absurdo foi o que me manteve controlado, apesar de puto.

- Vocês precisam tirar isso aí da varanda. – mandei.

- Isso aí o que?

- Essa churrasqueira, Ronald. Tá fazendo o maior fumacê, daqui a pouco com certeza algum hóspede vai reclamar.

- Ué, e daí? Eu não sou teu convidado VIP, paizão? Num tô entendendo qual foi da parada. – debochado, ele riu e virou na direção dos colegas, fazendo eles também caírem na risada.

Por causa de toda essa sensação de estar escorregando cada vez mais pra longe do meu controle de tudo, foi nesse momento que, pela primeira vez desde que conheci aquele cafuçu novinho e marrento, eu mantive a minha postura de resignação e mostrei insubmissão. Os três rindo à toa, o funk baixo na caixa de som e eu puto pela fumaça, até que virei na direção deles e, nesse movimento, pisei firme com o pé no chão. A reação foi imediata: silêncio absoluto e os olhos em mim.

- Ronald. – apontei pra varanda. – Tira essa porra dessa churrasqueira da sacada da minha suíte AGORA. Tá me escutando?

E tudo parou. O tempo, a música, a fumaça branca do skunk queimando no narguilé em cima da mesa e até a brasa pegando fogo na churrasqueira. Digão e Clebinho encararam o flamenguista na mesma hora que terminei de falar, visivelmente acuados e curiosos pelo que aconteceria a seguir. Foi aí que o Ronald entendeu o que estava em jogo, fechou a cara e deu três passos na minha direção, parando exatamente na minha frente. Olhou em meus olhos, franziu a testa e fez o maior semblante de ira, tudo porque passou dos limites e foi contrariado. Tive um pouco de medo, confesso, mas a dominação sexual não poderia se transformar numa dominação vital, com ele controlando até meu lado profissional. O hotel era minha vida e ele tinha que respeitar isso, então continuei com minha postura imponente, tão puto quanto o pivete e com o braço ainda apontando pra varanda.

- Agora, Ronald. Não tem nem mais e nem menos, você vai tirar a churrasqueira e ponto final, anda! – insisti.

O novinho rebelde bufou na minha cara, virou os ombros e saiu chutando o chão, revoltado por ter que abaixar a cabeça pra mim. Mas não deixei o assunto morrer por aí, virei pros outros dois e dei um tom de implicância ao contexto.

- Esse parceiro de vocês é sempre teimoso assim, é? Francamente, tem que ter a maior paciência às vezes.

- Porra, nem fala, paizão! Isso daí vacila mais do que respira, depois fala da gente. – Digão logo comprou a graça. – Eu avisei que ia dar merda essa porra na sacada. Mó fumaça, caralho!

- Pois é, mas ele teimou. – Clebinho completou. – Agora tem que tirar, não tem jeito.

- Tá vendo, até os seus amigos foram contra, Ronald.

- Ah, foram sim. Na hora de encher o cu de lagosta ninguém foi contra, bando de cuzão. – o moreno continuou puto e reclamando enquanto desmontava as coisas.

Eu não fiquei só observando e os ajudei, todos nós dando um fim no churrasco improvisado que eles inventaram em plena varanda do meu hotel.

- Tem TV com tudo quanto é canal, tem internet liberada, comida de não sei quantos países diferentes nos dois restaurantes, tem rodízio japonês, tem vinho de não sei quantos anos na adega e você me inventa de fazer churrasco logo na sacada, moleque? Pensa um pouco. Até fumar maconha eu liberei pra vocês, o que mais tá faltando? Até console atual tem nesse hotel e você nem aí.

- Console? Videogame?!

- Qual console, paizão!?

- Tem FIFA?

O trio reagiu quase que ao mesmo tempo quando comentei dos jogos e eu confesso que me senti um pouco aliviado, porque pareceu que finalmente encontrei algo que poderia entretê-los e impedi-los de fazerem mais merda na suíte presidencial. Eu mesmo fiz questão de ir no salão de jogos buscar o XBOX, depois voltei pro quarto e nós instalamos em pouco tempo. Só assim pro Ronald, o Clebinho e o Digão sossegarem pela sala, comendo bem, enchendo a cara, ouvindo o funk alto e chapando a mente de maconha natural, enquanto disputavam no FIFA. Meu pivete favorito sentou no chão, encostado no sofá onde eu e seu primo gigante estávamos, enquanto o Cléber deitou sozinho na outra poltrona, todos nós prestando atenção na disputa de times rolando no jogo na TV. Ou pelo menos foi o que eu achei, porque me senti observado, virei pro lado e o Digão disfarçou pra não ser pego me olhando. Fiquei um pouco nervoso, voltei a dar atenção pra TV, mas novamente fui tomado pela mesma sensação de estar sendo visto, analisado, detalhado. Virei pro lado outra vez, sendo que fiz isso do jeito mais rápido que pude, e, pro meu total espanto, o morenão safado e com pinta de surfista realmente tava olhando pra mim.

- Droga, fui pego. Hehehehehe... – ele falou baixo e discreto entre o ruído alto da música tocando na caixa de som, sem chamar a atenção dos outros dois.

- Então você tava mesmo me olhando, né? – fui direto ao ponto. – Por que, posso saber?

- Hmmm. Meu priminho andou falando de tu.

- Andou, é? E o que ele disse?

- Quer mesmo saber, coroa?

- Claro. Se não eu nem teria perguntado.

- Heheheheheehe! Tá certo.

Antes de falar, o pilantra riu, virou mais goles da vodca no copo e depois se certificou de que apenas nós dois prestávamos atenção naquele burburinho oculto e disfarçado no meio da jogatina.

- Ronald deu o papo que tu é viado e curte ser submisso. – o grandalhão não poupou munição. – Aí eu te pergunto, será que meu primo já te pegou de jeito?

Até suei com a malícia da pergunta. A gente não tinha qualquer intimidade, mas isso não impediu o Digão de ser maldoso, ignorar as circunstâncias e sussurrar coisas baixas e safadas pra mim, sem os outros dois amigos perceberem.

- Que audácia. Pra que você quer saber disso? – continuei meio defensivo.

- Quero saber se vocês dois têm alguma coisa, algum caso.

- Caso? Eu e Ronald? Você é maluco, Digão?

- Não, sou precavido.

- Precavido?

- É que eu quero fazer um bagulho contigo sem furar o olho do meu primo, pegou a visão, coroa?

Novamente, a suíte parou pra mim. Foi quase como se eu sem querer atropelasse outro macho pipeiro, só que esse agora tava mais pra surfista, por conta do corpão massudo, grande e bronzeado de sol suburbano. Quase não acreditei quando o primo do Ronald falou tão sincero, só que alguma coisa em mim lembrou do essencial: a moral. Ele certamente tava pensando em ganhar dinheiro, não apenas transar comigo, e acho que isso ficou muito óbvio. Antes de eu dar qualquer resposta, meu molecote de Bonsucesso olhou pra mim, fez cara de pidão e eu logo soube que escutaria mais um de seus extravagantes pedidos.

- Sabe o que tá faltando aqui pra ficar perfeito, paizão?

- Lá vem você de novo.

- Não, sério, papo reto. Pra gente ficar suave que nem daquela vez, sabe o que falta?

- O que? – perguntei, já arrependido.

- Tu desenrolar uma puta rabuda pra gente tacar a pica. Aí sim, fechou o combo da sexta-feira, morô, coroa?

- Porra, papo reto, primo! Era só um cuzinho agora, fala tu? – Digão endossou o desejo. – Né não, Clebinho? Nós já fica como, despedida de solteiro desse vacilão. Não vai casar? Então! Hehehehehehe!

- Vocês são foda, cara, só me levam pro mau caminho, puta que pariu! – Cléber tentou se isentar, apesar de botar a mão na rola no menor sinal da palavra “puta”. – Vou comer qualquer uma não, só se for rabuda mesmo e der o cuzinho. Tá maluco, trair minha mina por pouco?

- Ah, vai tomar no cu, seu mimado! Ainda quer escolher, é? Não fode! – o pivete marrento não segurou a língua e veio com o braço no meu ombro, se escorando em mim pra tentar me convencer. – O coroa aqui só bota rabuda na fita, tu não tem noção. Né não, velhote? Fala pra eles.

- Na boa? Chega disso. – levantei do sofá, mudei o tom e encarei os três. – Uma coisa é lidar com um moleque abusado, outra coisa é ficar com dois marmanjos barbados pedindo um monte de coisa que não tem pé nem cabeça. Primeiro churrasco, agora puta? Vocês tão pensando que isso daqui é o que, parque de diversões? Férias no puteiro da Disney?

Silêncio total, exceto pelo funk rolando baixo e o barulho do FIFA pausado na TV. Somente nesse instante que eu percebi o quão exposto e cru me coloquei diante de três homens adultos, safados e predadores naturais do subúrbio, talvez por ter sido olhado pelos três ao mesmo tempo.

- Eu e meus parelha tamo cheio de fome, coroa. – Ronald apertou o cacete no moletom, não deu nenhum riso e nem piscou. – Tu não vai mesmo convocar uma piranha pra nós passar a pica, tem certeza?

- Absoluta. – me mantive firme. – Sem garota de programa aqui hoje, fedelho, pode ficar certo disso. Nem pra você e nem pros seus “parelhas”.

- Ai, ai, ai... – o garotão folgado suspirou, depois cruzou os braços, olhou pros dois amigos e só então deu a risada cínica. – Então é isso, meus amigos. Quem não tem cão caça com gato. Ou melhor, com viado, heheehhhhehehe!

O trio de homens se olhou, concordou em alguma coisa e aí o flamenguista deu a ordem. De sorriso bem aberto, Digão e Clebinho pularam do sofá onde estavam e viraram na minha direção, o grandalhão estalando o pescoço e o baixinho esticando os nós das mãos. Ronald nem saiu de onde estava sentado, só ficou me olhando e rindo, enquanto os outros dois foram lentamente me cercando no canto da sala e me impedindo de ter pra onde correr.

- Vocês perderam a noção?! – acabei deixando o nervosismo aflorar e transparecer, foi isso que me expôs totalmente. – Vão fazer o que comigo?

- Ih, relaxa, coroa. Não dei o papo que ia te botar numa boa hoje, meu corninho? Então. Digão e Clebinho tão morrendo de fome, eu também tô. Nada mais justo do que dividir minha putinha com eles, tu não acha?

Quando ele falou isso, meu corpo entrou em posição de sentido e foi quase como se a mente pegasse fogo, mas eram chamas diferentes, capazes de alastrar e dominar cada região do meu físico. Estou usando metáforas pra dizer que fiquei num nível drástico de excitação, com a pele arrepiada e até sensível na roupa, principalmente nos mamilos e na cueca. De repente, uma suíte presidencial com três machos vadios e fanfarrões se transformou num açougue de cruza fácil, suja, animalesca e selvagem, digna de ser feita até na rua.

- Ó, mas vou dar logo o papo reto. Tô só emprestando meu viadinho pra vocês, tá ligado? Tem nada de chamego ou intimidade não, que o pai aqui é ciumento. É pra dar uma gastada no cuzinho dele e meter o pé, escutou?

- Por mim, tá suave. Onde come um come dois. É só um pente e rala. – o gigante concordou.

- Porra, vocês querem mesmo me ver comendo um cu hoje, fala sério. – Cléber reclamou. – Não tem jeito, então, vou ter que comer. Hahahahahaha! Bom que mato a saudade de um cuzinho antes de casar, né não?

Ver o Ronald falando de mim como se eu fosse um pedaço de carne pendurado e girando no gancho do açougue realmente me manteve dominado, controlado e muito, muito submisso. De uma hora pra outra, relaxei até minha postura física, empinei naturalmente o rabo e quis exaltar o quanto meu corpo estava à disposição do prazer daqueles putos juntos.

- Vocês querem mesmo comer o cuzinho de outro homem? – provoquei, livre e solto de qualquer amarra. – Só porque eu não topei chamar uma puta, é isso?

- Eu quero, paizão. – Digão quase babou em cima de mim, sádico para finalmente pôr as mãos calejadas na minha pele. – Tô que nem cachorro de rua no cio, doidinho pra socar a piroca no teu cu desde o dia que esse moleque brotou no futebol falando que arranjou um viado casado e pagão. Falo logo! Hahahahahaha!

- Eu não vou te comer. – Ronald frisou. – Tu tá ligado que a nossa parada tá muito além de um encontrinho num hotel, não tá, meu corno? Eu e tu somo outro patamar, não é isso daqui no meio dos outros, não. Isso aqui pra mim é só lazer, diversão. Quero ver a rapaziada se divertindo, só isso! Hehehehehehe!

- Você não vai me comer, garoto? – insisti.

- Não. – riu. – Ainda não. Vou ficar só olhando. Tu comeu aquela puta comigo quando eu chamei?

- Aff, seu moleque abusado! Isso é jogar sujo, sabia? Que injustiça!

- Tem injustiça nenhuma não, paizão, pelo contrário. Isso que eu chamo de jogo justo. Se tu tivesse participado comigo, agora eu participaria contigo. Tamo quites.

- Cara, como você é cretino. – reclamei. – Então tá, vou dar o cu pros seus amigos na sua frente e você vai ficar só olhando, que nem eu fiquei na vez da Sheila.

- Ótimo, é bom que eu gasto um tempo sozinho no XBOX. – o malandro fez pouco caso, sentou pra jogar videogame e voltou a falar com os colegas. – Ó, aproveita que eu alarguei o cuzinho desse puto com um pepino, não deve ter nem três dias. Hehehehehehe!

- Ah, foi? – Digão esfregou as mãos, lambeu os beiços e se preparou pro banquete. – Será que ainda tá larguinho ao ponto da minha piroca entrar fácil, ein?

- Só tem um jeito de descobrir, cria. – Cléber completou.

A partir daí, eu virei a chapeuzinho vermelho diante de dois lobos maus experientes na arte do acasalamento, um deles até noivado e pronto pra casar em breve. Certo do que queria fazer, o moreno grandalhão foi suspendendo minha blusa e caindo de boca nos meus peitos, mordiscando os mamilos e disparando um nervoso delicioso ao longo do meu corpo. Enquanto Digão me sugava em cima, Clebinho aproveitou a parte de baixo e foi me deixando sem calça, dividido entre estapear minha bunda e olhar na minha cara.

- Vai emprestar o cuzinho pra gente hoje, vai, maluco? Porra, mó honra, heheheeheh!

- Fala pra ele o que a gente faz com uma bunda, mano. Ele ainda não sabe, não. Hahahahaha!

- Hmmm, será que eu dou conta de dois safados que nem vocês? – apoiei os braços nos ombros de cada um e fiquei nu entre eles.

- Ah, claro que dá conta sim, não tem erro. – o grandalhão fez questão de garantir que treparíamos. – Quando a gente brotou da porta do hotel, eu vi na tua cara que tua parada é liberar o brioco, irmão, então pode ficar certo que dá conta.

- Será? Eu nunca dei antes, sabia?

- SÉRIO?! Porra, deixa eu dar uma conferida. – Cléber, o branquinho e baixinho, foi pra trás de mim e abriu minhas nádegas com as mãos. – Fffff, isso vai ser do caralho, filhão! Sem caô!

- É fechadinho mesmo, moleque?

- É, paizão. Selado, tem até cabaço aqui. Ó. – o noivo abusado lambeu a ponta do dedo e pincelou na minha porta traseira, dialogando diretamente com as pregas. – Hmmmmff! Como é que pode o Ronald ter socado um pepino aqui dentro dia desses? Tem como não.

- Arrrrssss, caralho! – pisquei muito quando o senti me cutucando. – Orrrffff, vocês são dois safados mesmo, que isso! Quem vê assim nem parece que vai casar em breve.

- Não é porque nós casa que esquece como que come cu, coroa. Ssssss! – ele falava e ia me dedando, apertando minhas nádegas enquanto o primo do pivetão chupava meus mamilos.

Com metade do indicador do Clebinho trafegando livremente além das minhas pregas contraídas, a presença anal começou a se transformar numa deliciosa queimação, indicando que o esfíncter se preparava para ser expandido, usado e alargado do melhor jeito possível. Quanto mais um sugava meus peitos, mais eu ficava excitado, meu pau subia e o lombo piscava, resultando em mais ardência por conta das pulsadas anais. Nesse mesmo ritmo, eis que o noivo baixinho chupou dois dedos, melecou de saliva e socou dentro do meu cu, me incendiando e me dando a certeza de que só ia me sentir sossegado quando fosse dominado pela dupla de cafuçus.

- Oiiihnnns! Puta merda, que gostoso, Cléber! Fffffff!

- Afff, tá gostando, tá? Putinha, vou te deixar larga. Abre essa bunda pra mim. – ele pegou minha mão e botou na nádega, pra me manter suspendendo e liberando espaço. – Isso, agora relaxa no meu dedo, vai? Ssss!

- Arrrrfffff, seu cretino! Sssss, vai casar e tá procurando fogo no olho do meu cu assim, é? Fffff! – eu mal me aguentava de pé, tamanha pressão de piscar e relaxar o cu consecutivamente, mas mesmo assim o Digão me segurava e me mantinha firme, chupando meus mamilos e apertando meus peitos com fome. – Orrrrssss, era isso que você queria ver, Ronald? Eu sendo usado, é?

Mas o marrentinho nem me deu bola, continuou apenas focado no FIFA e muito raramente nos olhava pra rir da cena e incentivar a dupla de amigos sedentos por sexo fácil.

- Hmmmmfff, que cuzão peludo da porra. Ó só o cheirão de curra que tá saindo daqui. Se eu fosse a tua esposa, ia pedir pra fazer um terra nesse lombo todo dia, paizão, papo reto! Puta que pariu, que cu é esse!? – o mais baixinho dos amigos não ficou tímido enquanto me dedava.

- Oiinnnfffff! Caralho, que delícia de sensação, porra! Ffffff! – quase derreti nos dois dedos do branquinho me atravessando e produzindo as mais intensas piscadas nas minhas pregas. – Ghmmmssss, para não, gostoso!

- Isso, prepara bem a rabeta dessa cadela pra eu usar, vai, irmão. Hehehehehehe! – o grandalhão se empolgou fácil, já roçando a jararaca na minha coxa ao mesmo tempo que me lambia, chupava e me mordiscava. – Vai me emprestar o cuzinho, vai, puta?

- SSSS, vou! Claro que vou, é a sua vontade, não é? Fffff, eu dou tudo que você quiser, seu macho safado! Só pedir que eu dou, arrrsss!

- Ah, dá? Então vai deixar eu te fazer de minha esposinha, vai? Tô a fim de dar uma namorada no teu brioco, coroa, tu não tem noção? Orrrrssss! Vou te deixar larguinho, posso? Te enrabar?

- À vontade, puto! Fffff! Vai ser meu macho, vai?

          - Eu vou, é só tu pedir que vou. Peitinho gostoso da porra, ó. – apertou meu peito de novo, mordeu a ponta do bico e ficou linguando, deixando meu corpo em ponto de ebulição. – Mmmm, fffff!

          - Hmmmmsss, que sensação é essa! Tô no paraíso, ainnnsss!

Mais saliva, mais lubrificação natural e o Clebinho logo estava plantando dois dedos inteiros até o fundo do buraco, me deixando cada vez mais babado, largo, quente. Pareceu até a porra de um Zé Colmeia bebendo mel nas minhas doces e calorosas entranhas. Eu me sentia como uma fonte termal recebendo macho e sendo responsável por aquecê-lo, satisfazê-lo através do contato carnal e íntimo com meu corpo. Quanto mais ele me melecava de cuspe, saliva e baba, mais eu sentia o ânus dilatado e aberto, receptivo e preparado pra tomar pica, de um jeito que nunca havia feito antes. E o melhor de tudo é que eram dois homens me dominando e explorando meu físico, então, enquanto o Cléber promovia meu alargamento, Digão parou de mamar e de beliscar meus mamilos com a ponta dos dedões e decidiu me matar de prazer com seu tempero natural de macho suado, massudo, suburbano e cafuçu de primeira categoria.

- Não tô me aguentando, coroa, sente aqui o cheiro forte do teu marido, vem. – puxou minha cabeça e levou direto à axila peluda, suada e com odor de antitranspirante. – Hmmmmfff, curte cheirão de macho, não curte? Aproveita, passa vontade não. Orrrsssss!

Eu quase desmaiei, entorpecido em testosterona, confesso, com um grandalhão me mantendo preso e pecaminosamente asfixiado em sua maré de feromônios explodindo no corpão moreno de praia. Minhas narinas basicamente mergulharam nas raízes felpudas do sovaco do grandão, até que não resisti e comecei a lambê-lo, me alimentando de seu sabor, textura e paladar, tudo de uma vez. Tamanha pressão sinestésica incendiou meus sentidos, fazendo meu corpo entrar em erupção e o caralho praticamente apontar pro teto da suíte presidencial, por conta do excesso da carga de tesão.

- Ou, ou, ou? – Ronald chamou a atenção do sofá. – Coé, esqueceu que eu tô daqui, primo? O marido dessa cachorra sou eu, pô, surta não. Tô só deixando tu dar uma volta na minha Ferrari, seu fura olho do caralho!

- Hahahahaahah, sem querer, RD! Foi força de expressão, é que teu viadinho curte ser feito de fêmea, aí eu fico louco. Fffffff!

No auge de tanta putaria e safadeza, percebi Clebinho adicionando o terceiro dedo em meu rabo e isso causou a maior queimação anal, num misto de ardência, alargamento e muito prazer do derretimento das pregas. O baixinho me encheu de cuspe, fez pressão com os dedos e foi me arrastando de fora pra dentro. Enquanto ele fazia isso, o volume da pistola no moletom se tornou pesado e explicitamente destacado de sua silhueta, resultando numa pilastra protuberante e pulsando sob a roupa. Toda vez que eu piscava o rabo, a carne quente se fechava em volta dos dedos nervosos do canalha e o prendia dentro de mim, quase como se meu corpo indicasse que estava pronto pra reprodução.

- Ssssss! Cadê, cria? Deixa eu ver como é que tá esse olhinho, deixa? – com extrema facilidade em me guiar e conduzir, Digão parou de me encoxar de lado e foi pra trás de mim, trocando de lugar com o Cléber. – Como é que pode um anelzinho peludo desses dar conta de um pirocão preto inteiro, ein, coroa? Heheheheeh, já tô até vendo o estrago que vai ficar depois de te enrabar.

- Hmmmfff, vai usar esse rabo, Digão? – empinei o traseiro, me pondo bastante arreganhado pro gigante.

- Porra, vou é te deixar arregaçado, isso sim! Não posso ver um cuzinho, maluco, ainda mais quando sei que posso extravasar. Mas fica tranquilão que vou devolver escangalhado, mas ainda vai dar pra tu sentar, já é? Hehehehehehe, fffff! Minha puta. – avisou e cheirou meu cangote por trás, dando uma mordida instigante no pescoço. – Posso te encaçapar, posso? Me empresta esse lombo?

- Eu empresto, dou, alugo, faço tudo que você quiser. Arrrssss! É seu, esse cu, pode usar. – falei.

Do mesmo jeito que fez quando ficou roçando no meu corpo de lado, agora o morenaço pôs as mãos graúdas em minhas nádegas, fincou os dedos grosseiros na carne e me trouxe possessivo pra si, colando toda sua silhueta na minha traseira. Como ele ainda estava de short, o contato incandescente que senti de primeira foi do tecido volumoso e pesado tentando borrar os traços das minhas pregas, com o cabeçote armado do lado de dentro da roupa e pulsando pelo toque indireto na rabiola. Esse movimento me fez piscar descontroladamente, abrindo e fechando o anel de pele de uma forma acelerada e indiscriminada, ao ponto do ânus parecer uma boca mordiscando a colina de tora que existia no short deformado do Digão.

- Sssssss, caralho! Eu vou te machucar, coroa, papo retão. Fffffff! – nem o próprio pilantra aguentou a pressão inicial do aperto. – Vou te comer aqui mesmo, quero nem saber de nada.

- Então bota logo a camisinha, vai, que eu também não tô mais me aguentando de tesão.

- Camisinha? – foi aí que ele se admirou. – Ué, qual é a graça de eu te comer e não sentir o aperto desse cuzinho cantando na minha vara? Quero te cutucar com o cabeção da minha pica, pô, qualquer coisa eu gozo fora.

- Aff, seu abusado. Você é igual ao seu primo mesmo, não é, não? – reclamei, mas continuei com um moreno grandalhão trepado em meu lombo e a jararaca roçando na portinhola do cu. – Hmmmmsss, safado pelo corpo todo. Eu tenho esposa, sou casado, já pensou se chego em casa todo largo?

- Assim que é bom, porra! Sssss! Tu vai ter história pra contar quando me ver na rua, se ligou? Hehehehehehe! Vai olhar assim e dizer “caralho, aquele maluco ali já trocou minhas perna de tanto foder”. – não parou de falar putaria, ao mesmo tempo em que cutucava de leve a glande no meu ânus através do short. – Hmmmfffff, ssss! Varetar cu de viado casado tem que ser no pelo, senão tu não vai sentir 100% da minha lapa cabeçuda paulando lá no fundo, coroa.

Quanto mais o Digão ia rabiscando meu cuzinho e pincelando o anel cuspido e babado entre minhas nádegas, mais minha vara estalava no meio das pernas. O cretino mexeu muito comigo, me instigou e não parou de me provocar com tanta canalhice sendo dita por trás do ouvido, tudo isso enquanto se preparava pra me montar e trepar na minha traseira. Nesse entretempo, um Cléber excitado e cheio de tesão parou na minha frente, subiu no sofá e ficou com a cintura exatamente na altura do meu rosto, a bengala marcada e cavernosa no tecido. Safado e de aliança no dedo, ele me olhou de cima pra baixo, riu, botou as mãos pra trás da cabeça e esperou.

- É a primeira vez que tu vai chupar pica, mano? Se for, vou deixar tu mesmo botar meu boneco pra fora, pra não te assustar. Hehehehehehe!

- Hmmm, você é tão dotado assim, garotão?

- Mais que esse cuzão que tá aí atrás de tu.

- Ah, vai se foder, Clebinho! – o gigante reclamou, sem parar de me encoxar. – Eu quase penetrando um cuzinho desse e tu me gastando, porra? Hmmff, caralho!

- Mas tu tá ligado que é verdade, não tá? – insistiu, o baixinho. – Pai tem rola pra dar e vender, por isso que não passo fome. Heheheheh!

Nem dei mais tempo dele falar, aproveitei a visão do quadril magro e atraente do moleque e afundei as narinas bem por cima do volume da piroca destacada, indo com o nariz até o fundo do saco, bem entre as pernas. Inalei profundamente, mostrei pra ele que sentir seu tempero íntimo era o que me satisfazia e o puto não se aguentou, teve que pôr ambas as mãos possessivas por cima do meu crânio e guiar o prazer. Controle. É disso que esses homens gostam, incluindo a mim mesmo nessa sentença.

- Bota a língua pra fora, vai? – mandou e eu obedeci. – Isso, fica com ela assim.

E aí começou a esfregar o pacote da linguiça no moletom sobre as minhas papilas gustativas. Apesar do tecido da roupa estar entre nós, o branquinho olhou pro teto da suíte, fechou os olhos, abriu a boca e gemeu sincero, dizendo pra mim o quão à vontade estava por fazer minha língua de lixa pra massa do trabuco grosso escondida no pano.

- Orrrrssss! Caralho, RD, tu tá adestrando essa cachorra direitinho, ein, maluco? Porra... Hmmffff!

- Num tá, irmão? – atrás de mim e me sarrando na base da esgrima, Digão concordou. – Ssssss, coroa se amarra mesmo em pica, ó? Ffffff! Nem acredito que vou comer um cuzinho, papo reto!

- Pô, meu corninho amassa, pega a visão. Tu acha mesmo que eu ia aceitar moral de qualquer merdinha na rua? – Ronald pausou o FIFA pra tomar mais whisky, fumar skunk no narguilé e responder. – Esse daí é o único viado que eu tenho. Minha fêmea número um é esse velhote.

- Caralho, tô vendo! Ffffff!

Colado em minha traseira, o primo morenão do flamenguista folgado se cansou do short, tirou a roupa e finalmente mostrou o pedação de rola preta e grossa que possuía no meio das pernas. Digão era bastante pentelhudo, da piroca não tão comprida, porém muito, muito grossa mesmo, parecia até um torpedo massivo, um míssil cabeçudo e preparado pra implodir e demolir todas as pregas de um cu. Sem usar as mãos, o pilantra largou a lagartona quiluda por cima da minha bunda, voltou a me cobrir com o corpão por trás e ficou rebolando, enquanto falava as atrocidades mais perversas em meus ouvidos e brincava de deixar o caralho monstro escorregar sozinho pro meu cuzinho quente e piscante.

- Arrrsssss, imagina quando entrar? Ffffff!

- Oinnfff, para de enrolar e me come logo, vai? Hmmmsss, gostoso! Safado!

- Não, vamo lentinho até entrar sozinho, vamo? – pediu e dançou lento sobre mim, remexendo a cintura e rastejando a jararaca entre as bandas da raba. – Vamo começar no talentinho que senão eu vou acabar pegando pesado contigo logo de cara, putinho. Fffffff!

- Ssssss, tô doido pra te sentir pegando pesado, sabia? Fffff, tesão!

Tendo a peça dele pesando no meio das minhas nádegas, fiquei mais quente, mais eufórico e confesso que comecei a perder o restante do pudor que ainda tinha em meus quarenta e poucos anos de vida. O membro cavernoso do Digão não parou de rastejar na pele da minha bunda, eu senti seu sacão me encoxando junto e não consegui parar de piscar, desfrutando de cada roçada entre as pregas e da curvatura vertiginosa da uretra destacada da caceta preta. Ao mesmo tempo que tudo isso acontecia atrás, o Cléber estava com o moletom todo babado e úmido na minha frente, de tantas linguadas, mordidas e sugadas que dei em sua viga através da roupa. Com uma mão ele segurou meu crânio e com a outra arriou o elástico da calça, me deixando cara a cara com uma das maiores pirocas que já vi na vida.

- Puta que pariu! Essas comidas de hoje em dia tão vindo com muito hormônio mesmo, só pode. – tive que falar. – Os novinhos tão mais dotados do que os caras mais velhos, olha só pra isso?!

- Hheheehehehe! Não dei o papo, fera? Maior pirocão, pô, desde novinho. Na minha família é geral roludo, meu irmão, meu primo, meu pai. Hehehehehe! Fica com vergonha não, pode caindo de boca. Faz um carinho nele, faz?

O pedido foi uma ordem e eu não me fiz de rogado, até porque não tinha como deixar passar uma oportunidade GRANDE daquelas. Apressado, quis me afogar na fartura que era a calabresa branca, veiúda e espessa do Clebinho, porém confesso que engoli mais do que achei que conseguia e acabei tossindo em cima da mamada, transformando o oral no Cléber em uma das mais deliciosas dominações pelas quais passei na vida.

- Calma, sem pressa, viadinho. – dominador nato, ele enroscou os dedos em meu cabelo e fez de gancho pra ter mais firmeza no controle. – Sem pressa, que a minha pica não vai fugir da tua goela. Não vai passar vontade, pode ter certeza. Abre o bocão, vai? Bem aberto, o máximo que tu conseguir.

- Assim? – acatei o desejo e abri os lábios no extremo do diâmetro.

Sedento, o caralhudo apontou a chapoca do cogumelo na direção das amídalas e sentou o freio robusto no fundo das papilas gustativas, escorregando com tudo até o fim da minha faringe.

- Shhh, shhh, tira o dente. Sem o dente, paizão, pra não arranhar minha pica, vai? – deu um tapa no volume da trolha sobressaindo em minha bochecha e me botou no eixo, tacando fogo no meu corpo obediente. – Isso, vagabunda! Isso, puta, fffff! Engolidora de vara a gente faz assim, ó? Hehehehehe, sssss!

Travando minha cabeça com uma mão, o noivo acelerou os movimentos do quadril, ignorou minhas ameaças de engasgamento e se empolgou com as ferroadas na goela, crescendo e ficando cada vez mais massudo, grosso, pesado dentro da minha boca.

- SSSSS, isso, sustenta! Ffffff, gosto quando a minha mulher sustenta a mamada assim que nem tu, tá ligado? Aí, já tô podendo até dizer que tu tá melhor que a minha mina, viadinho. Arrrsssss! Nasceu pra engolir caralho, não tem jeito. Abre o bocão, abre? – rápido, tirou tudo de dentro, olhou no meu rosto e largou o cuspidão cheio em cima da minha língua. – Isso, agora engole de novo, vai? Perde tempo não, me deixa à vontade, viado. Ffffff! Tu não é viado? Não queria chupar piru, coroa? Então, agora chupa, porra! Chupa tudo, anda? Hmmmmssss, caralho!

- Ghmmmmm! – eu nem consegui falar, tomando ferroada atrás de ferroada no poço da goela.

Foram pouquíssimos segundos até eu sentir a mandíbula arregaçada, exausta e dormente, porém todas essas sensações traziam a mais gostosa das saciedades e enchiam meu peito de orgulho por finalmente estar sendo dominado do jeito que tanto queria. Fiquei até pensando, como é que o mais baixo dos amigos podia ser também o mais dotado? Apesar do meu vício ser em um cafuçu flamenguista, folgado e caralhudo chamado Ronald, o Cléber definitivamente tinha o pau maior e mais largo dos três ali, eu não tinha como negar isso. Dos três não, dos quatro, porque eu mesmo perdia pro novinho já noivado. Sua noiva certamente era a mais sortuda das mulheres, porque era ela quem podia desfrutar diariamente da truculência e da arrogância que o baixinho chamava de caralho. E o melhor: mamada pra ele tinha que ser taxativa, dominando, controlando e doutrinando o mamador pra fazer do jeito que o pirocão queria, porque o sacana sabia que era dotado e não tinha medo de mergulhar de vez nisso.

- Ssssss, vai mamar até tu ver tua cara refletindo na cabeça da minha vara, escutou? Arrrrfffff, caralho! Trata de polir essa pica até ela ficar envernizada, anda. Ffffff!

- Mama ele, mas não esquece de mim aqui, não, coroa. – atrás, Digão apontou o porrete cada vez mais pressionado no meu anel e senti o cabeçote me abrindo e tacando fogo na carne. – Hmmmmssss, que apertadinho, paizão! Ffffff!

- Mmmmmf! – eu só podia gemer, atravessado e tomado em sentidos e direções opostas, como se fosse um boneco inflável na mão da dupla de machos mandões e gostosos de obedecer.

Na frente, até fechar as minhas narinas o Clebinho fechou, demonstrando todas as canalhices e vícios que aprendeu ao longo da vida, tanto por trepar quanto por ver muito pornô. Eu me senti intimamente mexido, muito provocado e desafiado por ter aquele novinho baixinho e marrento segurando meu queixo, vedando minha respiração e me encarando enquanto via sua palma de caralho grosso sumindo no fundo da minha garganta e indo mais além.

- Isso, filho da puta! Arrrrrrfffff, caralho! Porra, tá mamando pra ver leite mesmo, ein? Que isso, sssss!

- Vai relaxando o cuzinho na minha vara, vai? – o grandalhão sussurrou e gemeu atrás do meu ouvido. – Confia no pai, vou te enrabar no talentinho, piranho! Fffff, orrrrsss, isso!

Quanto mais eu mamava, sugava e me sentia íntimo daquela genitália exagerada e predadora, menos conseguia entender como um pivete tão simples podia ser tão roludo e safado, com tamanha fome de foder goela. Entorpecido pelo cheiro forte do último mijão que o Cléber deu, deixei o pilantra me encaçapar pela boca e cansar minha mandíbula, brincando de trepar com minhas vias orais como se meus lábios fossem realmente uma bucetinha quente. Por mais que eu tentasse, não cheguei nem perto de engolir o calibre grosso e robusto do fuzil, porém mesmo assim o cavalão insistiu em me ver tragando rola no máximo possível, nem aí se ia arregaçar meu crânio. O torpedo era maior do que minha mão e eu não consegui fechar os dedos em volta da base, de tão espesso e maciço que era. Dura feito pedra, a cabeçota foi de rosada à arroxeada, denotando o quão ereto o tronco ficou. Até as glândulas saborosas ao redor da glande massuda me deixaram apetecido, por isso mamei enquanto segurei seu sacão pesado de batatas e massageei suas bolotas, estimulando ainda mais a produção de filhos nos culhões do Clebinho.

- Boqueteiro nato, papo reto, ssssss! – o sacana tirou a caceta toda, suspendeu e deixou os ovões balançarem dentro do saco lotado. – Agora faz uma graça na minhas bola, vai?

- Caralho, você é mesmo um macho filho da puta, não é, não? Cretino! – provoquei. – Você também não fica pra trás, Digão, ssssss!

- Por que, tô fazendo do jeitinho que tu gosta, é, viadão? Hehehehehe! Para não, chupa minha bola esquerda, vai? Quero fazer tua boca de incubadora pros meus filhotes, anda.

- Ssssh, relaxa o anelzinho pra mim, meu puto. – o morenaço montado em meu lombo fez o pedido, ajeitou a cintura e parou com a glande inchada e cabeçuda bem na porta das pregas, chegando a cumprimenta-las. – Hmmmmfff, arrebita bem esse cu pra eu usar, vai? Fffff! Tesão do caralho, maluco!

Dei um banho de linguadas e sugadas nas almofadas que o baixinho chamava de ovos e ainda aproveitei pra cheirar bastante a selva de pentelhos fartos que ele tinha, me fazendo na testosterona exaltada do dotado. Foi nesse instante que senti as garras possessivas do morenaço segurando minha cintura e escorando meu corpo, me mantendo parado pra ser possuído. Aí a cabeça gorda da vara inchada cravejou minhas entranhas, passando pelas pregas e provocando pulsadas seguidas por parte do meu cu.

- Aihnssssss, caralho, seu arrogante! Ffffff, que queimação dos infernos! – cheguei a parar de mamar o saco do Cléber por causa dessa perigosa e deliciosa revirada anal. – Mmmmss, puta que pariu, tá muito gostoso!

- Hmmmfff, tá gostando, tá? – Digão beijou meu pescoço, mordeu, apertou as mãos novamente na minha cintura e foi botando mais pica pra dentro, me enterrando cada centímetro do mastro grosso. – Orrrrsssss! Arrrrfffff, que tesão de cuzinho quente, paizão! Ffffff!

- Orrrffff, seu caralhudo da porra, você vai é me rasgar, isso sim! Será que esse troço vai caber? Mmmmss!

- Vai, claro que vai! – ele logo se certificou de que a gente ia mesmo trepar selvagem. – Tá maluco, cabe é tudinho nesse cu, coroa. Sssss! Ó, já tá começando a caber, tá sentindo? Hmmmfff!

O gigante fez a pergunta, apertou mais bengala no meu fundo e eu realmente senti como se fosse ser rasgado por dentro, prendendo minha respiração ao máximo pra poder dar conta de relaxar e soltar ainda mais o esfíncter. Só que toda essa resistência se traduzia numa intensa latência, então eu tentava me concentrar, mas o lombo não parava de pulsar, como se a carne do ânus quisesse degustar, chupar e mascar a linguiça obesa cravejando na tubulação do meu rego.

- Arrrrfffff, tô sentindo tudo, caralho! Orrrsss, que fogo do inferno é esse, Digão?! SSSS! – nervoso, comecei a suar e tive que parar de mamar o Cléber pra poder ser penetrado pelo grandalhão. – FFFF, arrrssss! Como é que uma pica é tão grossa desse jeito, cara, me explica?! Mmmmff!

- Urssss, e olha que eu ainda nem comecei, viado. Fffff! Relaxa pra eu botar tudo, vai? Ainda tem piroca pra fora, coroa, eu quero é tudo dentro. Sssss!

- Ainsss, tô tentando, porra! Quem mandou ter uma pistola no lugar do pau, caralho?! SSSS!

- Isso, relaxa, fffff! – Digão pressionou a mão no meu cóccix, me abaixou um pouco e foi atravessando a jeba cabeçuda além da minha carne, mexendo pros lados pra conseguir cada vez mais espaço interno no cu. – Aí, aí sim, porra! Arrrrsssss, tá vendo só? Já tô quase te comendo, tá vendo? Hmmmffff!

- Já tá quase me arregaçando, seu filho da puta! Orrrrffff, cretino!

- Arrrrssss! Ué, quer que eu pare? – perguntou por trás da minha orelha, sabendo exatamente como me seduzir.

- CLARO QUE NÃO, DESGRAÇADO! Sssss! – quase gritei. – Você nem ouse sair de dentro de mim uma hora dessa, seu abusado! Ainnfffff!

- Heheheehhe, assim que eu gosto de ouvir, cadelinha no cio. Quer pirocão socado todinho no cu, quer? Ffffff!

- Sssss! Enfia mais, vai? – pedi e arqueei as costas, jogando o rabão todo pra cima do grandão. – Pode ir socando, que agora até eu quero que caiba inteiro. FFFF!

- Ah, quer? Então toma pica, toma? – cuspiu no nosso encontro, ajeitou o trabuco com a mão e arregaçou as ventosas do meu ânus. – SSSSS, caralho! FFFF!

- AAINSSSS! PUTA QUE PARIU, DIGÃO, QUE DELÍCIA DE PICA, FFFF! Seu filho da puta, aaaarsss! Caralho, cara, sssss!

- Hmmmmfff, cachorra! Sssss! Quanto mais tu pisca no meu caralho, mais eu latejo dentro de tu, tá me sentindo? Ffffff!

- E tem como não sentir um troço desses me completando assim? Mmmmsss, tô com o maior tesão!

Minha traseira suando, o anel de pele piscando e sendo totalmente impedido de fechar, por conta da presença grotesca, pesada e gorda do pedregulho grosso e veiúdo me mantendo aberto, arregaçado. Meu esfíncter estava no ápice possível da dilatação, tendo sido basicamente transformado em buceta, com as beirolas fazendo o papel dos lábios carnudos e inchados.

- SSSS, urrrffff! Tesão é o que eu tô sentindo nesse teu buraco, viado, ffff! Mais apertadinho que uma xerequinha quente, como é que pode? Orrrrsss, assim eu não tenho como me alimentar só de pepeca, é impossível. Arrrrffff, caralho, parece até um casaco na minha vara, irmão! Sssss!

- Ainffff, e você gosta de cu apertadinho, é? FFFF! Tá te alimentando, esse rabo?

- Porra, tu não tem nem ideia. Orfff, sss!

Mesmo sem eu ter um grelo, ali estava Digão totalmente inserido no meu lombo e colado, grudado, estacionado ao longo da minha tubulação anal. Todas as minhas carnes do cu foram amassadas, atropeladas e mexidas pela grossura cavernosa do caralho preto e cabeçudo, por isso o morenão conseguiu finalmente chegar no fundo e inflou lá dentro, ficando absolutamente colado em mim, com suas coxas peludas escorando a parte de trás das minhas pernas bambas.

- Posso começar a te foder, posso? Sssss!

- Hmmmmf, a hora que você quiser, gostoso!

Não parei de piscar, ele não parou de latejar e nossas intimidades se misturaram numa coisa só, resultando no encontro único do pirocão totalmente guardado em meu buraco. Toda essa pressão marginal elevou meu tesão no máximo e foi assim que a queimação instalada no rego começou a se transformar em fogo puro, nascido diretamente do atrito das veias do membro do Digão com a pelúcia que recheava as paredes internas do meu ânus. Pronto, foi iniciada a cruza, ao ponto de eu conseguir sentir o sacão do canalha encoxando minhas bolas por trás, de tão unificados que nos colocamos. Fiquei com um palmo de envergadura emperrada e torta dentro do cuzinho, sendo alargado e arregaçado pra dar hospedagem pro monstro que o grandalhão chamava de rola. Só então ele finalmente fez o primeiro movimento de sair e voltar, agindo como se estivesse me desentupindo pela bunda.

- Ainfffff, que delícia, porra! Isso, fode, puto! Ffff! Pode acelerar, fica com vergonha não, vai? Oinssss!

- SSSS, pede pirocão no meio do cuzinho, pede? Orrrfff, sss!

- Vai, Digão, brinca de foder com o meu cu. Para não, porra, deixa de ser malvado. Ssssss, delícia de fogo, caralho! Fffff!

- Fffff, piranha! – deu um tapa de mão cheia na minha raba, aproveitou a pegada e enfiou os dedos na carne como se eu fosse um pedaço de terra, mantendo minha nádega arrebitada pra tirar mais abertura do meu buraco. – Arrrssss, não quis chamar a puta pra gente porque queria fazer o cu de xoxota, né, viado? Eu tava bem ligado na tua, orrrff!

- Eu queria dar mesmo, confesso. Oinsss, agora fode com gosto, vai? Fffff! Gostoso, safado! Usa esse cu do jeito que você quiser, cretino!

- SSSS, posso usar, é?

- Usa, caralho! Arrfff, soca, porra! Ssss!

- Ah, é? – sem medo, ele acelerou e estocou firme com a giromba na minha olhota, macetando minha próstata e me deixando em ponto de bala. – SSSSS! Isso que tu gosta, né? FFF! Isso que tu quer?

- ISSO, PORRA! SOCA, VAI? GHRRR, ARRSSSS! CARALHO!

A velocidade cresceu, eu comecei a suar feito um maratonista e me pus cada vez mais arreganhado ao bel prazer do Digão, um gigante pirocudo e faminto por sexo selvagem, bruto, sem frescura. À essa altura do tesão, eu tava de pau babando e muito duro, ou seja, estava dando o rabo do melhor jeito possível, pulsando com o cacete e ao mesmo tempo apertando o banquete promovido pelo morenaço no meu rego.

- Já botou dentro, primo? – meu marrento favorito nos deu atenção, fazendo a pergunta ainda sentado na poltrona.

- Botei, paizão! Sssss, tive que botar! Hmmmmmf, caralho!

- E como é que tá aí?

- Porra, tá perguntando sério!? – o ogro pareceu que ia desmaiar em cima de mim. – Tá do caralho, filho, tô nem conseguindo ficar em pé direito. Cuzinho tá amassando minha vara toda, não consigo ver o talo, ó? Orrrrffffff, tesão!

- Meu corninho tem mó cuzão, mas é apertadinho, né? Heheheheeh! Mais profissional do que a piranha que ele botou pra eu comer, sem caô.

Esse jeito taxativo e inconsequente de falar fez eu me sentir uma cadelona submissa no meio de dois vira-latas famintos por cruza, totalmente exposto, disposto e a fim de praticar a reprodução com a dupla de machos viciados em putaria.

- Pronto, agora que já se acostumou, pode voltar a me mamar até o talo, anda. – Clebinho, o baixinho marrento, deu com a lapa de pica na minha bochecha e produziu o estalo da colisão da massa. – Puta que é puta mama um e dá pro outro ao mesmo tempo, tu tá ligado, né? Espero que o Ronald tenha te ensinado isso.

Foi aí que o tempo parou. Sem mais nem menos, eis que o flamenguista posudo, folgado e caralhudo se fez presente no meio de nós três, com os punhos fechados e apoiados na cintura, observando a gente e com um semblante perverso no rosto.

- Dois? Puta que é puta, vagabunda mesmo, viciada em pica, dá até pra três. – disse ele.

Meu pivetão abusado apenas me encarou. Nem precisou botar a mão no trabuco armado entre as pernas pra pulsar a ferramenta sozinha e quase desloca-la dentro do moletom, de tão potente a ereção.

- TRÊS?! – quase caí pra trás. – Você tá doido, eu mal dou conta de dois. Fffff!

- Tô gastando, meu corninho. Minha parada contigo é mais séria que isso aqui, já dei o papo. Mas também não vou deixar de dar uma moral pros meus parceiros, né não? Hehehehehehe! Já que eles tão desfrutando da minha cachorra, eu tenho que conferir se tu representa mesmo, concorda?

O canalha deu o recado, puxou uma cadeira e sentou com o cotovelo apoiado na própria coxa, virado pra mim e devoto à minha performance. Simplesmente ignorou o jogo no XBOX e veio pra perto da gente, com o copo de whisky na mão e o cigarro aceso na outra, pronto pra se certificar da qualidade do meu serviço prestado. Eu todo aberto, comido por trás e pela frente por dois machos possessivos diferentes, cada um deles me puxando e me exigindo num sentido diferente, enquanto o amigo deles bancou o voyeur e ficou nos analisando, avaliando meus esforços para dar conta de dois pirocudos.

- Sssss, ainsss, Digão! Ffff, fode, vai? Delícia, gostoso, come meu cu todinho, porra! Orrfffff!

- Shhhh, cala a boca e engole minha pica, anda. Isso, caralho, tudinho. Hmmffff!

- Vai, meu corninho. Mama nos ovos do Clebinho também, quero ver. – Ronald mandou.

Sem medo de nada e dando mais provas de sua marra inconfundível, o próprio molecão flamenguista segurou o saco do amigo baixinho e esfregou as bolas na minha língua, uma cena que ainda fez a dupla apertar as mãos e se cumprimentar, como se fosse motivo de orgulho estarem ali juntos. Quando achei que pararia por aí, o pivetão folgado segurou no caralho grosso do parceiro e bateu com a peça na minha boca, no meu rosto e nas bochechas, enchendo minha cara de babão de rola e também de saliva.

- Abra o bocão pra tomar piroca, vai? – ordenou e segurou meu crânio, afundando mais da metade do cacetão do parceiro na minha garganta. – Isso, sssss!

- Orrfffff, caralho! – nem o próprio Cléber se aguentou com tamanha pressão, chegando a contorcer involuntariamente o próprio corpo ao sentir minha goela. – Arrrrssssss, que filho da puta, mané! Teu viadinho mama muito, paizão, que isso! Hmmssss, ó?

- Tá pensando o que? Meu putinho é adestrado, porra, eu que domestiquei. Hehehehehehe!

- Porra, então tu ensinou direitinho, primo, papo dez! Arrrrffff, puta que pariu, cuzinho de responsa esse daqui! – Digão me deu mais tapas na bunda e continuou tremendo em solavancos na minha traseira, indo e vindo dentro de mim e desfazendo meu interior com cabeçadas certeiras na próstata. – Orrrssss, mais macio que xereca, como é que pode, irmão? FFFFF, filha da puta ainda dá o cu rindo, ssss!

Fiquei sem conseguir responder, totalmente amassado e deliciosamente devassado por três machos ao mesmo tempo, apesar do meu novinho não trepar diretamente comigo. Enquanto me provocava, Ronald não escondeu seu nível de tesão explodindo no moletom e pegou na pilastra em vários momentos. Aos poucos o moreno grandalhão foi me colocando de quatro no chão, se mantendo pendurado na minha traseira e estocando a jararaca rabeta a dentro. Nessa altura, meu corpo ficou baixo e o meu flamenguista favorito aproveitou pra sentar nas minhas costas, ao mesmo tempo que eu dava o cu pro seu primo e caía de boca nas bolas do amigo noivo.

- Isso, mama tudo, vai? Sssss! Tô ligado que tu consegue esconder essa pica toda na goela, viado, calibra ela. Orrrffffff! – o branquinho ficou na ponta dos pés com o meu empenho, perdido entre foder minha faringe e revirar os olhos. – Arrrrsssss, boquinha quente do caralho, maluco! FFFF!

- Oinnssss, dá o cu melhor que muita puta por aí, sem caô! – o colosso atrás de mim não parou de marretar meu cu.

- Esse corninho foi bem treinado, porra, já não falei? Adestrei certinho, pô. Hehehehehehe!

Primeiro, o Ronald ficou virado de frente pro Clebinho e enchendo as meias do futsal no meu nariz, enquanto o baixinho fodia minha garganta adoidado. Esse foi o estopim da dominação, porque eu tava tomando porretada grossa no olho do cu arreganhado, sendo engasgado em mastro e tendo as narinas entorpecidas pelo suculento e apetitoso tempero masculino dos pezões suados de um garotão rueiro, pipeiro e putão de primeira.

- Mama ele e sente o cheiro do teu macho, vai? Piranha. Cachorra. Não era isso que tu queria quando brotou lá em Bonsucesso, vadia? Ein?

- Ffffff, esse coroa engole quase tudo, ó? Sssss, caralho, paizão!

- Ghhmmmm, ffff! – eu não conseguia responder, amarrotado de pau por dentro e drogado no cheiro de testosterona das meias do meu putão abusado.

Em seguida, o novinho virou o corpo montado nas minhas costas e dessa vez ficou de frente pro primo gigante, cara a cara com meu rabo sendo transmutado em xereca. Depois de cada estocada violenta do Digão, meu corpo chegou um pouco pra frente e eu fui escorado na garganta pelo tacape massivo do Cléber, tudo isso num mesmo sistema sexual em funcionamento, pois meu pau pareceu que ia estourar de tão duro, pra não falar do cuzinho piscando muito. O Ronald decidiu ajudar o grandalhão, agarrou minhas nádegas com as mãos e puxou pra cima, levantando e me deixando totalmente arreganhado à mercê do moreno massudo.

- Uuuurrffffff, ssssss!

- Tá gostando, é, primo? Hehehehehehe! Cuzão de responsa, fala tu?

- Porra, tô é viajando nessa rabeta, isso sim. Ó só.

Possessivo e carnívoro, o primão graúdo fechou as mãos calejadas e enormes nas minhas ancas, me prendeu e dançou acelerado contra minha bunda, fincando de vez a pá de enxada nas últimas das terras do meu cuzinho amassado e revirado.

-AINNSSSS, FFFF!

- ORRRFFF, SSSS! CARALHO!

- Isso, arregaça com ele, fode pra valer!

Por causa desse movimento com o corpo esticado sobre o meu, Digão acabou inchando drasticamente no meu ânus e lotou, inchou, empedreceu contra toda a pressão que eu não conseguia parar de fazer com as piscadas. Entramos numa sincronia extrema e muito agressiva, o calor no rabo cresceu e foi quase como uma erupção, com as pregas sendo arrebentadas e derretidas pelo crescimento cavernoso da clava preta e incandescente do morenão.

- Ainnffffff! Que sensação gostosa dos infernos, cara! FFFF! – pensei que fosse desmaiar de tanto tesão socado no lombo, principalmente por conta do pau estourando de duro e das sucessivas trancadas na cobra venenosa do ogrão.

Nem ele mesmo aguentou tamanha descarga de prazer e teve que parar de se mexer, ficando estático e fincado com o trasgo alargando a pele fina das bordas do meu anel extraviado.

- SSSSSS, ARRRFFFFF! Caralho, na moral, troca comigo um pouco, mano, senão eu vou acabar enchendo o buraco desse maluco de mingau, papo reto. – Digão não se conteve e pediu pra sair. – Hmmmmmfff, dá não!

- Que isso, irmão, já desistiu? Hehehehehe!

- Porra, é porque tu não tá sentindo o que eu tô aqui dentro, sem caô.

De tão montado pelo touro, senti não só o caralhudo ameaçando me rasgar, como também os pés quentes e suados sobre os meus, os dedos mexendo involuntariamente e reagindo às ondas de prazer irradiadas do nosso encontro íntimo. Decidido, o macho gigante foi desatarraxando a marreta de dentro de mim e meu cacete não parou de pulsar, soltando incontáveis filetes de babão grosso e produzindo mais latejadas do cuzinho no martelo cabeçudo que o primo do Ronald chamava de piroca. Assim que ele saiu, senti vontade de peidar e me dei conta de que isso na verdade era a sensação deixada pelo oco da jiboia do grandão, resultando na boca do cu toda moída, as pregas inchadas, ardentes e vermelhas, eu todo arregaçado.

- Orrrrssss, puta merda. Se eu ficasse mais um pouquinho gozava, sem neurose. Quero nem mais arriscar.

- Ah, arrisca vai? – provoquei e arrebitei a traseira, deixando o anel violado e atropelado na visão do morenaço.

Devagar, ele tocou a ponta da glande massuda na portinha arrombada da cuceta, sustentou o picão na minha carne e voltou a arrastar pra dentro, me enchendo de vara e também da sensação de ser novamente preenchido por um macho mandão e possessivo. Todo suado nas minhas costas, Digão fez questão de ir com o mastro até o fim do meu rego, só pra latejar lá dentro e desfrutar de novo do aperto promovido pela minha carne quente agasalhando e envernizando sua viga. Eu muito provavelmente também acabaria gozando a qualquer momento se ele continuasse me instigando, mas o putão realmente não tava se aguentando e tornou a sair de mim, dando espaço pro amigo Clebinho.

- Come aí onde eu comi, vai? Hehehehehehee!

- Ih a lá!? Haahaahahaahah! Gastou o menor.

- Ah, vai te foder, cuzão! – o baixinho marrento reagiu. – Até parece que tu nunca teve que comer onde eu comi também, hehehehehe. Fui eu que alarguei essa rabiola nos dedos, esqueceu?

- Tô zoando, porra! – Digão caiu no riso e veio pra minha frente, sacudindo o pirocão grosso de um lado pro outro. – Diz aí, será que a tua boca é tão quente quanto esse cuzinho, viado?

- Se a garganta desse puto já é quentinha, imagina o cu? Naquela hora eu tava só dedando, agora vou botar é a vara toda aqui dentro, quer ver?

- Olha lá, moleque, vai com calma que esse negócio aí mata um. – avisei.

- Ah, que nada, velhote. Vou botar só a cabecinha, fica tranquilo. Hehehehehe!

- Puta que pariu! Olha só pro tamanho da cabecinha dessa porra? – brinquei e arreganhei a bunda com as mãos, deixando bem servido o estrago feito pelo primo grandalhão.

- Relaxa, tu não vai nem sentir, ó.

Ele deu o aviso, segurou minha cintura e foi alojando a cobra venenosa no mesmo espaço destroçado pelo vergalhão massivo do Digão. O Cléber escorregou sozinho e automático pro lado de dentro, fazendo pouco esforço pra conseguir caber, mas ainda assim sentindo as carnes quentes sendo expandidas pra dar espaço pro pirocão exagerado e maciço que possuía. Era o poste massudo que abria caminho, desbravando as entranhas que o porrete do primo ogrão não conseguiu e testando deliciosamente a elasticidade de todas elas.

- Quero ver vocês usando o meu viado pra valer, isso sim. – Ronald provocou os colegas. – Plantar pirocão no cu e na goela dele do jeito que tem que ser, sem frescura.

- Sssss, só se for agora, RD. – preso atrás de mim, Clebinho inseriu a maçaneta, empurrou tudo que pôde e mesmo assim ficou faltando pau pra fora da bunda, de tão grande que o mastro era. – Orrrfffff! Relaxa pra eu socar tudo, vai, putinha? Sssss, ainda tem cacete de fora aqui, não comemora ainda, não.

- AINNSSS! Me rasga, vai puto? Ffffff!

Eu até pensei em responde-lo além, mas o Digão não aguentou esperar e veio esfregando a glande massuda e gorda contra a minha língua, fazendo questão de arrastar a genitália na minha boca antes de começar o oral. O cheiro do meu cuzinho ainda tava temperado na caralha grossa e envergada dele, mas confesso que nem me importei com isso, porque estava tudo limpo e quente, esperando pela minha goela entrar em ação. De quatro no chão da suíte presidencial, tomei no cu e na garganta ao mesmo tempo, sendo puxado e necessitado em sentidos opostos, enquanto o Ronald assistia e se deliciava com o máximo da minha submissão, aproveitando pra me dar tapas, puxões e usar meu couro.

- Arrrsssss, não falei que cabia tudinho, porra?! FFFFF! – o baixinho truculento me estufou de pilastra e eu tranquei tudo, ardendo junto do calibre grosso da piroca dele. – Orrrrrfffff, aarssss! Caralho, esse cu tem vida própria, mané! Hmmmmsss, que tesão!

- SSSSSS! Isso, puto, me fode! Ffffff! – até parei de mamar pra pedir, mas Digão rapidamente voltou a me engasgar na picareta. – Ghhmmmm, ffff!

- Urrrrfffff! Rabão de buceta mesmo, papo reto, mano! Ssssss, ó?

Cléber só sossegou quando levantou minha bunda e engatou a tora integralmente encaixada no oco redondo da minha tubulação anal. Ficamos totalmente conectados um no outro, com direito às bolas do branquinho escoradas contra as minhas. Quando ele se deu conta desse encontro, aumentou a velocidade e começou a me foder apressado, indo e vindo no mesmo tranco pra poder atravessar a calabresa no meio da minha carne aconchegante.

- SSSSSS! Ó que cuzão?! Ffffff, tá que pariu, viado! – taxativo, ele enterrou a mão no meu cabelo, fez de gancho e puxou pra trás, me colocando devidamente empinado e arrebitado para si. – Fica que nem cachorra, piranha! Que nem cadela na minha vara, anda!?

Deu a ordem e espalmou o tapão na minha raba, tacando uma onda intensa de fogo no meu corpo e me entorpecendo de muita malícia e de tesão acalorado. O cheiro do meu cu incendiando se misturou com o da testosterona exalada da dupla de machos e eu senti como se fosse derreter de prazer, tendo a próstata deliciosamente dissolvida com as empurradas e cabeçadas cavernosas do caralho grosso e articulado do amigo do Ronald.

- Isso, sssssss! Pisca essa xereca no meu cacete enquanto eu te faço de mulherzinha, vai? Fffffff!

- Ainffff, seu cretino do caralho! Arregaça, porra! Orrrsssss!

- Só obedece, anda! – num só movimento, Clebinho apoiou os pés firmes no chão da suíte e ganhou sustentação pra me comer por trás, meio que de cima pra baixo e montado na minha traseira. – Isso, SSSS! Pisca mais, vai, putinha? Vagabunda! Arrrrssss! Gosto de sentir o cuzinho vivo no meu caralho, pegou a visão, paizão? Hehehehehe, para não, FFFFF!

- Testa o meu viado, deixa barato pra ele não. – meu flamenguista abusado incentivou e voltou a socar o meião suado nas minhas narinas. – Esse meu corninho é tão submisso que gosta de emprestar o cuzinho pra macho sentindo o cheiro do meu chulezão, ó só? Hehehehehehe! Inala o tempero do teu moleque, vai? Isso, do jeito que eu gosto. Fffffff!

No mesmo impulso sexual dominador, o Digão voltou a bater com a bigorna na minha cara e dessa vez só parou quando me botou pra mamar cada um dos bolões pesados dentro do sacão escuro e pentelhudo, sendo que ele segurou a meia do Ronald no meu nariz e aproveitou pra fechar de vez os dedos nas minhas narinas, vedando minha respiração somente aos feromônios do meião salgado do primo mais novo.

- Ssssss, até mamando piroca tu manda bem, ein, viadinho? Tá melhor que muita puta mesmo, que isso, oorrfff!

- Não falei que ele representava? Hehehehehe! Fechamento puro esse meu corninho, aproveitem. – meu pivetão folgado deu as costas, voltou pro sofá e deixou nós três à sós outra vez, dando atenção ao FIFA enquanto eu era soterrado por um tsunami intenso de prazer líquido.

- Uuuurssss, abre o bocão, abre? Isso, assim, fffff! – o moreno troncudo fez o pedido e acelerou. – Sou o famoso cansa goela, já ouviu falar? Hehehehehe, aaarrssss! Toda mina que se arrisca mamar minha vara acorda com a garganta inflamada, tu tá é fodido, sssss!

Mesmo sendo tomado por trás, ainda estiquei os braços pra cima e pus as mãos nos mamilos duros do putão me botando pra mamar, deixando o safado mais estigado e excitado com o porrete nas minhas amídalas. Senti meu queixo servindo de airbag pro saco babado e escuro do primão, ele não resistiu à pressão e segurou minha cabeça pelas orelhas, atolando o chapocão inchado da calabresa sem pena no fundo da minha faringe. Meus olhos até lacrimejaram de orgulho, mas a atenção estava sendo dividida entre ele e o noivo pirocudo dando cabo da reprodução anal no meu rabo.

- SSSS, orrrrfff! Sssss, arrfffff, caralho! – o baixinho trepou acelerado, sem parar de dar palmadas cheias na minha bunda e ferroadas consecutivas no cuzinho. – Hmmmmfff, tá bom assim, tá, viado? Sssss!

- Ghmmmm, ffff! – eu nem conseguia falar, porém toda a presença maçante da carrapeta grossa dentro de mim me fazia delirar de prazer, cheguei a revirar os olhos. – HMMM, FFFFF!

Foi a partir daí que me senti chegando no ponto máximo do prazer e logo soube que o corpo não tinha mais como aguentar tanta carga de tesão querendo explodir por todos os lados. Na sala, apenas os ruídos copiosos e incessantes das minhas ameaçadas de engasgada ao mamar o trombone do Digão, além do barulho dos bagos do Cléber cantando firme contra os meus, porrada atrás de porrada, transformando minha próstata em saco de pancadas da uretra tubulosa. Senti como se meu físico estivesse em febre e entrasse em modo automático, chegando num ponto irreversível do orgasmo inevitável.

- Hmmmmssss, vou gozar, porra! – avisei. – Fffff, caralho, eu vou gozar muito! Arrrrffffff!

- Então goza com a minha pica enterrada nesse cu, vai? SSSSS! Caralho, que aperto delicioso que tu tá me dando, coroa, fffff!

- AAAINSSSS, VOU GOZAR, CARA! SSSS!

- Orrrrffff, abre a boquinha pra mim, abre, paizão? – o primo caralhudo pediu. – Também já tô no ponto pra jogar esse leite quente no teus corno, viado do caralho! Ssssss, aaarrffff!

O colosso emendou rápido na punheta necessitada, paralisou na minha frente e tornou a guardar a jeba preta e grossa na minha garganta, tremendo no último estágio da reprodução. Nesse instante, Clebinho me travou, aumentou as estocadas e também subiu o ritmo, como se quisesse nos alcançar na liberação do tesão.

- SSSSSS, CARALHO! FFFFFF, ARRRSSS! – duro que nem pedra, meu cacete envergou fácil e começou a soltar muitos jatos de porra, sendo que cada uma dessas jatadas levou muito da minha energia e eu fui despencando de vez no chão da suíte. – Orrrfffff, que sensação é essa, meu Deus! Tô no paraíso, porra...

A visão ameaçou sumir, Digão voltou pra dentro da boca e largou a fisgada potente e carregada de muito esperma cremoso, aguado e com cheiro de água sanitária, escorrendo tudo na direção da minha garganta. Fui tomado pelo delicioso gosto pegajoso da massa incandescente de filhos, me fartei do paladar salgado e continuei recebendo três, quatro, cinco jatões cheios de sêmen branco e em grande quantidade. Quase que no mesmo momento, Cléber montou meu corpo caído no chão, socou no fundo do cuzinho amassado e travou. Queimei, a pele das pregas ardeu do jeito mais perigoso e gostoso que pode existir, tudo provocado pela extrapolação da rabiola em poste.

- Orrrrrssssss!

- Não goza dentro, seu safado! Tira logo, vai? – só tive tempo de pedir isso.

Ele logo obedeceu, veio rápido pra minha frente, mirou o poste na minha cara e o primeiro tiro de gozada foi certeiro no céu da boca, se misturando com a gala fresca e peçonhenta do primão ogro e tudo isso virando a mais suculenta refeição que um viado submisso feito eu poderia querer naquele momento.

- Arrrrrrffff! Orssssss, caralho, viado! Fffffff, puta que pariu!

- SSSS, HMMMFFF! Muito bom, fala tu? Onnfffff, porra, chega tô seco, ó? Heheheheeh, arrsssss!

- Porra, e eu? Mmmssss, ffff! Destruído, papo reto.

- Cuzão de responsa, boquinha quente também. Ganhou na loteria, ein, RD? Acertou na mosca quando bateu de frente com esse putinho, sem caô.

- Vocês não existem. – falei no meio deles e os três me olharam. – Olha como eu tô derrotado?

- Ah, vai dizer que não gostou, velhote? Tomou um litro de mingau, porra!

- Claro que gostei, mas olha como eu tô? Acabado! Hahahahaahah!

- Mas tá rindo à toa, né? Tô ligado, heheheeh!

- Com certeza.

Depois de ter ejaculado pela primeira vez dando o cu e também pela primeira vez pelo cu, confesso que fiquei derretido e ainda sem entender como um novinho tão magro e modesto como o Clebinho podia ser tão roludo e tirado a cafução fodedor, mesmo estando noivo. Pra completar, o Digão ainda pegou os restos de esporrada que ficaram pelo meu rosto, colocou num pedaço da carne do churrasco e me deu, com o sorriso aberto de macho satisfeito.

- Proteína pra tua janta, come aí. Hehehehehe!

- Sossega, garoto, que eu vou levar uns três dias até me recuperar. – brinquei. – Não sei nem se consigo andar depois disso, sendo sincero.

- Ah, para de caô, paizão. Se tá assim porque deu o cu pros meus parceiros, imagina quando der pra mim? – Ronald não deixou barato. – Vai se acostumando, papo reto. Hehehehehe!

Enquanto eu tentava recuperar completamente os sentidos após ter sido atropelado pela dupla de amigos bem dotados, continuei deitado onde estava, encostado na beira do sofá, com o gigante voltando a fumar skunk no narguilé, o flamenguista jogando FIFA no XBOX e o baixinho caralhudo dando atenção ao whisky importado sobre a mesa. Meu corpo dormente, eles rindo e fazendo piada de tudo, chapando a cara e o cheiro de sexo selvagem empesteando todos os cantos da suíte presidencial. Foi do meio dessa bagunça quente e suada que meu celular começou a tocar alto no bolso da calça e eu tive que praticamente me arrastar pra pegá-lo e atender.

- Caralho! – meti os olhos na tela e tomei um susto.

- Quem é?

- Minha esposa! Preciso que vocês façam silêncio ABSOLUTO. – pedi.

- Caralho, sério?!

- Seríssimo! Sem brincadeirinha, não falem nada. Nada, escutaram? – falei bem sério.

- Relaxa.

- Suave.

- Nem um pio. – os três concordaram.

Respirei fundo, tentei regular inutilmente a respiração ofegante, mas não teve jeito, continuei um pouco acelerado e com o coração batendo forte quando atendi e cumprimentei minha mulher.

- Amor? – perguntei. – Tudo bem?

- Oi. Tudo indo, né, vida? – ela usou o tom sentimental. – Vem cá, você não vai voltar pra casa mesmo, não?

- Mozão... – pigarreei feio, sentindo a gala do morenão presa na goela. – Sabe que quando vem gente importante pra cá eu tenho que ficar por aqui pra fazer uma presença, não sabe?

No quarto, o trio de homens me encarou e cada um deles começou a rir, todos meio que segurando a onda e tentando não fazer qualquer ruído. Fiz caras e bocas pra que parassem com a palhaçada, porém não adiantou muito e o jeito foi continuar falando no telefone ali mesmo.

- Quem é que tá por aí hoje? – minha esposa quis saber. – Eu conheço?

- Não, não. É gente nova. – tornei a pigarrear, forçando a goela pra tentar falar sem o catarro de porra agarrado na voz. – É o afilhado de um senador amigo meu, não se preocupa.

          - Ué, e o que ele tá fazendo aí numa sexta-feira dessas?

          - Ele? Ele tá... – quanto mais eu falava, mais a faringe coçava e pegava fogo. – Tá comemorando o aniversário com os colegas.

          - Num hotel?

          - Bom... – pensei rápido. – Fazer o que se meu hotel tem cinco estrelas e as pessoas são fãs do serviço? Hahahahaah! Não tem jeito, só me resta trabalhar.

No fim da frase, tossi sem querer e isso me fez engolir o resto de leite que havia ficado retido no fim das amídalas.

          - O que você tem na garganta, amor?

          - Minha garganta? – suei frio. – Ah, você sabe! Essa combinação de charuto cubano com whisky sempre me quebra, mô, ainda mais com o ar carregado aqui de Itaguaí.

          - Hmpf, eu tô tão sozinha aqui, vida... – ela desabafou em tom de cansaço. – Mas tudo bem, não quero interferir no seu trabalho. Vê se volta amanhã, pelo menos. Beijo.

          - Claro que vou. Boa noite e um be-

          Nem terminei me despedir e minha mulher encerrou a chamada, demonstrando o quão carente estava com a minha ausência constante dentro de casa. Após desligada a ligação, fiquei uns poucos minutos com os três amigos na suíte presidencial, me recuperando de tudo que fizemos e vendo eles disputando no FIFA, bebendo e fumando. Ronald ainda de moletom, mas sem blusa, Digão e Cléber vestidos só de cueca e a todo momento tendo que desafogar uma bola ou outra do meio das pernas, cenas que comprovaram que eu nasci mesmo pra dar o cu pra homem fácil, cafuçu de rua. Não tenho como negar, talvez essa seja uma história de homens que descobriram que nunca tiveram interesse apenas em buceta, pelo contrário, aprenderam a comer de tudo e se acostumaram a não passar fome. Eu não posso dizer que sou 100% vegano ou vegetariano se tô comendo linguiça de porco, peito de frango e hambúrguer bovino. Não posso me chamar de carnívoro se também como vegetais, mas posso me chamar de onívoro caso coma vegetais e carne, e essa é a história desses homens, apesar das metáforas sobre comida. Aliás, acho que nem preciso dizer que a sexualidade é muito mais complexa e bem menos elaborada do que as refeições, né? Enfim, de tão destruído pelas trepadas selvagens e cavernosas com os dois rapazes, acabei dormindo no meu quarto individual do hotel, sozinho em minha cama, mesmo diante das reclamações da minha esposa no telefone.


 

CAPÍTULO 5: ALEXANDRA

O cansaço foi tão grande que nem tomei banho antes de deitar, dormi com o suor ressecado do Digão e do Clebinho em minha pele, ou seja, já acordei na manhã seguinte mais excitado do que o normal, tanto pelo tesão de mijo quanto pelo tempero do esforço físico da dupla de amigos ainda em meu corpo. Só fui tomar banho pela manhã, de pau duraço e o físico meio lento, se recuperando da surra de piroca que tomei. O que falar do cuzinho, então? Mal consegui encostar pra passar o sabonete, de tão assado e ardido que fiquei do ânus, ao ponto de ter que sentar de lado pra não sentir incômodo. E a garganta? Dito e feito, ficou inchada e muito irritada depois de tanto ser feita de saco de porrada das cobras predadoras que os colegas chamavam de pica. Antes de sair do meu quarto, achei melhor tomar uma pastilha e foi nesse meio tempo que vi o telefone tocando em cima da cama.

- Fala, Gabriel. Bom dia. – atendi.

- B-Bom dia? – meu funcionário não entendeu. – Que bom humor é esse logo cedo, chefe?

- Bom humor que vai acabar rápido se você não disser o que quer, garoto. Anda, desembucha!

- Foi mal! Escuta, a Alexandra tá aqui em baixo, o senhor já viu?

- Ale... – fiquei sem palavras. – A Alexandra tá aí embaixo?

- Tá, chefe. Vai descer pra falar com ela ou posso mandar subir?

- Jesus! Quer dizer... Que bom! Pode deixar que eu desço pra falar com ela, não se preocupa.

- Tudo bem.

Minha mente quase tonteou quando encerrei a ligação. Simplesmente não podia acreditar que a Alexandra decidiu dar um pulo no hotel, justo ela, a pessoa que menos dava bola pra minha vida profissional. Desci apressado no elevador, fiquei até um pouco nervoso sobre o que poderia ter motivado sua visita e corri pro hall de entrada pra finalmente encontrá-la. Quando pisei na administração, a primeira coisa que vi foi ela sentada perto do balcão, de sainha, blusinha com a cintura de fora e os cabelos soltos, bem à vontade e num papo aparentemente entrosado com o macho marrento e abusado número um. Ele mesmo, o único flamenguista que eu era capaz de tolerar e obedecer, todo sorridente e na maior conversa fluída com Alexandra.

- Err, com licença. – pigarreei firme, puto pela ousadia do moleque. – Será que eu tô atrapalhando alguma coisa, moça?

Tão rápido ela me viu, levantou, abriu os braços, o sorriso sincero, e pulou no meu colo, dando um beijão na minha bochecha esquerda e se pendurando em meu pescoço.

- Paaaaaaai! Poxa, que saudade de você, caramba! Tá dormindo bem?

- Saudades, filhota. Tô uns dias sem aparecer, né? Tô, tô dormindo sim. – me segurei pra não olhar pro sacana de rabo de olho nesse momento. – E você, bateu saudade de mim?

- Sim, é óbvio. Você não vai em casa, aí tive que vim aqui te ver.

- Entendi. Muito boa surpresa, filhota. Bom, pelo visto você já conheceu o Ronald. – olhei pro pivetão e ele não conseguiu desfazer o semblante cínico no rosto.

- Conheci sim. Um cara gente boa, eu gostei de conhecer. – ela falou e riu pra ele.

          - Alexandra!? – engrossei o tom de voz. – Você não sabe que eu não gosto de ninguém se envolvendo com os meus hóspedes?

          - Ah, que palhaçada, pai. Deixa de graça, eu só tava batendo um papo cabeça com o garoto. Ele é educado, a gente conversou à beça, sabia?

- Papo cabeça? – debochei. – Com aquilo ali? Sei.

- Já falei pra parar de ser ciumento. Cê sabe muito bem que o cara que eu mais amo e respeito nessa vida é você, não sabe, pai?

          Minha filha tentou ser carismática, sorriu e tornou a me abraçar. Só imagino o que ela diria se soubesse que meu verdadeiro ciúme era do cafução marrento e não dela.

          - Eu sei, Alexandra. Mas eu sou profissional, você sabe disso. Nada de envolvimento entre trabalho e família.

          - Não aconteceu nada de mais, pai. Eu cheguei aqui, ele se apresentou e puxou assunto, só isso. – aí olhou pro cafuçu sorridente e o safado fez que sim com a cabeça, confirmando a versão dela.

          - Puxou assunto? – perguntei.

          -Sim. Disse que é afilhado de um político do senado, nada de mais. Tô te achando muito preocupado, pai. Por acaso aconteceu alguma coisa?

          Quando ela fez essa pergunta eu praticamente gelei, ao ponto do Ronald perceber minha mudança de postura e segurar o riso de propósito pra me irritar na frente da minha filha mais velha.

          - Não, não, claro que não. É só que... É o afilhado mimado de um amigo, só isso. Ele vem aqui às vezes e sempre dá umas dores de cabeça, mas nada sério.

          - Dor de cabeça? Essa cara aqui? – até apontou pra trás na hora de falar, indicando o flamenguista moreno.

          - Pois é, o teu coroa não quer me tratar como cliente VIP, tu acredita? – o filho da puta provocou.

          - Ronald!? – chamei sua atenção, porém não soube como prosseguir. – Não é melhor você... Voltar pra piscina com os rapazes?

          - Piscina? Só se for agora. Prazer te conhecer, Xanda. – ele se despediu dela com uma piscadela de olho e saiu andando na direção dos elevadores, como se estivesse desfilando o corpo no hall de entrada do meu hotel.

Minha sorte é que o abusado não tava com o meu antigo Rolex no pulso, senão eu teria sido pego pelos olhos atentos da moça, principalmente porque ela pelo visto passou um bom tempo conversando com ele antes de eu chegar ali. Enfim, continuei um pouco apreensivo por conta da visita inesperada e isso transpareceu em meu rosto, não tive como esconder.

          - Tá tudo certo, filha? Como é que tão as papeladas da mudança pra SP? – perguntei.

          - Tudo indo, pai. As quatro vias do contrato de estágio estão assinadas, acho que em um mês eu tô partindo, no máximo dois. Vai sentir a minha falta?

          - Lógico, minha filha! Que pai não sente a falta de uma menina tão inteligente e educada que nem você, me diz? Tô sentindo saudade desde agora, isso sim. Vem cá, meu orgulho.

          Dei um abraço fraterno, Alexandra também me abraçou forte e descansou o rosto no meu peito. Ela não era muito de demonstrar afeto, mas como estávamos alguns dias longe, entendi que foi o efeito da saudade e continuei com minha filha ali, abraçado e me despedindo antecipadamente por conta da mudança dela para São Paulo dentro de um mês, talvez dois.

- Você quase nunca vem aqui, Alexandra. O que aconteceu?

          - Pai, talvez eu tenha uma coisa muito séria pra te falar. Ou talvez não tenha... Tô meio perdida, sabe?

          - Pode contar comigo pra tudo, filhota. Conta, o que é que tá te perturbando?

          Antes de responder, a moça olhou nos meus olhos, fez um semblante de preocupação e desviou o olhar pra porta de entrada do hotel, como se não tivesse a coragem necessária pra começar a falar.

          - Relaxa e confia em mim, Alexandra. Eu sou seu pai. O que tá acontecendo de tão grave?

          - É que... Bom, pai, eu não sei nem como dizer... – os olhos encheram de água e aí eu soube que o assunto era sério. – Falando em dor de cabeça... Eu gosto muito da mamãe e espero ter entendido errado, mas... Hoje de manhã eu acordei pra tomar café e vi aquele homem lá.

          - Homem? Que homem?!

          - Aquele que tá consertando a casa, os canos. O que a mamãe contratou pra ficar lá.

          - É O QUÊ!?

          - Pai, calma, pelo amor de Deus!

          - Calma como!? Como eu vou me acalmar com essa notícia?!

          - Tá vendo porque eu não sabia se devia te contar?

          - É claro que você tem que me contar, Alexandra! Eu tô aqui trabalhando e o Noronha tá dentro da minha casa com a minha mulher e duas filhas?! Que piada, olha só a merda acontecendo bem debaixo dos meus olhos!

          Comecei a andar apressado de um lado pro outro, o suor escorreu na testa e minha filha mais velha tentou me acompanhar, fazendo de tudo pra me acalmar no meio do acesso de raiva. No fim das contas, eu bem sabia que ficar muito tempo fora seria um problema, agora ali estávamos nós, minha cabeça doendo e eu sem saber o que fazer. Ainda bem que o Ronald já tinha subido pra suíte presidencial, porque qualquer gracinha ou cinismo dele ali embaixo àquela hora definitivamente me tiraria do meu eu paciente e tolerante.

          - Você tinha que ficar sabendo disso, pai, independente do que esteja acontecendo lá em casa. Olha... O Noronha tomou café da manhã com a gente na mesa hoje e aparentemente já amanheceu dentro de casa, ou seja, acho que ele passou a noite lá. Não tenho a menor condição de me mudar pra SP com você e mamãe nessa situação, tá me entendendo?

          - Claro, claro, minha filha. Você tem toda razão, ninguém quer passar por isso assim, ainda mais no meio da sua ida pra São Paulo. Que merda, viu? – esfreguei meu rosto suado, parei de andar e fiquei olhando pro nada, enquanto ela me observava com o semblante de pena e preocupação.

          - E agora, o que a gente faz? – perguntou.

          - Agora? Olha, minha filha... – lembrei do meu caso extraconjugal com o flamenguista marrento e não pude ser hipócrita. – Eu acho que preciso conversar com a sua mãe. Sem cobranças, só conversa mesmo.

          - Tem certeza, pai?

          - Absoluta. Já era pra eu ter feito isso há um tempo.

          - Mas... Vocês vão... Se separar?

          Essa foi a primeira vez que senti o chão tremer de verdade abaixo dos meus pés. Desde o dia que parei em Bonsucesso e flertei com o Ronald, foi só nesse instante que realmente tive a sensação de que as placas tectônicas estavam mesmo se movendo e o mundo girando, as coisas acontecendo e eu parado, estático. Logo eu, que sempre achei que podia controlar tudo a partir do dinheiro, senti que não tive mais qualquer domínio sobre as consequências pro futuro e que os acontecimentos eram ondas me atravessando no presente.

          - Não se preocupa tanto com essas coisas, minha querida. Deixa que eu e sua mãe resolvemos isso, pensa só na sua mudança pra correr tudo bem, ok? – tentei tranquilizá-la e dei outro abraço.

          - Pai... Você vai ficar bem?

          - Na medida do possível, filha. Tenta não se preocupar com isso, tá bom? Já te pedi, pensa na sua mudança e na papelada pra ir pra São Paulo. É o seu futuro.

          - Nosso futuro, né, pai?

          Sim, era realmente o nosso futuro.

          - Me promete que vai focar na sua mudança e não se preocupar com esses problemas. – pedi.

          - Vou tentar, mas vocês têm que se acertar.

          - Bom, isso eu também vou tentar.

          - Fica bem, pai. Qualquer coisa pode me ligar, tá? Preciso passar no curso ainda pra pegar a última via do contrato.

          - Tudo bem, meu amor. Vai lá e não esquenta a cabeça. Obrigado por confiar em mim.

          - Certo, pai. Tô aqui por você.

          - Eu também, filhota. Eu também.

          A gente se despediu, ela tomou um copo d’água no hall de entrada, depois saiu do hotel e voltou pro carro. Eu continuei ali, perto do balcão, sem me mexer e olhando pro nada enquanto sentia o mundo ao meu redor começando a ruir em pequenas rachaduras, como se a realidade não pudesse mais se sustentar apenas com putaria, traição e dominação em Itaguaí e em Bonsucesso. Devo ter ficado uns cinco minutos paralisado, apático, sem saber exatamente o que fazer a partir daquele momento. O Gabriel me viu nesse estado, se aproximou e pôs a mão no meu ombro.

          - Chefe...?

          - Oi, Gabriel.

          - O senhor tá... Vivo?

          - Talvez. Não sei dizer ainda. Mas...

          Não terminei de responder. Saí dali, fui na direção do elevador e ele ficou me olhando com um ar de ressaca, me vendo subir até à cobertura. Quando cheguei lá, não deu outra, tava Ronald, Digão e Clebinho se divertindo na piscina, dando pulos, mortais e fazendo o maior estardalhaço possível. Eles me viram chegando, porém continuaram aproveitando o momento de lazer sem se importarem com a minha presença ali, eu sentado debaixo da sombra do guarda-sol. Foi o meu moleque solto que veio até o meu lado num dado momento, parou na minha frente e ficou me olhando, vestido só de sunga de praia, o corpo todo molhado da piscina e ostentando o riso de canto de boca pra mim. Subi os olhos e sem querer o observei de baixo pra cima, começando pelos pés brutos e fincados no chão da cobertura, passando pelas panturrilhas peludas e torneadas, e chegando aos ombros massudos e ao trapézio saltado de molecote exaltado. O cabelo batidinho e descolorido tava começando a mostrar as raízes escuras, o bigodinho fino estava mais grosso, assim como as costeletas nas laterais do rosto bruto, e o peitoral cada vez mais estufado e desenvolvido, aberto, com os pelos úmidos no meio me deixando hipnotizado e muito focado. As espinhas quase sumindo na testa, o porte cada vez mais de macho inconsequente e menos de pivetão atentado e solto. E as tatuagens, então, o que falar do tom de malandro que elas davam ao sem vergonha? Parecia um deus entre os homens, brilhando indiscriminadamente à luz do sol, carregado de cinismo, de abuso e de testosterona incandescente.

          - Tá gostando do que tu tá vendo, meu puto? – perguntou.

          Pra chegar perto de mim e olhar bem na minha face, eis que o insolente subiu um dos pés, pisou na minha perna e depois apoiou o próprio cotovelo no joelho suspenso, ficando cara a cara comigo. O malandro passou a mão pesada e calejada no pacote pesado dentro da sunga nesse momento, mordeu a boca e levou a mesma mão ao meu rosto, fazendo um falso carinho na lateral da minha face e me olhando de cima pra baixo.

          - Meu puto. Tu é meu, sabe disso, né? – provocou. – Só meu. Todo meu. Mais meu que da tua própria mulher. Tu pertence a mim agora e isso foi jurado, lembra? Melhor não esquecer.

          - Garoto...

          - Garoto é o caralho. Teu macho. Quem é minha cachorra? – aí segurou meu queixo com força e botou o nariz no meu, me encarando com total controle de mim.

          - Você acaba comigo, seu moleque. Tão bonitinho...

- Mas ordinário, não é assim que tu gosta? – deu um tapinha leve na minha bochecha. – Ein, puta? Não era isso que tu queria de mim? Agora tem que sustentar, meu cachorro. Abre a boca pra mim.

          Obedeci. Estava mais do que entregue ao poderio bélico do Ronald sobre mim. A resposta era sim pra todas as perguntas dele, então abri a boca e botei a língua pra fora sem nem saber o que vinha por ali. Sem tirar a mão da minha mandíbula, o moleque alinhou os beiços escuros e carnudos na direção dos meus lábios, carregou a saliva e deixou o cuspe despencar exatamente na superfície da minha língua aberta, me enchendo de calor. Depois deu um tapa no meu rosto e caiu na risada, tirando o pezão de cima da minha perna e voltando pra debaixo do sol.

          - Isso que eu gosto de ver, tu só tem que me obedecer. Escutou, meu puto? Hehehehehehehe.

          Fiz que sim com a cabeça, fechei a boca e senti o gosto alcoólico do cuspe do filho da puta incendiando minha língua enquanto engoli pra garganta. Parecia que eu tinha que passar por essa experiência bem naquele momento de estar com a mente perturbada pela notícia dada pela Alexandra, porque foi essa intimidade explícita com o flamenguista que me segurou e me fez realinhar os ideais. Eu sabia bem o que queria, não havia mais como esconder de mim mesmo. Passei boa parte do dia no hotel com os rapazes e confesso que não quis voltar pra casa tão cedo, mas senti que quanto mais tempo ficava fora, mais perdia meu casamento, então acabou sendo inevitável o meu retorno. No fim da tarde, me despedi do Ronald e dos colegas dele na porta do hotel.

- Até à próxima, coroa.

- Próxima? – fiquei curioso.

- Claro, ou tu acha que eu não vou querer mais? Tu é meu.

- Eu também quero outro rolé nessa Ferrari que tu tem no cu, safado. – Digão falou no meu ouvido. – Hehehehehehe! Deixei meu celular anotado com aquele teu funcionário, só pegar com ele depois. Tamo junto.

Nem soube como responder, de tão sem graça que fiquei com a atitude do primo do marrento, apesar de ainda sentir a bunda ardendo com as metidas truculentas que o safado deu. Não demorei muito tempo depois disso, fui pro meu carro, virei a chave na ignição e parti de Itaguaí em direção à minha casa, preparado pra confrontar quem tivesse que confrontar quando chegasse lá. Passei o trajeto todo com a mente borbulhando sobre o que fazer e como agir, tentei segurar a onda da raiva, mas foi inevitável me sentir quente e irado pela traição. Pura hipocrisia, não é verdade? Acho que essa foi a vez que cheguei mais rápido do trabalho, não levei nem uma hora. Estacionei no quintal, escondi a pressa e andei pensativo até à porta da sala. Quando meti a mão na maçaneta, abri e entrei, a primeira coisa que vi foi minha esposa correndo da cozinha.

- Amor? – chamei.

- V-Vida, é você? Nossa, tão cedo.

- Pois é, tava na hora de voltar. Sentiu minha falta?

Ela apareceu de camisolinha, sem sutiã por baixo e com os seios volumosos e bicudos bem marcados no tecido. Não sei se estava sem calcinha, porque o segundo detalhe que reparei foi no homem enorme dando um pulo do sofá da sala. Não tive como não olhar, o filho da puta ficou com cara de paisagem e veio na minha direção com a mão estendida pra me cumprimentar. Alto, careca e barbudo, do mesmo jeito de antes, só que agora sem camisa e de short sem cueca, bem debaixo do meu teto. Todo suado e com as gotas de testosterona escorrendo no meio do abdome escuro. Ainda tava ofegante, pra completar a cena, com o peitoral meio estufado e tentando reestabelecer o fôlego de algum exercício intenso que fez nos últimos minutos. Qual?

- Posso saber o que esse sujeito ainda tá fazendo na minha casa? – fechei a cara na mesma hora.

O Noronha desfez o sorriso, parou onde estava e retirou a mão, ciente do quão puto eu tava por dentro só de olhar pro meu rosto.

- Amor, por favor. A gente já não conversou sobre isso? – minha esposa tentou conciliar o clima tenso.

- Já, já conversamos sim. Você disse que ele ia dar uma olhada no encanamento do banheiro. E aí, agora ele vai morar aqui, é isso? Hahahahaahah! – ri em ironia e não tirei os olhos do colosso me encarando.

- Desculpa, Noronha. Será que você pode dar um minuto pra gente, por favor? – ela pediu a ele.

Sem dizer nada, o grandalhão deu meia volta, calçou os chinelos pequenos nos pezões enormes e saiu pela porta. Essa atitude me deixou ainda mais revoltado, porque chegamos no ponto onde a minha mulher tinha que pedir pro cara nos deixar a sós pra ele poder sair, senão o cretino não sairia. Quem ele pensava que era?

- Desde quando você passou a ficar tão pouco tempo em casa que chegou ao ponto de não confiar mais na palavra da sua mulher? – foi a primeira pergunta dela ao ficarmos a sós. – É sério isso, amor?

Inclusive ela perguntou e passou a mão no meu peitoral, me acarinhando pra tentar me acalmar. Minha mente tava zonza, eu estava mais do que perdido dentro da minha própria hipocrisia e foi nesse instante que lembrei da imagem daquele deus em corpo de molecote flamenguista, brilhando molhado debaixo do sol, vestido de sunga de praia e me encarando com o riso cínico e malandreado de canto de boca. Eu sabia bem o que queria, só me faltava mesmo a coragem para começar a tomar decisões.

- Desde o dia que passei a me sentir intimidado pela presença desse tal de Noronha na minha própria casa. – respondi.

- Meu Deus, mas pra quê isso!? Você é o meu marido! Eu não te falei que o encanamento do casarão tá todo enferrujado? Por isso que tá aparecendo goteira em tudo quanto é canto, homem. O Noronha veio de lá da casa do caralho e se ofereceu pra reparar tudo a preço de custo, por isso que ele tá dormindo no quarto de hóspedes. Não vou dar café da manhã pro cara, é isso? Você tá perdendo a cabeça no seu hotel, é isso que eu acho.

- Eu... Ele tá dormindo aqui?

- Tá, porque nós temos um quarto de hóspedes só pra isso, lembra? Melhor do que pagar viagem de ida e volta todo dia pra outra cidade, você não concorda?

Pensei muito. Muito, bastante mesmo, num nível que fez minha testa suar e o sangue ferver. Acho que dava até pra ver fumaça saindo da minha cabeça durante aqueles segundos intensos, depois de ouvir o que ouvi da minha mulher. Até que, de repente... Luz. Sol. Iluminação feita em tons rubro-negros que amorteceram o meu pensamento e me relembraram das certezas que eu tinha.

- Tudo bem. – falei e pus a mão na cabeça. – Foi mal, meu amor. Não queria causar nenhum mal estar entre a gente, eu confio completamente em você.

- Não esquenta a cabeça, querido. Eu te amo, você sabe. – ela me abraçou.

- O meu trabalho, os hóspedes... Alguns tiram minha paciência, tá entendendo? Desculpa, mil desculpas.

- Relaxa. Vamos pular isso, tudo bem?

- É melhor. Desculpa.

Demos um beijo sincero, terno e ao mesmo tempo falso. Aí você se pergunta: como um beijo pode ser sincero e falso simultaneamente? Eu explico: nem eu e nem ela sabíamos que aquela era a última vez que nossos lábios se tocavam, então foi um beijo sincero, com amor, porém carregado da iminência do fim, ainda que não soubéssemos ainda. Se tivéssemos noção disso, com certeza teríamos dado um beijaço bem maior, justamente por essa razão que o que demos acabou soando falso, apesar de sincero. Fiquei morno depois disso, a quentura passou por inteira e fui na cozinha buscar uma cerveja gelada. Minha mulher foi na porta da sala, abriu e o cheiro de cigarro entrou pelo cômodo. Noronha tava fumando na varanda do lado de fora, matou o fumo, soltou a fumaça e entrou. Peguei duas latas, fui na direção do sofá e dei de cara com ele, o colosso ainda sem blusa, exibindo o peitoral, a pança mínima e o movimento solto do caralho balançando no short mole.

-Você fica até quando, amigão? – sentei na poltrona e puxei assunto.

- Tratei com a dona até semana que vem. Eu não... – sem graça, o gigante ficou todo sem jeito, parado de pé do meu lado. – Não queria causar problema, não, patrão. Se quiser, eu vou embora hoje mesmo.

- Não, não, que isso, nada disso.

- É, Noronha, ninguém quer que você vá embora, né, amor? – ela reforçou.

          - Exatamente, eu é quem peço desculpas. Meu trabalho tá me matando, eu vivo estressado, sabe? De verdade. – falei isso e dei uma das latas de cerveja a ele. – Esse é o meu pedido de desculpas. E ainda vou te dar um bônus, o que você acha, amigão?

          - Sério!? Que isso, patrão, precisa não.

          - Faço questão. Sei que a minha falta de educação não dá pra ser desculpada com dinheiro e nem é essa a intenção, mas acho que é o mínimo que posso fazer por ter sido babaca com um cara em pleno trabalho. De coração, irmão.

          - Pô, patrão... Tamo junto, no que precisar tamo aí.

          O titã finalmente aceitou a cerveja que ofereci, aí eu fiquei de pé, estiquei a mão pra cumprimenta-lo e o encanador ignorou completamente, passando o braço grosso em volta do meu ombro e me dando um abraço apertado e bastante fraterno. Tão fraterno que colou o peitoral recém suado no meu rosto, com os pelinhos e tudo, e sem querer roçou a pica gorda e solta dentro do short na minha coxa, sendo que tudo isso aconteceu no calor do momento do nosso cumprimento, nada muito planejado.

          - Tá vendo como não precisa de briga? Que lindo! – minha mulher foi a mais contente na sala.

          De fato, não existia razão pra nós não sermos amigos. Só porque o Noronha era o amante oficial da minha esposa? Só porque ele devia tá enchendo ela de piroca há muito tempo na minha ausência? De repente ele era o tipo de maluco gente boa, que dava o que a safada queria quando eu não dava. O fato é que, pra mim, não havia mais possibilidades de continuar sendo hipócrita, por isso fiquei à vontade naquele sofá, rindo à toa com o Noronha e com a minha mulher juntos, ambos sem suas roupas íntimas e pensando que eu tinha a maior cara de otário. Como falei antes, ela de camisolinha curta, sem sutiã e com os bicos dos peitões bem marcados, as pernas cruzadas e muito risonha, toda hora fazendo piadinhas com o gigante. Ele, por sua vez, sentado do meu lado e de pernas bem abertas, tomando latão atrás de latão e dando uma pegada ou outra no volume do caralho entre as coxas grossas. Da onde eu tava sentado, deu pra ver quando o grandão suspendeu o elástico do short pra coçar o saco e acabou mostrando o começo da selva de pentelhos no púbis escuro. Depois o Noronha voltou a me abraçar pelo ombro e usou a mesma mão pra tocar em mim várias vezes, como se fôssemos amigos de longa data.

          Longa data.

Foi assim que uma semana se transformou em duas, duas viraram quatro e todo esse tempo acabou resultando em um mês.

Trinta dias inteiros se passaram e tudo mudou de uma hora pra outra.

Da água pro vinho.

Meus hábitos me trouxeram a certeza absoluta do que queria pra minha vida.

          A vida ficou doce e leve, fácil, mas ao custo do meu casamento, importante deixar destacado.

Continuei me encontrando com o safado do Ronald e sendo dominado pelo menos uma ou duas vezes por semana, com o flamenguista às vezes indo pro meu hotel em Itaguaí passar um tempo. Ele me usava indiretamente e eu gostava disso, confesso, então nosso vínculo de permissão e realização de vontades cresceu cada vez mais firme e forte, e só o Digão e o Clebinho sabiam disso. Em casa, a permanência do Noronha se manteve até o fim do mês, porque minha esposa disse que aproveitou que a gente se deu bem e tava reformando toda a tubulação do banheiro e da cozinha, estendendo a presença do colosso entre nós diariamente. Eu apenas sorria, fingia que estava tudo bem e mantinha minha traição, assim como ela mantinha a dela, um sem atrapalhar o outro. A única diferença é que eu sabia do que tava acontecendo debaixo do meu próprio teto, enquanto minha mulher nem desconfiava do tipo de submissão que eu fazia dentro do carro em Bonsucesso e no hotel em Itaguaí. No último mês antes da mudança da minha filha mais velha para São Paulo, eis que minha esposa me parou na mesa do café da manhã pra me dar uma notícia.

          - Querido, vê se você chega um pouco mais cedo pro jantar hoje. – deu um sorrisinho bobo e eu logo soube que alguma coisa ia acontecer.

          - Hmmm, algum evento em especial? – perguntei.

          - Pode ser que sim, pode ser que não. – ela fez charme. – A Alexandra conheceu um rapaz de São Paulo e parece que eles estão num clima, sabe?

          - A Alexandra?! Sério? Meu Deus!

          - É, nossa filha cresceu, meu amor. Dá orgulho de ver, não dá?

          - Orgulho? Eu tô é preocupado, isso sim.

          - Que isso, preocupado com o quê? Alexandra já é uma mulher e vai morar sozinha em outra cidade, sua ficha ainda não caiu? E olha que não é qualquer cidade, é simplesmente a maior metrópole do hemisfério sul. São Paulo!

          - Você quer me deixar ainda mais preocupado, mulher!? Para com isso!

          - Aahahahahahah! Deixa de bobeira, homem! Eu confio na Alexandra, você não confia?

          - Claro que confio, ora, ela é nossa filha. Eu confio nas duas, não confio é nesse mundo violento. Preocupação de pai.

          - A gente tem que torcer pra dar tudo certo. E ela não vai ficar lá sozinha, vai ficar com o namoradinho paulista, por isso que é melhor você chegar cedo pro jantar, senão não vai conhecer o rapaz.

          Respirei fundo, pensei por alguns instantes e concordei, fazendo que sim com a cabeça.

          - Tudo bem, eu venho.

          - E não precisa ficar nervoso, tá bom? Esse menino parece ser excelente pessoa. Eles se conheceram numa festa quando ele tava aqui no Rio, acredita? Alexandra fica pra cima e pra baixo no celular, você tem que ver.

          - Hmmm, interessante. Ele faz o que lá em São Paulo?

          - Ah, agora vai dar uma de pai ciumento, é? Deixa ela te apresentar e aí você vai saber. Mas ó, já te adianto que o rapaz é um amor. Bem educado, inteligente, fala inglês, é uma graça. A cara da Alexandra conhecer alguém tão comunicativo, viu? Se prepara.

          - Tá, tá bem. Eu volto com certeza, você me convenceu.

          - Combinado. Te vejo no jantar, amor. Bom trabalho.

          - Obrigado, querida. Até logo.

          Peguei minha maleta, ajeitei o terno e me preparei pra sair de casa. Saí pela porta da sala e dei de cara com um gigante mal encarado segurando uma tesoura de jardinagem e podando o jardim da frente, folha por folha. Como sempre, sem blusa, suado e não usando cueca, com a vara balançando solta na roupa e em total desatenção com o mundo ao redor.

          - Será que existe alguma coisa que você não saiba fazer, amigão? – cumprimentei quando passei por ele pra chegar ao carro. – Bom dia, aliás.

          - Opa, bom dia, patrão! Pô, o senhor sabe que eu sou maridão de aluguel, né?

          - Maridão de aluguel? – parei na porta do veículo e olhei pro Noronha.

          - É. Faço todo tipo de serviço caseiro pra quem precisa.

          - “Ah, é? Todo tipo de serviço mesmo?” – pensei alto.

          Alto demais, pelo visto.

          - Todo tipo, patrão. – ele respondeu meu pensamento. – E a minha regra é fazer tudo bem feito, se ligou? Faço com gosto. Só pedir.

          Não sei se comecei a imaginar coisas, mas o negão abriu o sorriso largo, deu uma apertada macia no volume da piroca marcada no short de dormir e voltou a dar atenção à poda do meu jardim, enquanto assobiava uma melodia. Fiquei uns dois minutos de pé na porta do carro, apenas observando o comportamento cada vez mais explícito e dissimulado do cafajeste do Noronha para comigo. Enfim, parti pro trabalho, porém peguei outro trajeto e dei uma passada rápida em Bonsucesso pra ver se encontrava meu pivetão favorito de bobeira pela rua. Demorei poucos minutos circulando pelas ruas do bairro e não o encontrei, aí desisti da busca não planejada e fui direto pra Itaguaí, chegando no trabalho por volta das dez da manhã.

          - Fala, Gabriel. Muita coisa pendente de ontem?

          - Não, chefe. Aliás, cadê meu bom dia, senhor? Já tava me acostumando com o seu bom humor diário, hehehehehee!

          Fechei a cara e fiquei sério pra ele na mesma hora que ouvi isso.

          - D-Desculpa, senhor. Só achei que fazer uma piada ia animar o seu dia, que nem aquele moleque flamenguista faz às vezes.

          - Você... Tá falando de um dos nossos hóspedes ou é impressão minha, rapaz?!

          - Não tá mais aqui em falou, senhor. Dá licença! – e saiu apressado pelo hall, me deixando sozinho na administração.

          Sentei na minha cadeira, liguei o computador e comecei a mexer na pilha de documentações pendentes sobre a minha mesa, me afundando em trabalho até à hora depois do almoço. Dois hóspedes receberam denúncias de outros usuários do hotel por terem feito barulho a madrugada toda, além de usarem drogas e encherem os corredores dos andares de cima com cheiro forte de maconha. Tive que multa-los e admito que fiz isso me sentindo um imoral, acho que nem preciso dizer o porquê. Passei a maior parte do dia trabalhando e resolvendo pendências administrativas e logísticas, só parei pra almoçar quando deu 15h. Trabalhei até umas 18h, lembrei do compromisso marcado com a minha família e logo me preparei pra sair de Itaguaí outra vez, rumo de volta pra casa. Na verdade, dei aquela passada marota em Bonsucesso pra procurar o meu ordinário número um, mas novamente não o encontrei e não fiquei muito tempo enrolando, voltei de vez pra casa. Cheguei por volta das19h20 e encontrei minha esposa e a filha caçula arrumando a mesa juntas.

- Amor, você veio mesmo!

- Não disse que vinha? Cheguei. Tô atrasado?

- Não, pai, a gente acabou de pôr a mesa.

- E a Alexandra com o tal paulista, cadê?

- Ele já chegou, foi no banheiro. Ela deve tá no quarto se arrumando.

Um prato enorme de macarrão à bolonhesa na costela com barbecue caseira, salada verde e o cheiro delicioso de comida boa indo longe. Noronha também tava todo arrumado e foi buscar um vinho na adega, voltando do subsolo com um Calon Ségur nas mãos.

- Porra, patrão! Esse é do bom, ein? Caramba!

- Gostou? Aproveita, que essa comemoração é só hoje, amigão.

- Que moral boa é essa, sem brincadeira. Hehehehe! – ele riu à toa, feliz pelo vinho que abriu. – Ó? Original. O cheiro, então? Hmmmm, delicinha.

- Esse é um dos melhores mesmo. – até minha esposa concordou e pegou uma taça. – Põe pra mim, vamo tomar.

- Tudo isso só pra conhecer o tal do genro. – resmunguei meio debochado e eles ficaram rindo.

          - Ah, que isso, patrão! Aposto que vai tirar de letra com o namorado da filhota, tenho certeza. – o Noronha ganchou o braço massudo no meu pescoço e encostou a cabeça no meu ombro do jeito fraterno de sempre. – Tu é o cara mais gente boa que eu conheço, tá ligado? Com todo respeito, hahahahahaha!

          - Tá, também não precisa me bajular. Prometo que vou tentar me controlar.

- Eu também acho que você vai matar no peito, amor. – minha esposa concordou.

- Se vocês tão dizendo, então eu acredito. – lavei as mãos na pia da cozinha, tirei o paletó do terno e sentei à mesa. – Afinal de contas não tem nada de mais em conhecer o namorado... Da... Minha... Filha...

          Fui parando de falar e o coração disparou feito uma bomba enterrada no peito. A porta do banheiro tinha sido aberta e de dentro dela surgiu o namorado paulista da Alexandra. O sujeito que eu tinha que chamar de genro era do meu tamanho, com o cabelo curto, alinhado, escuro, bem penteado pro lado e úmido, como se tivesse um pouco de gel. Seu rosto era liso, com uma barba bem aparada no queixo, os ombros salientes no corpo grosso e a postura bem elegante. As mãos pra dentro dos bolsos da calça de moletom rosa claro, um blusão liso, de gola alta no pescoço e também em tom rosa-bebê, com um par de tênis brancos nos pés e vários cordões metálicos no pescoço. Era um paulista estiloso e bem cuidado, da pele parda e um sorriso brilhante no rosto carismático, parecendo até um artista, um rapper, algo nesse sentido. Devia ter no máximo 20 anos, a julgar pelo semblante, o jeito de andar, de se portar e também de rir.

          - Opa, boa noite, senhor. – ele veio na minha direção assim que me viu, levantou o braço e acenou. – Desculpa, eu não sabia que o senhor já tinha chegado, eu-

          Bati com as duas mãos fechadas na mesa e isso fez os pratos, taças e talheres pularem. O som da minha raiva chamou a atenção da filha caçula, da minha esposa e até do Noronha, e todos os três olharam assustados pra mim. A sorte foi que a Alexandra ainda não tinha voltado do quarto, senão ela teria ficado tão espantada quanto o pessoal ficou ao meu redor. Todos de olhos arregalados e paralisados diante da minha reação, menos ele, o meu futuro genro, que ficou me olhando e manteve o sorrisão no rosto. Meu sangue ferveu.

          - Amor, o que foi que a gente conversou? – minha mulher pigarreou.

          Minha consciência caiu em si para as circunstâncias drásticas do momento. O sujeito de mão esticada pra mim, sorridente e esperando eu apertar sua mão, enquanto eu só conseguia encará-lo com bastante fúria, mas nada dele se intimidar comigo. Ninguém entendeu o que tava acontecendo em plena mesa de jantar, mas vou explicar: vinte anos de casamento e de convivência diária com a minha esposa e ela não reparou qualquer semelhança entre o meu antigo relógio e o Rolex dourado no pulso do namorado da minha filha mais velha. E aquele filho da puta mentiroso rindo pra mim, de mão esticada e esperando ser cumprimentado, porque ele sabia que eu não tinha como desobedece-lo. Debaixo do meu teto, fazendo isso diante do Noronha sentado do outro lado da mesa. Eu perdi mesmo o controle de toda a minha vida.

          - VOCÊ?! – falei em tom ríspido.

- Eu, senhor. Ronald. Desculpa.

- Pera, vocês se conhecem? – minha mulher ficou curiosa.

- Sim. – respondi.

- É que o Ronald se hospedou lá no hotel algumas vezes, mãe, só isso. Nada de mais. – foi a Alexandra que respondeu, surgindo na cozinha e se juntando a nós, toda arrumada. – Ele é afilhado do senador Bronco e você conhece o papai, né? Nada de misturar trabalho com vida pessoal, blá, blá, blá. Hahahahahahaha!

- Sssh, amor, não provoca o seu pai. Respeita, ele é um senhor. – o desgraçado do moleque puxou minha filha pela cintura, deu um cheiro no pescoço dela e eles se beijaram na minha frente, boca na boca.

Caralho, eu surtei por dentro! Que fase horrível, que destemperança dos infernos que me atropelou nesse momento. Posso dizer que essa foi a maior reviravolta que passei na vida depois que atropelei o Ronald em Bonsucesso. O único macho capaz de me fazer mudar de rota agora estava sentado debaixo do meu teto, jantando a comida feita pela minha mulher e se tornando o homem oficial da minha filha mais velha. Todo mundo deve ter pensado que meu tratamento com o moleque foi devido à preocupação de pai que vê a filha se envolvendo com um parceiro pela primeira vez na vida. Eu até tinha essa preocupação, óbvio, mas é claro que não era tão somente isso, tinha muito, muito mais. Coisas que apenas eu e o próprio Ronald sabíamos que existiam.

- Prazer, Ronald. – minha esposa o cumprimentou. – A Alexandra falou muito de você, sabia?

- Prazer, tia. Uma honra finalmente conhecer minha futura sogra pessoalmente. Quem imaginaria que o meu sogrão seria justamente o dono do hotel onde eu me hospedei? Grande dia!

- Ah, que fofo! O prazer é todo nosso, meu filho. Nossa, o mundo é realmente muito pequeno, não é? E você é educado, aposto que seus pais são excelentes pessoas.

- Meus pais são tudo na minha vida, tia. Na verdade, meu pai não, só minha mãe. Fui criado por ela, que sempre fez tudo por mim. Por ela e também pelo meu... Como eu posso dizer... Tio, sabe? É, um cara que é tipo tio pra mim.

- Um tio? Então sua família é sua mãe, você e esse tio?

- É, é. Esse tio tem mais condição, sabe? Ele que nunca deixa faltar nada pra gente, banca tudo. Às vezes eu fico até meio sem graça, porque o cara parece que nasceu pra pagar as coisas pra gente, sabe? Hahahahahaha! Ele é demais, adora gastar dinheiro.

- Ah, mas ele deve ter condições, não é? Quando a pessoa gasta assim é porque pode.

- Ou então porque gosta muito de investir, né, tia?

- É, também tem isso. Meu marido mesmo é um exemplo vivo do oposto disso. Nunca vi mais mão de vaca, não é, amor? Hahahahahaha!

- Sério, sogro? Olha só, hehehehehe! – Ronald riu debochado da minha cara.

- É, papai é difícil de liberar grana, nunca vi isso. – Alexandra concordou.

- É muito difícil esse homem aqui liberar verba pra qualquer coisa que a gente precise. Pra pagar essa reforma, então, foi horrível. A sorte é que o Noronha deu um descontão pras minhas amigas e pra mim, se não fosse por isso...

Àquela altura, eu me sentia o mais patético dos cornos, tanto pela situação do Noronha vivendo na nossa casa, quanto pelo Ronald namorando a Alexandra. Todos nós jantando na mesma mesa, eu, minha mulher, meu amante e o amante dela. Parecia a família tradicional brasileira? O macho que eu idolatrava agora era meu genro, dava pra ficar pior? Dava, sempre dá pra piorar.

          - Mas vem cá, você é de São Paulo, garoto? – perguntei, tentando deixa-lo sem graça. – Seu sotaque é bastante carioca, eu pensava que você era do Rio.

- Sim, meus pais são do Rio e minha criação foi quase toda aqui. Pra ser sincero, eu tava lá em São Paulo só na casa de uma tia mesmo e voltei, aí conheci meu amor. – disse isso e trocou beijo com a minha filha.

- E você fala inglês? Também não sabia disso, nunca te vi falando lá no hotel.

- Yes, I do, sir. Hahahahaha!

- Olha só, que poliglota! – Alexandra se derreteu de amores por ele nesse momento. – Meu charmoso fala até inglês, viram isso? Hahahahaah! Lindo!

- Êêêê, arrasou! – minha esposa achou graça.

- Mandou ver, maluco! “Véri gúdi”, hahahahahaha! – até o Noronha caiu na risada, se enchendo de vinho enquanto isso.

Eu não conseguia mais aguentar tanta cara de pau, sem vergonhice e canalhice de um moleque só.

- Bom. Hoje em dia todo mundo tem que saber inglês, é como dizem. – resmunguei.

- O senhor também sabe?

- Sei. Eu sei de tudo, garoto. Sempre sei de tudo.

Tomei o último gole da taça de vinho, puxei a cadeira pra trás e apontei pro teto da cozinha, indicando a luz que nos iluminava de cima.

- Eu tô achando bom te conhecer a fundo, Ronald. E é um prazer ter você como genro. – menti. – Mas passei o dia todo com muita luz nos olhos e tô começando a sentir vertigem. Então, se vocês me derem licença, eu preciso...

- Tá tudo bem, pai?

- Tá sim, minha querida. Tô bem, juro. Mas acho que não vou ficar se continuar com essas luzes fortes na minha vista. O fundo da cabeça chega a estar latejando de dor, preciso descansar. Desculpa, galera.

- Poxa... Sem problemas, meu amor. Eu guardo um pouco de macarrão pra você comer depois.

- Agradeço, vida. Vou tirar um cochilo, talvez depois eu volte.

- Tá bom, pai. Melhoras.

- Obrigado.

- Valeu, patrão! – o negão encanador acenou.

- Até mais, sogrão. – o flamenguista inconsequente também se despediu.

Nem respondi. Eu não sentia qualquer dor, só tinha que sair dali o mais rápido possível e correr pro banheiro pra vomitar de enjoo e tanta náusea que estava sentindo. Que situação drástica, de verdade. Suei muito, quase tremi um pouco, mas tomei um banho frio e fiquei menos tenso por todos os reviravoltas que estavam acontecendo até aquele momento. Vesti meu short de dormir, fui pro quarto, apaguei a luz, liguei o ar condicionado e deitei. É claro que não dormi nem por um minuto sequer, com a cabeça tinindo e a mente longe. O que fazer? Como proceder? Fiquei ali por muito tempo, acabei pegando no sono e acordei horas depois, por volta de 1h da madrugada. Minha esposa estava dormindo e roncando do meu lado, então levantei da cama sem fazer barulho e fui tateando até chegar no corredor. Escutei barulho vindo da sala, caminhei até lá e peguei o Ronald e a Alexandra se beijando no sofá, isso bem diante dos meus olhos zonzos. Minha filhota me viu primeiro, se ajeitou na mesma hora e tentou bancar a inocente.

- P-Pai, o senhor acordou?! Que bom, que bom! Tá melhor?

- Tô. Bem melhor, a cabeça chega a tá leve.

- Excelente. – a moça deu um pulo da poltrona e ficou de pé, sem saber o que fazer por ter sido pega no flagra. – Bom, então eu vou indo pro quarto.

Foi aí que a Alexandra olhou pra trás, encarou o namorado e sussurrou.

- Vê se não demora pra vir dormir, tá, amor?

- Pera aí, vocês vão dormir... Juntos? – tive que perguntar o óbvio.

          O pivetão marrento suspendeu as sobrancelhas nesse momento, tentou fazer a linha ingênuo e esfregou o contorno da boca aberta, como se tivesse ficado sem graça pela minha pergunta.

          - Desculpa, não quero desobedecer ao senhor. – ele falou.

          - Pai, olha só, por favor, né? – Alexandra se meteu entre nós e me desconversou do assunto. – A gente já se conhece há um mês, cê sabe, fora que eu tô indo morar em São Paulo sozinha. Para, tá?

- Hmmm. Tudo bem. Só... Se cuida, ok? É que... Eu tive você e sua irmã cedo, entendeu?

- Relaxa, pai. Eu sou grandinha, sei me virar. Hehehehehe!

- Tá certo. Confio em você. Boa noite, filhota.

- Boa noite. Ah, tenho que te falar uma coisa.

- O quê? – perguntei.

- Tô feliz por você estar de coração aberto sobre isso tudo. Sei que você detesta misturar hóspede do hotel com família, mas achei que a sua implicância maior seria por conta do time do Ronald.

Nesse instante eu suspirei pra poder fingir que não sabia. Que bosta...

- Qual é o time dele?

- Bom, ele... É flamenguista. – ela fez uma careta nesse momento.

- É, eu já sabia. Ele vivia de camisa do Flamengo lá no hotel.

- Não fica chateado, tá? Pelo menos ele não é desses chatos.

- É a sua vida, minha filha. Eu não tenho como ficar triste se você tá feliz.

- Obrigada. Você é o melhor pai do mundo.

Deu-me um beijo na bochecha, me abraçou e esfregou o rosto no meu peito, na altura do coração. Alisei o cabelo dela, fiz carinho em seus ombros e a moça logo se retirou pro próprio quarto, jogando beijinhos pro namorado sentado na sala.

- Não demora, ein! – avisou, antes de sumir.

- Deixa comigo, amor, já vou. – ele respondeu.

Silêncio na sala. Apenas a TV ligada no volume baixo e o jornal da madrugada narrando as notícias principais do dia. Calor acima das médias da década, a maior região da Amazônia sendo destruída e a quadra de uma escola de samba do Rio de Janeiro pegando fogo num incêndio criminoso, tudo isso no mesmo dia cheio e carregado de acontecimentos. O que dizer da minha vida, então? A esposa dormindo, as filhas, cada uma em seu quarto, Noronha hospedado no quarto de hóspedes e eu sentado sozinho numa poltrona, observando a TV enquanto o namorado da Alexandra estava sentado no outro sofá, me olhando. Senti que eu tava perdendo o controle de tudo: casamento, família, o crescimento das minhas filhas, tudo. Nós dois sozinhos, o Ronald entortou a cabeça de lado, estalou o pescoço e esticou ambos os pés por cima da mesinha de centro, só de meias e bastante à vontade.

- Ah, coroa, coroa... – ele lamentou. – Por onde a gente começa?

Tentei ignorá-lo, mas bem soube que não havia mais volta, até por isso eu tava ali sentado e preparado para ter a conversa que sabíamos que tínhamos que ter. Pra me impedir de continuar ignorando, o safado sacou o controle da TV, mirou pra frente e desligou, não me dando mais escolhas senão ouvi-lo.

- Já sei por onde começar. Maluco, como que tu nunca me contou que tinha uma esposinha tão gostosa dessas, ein? – assobiou, surpreso. – Puta que pariu, como é que tu deixa um cara feito o encanador sentar a piroca nela, coroa? Isso pra mim não tem cabimento, papo reto! Se bem que quando a gente se conheceu eu te avisei que a tua mulher tava sendo lanchada pelo teus amigo, não avisei? Tu pensou que só tu fosse esperto, agora tá aí.

- Inglês, seu moleque abusado!? Sério?! – finalmente reagi, puto e sério. – Falar inglês!? Desde quando tu me engana assim, posso pelo menos saber?!

- Sssh, fala baixo que eu não quero que ninguém escute. E outra coisa, não é porque eu tô dentro da tua casa que deixei de mandar em tu, seu cachorro. Tu ainda é meu, lembra disso?

- Quem você pensa que é pra-

- Sssshh. – ele pulou pro meu lado, calou minha boca na marra com a mão, me deitou no sofá e pisou com a meia no meu rosto, bem por cima da minha boca. – Puta. Aprendeu como é que trata o maridão? Agora eu sou teu marido, tu sabe, né? Hehehehehehehehe, seu submisso da porra! Tô morando debaixo do teu teto, já pode me chamar de maridão, escutou bem?

Sem ter como responder, fiz que sim com a cabeça e ele brincou de cutucar os dedos do pezão dentro da minha boca, de pé no meu rosto e sobre o sofá da sala de casa. Se qualquer pessoa entrasse por ali e nos visse, com certeza seria a merda do milênio, só que o Ronald não tava nem aí pra nada, ele era inconsequente, irresponsável e gostava exatamente do risco, da adrenalina e do perigo.

- Agora eu vou tomar conta da tua vida de perto, coroa. Tu pensou que eu comia na tua mão esse tempo todo, eu aposto que pensou. Hehehehehehe! Que delícia de reviravolta. Tu gosta de reviravolta?

- Seu filho da puta! Desde quando você fala inglês? – insisti no argumento.

- Eu nunca falei inglês, só mandei um Google Tradutor, hahahaahaha! E São Paulo? Nunca fui, também, heheheehehe! Mas quem liga? Tamo aqui no Brasil, em pleno Rio de Janeiro, e daqui a pouco eu vou entrar naquele quarto pra meter a borracha na buceta da tua filha. Tá entendendo o tamanho de tudo que tá acontecendo, viado?

          - Ronald... Por favor, não mete a Alexandra no meio disso tudo, garoto.

          - Não vou meter ela no meio de nada, vou é meter no meio dela. Hehehehehehe! Tá preparado pra virar vovô em breve, velhote? Já pensou nisso? Heheheheehhe!

          - Seu abusado!

          - Ssssh, late baixo. – de pé na minha cara, ele abaixou o corpo e falou com o rosto quase no meu, apesar de não parar de me pisar enquanto isso. – Não dou três meses pra tu descobrir que vai ser vovô, meu putinho. E sabe o que é melhor? Tu vai continuar sendo o meu pagão enquanto isso. Vai comprar roupinha, enxoval, e ainda vai tomar meu leite na boquinha. Olha só que honra? Hehehehehe, que delícia de sensação boa!

          Num só pulo, o pilantra saiu de cima de mim e voltou a ficar de pé na sala, me olhando de cima pra baixo. Segurou o volume da rola no meio das pernas, mostrou a ereção e riu.

          - Olha só como é que eu fico só de saber que tu tá dançando na minha mão? Heheheheeheh, quem diria, né? O mundo dá voltas. Agora deixa eu ir lá, tenho que enfiar isso aqui na xereca da tua filhota. – segurou o riso e fez movimentos pra frente com a cintura, como se tivesse fodendo. – Fica tranquilo, que eu vou meter com carinho pra ela não gemer meu nome a noite toda, tá? Vou contar pra ela que o papaizão fica com ciúme. Beheheheeheh, ahahahahahaha, puta merda!

          - Você não pode ser tão baixo assim a ponto de enganar a Alexandra, Ronald.

          - Mas eu não tô enganando, não, eu acho ela foda. Quero ela e ela também me quer, por isso que tamo junto. O foda é que... – amassou a trolha na mão, balançou a cintura pro lado e fez a jeba sacudir debaixo do moletom armado. – Eu quero a filha, eu quero o pai e não tô acostumado a ouvir não, se ligou? E te digo mais, se bobear ainda fico galudão na mamãezinha também, porque que mulher gostosa do caralho que tu tem, ein, seu viado? Puta que pariu!

          Silêncio. O cretino pôs as mãos pra dentro do bolso, não disfarçou a ereção comendo o tecido do moletom e continuou me provocando com zoações.

          - Tinha que ser proibido viado que engole porra feito você ter uma mulher tão rabuda e peituda que nem ela, pegou a visão? E vou ser sincero contigo, acho que o tal do Noronha pensa a mesma coisa, por isso que ele larga é pica na xota da tua mina. Heheheheheehhe! Ela deve se amarrar, tenho certeza. Também, um marido corno e submisso desses... É foda, né, parceiro? – apoiou o ombro no meu nesse momento, segurou a tora e arrastou ela em mim. – Mas não se preocupa, não, meu puto. Agora que eu tô jogando em casa, é questão de tempo até começar a te pegar do jeito que tu quer. Passou da hora, né?

          - Ronald... – falei pela última vez.

          Mas não teve conversa, ele deu meia volta e foi pra dentro do quarto da namorada, também conhecida por minha filha mais velha. Entrou, riu pra mim pela fresta da porta, fechou e passou a chave, só pra me deixar mordido de ciúmes e engatilhado de inveja da minha própria filha, por mais obscuro e perverso que isso pareça num primeiro momento. Como eu cheguei nesse ponto? O excesso de liberdade e de submissão passiva e desenfreada me transformou numa máquina de obediência a todos: obedecia à esposa, ao amante dela, às minhas filhas e até ao genro. A quem faltava eu obedecer pra ter a certeza de que perdi totalmente o controle em todas as áreas da minha vida?

Fiquei tão na mão do moleque marrento que até na nossa viagem em família ele compareceu, indo com a gente pro sítio com piscina no meio de Minas Gerais, durante um final de semana inteirinho. Passei três longos dias ouvindo os gemidos da Alexandra com o Ronald em seu quarto, pra depois vê-la praticamente desmaiada no sofá da sala, rindo à toa, exausta e toda amassada. O flamenguista suado, inchado e ofegante, igualmente sorridente e bem à vontade com a nossa família, com liberdade pra trepar com a minha filha mais velha quando eles bem queriam.

          - Amor, esses dois parecem até a gente no começo, ein? Hahahahaha! – minha mulher comentou num dado momento. – É o fogo da paixão, muito bom.

          - É, parecem mesmo. Foi assim que arranjamos a Alexandra, se bem me lembro. – respondi, fazendo pouca questão de ser complacente.

          - Isso tá é meloso demais, isso sim. Fico enojada só de olhar. – a filha mais nova foi a única que concordou comigo. – Só tenho 17 anos, não quero ser tia ainda, não.

          - Ah, mas hoje em dia é diferente, gente, ela se cuida. Já tivemos essa conversa há muito tempo, sei disso.

          - Hmmm, que bom. Melhor mesmo... – mantive minha carranca.

          Não consegui conter a cara fechada, a esposa pulou pro meu colo e tentou me instigar.

          - Por que a gente não aproveita esse fogo pra matar a saudade, gostoso?

          - Não, gente, que isso!? Sério? Para, né!? – a mais nova levantou e saiu logo dali.

          - Olha, acho melhor não, tá? Não ando muito bem, tô preferindo segurar a onda.

          Não dei muita explicação, levantei, saí e fui pro quintal do sítio, na intenção de ficar longe dos gemidos da minha filha mais velha transando por horas seguidas com o mesmo macho cujo leite eu tomava há muitas semanas. Pai e filha amando o mesmíssimo homem, sendo que ela transava e tinha um relacionamento assumido com ele, enquanto eu era oculto, um amante indireto, já que não havia trepado com o Ronald até então. Nesse mesmo fim de semana de piscina, o filho da puta do cafuçu marrento decidiu me provocar na frente de todo mundo, só de sunga e ostentando o tamanho da rola grossa fazendo volumão pesado e abarrotado no elástico. Dava pra ver a cabeçota bem marcada, a extensão alongada chamando atenção e o cretino rindo, fingindo que tava tudo bem.

          - Que isso, tô gostando de ver teu autocontrole comigo, ein, sogrão? – ele sussurrou pra debochar de mim.

Não respondi, fazendo de tudo pra não dar bobeira e não me colocar em qualquer situação de saia justa diante da minha família. Só que as intenções do canalha comigo eram as piores. Enquanto eu me controlava, o novinho ficou cheio de gracinhas e com piadas o tempo todo, se valendo do fato das moças não terem a menor ideia do nosso laço, portanto não maldavam o que de fato estava acontecendo. Por exemplo, teve um momento que estávamos vendo um filme de luta na TV e o filho da puta não parou de me provocar. Todos juntos, eu sentado no chão e de costas pro sofá, o Ronald na poltrona e com as pernas do meu lado, Alexandra do outro, minha esposa no outro sofá e a mais nova na cozinha, até que o desgraçado disfarçou, se mexeu pouco e esbarrou com a perna na minha, me deixando sentir seu suor escorrendo entre os pelos. No primeiro intervalo do filme, eis que ele simplesmente levantou e fingiu que ia trocar socos comigo, imitando os mesmos golpes dos atores nas cenas.

- Pah, pah! E aí, sogrão, ouvi dizer que o senhor lutou quando era mais novo. Tá preparado?

- Papai acabaria contigo, amor. – Alexandra falou.

- Pode apostar. – minha esposa concordou.

- Sem dúvidas. – até a mais nova comentou. – Você é frango, Ronald, até eu acabaria contigo fácil. Pato.

Silêncio. Todo mundo olhou pra Brenda, minha filha caçula, até eu. Ninguém falou nada, porém todos concordaram, porque a moleca era do caralho e da pá virada. Ninguém mexia com ela, nem o marrentinho.

- Lutei, mas há muitos anos. – voltei a dizer. – Hoje não lembro de mais nada. Tô muito enferrujado pra luta.

Tentei despistá-lo, mas essa foi a deixa pro pilantra intensificar as provocações comigo.

- Ih, então quero ver! Se garante? – insistiu em me dar socos leves no braço.

- Não mesmo. – respondi.

- Claro que se garante. – as filhas não tiveram a mesma intenção que eu. – Nosso pai te amassa, garoto!

- Pega ele, vida! – até a mulher botou pressão.

- Bora, sogrão! – o cafajeste fez pose de luta e me encarou sério, com o rosto concentrado em não rir. – Mas ó, não vou pegar leve, não, ein? Só porque o senhor é o pai da minha gostosa?

Falou isso, ajeitou a sunga nas coxas grossas e deu uma pegada de leve no porrete grosso, recheado e pesado da roupa de banho. E o risinho de marrento insolente sempre presente e meio torto no rosto de macho sem vergonha, só pra acabar comigo.

- Aff, seu garoto... – bufei de raiva.

Não consegui resistir. Aproveitei a oportunidade pra mostrar ao meu genro o quanto ele tinha que me respeitar enquanto estivesse namorando com a minha filha debaixo do meu teto. Pus meu corpo em posição de atenção, fiquei de frente pro flamenguista na sala de casa do sítio e dei o sinal de que nossa lutinha ia acontecer. Ele riu, esperou meu primeiro movimento e não fez qualquer coisa a não ser ficar parado me olhando, mantendo a postura de lutador precavido e de pés bem abertos no chão, equilibrado pra qualquer reação minha. Quando dei o primeiro pulo na direção do moleque, ele retirou a perna do caminho, posicionou o pé atrás do meu e aproveitou meu movimento de recuo pra me fazer tombar pra trás. Fui lento, não percebi que ia cair de bunda no tapete e foi aí que o Ronald segurou minha mão, me impedindo de perder o equilíbrio diante de sua própria tentativa de me derrubar no chão. Pensei que esse fosse um sinal de benevolência ou de respeito diante da minha imagem de mais velho, mas deduzi rápido demais, pois, no mesmo enlace que me protegeu, o abusado me puxou firme para si, tombou meu corpo perto do seu, girou rápido e enganchou ambas as pernas numa chave em volta do meu pescoço, me deixando drasticamente com a cabeça escorada entre suas coxas grossas. Pareceu um 69, ele me dominando num sentido oposto do meu, abraçado com as minhas pernas e me prendendo com as dele, quase que com as solas suadas e massudas dos pezões rústicos coladas na minha face.

- Argh!

- Falei que não ia te poupar, sogrão! Hehehehehe!

- Resiste, pai! Força, você consegue! Hahahahaha!

- Cadê a disposição, amor? Né possível que o Ronald vai te ganhar tão fácil assim!

- Eu... Disse que tô sem... Prática, porra! – tentei me soltar da chave dele, mas foi impossível.

O pior não foi ter perdido diante da minha família, o pior mesmo era a cara de satisfação do desgraçado enquanto me mantinha dominado, imobilizado e rendido no tapete da sala, com as três moças olhando pra gente e rindo. Elas não sabiam de nada, só nós dois sabíamos, justamente por isso que me senti tão puto quando tentei me libertar do engate do sacana e não consegui. Segurei suas panturrilhas com as mãos, os dedos escorregaram por entre os pelos carregados de testosterona do pipeiro, ele me encarou com fogo no olhar e mordeu o beiço de prazer quando me viu resistindo ao seu tranco possessivo e violento. Mesmo depois que as três saíram da sala após nossa luta, o Ronald se sentiu cada vez mais no poder de me controlar e tornou a me derrubar no tapete, dessa vez sentando com o corpo em meu rosto e me mantendo literalmente entre suas coxas, o peso do saco de batatas tapando minhas narinas.

- Deixa de ser um sem noção, seu atrevido do caralho! – reclamei, aos sussurros. – Elas vão acabar percebendo!

- Vão não, vão nada. – ele olhou pro lado enquanto falava comigo. – Tão lá na cozinha, ó. Dá pra ver elas daqui. Ninguém vai perceber nada, não, coroa. Tu é meu.

Até pra falar foi meio difícil, por conta do peso da musculatura do cafução prostado em meu rosto. Fui mais do que dominado, fui subjugado e totalmente submetido ao poderio desinibido e onipotente de um macho tarado e sem vergonha feito o meu genro, sendo que a minha família era cega e incapaz de ver as coisas dessa forma, já que ninguém ali sabia do tipo de relação que eu tinha com o namorado da minha própria filha.

- Por que você tá fazendo isso comigo, seu safado? – perguntei, sentindo todo o tempero da rola do puto preenchendo a sunga pesada e vedando minha respiração.

- Pra te mostrar quem é que manda aqui. Tu não quis me apresentar tua filha por vontade própria e olha só aonde a gente chegou agora, paizão? Heheheheehehe!

- Moleque...

- Ssssh. Fala baixo, senão elas descobrem. Tu quer deixar a Alexandra triste, viado? Faz isso não, a mina é foda pra caralho! Hehehehehehe!

Peguei fogo por dentro. Os mamilos durinhos, o cuzinho latejando de vontade de ser domesticado e adestrado da mesma forma que o restante do corpo estava sendo, pra não falar do meu pau estourando no short, tudo isso devido ao toque preciso e impositivo que o Ronald exercia sobre mim. O inconsequente também ficou me provocando quando sentamos na mesa de jantar pra comer, sendo que elas viam apenas seus sorrisos falsos, não viam o garotão mexendo comigo por baixo da mesa e beliscando minhas pernas. Aliás, sempre que me via deitado no tapete da sala, ele vinha com o dedão do pé e beliscava meu mamilo pra me deixar excitado, depois ficava brincando no bico do meu peito com a sola massuda do pezão bruto sem ninguém ver, fazendo de mim um brinquedo em suas mãos. Fui para Minas Gerais ser seduzido e manuseado por um macho tirado a pivetão, que por ventura agora era o homem da minha filha mais velha.

A cena que marcou essas curtas férias na minha mente foi quando o Ronald saiu da piscina, enrolou a toalha na cintura bruta e sentou de frente pra mim no sofá da sala. Eu pensava que o puto tava de roupa por baixo, mas uma cruzada discreta de pernas que ele deu e eu pude ver os culhões morenos e amontoados mudando de posição dentro da saca espalhafatosa, tudo isso enquanto o salafrário olhava pra mim com o olhar cínico e ria das piadas contadas pela namorada.

- Eu decidi que não vou te dar um dia de paz, coroa. Tu vai comer na minha mão. – ele mexeu os lábios para que apenas eu os lesse.

Na hora de mijar, o flamenguista fingiu que não tava me vendo, botou a piroca pra fora no mictório e deixou a jatada de mijo quente tracejar minha coxa, nem aí se alguém ia perceber seu cheiro em mim.

          - Para com essas porras, seu moleque! Já pensou se a Alexandra pega isso?! – dei o esporro.

- E se perceber? Tua filha tinha era que saber que eu mando no pai dela como se fosse minha puta. Que eu tenho mais intimidade contigo do que com a xereca dela, tá ligado? Hehehehehehehee!

          - Seu inconsequente! Sem noção.

          Estávamos sozinhos no pequeno vestiário masculino que existia no sítio, então ficamos protegidos parcialmente, porque nenhuma das mulheres entraria ali àquela hora, pelo menos era o que eu achava. A noite estava caindo, o Ronald tava parado do meu lado diante do mictório e sacudiu a jeba de um lado pro outro, só pra me deixar nervoso e testar a capacidade da minha boca em produzir saliva em excesso. Rindo bem cínico, ele abaixou bem a sunga, libertou o mais de um palmo de picão preto e perdeu todas as inibições comigo.

          - Tá com a mão limpinha, titio?

          - O que você quer?

          - Toca uma aqui pra mim, vai? Calibra essa piroca pra eu ir lá botar ela dentro da tua filha, vem. Hehehehehee!

          Fiquei paralisado, com o coração acelerado e sem saber o que fazer. Apressado, ele chegou pra perto de mim, sacudiu outra vez o quadril e deixou a chapeleta de moranga cabeçuda roçar na minha pele, me causando os mais deliciosos calafrios de prazer que já senti. As pernas chegaram a bambear, eu confesso, mas não apenas por tensão sexual, havia também o medo de sermos pegos a qualquer momento por alguma das moças.

          - Anda, viado, tô mandando, porra! – meteu a mão na minha nuca e me trouxe pra perto de si, depois usou a outra mão pra pegar a minha e botar na vara empenada. – Isso, soca pesado pro teu marido, anda. Me faz falar duas vezes não.

          O sem vergonha fez o pedido e pôs as mãos entrelaçadas por trás da cabeça, me deixando livre e à vontade para masturba-lo. Trêmulo, ignorei os receios, dei voz ao desejo e me entreguei ao vai e vem do couro borrachudo deslizando com extrema dificuldade na chapeleta inchada que era a cabeça da pica do Ronald. Me senti empoderado e armado, literalmente, sustentando o peso de mais de 20cm de caralho trincado no aperto da minha mão e latejando vividamente contra a minha pele faminta. A tromba estava encarando o teto do lugar onde estávamos, a saca preta balançando por baixo e eu lotado de água na boca, hipnotizado pelo movimento intenso da ereção do namorado da minha filha mais velha.

          - Ssssss, isso, coroa filho da puta! Ffffff, soca uma punhetão de verdade pro teu moleque, vai? – sussurrou no meu ouvido, me encarando nos olhos enquanto era masturbado. – Isso, caralho, que tesão! Arrrrssss! Tu sabe bem que eu mereço uma punheta bem batida, não sabe? Finge que não gosta de mim não, que o teu molecão aqui fica carente, pô. Ssssss! Porra, que delícia de mão, ein? Fffff!

          - Aff, seu desgraçado! Olha o que você tá fazendo comigo.

          - Ssssh, cala a boquinha e só obedece, tá? Questiona muito não, que o maridão aqui sou eu. Só soca, puto, soca com gosto, hmmmsss! Abre o mãozão pra mim, abre?

          Fiz o que ele mandou e o pilantra lançou a cuspida em cheio na palma da minha mão.

          - Isso, agora volta a me masturbar, que depois eu vou lá comer a xota da tua filha com a tua saliva lubrificando a penetração. Ssssss! Caralho, para não, arrrfff!

          - Seu cretino dos infernos! Hmmmffff!

          - Para não, filho da puta! Ssssss, arrrrffff! Mãozinha quente e gulosa, paizão, que isso! Hmmmssss, piranho!

          Quanto mais ele me provocava com aquelas frases, mais eu me sentia cachorro dominado na coleira pelo meu genro. A família espalhada na casa do sítio e nós dois escondidos no banheiro masculino externo, o pivetão de pé do meu lado e com a tora apontando pra cima, espremida e espancada nas minhas mãos. Segurei seu saco gordo, senti o peso das bolas e passei a punheta-lo enquanto massageei seus culhões desenvolvidos, fazendo o marrento gemer muito no pé do meu ouvido.

          - Ssssss, isso, coroa, fffff! Tá vendo como só tu sabe cuidar de mim? Isso aqui nem a tua filhota faz, só tu que me dá essa moral. Orrrrfffff! Ó só como é que eu fico. – forçou a cintura e fez o filetão de baba grossa vazar da cabeça do porrete. – Hmmmffff, delícia! Vai ser hoje que vou emprenhar a Alexandra, hehehehehe! Arrrssss!

          - Amor, tá aí? – a voz feminina veio do lado de fora do banheiro.

          - Tô, vida. Já tô saindo, vim só dar um mijão. – o canalha respondeu e fez sinal de silêncio pra mim, com o dedo na boca.

          Antes de guardar a trolha na sunga, o Ronald espremeu a uretra e recolheu mais uma ponte grossa de pré-porra bem consistente e transparente. Levou até minha boca, passou o dedo em minha língua e me fez provar seu gosto masculino salgado e suculento de sempre. Depois escondeu a ferramenta encaralhada na sunga, deu um nó no elástico e alisou meu rosto antes de sair dali, fingindo que nada de mais aconteceu.

          - Fui mijar porque tô cheio de tesão, mas não adiantou. – escutei ele explicando pra Alexandra do lado de fora. – Já sabe o que eu tô querendo, né, safada? Heheheheehe!

          - Só se for agora, vamo pro quarto. Aproveita que meu pai saiu, vou poder gemer alto. Hihihhihihih!

          - Hehehehe! Bora foder, minha gostosa. Foguenta!

          - Vamo, safado!

          Esperei algum tempo até sair escondido e sozinho do banheiro, me sentindo cansado de estar enganando minha própria filha. Lembrei que a mudança deles pra São Paulo estava de data marcada, respirei fundo e imaginei que tudo aquilo era um problema passageiro, porque logo o casalzinho tava fora do Rio de Janeiro e a partir daí eu teria paz e tranquilidade longe do comportamento marrento e dominador do Ronald. Eu gostava de tudo que ele fazia comigo, o problema era exatamente esse, porque deveria não gostar e não abaixar a cabeça pro moleque abusado. Só que eu não tinha forças para resistir, bastava ele falar e mandar e eu já tava de quatro servindo, pronto pra ser pisado, controlado e dominado por aquele pivete caralhudo. Nunca possuído por ele, pois isso ele não tinha coragem de fazer, pelo menos não diretamente. O novinho me dava leite na boca, mas sem me deixar mamar e também sem me comer. Nós nunca transamos, ficamos apenas nessas trocações de putaria intensa, proibida e oculta dos olhos alheios.

          Depois dessa viagem ao sítio em Minas Gerais, todos nós voltamos pras nossas vidas normais, mas eu continuei bastante pensativo com as atitudes do molecão irresponsável e inconsequente. Comecei a ter insônia e foi por causa disso que encontrei minha esposa inúmeras vezes acordada de madrugada, fora da cama e toda suada, porém eu nem tinha mais vontade de reagir ou questioná-la sobre o que estava fazendo àquela hora da noite. Numa dessas vezes, ela passou por mim, me desejou boa noite e foi pro quarto dormir, ofegante mesmo. Sem saber o que fazer e me sentindo bastante cansado, decidi ir pro escritório fumar um charuto e tomar um copo de alguma bebida quente, pois sabia que não pegaria no sono tão facilmente estando puro. Saí da cozinha, fui andando pelo corredor, abri a porta do cômodo que eu usava pra trabalhar às vezes e levei um susto com o que vi.

          - O que você tá fazendo aqui? Esse lugar é trancado, isso daqui é meu. – reclamei.

          - Teu não, nosso. Bota uma coisa na tua cabeça, velhote, nada aqui é só teu desde o dia que botei o pé nessa casa. – o cretino não parou de passar os dedos nos livros das minhas estantes pra dar essa resposta, continuou andando devagar e analisando os títulos empilhados lado a lado. – Esse é o único lugar onde dá pra achar um whisky bom à essa hora. E tu, veio procurar o que aqui?

          - Eu não tenho que te explicar o que eu vim fazer no meu escritório, debaixo do MEU teto, seu insolente.

          - Facilita, vai, sogrão. Dificulta pra mim não.

          - Dificultar pra você?! Tá de sacanagem comigo, moleque!?

          - Velhote... Para de drama. – sentou na minha cadeira giratória, abriu a gaveta e tirou um charuto cubano de dentro. – Tenho que te falar uma parada que eu andei pensando depois de tudo.

          Foi a primeira vez na vida que vi o malandro falando sério e sem ironias, sem a marra usual de sempre, e foi exatamente isso que denotou que havia algo importante a ser dito. Fiz silêncio, ele me olhou e não deu o riso cínico típico.

          - Depois de tanto tempo, agora eu sinto que tô atrasado.

- Atrasado? – perguntei.

- É. Tô na tua casa, comendo da tua comida, a tua filha, o teu dinheiro. Só não tô comendo a tua mulher ainda porque a graça dela é dar a buceta pro Noronha, tu já sabe, né? Agora tô pensando aqui... Eu ainda não te comi. Não te fiz meu. Sabe como é que a gente marca uma coisa como nossa?

          Meu corpo pegou fogo, mesmo eu sabendo que não deveria. O cuzinho deu uma pulsada violenta e perigosa, que quase me fez capotar ali mesmo. Que tensão do caralho que me atravessou!

- Moleque, você...

- Fica tímido não. Hoje eu quero, vem. Hoje eu deixo.

- Eu... Nunca faria isso com a minha filha. A Alexandra é o meu orgulho, seu atrevido.

- Ah, para de drama! Ela é o teu orgulho, e eu, sou teu o quê? Teu outro orgulho? – fez a pergunta, virou o copo de whisky numa só golada e bateu com ele na minha mesa. – Sou o quê, sou a tua luxúria favorita? Ou a tua ira, paizão? Fala, dá o teu papo!

Pelo tom de voz e os gestos, deu pra ver que o puto tava bebendo há um bom tempo, por isso estava agindo daquele jeito exaltado e meio puto, arrependido, falando coisas íntimas da nossa relação.

- Responde, viado! Qual porra de pecado teu eu sou? A tua preguiça, de tanto que tu se sente cansado de mim? De repente sou a tua ganância, já que um cara feito você sempre quer tudo, quanto mais melhor. Né assim que tu pensa, sogrão? Dá teu papo, porra, tô falando contigo!

Senti um pouco de medo inocente, mas muito, muito tesão. O cu não parou de dar trancadas e pulsadas de rabo insistentes, me vi cercado no fogo traiçoeiro e perigoso do Ronald e mal soube como resistir às ondas de calor querendo finalmente me devorar. Sem mais nem menos, o pivete pegou o copo de whisky vazio, abaixou um pouco o short e botou a carrapeta pro lado de fora da roupa, revelando o quão meia bomba estava.

- Eu sou o teu melhor pecado, não sou, paizão? – posicionou o copo debaixo da tromba, balançou de leve e aguardou. – Inveja eu sei que tu não tem. Ainda, porque quando eu tiver um filho com a Alexandra tu vai sentir dor de cotovelo pela tua filha, vai não? Hahahahahaha!

A primeira jatada saiu imponente e puxou as outras, dando início a um jato contínuo e grosso de mijo quente e espumante despencando diretamente da ponta do cabeçote do caralho do novinho dominador. Ele sentiu tanto alívio ao mijar que levantou a cabeça, olhou pro teto do escritório e fechou os olhos, bastante relaxado com o esvaziar da bexiga. O copo foi enchendo, passou da metade e nada do momento acabar, com o Ronald se vendo totalmente à vontade pra fazer o que fez, sem qualquer sombra de receio ou de hesitação, pelo contrário, ele até sorria durante o mijão.

- Qual pecado será que eu sou? – perguntou pela última vez.

Aí terminou de mijar e mostrou o copo cheio de urina amarelada e quente, até à boca, borbulhante e cheia de espuma branca na parte superior. Famoso colarinho. O desgraçado pôs o objeto em cima da mesa, bem na minha frente, riu e concluiu o pensamento sobre os pecados.

- Já sei. Eu represento a tua gula, tu é um coroa guloso. Tá desde o começo comendo meu mingau grosso, não é isso, paizão? Fala a verdade.

- Pelo amor de Deus, Ronald. O que você ainda quer de mim?

- Eu quero você, filho da puta! Quero que tu prove que me ama, que tá pronto pra ser meu de vez. – disse isso e encarou o copo cheio, depois olhou pra mim e não falou mais nada.

Estava subentendido, ao ponto de eu suar bastante na testa e não conseguir mais tirar os olhos do mijo cheiroso e suculento me chamando, me seduzindo aos poucos. Parecia um refrigerante, um purgante masculino extraído diretamente do caralho grosso e cabeçudo do flamenguista truculento, sendo que o processo foi tão excitante que nem ele próprio conseguiu terminar de mijar sem ficar de pau duraço e apontando pro teto. O Ronald sabia mais do que qualquer um que eu tava na mão dele, então não pensei em me fazer de rogado. Segurei o copo, senti a quentura do vidro, suspendi o braço no ar e fiz um brinde.

- Aos pecados. – falei.

- Vai, seu arrombado. Prova que tu é todo meu, me deixa orgulhoso.

Lambi os beiços. Fechei os olhos, abri os lábios, virei a mão na direção da boca e deixei o renascimento acontecer. A cascata dourada de mijada escorreu por cima da língua e me encheu do gosto salgado e quente da urina do meu macho. Ele não acreditou na minha ousadia, então eu dei a primeira golada e joguei tudo pro estômago, depois fiquei de boca aberta e fiz o drink transbordar de propósito pelos lados enquanto eu bebia. Goladão um, goladão dois, o conteúdo do copo passou da metade e o cafução de olhos arregalados do meu lado, a piroca envergada pra cima e dando pulsadas inflamadas por me ver tão submisso. Esvaziei tudo, lambi de novo os beiços, mostrei a língua vazia pro cretino do meu genro e bati com o copo vazio de volta na mesa, enxugando meus beiços com o antebraço logo em seguida. Ainda dobrei um pouco a cabeça e estalei o pescoço do mesmo jeito que o marrento fazia, pra mostrar que já tinha passado há muito tempo da fase de ter que dar provas de alguma coisa pra ele.

          - Me deixou orgulhoso, sogrão. Vem cá, vem?

          O malandro me puxou pelo braço, se jogou na cadeira, abriu as pernas e me acolheu entre elas. Depois de muito, muito tempo de expectativa e de mingau servido na boca, eu finalmente me vi posicionado entre as coxas do molecote atrevido, ele olhou pra mim de cima pra baixo e não disse nada, só desceu a vara no meu rosto e eu o deixei entrar, passando com a piroca por cima da minha língua e batendo no fundo das amídalas babadas. Escorregou mais, chegou fácil na garganta e eu tive que lutar pra não engasgar, fazendo de tudo pra deixa-lo bastante confortável e aconchegado na minha goela. Ainda ficou caceta do lado de fora, entendi que não entraram todos os 20cm e me empenhei no boquete, arreganhando a mandíbula pra fazer caber mais rola dentro da boca. Foi assim que engoli mais da metade da jeba grossa e cabeçuda do Ronald, que ficou sem palavras quando me encarou e percebeu o saco de pancadas escorado no meu queixo.

          - Sssssss, caralho! É isso, eu sou mesmo a tua gula, meu cachorro. Fffff! Suga essa pica mijada, suga? Dá uma mamada profissional nessa piroca, que hoje ela é toda tua, puto. Orrrssss!

          Primeiro sinal que o canalha deu foi não ter posto a mão na minha nuca durante o sexo oral. Todo o jeito dominador e controlador me fez pensar que isso ia acontecer, mas não aconteceu de imediato e entendi que a intenção do moleque era de ver o quanto eu tava disposto ali, por isso enterrei a boca na extensão da verdura cabeçuda que ele tinha no meio das pernas, traguei polegada por polegada e só sosseguei o facho quando senti meus lábios contornando o talo grosso e insustentável da marreta do Ronald. Só então o puto esticou as pernas, relaxou o corpo todo e se jogou mais pra dentro de mim, finalmente descendo a mão calejada e poderosa sobre a minha nuca. Pronto, é o controle mais perfeito que um macho pode ter no boquete. Daí que veio a pressão, o fogo lambendo meu corpo e a minha explosão de vontade de morrer engasgado em piroca grossa e com gosto de mijada boa de molecão rueiro.

          - ORRFFFFFF! Maluco, tá mais do que provado que tu é guloso mesmo, ó? Ssssss, caralho, coroa, que fome é essa!? Arrrrfffff, tesão da porra, tô até suando. Quero ver tu polindo e lustrando essa rola, vai? Para não.

          Abriu os dedos sobre meu crânio, impôs o domínio do pecado na minha cabeça e fez a força pra me descer, eu engatado com a goela colada na cabeça do porrete massudo. Senti o cheiro da pentelhada estufando minhas narinas quentes, me entorpeci no excesso de testosterona e ameacei tossir, porém mantive a resistência e não desafoguei do tronco, o que resultou em lágrimas de nervoso escorrendo dos olhos. E de orgulho, muito orgulho, eu confesso. Pus as mãos apoiadas nos joelhos imponentes do pivetão, senti seus pelos das pernas arrepiados, olhei pra ele sem parar de mamá-lo e constatei o inevitável: Ronald tava perdendo as cabeças. Ele só tirava as mãos do meu crânio pra esfregar o próprio rosto e também se segurar nos braços da cadeira onde estava sentado, de tão entregue no vai e vem guloso da minha boca quente e lubrificada.

          - HMMM, SSSSS! Porra, paizão, assim tu me quebra, filho da puta! Orrrrsssss, que isso, mermão!? Hmmmffff, arrrrssss! Meu erro foi não ter te botado pra mamar antes, isso sim!

          Por falar em lubrificação, o gosto do mijão do flamenguista tava se misturando com os sais minerais provenientes dos babões grossos que ele não parou de soltar por cima da minha língua. O melhor é quando a piroca batia no fundo da goela, porque a pré-porra colava de vez na minha garganta e me deixava instigado de dentro pra fora, com o peso da calabresa cansando deliciosa e exaustivamente minha mandíbula encaçapada. Meu queixo era o saco de pancadas onde os culhões gordos do novinho brincavam de amortecedor e eu fiquei totalmente temperado pela testosterona deles, de tanto que ricochetearam em mim.

- Arrrrffff, isso, porra! Para não, caralho, ssssss! Quero ver o teu reflexo aparecendo na cabeça da minha vara, seu boqueteiro da porra! Para não, vai? Isso, sogrão, hmmm, ffffff!

Quando não aguentou mais bancar o moderado, eis que o cachorro segurou minhas orelhas e as fez de alças, ganhando o sustento que precisava pra me manter colado com os lábios no talo do caralho, enquanto brincou de foder minha garganta como se fosse um buraco quente e apertado. Possessivo, ele não se contentou em apenas ser mamado e chegou a suspender o corpo da cadeira do escritório na base dos trancos com a cintura, escorregando ainda mais nas profundezas do boquete aveludado que eu tava pagando ajoelhado.

          - SSSSS! Como é que pode o pai mamar um caralho melhor do que a filha, me explica isso, viado? Orrrrffff! Será que tu dá o cu melhor do que ela dá a buceta, ein? Ffff! Só te aviso que já joguei muita porra dentro da xoxota dela, quero só ver se tu vai deixar eu fazer isso contigo também. Ssssss!

          - Gmmm, fff! – eu não tinha como responder verbalmente, então me empenhei em dar as respostas pro que ele dizia na base das engolidas profundas e sinceras, pra deixar o moleque na ponta dos pés, mesmo ele estando sentado e todo abertão na cadeira.

          De vez em quando, o cafução dava uns acessos de raiva, segurava minha cabeça pelas laterais e brincava de estocar a chapeleta no fundo da goela, usando e abusando do meu sexo oral profissional. Fazia isso de um jeito tão concentrado que só faltava babar nesses momentos, de boca aberta e a cara deformada ao testemunhar meu esforço ao longo da piroca envergada pra cima. À essa altura, meu cuzinho tava mais do que dilatado na base das piscadas, meus mamilos duros na blusa e meu pau babando mais do que babosa.

          - Hmmmm, ssssss! Que garganta profunda e potente é essa, ein, velhote? FFFFF, papo reto, chega tô babando aqui, sssss!

          O mais delicioso é que o Ronald se mostrou o tipo de macho que botava pra mamar e ao mesmo tempo arregaçava a piroca, fazendo questão de afogar a cabeçota livre no fundo da minha goela. Eu incubando suas bolas em minhas mãos no meio da mamação, o garotão brincando de esgrima com a minha faringe e a glande dele dando morangadas na minha garganta foguenta. A uretra em formato de túnel parecia que ia se separar do corpo do trombone, de tão destacada e inflada, sendo que toda a pele enrugada ficou babada da minha saliva, resultando numa mistura deliciosa de cheiros que instigaram meu olfato durante o boquete.

- Arrrrssssss! Mas e o cuzinho, ein, sogrão? Vai liberar pro genro? Tem mó tempão que tô te devendo isso, tu sabe bem. Sssss!

...

Preciso comentar? Meu pivete pediu cu. O paizão nega? Não nega, não tem como negar. Olha quanto tempo levou até meus ouvidos serem agraciados por esse pedido, como é que se nega algo nesse nível de calor? O meu garotão, meu macho, queria sentir pregas alargando e repuxando em volta do talo do caralho grosso, eu tinha como negar? Não, não tinha.

- Tem camisinha aí? – perguntei, não sei nem pra quê.

- Camisinha? – ele riu em deboche. – Aí, tu quer ouvir uma parada que eu acho que tu tem que saber, maluco?

- À essa altura do jogo você tem como me surpreender, Ronald?

- ... – ele não respondeu. – Depois eu te conto.

- Ah, não, fala agora! – insisti.

- Só se tu me der o cu. No pelo. Quero foder sem camisinha contigo, aí te conto no meio da foda. Qual vai ser? – fez a pergunta e bateu com a clava na minha língua, esfregando o freio largo em minhas papilas gustativas. – Sssss!

Levantei do meio das pernas dele, fiquei de pé, tirei o short e me apoiei na mesa, depois virei de costas, arrebitei um pouco o corpo e tentei empinar o rabo na direção de onde o canalha tava sentado.

- Promete que vai gozar fora? – perguntei.

- Não sou muito bom com promessas, sogrão.

- Você é um ordinário completo mesmo, não é?

- Não é assim que tu quer que eu seja? Bonitinho? Ordinário?

- Eu quero?

- Quer, tu sabe que quer. É assim que tu gosta do teu moleque, mandão e marrento. Tu sabe que curte. – o cretino me seduziu na lábia experiente.

Com uma certa tranquilidade que poucas vezes eu vi ser ostentada, o Ronald levantou da cadeira quase que num pulo, ficou de pé e foi se colando atrás de mim, me vestindo e me cobrindo como se fosse o meu cobertor pessoal, feito exatamente na medida pra caber em meu corpo. Seus dedos colaram nos meus, o quadril imponente engatou na circunferência do meu lombo e o pivetão não parou de latejar a giromba no encontro com a pele rugosa das minhas pregas seladas no cuzinho peludo. Deu o primeiro empurrão, cuspiu baba quente no começo da nossa união e brincou de pincelar, esfregando a cabeça escorregadia e massuda além da portinha de entrada da minha bunda, me deixando tonto de prazer e de ardência na pele do ânus.

- Sssss, isso, seu moleque! Faz o que era pra você ter feito há muito mais tempo, meu homem. Ffffff! – mordi o lábio, senti o piranho me alargando na base da brocada e minhas tentativas de relaxar e contrair se transformaram numa fogosa comichão anal. – Ainnnssss, pode botar!

- Hmmm, ffff! Caralho, na pele é muito bom, sssss! Que isso, mermão!

- Tá gostando? Ssss! Para não, vai botando.

- Então relaxa pra mim, safado! Fica de quatro que nem uma cachorra pro teu marido, vai? – fez o pedido e pressionou as mãos no meu cóccix, me mantendo arreganhado e arrebitado ao seu bel prazer e controle. – Assim, meu puto, desse jeito que eu quero. Ó como é que vai fundo, ó?

Avisou, preparou a cintura, eu entendi o recado e prendi a respiração, tendo mais facilidade na hora de soltar as pregas e deixa-lo entrar. Por conta do cuspe lubrificante, dessa vez o cafução truculento entrou com um bom pedaço da extensão de carne grossa, atravessando a cabeça nas ventosas do meu rego e provocando a mais perdida queimação que um homem já me fez sentir no cu.

- OOINSSSS! ISS-

- Sssssh! – fechou as mãos na minha boca, caindo com a barbicha curta na pele do meu ombro e me enchendo de nervoso. – Tá querendo que alguém escute a gente, sogrão? Hmmm, fff! Tem que me dar o cu em silêncio, tá escutando? Oinnfff!

- FFFFF! Tô tentando, mas tá muito bom, porra! Me come, moleque, me preenche, vai?

Entrelaçamos de vez os dedos das mãos, ele se prostou totalmente exaltado com o corpo atrás do meu e incinerou a ferramenta pra dentro do meu cuzinho sem dó, cumprindo ardentemente com o pedido feito por mim. Meu rabo trancou, eu segurei as forças e relaxei, mesmo quando pareceu impossível, suando frio pra abrir as dimensões necessárias à inserção de um flamenguista novinho e bem dotado dentro da minha carne. Consegui sentir cada pulsada das veias espessas aumentando a grossura da caralha cabeçuda e me abrindo ao meio, sendo dilacerado no mais estridente e proibido prazer. Cheguei a fechar minhas mãos na mesa, enquanto o Ronald fechou as dele por cima das minhas, descarregou o peso e entrou com tudo em mim, de trás pra frente e de cima pra baixo.

- OOORFFFFFF! – perdi a noção das coisas, dei um tranco pra frente e abri o bocão.

Pensei que ele fosse me corrigir e me dominar a partir desse momento de total entrada, até olhei pra trás e foi aí que o meu mundo, todo esse mundo que apresentei desde a primeira página, começou a ruir. O tempo parou, assim como as forças da natureza e da física. Quase todas, porque existia a força peso do garotão me triturando, meu atrito ao redor da massa dele e a nossa resultante somando todas essas ações numa mesma atividade sexual e reprodutora. Quando achei que tinha ficado impactado pela entrada do Ronald no meu mundo, me dei conta de que o efeito foi o contrário e que na verdade foi o filho da puta do marrento que se perdeu dentro de mim. O choque dos mundos, posso dizer.

- Ainnnffff! Que delícia, garoto! Fffff, por favor, eu te imploro pra não parar!

- SSSSS, ARRRSSSS! Caralho, coroa-

Mal conseguiu terminar de falar, prendendo os dedos nos meus e contorcido sobre meu físico suado e quente. O safado botou e esperou, não teve pressa. Parecia que não queria errar pra não acabar me machucando ou falhando, revelando todo o seu lado ansioso e ao mesmo tempo experiente. Ele não errou em qualquer momento, pelo contrário, se empenhou em acertar várias vezes seguidas desde o começo de tudo.

- FFFFF, cacete! Já tá bom de esperar, pode ir mexendo devagar, vai? – pedi. – Sssss, tô acostumando.

- Tô tentando, mas tá difícil de continuar pra caralho, paizão! FFFF!

- Ainnssss, você tá latejando muito, isso sim. Hmmmfff!

- SSSSS, PORRA, SOGRÃO! Também, né!? Como é possível um aperto quente desses, maluco!? Caralho! Fffff! – o pivete ficou MUITO ATERRORIZADO DE TESÃO, transtornado, mais do que eu. – Relaxa pra mim, senão não vou conseguir te comer. Sssss!

- Relaxar mais? Tô suando de nervoso aqui, você que é muito grosso, rapaz! Fffff! Falei que cê era bonitinho, mas ordinário, não falei?

- AARRSSSS! Puta que pariu, viado, assim tu... Hmmmm, sssss!

Nenhum de nós estava pronto pra receber tamanho impacto sexual avassalador, e olha que o moreno nem tinha começado a bombar ainda. Ainda. Talvez esse seja o parágrafo que carregue a máxima de todo o vínculo sexual e econômico que a gente desenvolveu. Ronald, o flamenguista mais dominador e taxativo que conheci nessa vida, me penetrou macio, com calma, bastante possessivo, porém cuidadoso e colado com o corpo na minha traseira, deixando todo seu físico pesar sobre o meu e me protegendo ao mesmo tempo que me consumiu em chamas. Não teve a pressa típica dos moleques inconsequentes e egocêntricos, negou a própria marra e deu espaço à uma curiosa e sedutora ansiedade, se permitindo fazer algo de peito totalmente aberto comigo.

- Ssssss! Que porra de cu quente é esse, maluco!?

- E essa rola grossa me deixando largo? Oinnffffff!

- Se tu não parar com isso, eu não vou conseguir te comer, não, coroa. Papo reto, fffff!

- Claro que vai, é só se acostumar. Começa devagar e vai bombando, sss!

- Vai me ensinar a comer cu, vai? – beijou minha nuca ao fazer a pergunta e me deu um cheiro, como se fosse o predador cercando a presa. – Orrrssss! Caralho, sogro, fffff!

- Arrrsss, quente, né? Ffff!

- Delicioso, isso sim! – e soltou a lambida no suor do meu ombro, cravejando a arcada dentária logo em seguida. – Mmmmm!

- SSSSS, FILHO DA PUTA! FFFF! E se minha esposa perguntar que marca é essa, moleque!?

- Tu diz que foi o teu maridão que fez. Orrrffff, muito apertado! Impossível te foder assim! Sssss!

Eu poderia dizer que ele socou o caralho de pedra no fundo do meu cuzinho e me deixou arregaçado: de fato, o cafução fez isso mesmo, porém todo o processo de reconhecimento carnal entre a gente se deu de forma certa, intensa, lenta e com muitas pulsadas, sem o Ronald ter que provar qualquer coisa para si ou também para mim. E é por causa de todas essas circunstâncias que aqui, no meio de uma história focada em dominação e submissão sexual, eu sou obrigado a dedicar várias linhas ao pivetão que me possuiu com um único sentimento possível: paixão. Inocente, puro, bobalhão, à vontade, fácil e gostoso de sentir. Descobriu a si mesmo, descobriu a mim e nos expôs ao suprassumo do prazer carnal entre dois homens envolvidos e entrelaçados.

- Vou fazer contigo pior do que eu faço com a tua filha, tá ligado, né? Ehehehehe!

- Me rasga, me fode! Tô cansado de ficar que nem uma cachorra pra você esse tempo todo e ainda não ter sido montado do jeito que eu mereço. FFFFF!

- Ah, tu quer que eu te monte, é? Que nem eu faço com as piranha na rua, é isso? Vira aqui então o cuzinho pra mim, que eu vou te amassar sem massagem, meu corno. Porra, é agora que tu vai ser meu!

Duvido que ele fazia aquele tipo de sexo que fez comigo com as outras moças e falo isso com tranquilidade, justamente por causa do fator paixão. Quente, caloroso, predador e avassalador, assim foi o coito, o sexo, o ato de reprodução com o meu genro faminto e possessivo em cima de mim. Senti não apenas a tora cabeçuda me alargando e pescando na minha próstata, como também as mãos dominadoras do pilantra me comandando, me forçando, pressionando meu couro e apertando minha carne em todos os lados possíveis.

- OOORRRFFFF, SSSS! – gemi alto demais e aí o Ronald enfiou uma das meias usadas na minha boca, me mantendo quieto enquanto tomava no cu. – Mffffff!

- Ssssss, arrrrsss! Isso, levanta esse rabetão pra mim, safado!

Meu macho se moveu, arrastou o porrete pra fora, parou no meio do caminho e voltou a me entupir, criando um espetacular movimento de sucção anal que pareceu que ia me desentupir na base da pressão da cabeça da piroca escura atravessando e entubando as entranhas. Contraí as pregas, mas dessa vez elas não tiveram como recuar, graças à onipotência e onipresença da víbora predadora atolada no fundo caloroso da minha carne aconchegante. Até os pelos em volta do ânus foram dilacerados no meio do processo de possessão, sendo que tudo refletia com o mais intenso prazer do meu corpo, me deixando pronto pra qualquer coisa que o molecote quisesse fazer comigo naquele momento carnal.

- Orrrrffff, caralho, sogrão! Ffffff! Tô sentindo todas as paredes desse cuzinho namorando minha pica, como é que pode? Sssss!

As botadas ficaram tão boas e bem encaixadas que eu tive que tirar os meiões da boca pra poder falar, apesar do gosto salgado do tempero do machinho estar saboroso na língua.

- SSSS! Isso, não para de se mexer, caralho! – dei um soco na mesa, tamanha ardência sendo fundida em tesão anal. – AAAFFF, era isso que eu queria desde o começo, garoto! Hmmmfff!

- Queria que eu fosse teu homem, não era isso, puto? Orrrrssss!

- Arrrsssss, era! Claro que era!

- Hmmmmss, não escutei, puta! – e afundou a mão grossa de pivetão pipeiro e rueiro na minha raba arrebitada, fincando os dedos na carne. – Ffffff, rabão gostoso da porra! Repete o que tu queria, vai? Quero ouvir direito.

- Eu queria entrar nessa sua vara logo no primeiro dia que te vi, seu abusado do caralho! Ainnnssss!

          Por conta da minha petulância, tomei outro tapão firme na bunda, a marca dos dedos impositivos do novinho se tatuaram na minha pele e eu soube nesse momento que o Ronald era exatamente o tipo de homem que eu sempre quis, mesmo quando nunca imaginei que sentia atração pelo sexo masculino. Seu toque em meu corpo, seus comandos, a marra que foi explodindo aos poucos conforme a trepada se materializou, o desejo dele em me consumir de dentro pra fora com as bombadas consecutivas... Afirmo e repito, foi tudo aquilo que eu sempre quis na vida.

- Ssssss! Quer ouvir uma coisa, moleque? – abri a mente e o peito enquanto tava de quatro e tomando no cu. – Eu não sabia que precisava da sua pica até ela entrar em mim. Arrrssss! Agora eu tenho certeza, tá ouvindo? Fffff!

- Ffff, ssss! Filho da uma puta que tu é. Tá gostando de dar o cu, tá?

- Oinnssss! Claro que tô. É assim que tu faz com a minha filha, safado?

- Com a Alexandra? Lógico que não. Arrrssss!

- Não!? Como é que você faz com ela? FFF!

- É que, na real... – ele não parou de investir contra mim pra responder. – Sssss! Era isso que eu ia te falar naquela hora e deixei pra falar agora.

- Hmmm, fff! O quê?! Fala logo, seu puto!

- Ffff! Essa é a primeira vez que eu tô fodendo sem camisinha com alguém, paizão. E tinha que ser contigo, sssssss! Não foderia assim com mais ninguém.

- QUÊ!? Tá brincando, Ronald?!

- Nunca falei tão sério, papo retão. Não trepo sem camisinha com mina nenhuma porque tenho medo de ser pai cedo. Ssssss! Nunca comi viado antes, então... Contigo eu tô passando dos limites, hheehehehe! Orrrfffff! E descobrindo que não tenho mais como ser hétero, porque isso daqui é bom pra caralho, vai se foder!

          Eu era um homem derretido e sabia disso. Ele podia fazer tudo comigo e também sabia. Fim de história, acabou ali. Fogos de artifício, o prazer da carne me desfazendo em dois e eu transformando toda a minha vida antiga numa completamente nova a partir do poder de fogo do quadril do meu genro. Sim, o macho que minha filha mais velha havia escolhido para construir sua vida estava montado na minha garupa e dando uma volta caprichada em mim, me fazendo seu objeto, seu homem, sua mulher, seu parceiro, seu todo sexual. Eu era aquele com quem o Ronald podia se libertar por completo e fazer tudo que quisesse, porque eu não tinha julgamento e tava ali pra comprar qualquer ideia do meu pivetão marrento. Preciso dizer mais?

          - Arrrrfff! Você tá falando sério?

- Tô! Ffff! Nem com as piranhas do bairro eu trepei sem camisinha. Primeira vez, aaarrrssss!

- Então você mentiu pra mim quando disse que tava jogando leite dentro da Alexandra, seu desgraçado? Ssssss!

- Eu queria te deixar puto, ehehehehe! Orrrrffff! Essa é a primeira vez que eu fico assim com alguém, sem caô. Bom pra caralho, sogrão, sssss! Será que é porque tu é meu?

- FFFFF! Que filho da puta que você é, Ronald! E eu morrendo de ciúme à toa! Ainnssss!

- O filho da puta que tu se amarra, isso sim! Sssss! Precisa ter ciúme não, como tu e ela, heehehehe! Mas só contigo é no pelo, porque tu não tem medo de engravidar, fffff! Ou tem?

Eu derreti. De verdade, quase dei o cu chorando, devastado por uma onda de prazer misturado com ternura e paixão que foram perigosos, porque aquele era o namorado da minha filha. Meu pau latejando, eu trincado de tesão e as pulsadas se transformando em mastigadas do cu na estaca grossa do novinho.

- Aff, não me provoca desse jeito, que você sabe que eu sou fraco, garoto! Fffff! Seu ordinário, ssss!

- Orrrfff! A carne é fraca, né, paizão? Ssssss, mas assim que é bom, porra!

- Você é um demônio mesmo, ein!? Hmmmsss! Para não, vai?

- Assim que tu gosta, é? – fez pressão, acelerou e ajeitou o corpo pra me montar a partir desse momento, me pegando por cima como se fosse um touro brabo. – SSSSS, CARALHO!

- ISSO, PUTO! HMMM, FFF, DELÍCIA! Arranca fogo desse rabo, vai?!

- ARRRR, FFFFF! Eu vou te deixar estragado, viado! Tu vai ser meu, porra! – sentou outra mãozada na minha lomba e tornou a me marcar. – Sustenta teu macho, porra!? Sssss!

- ARRRFFFF! CACHORRO! FODE, PUTO! FFF!

          Nosso vínculo não era apenas sexual ou financeiro, era também passional, carnal, visceral, ardente e inconsequente, na mais deleitosa e pecaminosa irresponsabilidade familiar já vista. Pai traindo a própria filha e também a esposa, dando o cu pro genro e sendo prazerosamente usado, no máximo da intimidade. O irônico é que eu e ele nos conhecíamos como ninguém naquela casa jamais conheceu qualquer um de nós, por isso o entendimento, o engate frenético e feito sob medida entre nossos corpos.

- Isso, porra! Ffff! Por favor, não para!

- Ssssss, eu vou te machucar, viado! FFFF! – entrelaçou os dedos no meu cabelo e me puxou pra trás. – Arrrrsssss, filho da puta!

- Machuca, bruto! Me machuca, moleque, eu deixo! Orrrsssss!

- Cu gostoso da porra, ssss! Toma pirocada, toma? Hmmmfff!

Na base das escorregadas, das gemidas, botadas e acertos diretos na minha próstata, o Ronald me deixou de pau tinindo e com o cu mais do que extraviado: fiquei foi completamente aberto e arreganhado à vontade dele, no mais delicioso sentido da frase. Mais de 20cm de pica grossa, cabeçuda e escura plantada na minha bunda, eu rebolando e piscando pra pulsar minha própria rola, isso enquanto a tromba do moleque suburbano era mastigada e consumida pelo meu ânus amassado e moído de caralho.

          - Ainnnfff, que delícia de fogo, caralho! Sssss! – quase desmaiei por cima da mesa, ainda mais com tanto suor escorrendo. – Fffff, tesão!

          - Tá gostando, tá? Arrrfff! – outro tapão na minha bunda e mais marca de mão, seguido da mordida na nuca. – Hmmmfff!

          - Hmmmsss, tô! Você gosta disso, né, cachorro? Ffff! Fode, vai?

E nada do palmo de bengala inchada e faminta por curra parar de crescer, de ficar pesado e também de se mover por entre minhas vísceras anais. As ventosas do cu tinham se transformado em lábios de cuceta, de tanto que o Ronald investiu contra mim e inseriu toda a extensão do membro exagerado por dentro da minha carne. O melhor era quando o pivetão batia com a chapeleta massuda no fundo e entulhava o comprimento da bigorna na tubulação apertada da minha traseira, resultando num atropelamento quente, intenso e muito latejante.

          - SSSS! Como é que pode entrar essa vara toda no teu cu, seu piranho? Me explica? – fez a pergunta e socou tudo, colando o saco atrás do meu. – ORRRFFF, CARALHO!

          - Ainnnsssss! É assim que você gosta, né? Ffff! Dá pra sentir latejando lá no fundo, moleque!

          - Assim? Sssss! – perguntou e inchou, investindo de novo e me travando pelos ombros. – ARRRFFFF! Que tesão quando tu pisca, sogrão!

          - Oinnnfffff, fogo gostoso! Sssss!

          Minha raba mastigando a vareta porruda dele, o trabuco do safado engessando de tamanho dentro do meu cu e a nossa conexão alcançando o máximo possível do engate entre dois seres vivos nesse mundo. Não tinha mais como encaixar além disso, ficou incabível, intransponível e abarrotado de rola. Se me pesassem naquele momento, com certeza daria muito mais do que meu peso normal, exatamente por conta da massa de piroca que o Ronald estava depositando e mantendo estacionada em meu lombo naqueles preciosos e calorosos momentos de penetração possessiva e necessitada.

          - Ó só? Entra e sai limpinho, coroa! – tirou tudo, observou a limpeza da caceta apontando pro teto e mexeu pros lados, mostrando o quão envergado estava.

          - Sssss, bota tudo dentro, vai? Para de me provocar, seu cafajeste! – pedi.

          O sem vergonha ainda brincou de pincelar a glande de pedra nas beirolas arregaçadas do meu brioco, dançando com a saliva nos pelos ao redor do ânus antes de entrar novamente e me preencher de novo.

          - Orrrffff, isso, porra! SSSS! Delícia!

          - Hmmmmfff, cuzão guloso, maluco! Tá doido, sssss!

          - FFFF! Isso, mete sem parar, vai? No tranco, pega pesado comigo! Ssss!

          - Pode mesmo, paizão?

          - DEVE! Mete bronca. Ssss!

          - Então tá. – deu um tapão, me puxou pelo cabelo e fez o que pedi. – SSSSS! Se prepara então, cachorra! Só vou parar quando tu tiver latindo meu nome que nem uma cadela adestrada, tá escutando?

          - ISSO, PORRA! AINNSSSS, ME PEGA DE JEITO, CARALHO! FFFF!

          - Ssssssh, cala o caralho da boca, senão vai acordar alguém. Vai tomar no cu em silêncio, tá ouvindo? – tapou meus lábios com a outra mão, colou no meu cangote e deixou a cintura cantar livremente no meu lombo, extraindo de nós o delicioso e foguento som da colisão anal frenética.

          Só “PÁ, PÁ, PÁ” insistente e “PLOCT, PLOCT, PLOCT” consecutivo, sem pausa no meio, só meteção. Ronald devassando e massageando meus mamilos com os dedos possessivos, farejando minha nuca e dando mordidas no meu ombro. Me possuía, testava minha dilatação anal, usava minha carne, meu couro e deixava babado, mordido, gasto, tudo do melhor jeito possível. Não como se eu fosse um objeto em sua mão, não mesmo, eu era o outro ser no meio daquela comunhão física e carnal de pecados masculinos se amontoando um por cima do outro em busca de redenção no prazer. Vamos falar no bruto: a piroca dele plantada de cima pra baixo no meu lombo, o filho da puta agindo que nem carrasco para as minhas pregas e a pilastra cabeçuda e larga me mantendo EXTRAVASADO, no melhor e mais quente sentido sexual.

- SSSSSS! Tô quase gozando e doido pra jogar dentro, sogrão! Fffff! É só tu dizer que sim.

- Afff, seu filho de uma puta, tá vendo como você gosta de me quebrar? Ffff!

- ARRRFFFFF! Quer ganhar um filhote do teu moleque, quer? Hmmmmsss, vou gozar pra caralho, sssss!

- Sabe que eu nunca te digo não, não sabe, ordinário!? Hmmmfff, orfffff!

          No estopim do prazer, eis que o flamenguista cravou minha terra com a enxada e não quis mais sair, babando no meu rosto suado e chupando muito meu pescoço. O cheiro da borracha queimada se espalhando no escritório, a queimação selvagem me devorando de um jeito quente e intenso, eu me desfazendo por dentro feito uma flor e minhas estranhas se desmanchando no talo grosso da giromba do pivete.

- ORRRSSSS! VOU GOZAR, PUTA! Quer gala do teu macho, quer?

- Oinnnffff, quero! Me dá tudo, vai? SSSS, ardência boa da porra!

- Então repete o nome do teu marido, vai? Quem é teu marido!? Ssssss!

- É você, Ronald! Você é meu homem, meu macho, meu marido! Ainnssss! Joga tudo dentro de mim, faz do teu jeito, vai? Sssss!

- De quem tu é puta, viadinho!? FFFFF!

- TUA, PORRA! SOU TEU, TODO TEU! SSSS!

Bombada atrás de bombada, sem mais chances de voltarmos atrás em nossas decisões. Na última delas, perdi a sustentação dos braços e desabei na mesa do escritório, o Ronald também caiu por cima de mim, estancou o corpo e deu a estocada final, cravejando a ferramenta na minha carne e flexionando todos os músculos das coxas coladas na parte de trás das minhas.

- FFFFFF! ORRR, SSSSSS, CARALHO!

- HMMMM! Ainnhh, sssss!

Tudo sumiu. Eu apaguei, de verdade, perdi os sentidos e não soube bem como meu corpo processou a carga descomunal e avassaladora de prazer que me fez entrar em erupção. Nada mais me lembro, só do cu pegando fogo, do pau todo melado e do corpo caído por cima da mesa, completamente nu, suado e na pior posição possível pra estar deitado numa superfície pequena. Não bastassem as dores anais devido à penetração intensa, minhas coxas ainda estavam meio dormentes e a base da coluna cansada, devido à força do Ronald no cóccix e em minhas ancas. Não lembro de muita coisa, mas recordo de ouvir a voz do flamenguista falando comigo durante meu êxtase.

- Que merda, coroa. Acho que eu tô amarradão na tua. – desceu o rosto no meu e tocou a boca na minhca.

- O que você... Garoto?

          Quando eu acordei, estava sozinho no escritório. O rabo LOTADO de gala quente, as pregas muito assadas e a pele marcada, toda lanhada, mordida, babada, repuxada e usada pelo meu macho molecote. A porta do lugar estava fechada e aparentemente ninguém entrou por ali enquanto eu dormia, apenas saiu. Fiquei com as últimas palavras do Ronald na cabeça, levantei zonzo, me vesti e esperei alguns minutos na espreita antes de sair. Eu confesso que não consegui mais voltar pra dormir com a minha esposa na cama depois do que fizemos, e isso porque eu me sentia sujo e limpo ao mesmo tempo. E aí você se pergunta: como alguém pode se sentir limpo e sujo simultaneamente? Eu explico: eu tava cheio de pecados e traições pra me deitar no mesmo ninho de amor onde fiz duas filhas com a minha mulher, porém me sentia livre e leve pela primeira vez na vida, justamente por estar vivendo plenamente a minha sexualidade, ainda que traindo minha esposa. Limpo e sujo ao mesmo tempo.

Fui dormir na sala, tanto pra me sentir menos culpado, quanto pra aproveitar o pós-foda anestésico que tomou conta de mim depois do encontro noturno no escritório. Admito que não tomei banho, peguei no sono com os fluídos, suores e temperos do cafução cobrindo meu corpo e mantendo minha pele quente e salgada. Foi quase como um manto de testosterona me cobrindo enquanto eu dormia, como se a presença do pivetão não tivesse mais saído de mim depois disso.


 

CAPÍTULO 6: GABRIEL

Uma coisa que preciso confessar é que fui acometido por uma terrível sensação de culpa depois que o Ronald tirou a rola de dentro do meu rabo e o leite quente escorreu pro lado de fora. Senti que havia cometido um grave erro e que apunhalei Alexandra pelas costas, fiquei até sem reação nos dias que se seguiram. E como é que o ser humano falho e cheio de pecados demonstra que se arrependeu do erro cometido? Exatamente, foi isso mesmo que eu fiz: eu e o molecote flamenguista nos encontramos mais vezes naquela mesma semana pra foder na surdina e no silêncio abafador do escritório de casa, repetindo nosso erro inicial por mais e mais vezes seguidas e transformando nossos encontros escondidos em vício.

- Quero te ver aqui amanhã, paizão. – ele ordenou.

- E você achou que eu não vinha? Duvido. – respondi.

Ficamos viciados, sim, não há palavra melhor para descrever o efeito do meu ânus abrindo e comportando mais de 20cm de piroca cabeçuda, grossa e tomada por veias espessas e calibradas. Caí na pior tentação que poderia ter caído e passei a trepar com o macho da minha filha mais velha quase que diariamente, sempre depois que ela pegava no sono e o desgraçado vinha pra sala ver TV. O pior é que eles transavam várias vezes numa mesma noite, mas mesmo assim o sacana guardava leite no saco pra mim, como se fizesse total distinção de quais putarias queria num mesmo dia. Não bastava só comer buceta de novinha, o pivetão tinha que fazer a festa no cuzinho do pai dela, no caso eu, um quarentão do rabo gordo e peludo.

- Te vejo amanhã? – perguntei.

- Com certeza, pode me esperar. – o pilantra respondeu.

Chegamos ao ponto em que meu genro transava com a namorada, depois esperava ela dormir exausta e aparecia pra me dar o leite que ficou guardado especificamente pra mim, uma gala que não saía de dentro do saco caso ele não transasse comigo. Teve uma vez que eu saí do meu quarto no meio da madrugada e o insolente tava cochilando perigosamente na porta, tendo esperado mais do que o normal pra me ver. Também já aconteceu de eu esperar por horas no escritório e quase ir embora por achar que o canalha não fosse aparecer.

- Porra, que demora, garoto! – reclamei quando o puto surgiu.

- Hoje tua filha me deu uma canseira da porra, viado. Quis muito. Só brotei mesmo porque tem uma pessoa que eu sei que quer mais do que ela, tá ligado?

- Aff, seu sem vergonha... Quando é que você vai ser só meu, ein?

- Tá com ciúme da tua própria filha, coroa? Que merda! Heheheehe!

Nessa madrugada, o Ronald apareceu com a blusa do flamengo pra me provocar. O canalha me fez beijar o escudo do time, eu dei uma massagem em seus ombros e o pus sentado na minha cadeira giratória do escritório, bem confortável e bastante à vontade. Ele não tinha que fazer nada, porque eu sempre provia tudo que era necessário e vital pra manter o molecote saciado e satisfeito. Em resposta ao meu patrocínio e aos meus estímulos, o cafução fazia alguma coisa pra me deixar instigado e provocado por seu jeito sedutor e convincente. Uma vez ele apareceu no meu escritório totalmente nu, bem durante o meu horário de trabalho em casa, pela tarde. A sorte é que não tinha mais ninguém por ali, porque o Ronald já entrou no cômodo pelado e sério, fechou meu notebook enquanto eu escrevia e abriu o par de coxas bem na minha frente, sentado na minha mesa do escritório.

- Garoto, eu tenho que terminar umas coisas, tô esse tempo todo em casa.

- Ssssh. Não teima comigo, vai? Facilita, faz o fácil. – sem vergonha, ele segurou a rola cabeçuda na mão e mostrou o quão excitado estava. – Tua prioridade tem que ser eu, sogrão. Concorda?

Como negar? Fiz que sim com a cabeça, o pilantra balançou a bengala diante dos meus olhos e me botou pra engolir sem desfazer o contato visual intenso, querendo ver minha mamada dedicada. Fizemos amor por várias horas seguidas nessa tarde, deixei muitas tarefas pendentes, mas não abri mão de quicar gostoso no caralho do meu macho.

          - Tá olhando o que? – ele me viu muito tempo focado em seu corpo ofegante e riu.

- Tô pensando... Por que você não termina com ela e fica comigo?

O egoísmo me consumiu, não nego. Eu estava literalmente perdendo meus controles na hora de ser submisso a um puto bonitinho, mas ordinário que nem o Ronald.

          - Olha só o tipo de coisa que tu tá me pedindo, sogrão? Com a tua própria filha, seu porra! – o flamenguista não gostou da ideia, levantou e começou a vestir a roupa pra sair. – Tu não tá nem aí se ela vai ficar na merda sem mim?

          - Ela tava muito melhor sem você, garoto.

          - Não, isso é o que tu quer pensar. Quem tava melhor antes de eu conhecer a Alexandra era tu, que não tinha que me dividir com ninguém. Agora tem.

          - Ronald... Não me provoca.

          - Ssssh. Para de retrucar e me massageia, vai? Tô tenso, precisando de um carinho. – sentou na cadeira giratória e pôs minhas mãos em seus ombros.

          - E por que você não pede pra ela?

          A minha pergunta causou a ira no semblante do novinho. Sentado, ele olhou pro lado, me encarou e não escondeu a revolta no olhar.

- Porque eu quero que TU faça isso pra mim, não ela. Será que ainda não ficou claro? Tem coisa que só tu pode me dar, a Alexandra não.

          - E por isso você usa pai e filha?

          - É o que tu quer ouvir? – abriu minha gaveta, tirou um charuto e acendeu com o Zippo, cruzando as pernas por cima da mesa. – Então tá. É, é por isso mesmo. Gosto de te usar, de te dar um uso além de ser meu sogro. Fora que tem comida que tua filha não curte e eu sou faminto, o estômago chega a roncar, então eu vou te usar sim. Era isso que tu queria escutar?

          Não respondi. Eu sempre soube que nosso uso era mútuo, mas mesmo assim era impactante estar ali, com tanta intimidade envolvendo meu genro. Tudo bem que ele já era meu macho antes mesmo da minha filha conhece-lo, mas ainda assim as circunstâncias familiares exigiam nosso segredo e total discrição, por isso mantivemos o sigilo e continuamos nos encontrando em diversos outros momentos possíveis, dentro de casa mesmo, mas obviamente sempre fora dos olhares alheios. A reviravolta inesperada aconteceu numa dessas madrugadas em que acordei com insônia e fui pro escritório esperar pelo Ronald, como nós bem estávamos acostumados a fazer quase que diariamente. 3h e pouca da manhã, eu andando em silêncio pelo corredor, até que me aproximei da porta do escritório, entrei e acendi a luz.

- Quê!? – tomei um susto, dei de cara com quem menos esperei encontrar àquela hora da madrugada e logo no meu lugar de trabalho em casa. – O que você tá fazendo aqui!?

          - Opa! E aí, patrão? Tava esperando alguém por aqui, é? Hehhehehhhe!

          A última pessoa que imaginei ver. Relaxadão na minha cadeira, com as pernas cruzadas por cima da mesa e as solas enormes dos pezões viradas bem na minha direção. Vestido só de short de dormir, com as mãos apoiadas pra trás da cabeça e as axilas peludas aparecendo, bem estufadas pra eu ver. O que falar da definição do peitoral e dos ombros do filho da puta? Trabalhador braçal, dava pra ver pelos detalhes do corpão meio duro e grande, massudo, muito mais pesado do que eu e Ronald juntos.

          - Como assim esperando alguém? – tentei ser rude. – Eu não espero ninguém. Aliás, o que é que você tá fazendo no meu escritório, posso saber? Isso daqui virou a casa da bagunça, é? Ninguém respeita ninguém!

- Teu escritório? Que isso, patrão, pensei que já tivesse um dedo meu em quase tudo aqui dentro dessa casa.

Não me aguentei de raiva. Andei até onde o cretino do Noronha estava sentado, pus as mãos na cintura e fiz uma pose meio intimidadora pra ele perceber o quão puto eu estava com sua atitude insolente.

- Vem cá, agora até você tá com esse papinho de “nosso”, é!?

- Até eu? Como assim até eu? Tem mais alguém te dando essa ideia? Hahaahahaha! Ora, quem diria.

- Cara, olha só, eu não gosto nem um pouco desse seu tom comigo, desde o começo. Você tá brincando com a minha cara!?

O puto caiu na risada fácil, com gosto mesmo, não forçou pra rir. Ele realmente achou graça da situação e não poupou reações.

- Hahahahahaha! Eu não brinco, não, patrão, só falo sério. Tu não gosta do meu tom, mas a tua mulher se amarra.

A partir desse ponto foi só ladeira abaixo, tudo desmoronando rapidamente.

- Deixa de ser escroto, seu ridículo! Não testa a porra da minha paciência, tá me escutando? – apontei na cara dele, bem no meio do nariz, e aí o grandalhão atravessou a mão na minha e me dominou com força.

          - É melhor tu se acalmar, já é? Vai dizer que é surpresa que eu tô empurrando na tua esposa? Para de graça, tu é corno manso e sabe disso.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo debaixo do meu teto, seu merda!?

- Eu sou o amante da tua mulher, seu cuzão. Se tu não come a buceta dela, tem quem coma. Tu devia era me agradecer, tá ligado? Heheheeheeh! Agora eu sei porque tu não comparece no sexo... Teu negócio é chupar cana e assobiar. Tu é boiola, isso sim!

- Olha lá como você fala comigo! – mesmo com a mão presa, tentei bater no gigante e foi inútil.

Foi aí que ele ficou de pé e me mostrou o quanto era mais forte e maior do que eu. Senti um pouco de medo, bati nele com a outra mão e o filho da puta me prendeu por completo, virando meu corpo num movimento rápido e me pegando por trás, isso enquanto manteve minhas mãos atadas e dominadas com apenas uma sua. Depois de me render, o amante da minha esposa segurou meu queixo com a mão livre, colou os lábios na minha orelha e passou a falar aos sussurros, lambendo meu lóbulo e me causando arrepios com seu hálito quente.

- Calma, patrão, já falei pra ficar de boa. Tô aqui pra saber de uma coisa. Tu tá dando o cu a rodo pra esse fedelho do teu genro, não tá?

- Aff, você tá maluco!? Me respeita, seu filho da puta!

- Eu vi, porra! Eu te vi mamando outro dia aqui nesse escritório, bem no meio da noite. O moleque encheu tua cara de leite e tu engoliu tudo, seu viadinho do caralho! Parou de comer a buceta da esposa pra procurar pica na rua, não foi? Seu cheira rola, ehehehehehehe! Imagina se a tua filha descobre o quão vagabundinha e rampeira o pai dela é? Hahahahahaha!

- Me solta, seu merda! O que você quer de mim?

- O que eu quero? Que tu relaxe, patrão. Fica tranquilo, confia em mim. – falou palavra por palavra no pé do meu ouvido, encostando o corpo grandalhão na minha traseira e se escorando. – Vim só pra te dar um recado.

- Recado!? Que recado, Noronha?

- Esse recado aqui, ó. – o encanador travou meu quadril, esticou a cintura e roçou com toda a extensão da cobra larga no meu lombo, me deixando com as pernas tremendo só de imaginar o tamanho da potência. – Eu sou amante da tua mulher, nisso tu tá ligado, mas aqui tem piru pra ela e pra tu também, entendeu? Desde a noite que te vi mamando aquele moleque que eu como a xereca da tua esposa pensando no teu cuzinho. Nunca imaginei que o maridão se amarrasse em beber gala de macho. A hora que tu quiser, basta estalar o dedo que eu venho que nem cachorro pra montar no teu lombo, escutou? Tu vai ser que nem minha eguinha. Vou dar o que um viadinho que nem você precisa, muito mais do que aquele fedelho te dá, pode apostar. Recado dado. Heheheh!

Se a maioria dos homens se sentiria oprimido pelo porte de arma do moleque Ronald, certamente o Noronha me provou que não era um desses caras. E com razão, devo dizer, porque minha esposa soube escolher bem na hora de escalar um amante caralhudo e bem dotado, talvez até maior que o potente e folgado pivetão que eu levei pra dentro de casa pra ser macho da minha filha. O brutamontes era careca, barbudo, bem mais alto e mais forte do que eu, por isso conseguiu me dominar usando apenas uma mão, me deixando totalmente entregue ao seu tato experiente e com muito manejo pra putaria. Como ele tava só de short de dormir, o contato com a clava grossa foi inevitável, principalmente com as encoxadas que tomei naquele momento de tensão sexual latente entre a gente. Sua pele negra estava viva, o riso de titã mais largo do que nunca e ele com o semblante sádico de quem sabia exatamente o que estava fazendo, porque viu o que eu fiz com o meu genro e aprendeu como eu gostava de ser tratado.

- Ouviu, corninho viado? – fez a pergunta e mexeu o ventre pros lados, esfregando a giromba cabeçuda na pele da minha bunda por cima do short. – Sssss, a hora que tu quiser um macho de verdade botando firme no teu cuzinho sem pena, é só me acionar. Tamo combinado?

Os gemidos de um colosso sentindo prazer no pé da minha orelha acabaram comigo, no melhor dos sentidos. Sem ter o que dizer, pus a mão pra trás, tateei exatamente na caralha gorda do grandão e segurei na extensão cavernosa com força, pra ele entender o que eu queria.

- Hmmm, pelo visto tu entendeu bem o meu papo, ein? Heheheheeh, ffff!

- Entendi, claro que entendi. Eu sabia que era pra ter te expulsado dessa casa assim que eu te vi pela primeira vez, seu desgraçado!

- Sabia? Por que?

- Porque era questão de tempo até eu sentir vontade de sentar nessa vara. – abaixei o short dele, empinei a bunda e deixei a pele bruta da piroca entrar em contato com a parte rugosa das minhas pregas. – Fffff, minha mulher soube escolher um macho gostoso pra me fazer de corno, a realidade é essa!

Perdi a linha, nem preciso admitir.

- Ssssss, safado! Aposto que o teu cu é quentinho e macio, patrão. Vou acabar te comendo aqui mesmo, se deixar.

- Come, safado! Ainnssss, bota essa vara dentro do meu cu, vai? Duvido, te desafio a me possuir! – instiguei, rebolei e dei piscadas com o ânus na ponta da verga grossa. – Hmmmmff, que tesão!

- Ssssss, tá querendo me pegar, é? Seu esperto. – o titã vestiu o short e não me deixou continuar. – A tua mulher tá tomando banho, por isso que eu aproveitei e vim aqui pra te dar o recado. Só o recado, nada de contato por hoje. Mas calma, vamo ter o momento certo pra isso, tu não vai ficar na vontade, não.

Disse isso no pé do meu ouvido, segurou com uma só mão na lateral da minha cintura e passou a bengala outra vez no meu lombo, dessa vez deixando a ferramenta ficar bem posicionada entre as nádegas, apesar de estarmos vestidos. O predador cheirou minha nuca, deu um beijo com os lábios carnudos no meu pescoço e parou de me tocar. Pareceu até um vulto em forma de macho encanador, pois, quando virei pra trás, o escritório estava vazio, sem ninguém ao meu redor e a porta encostada. Noronha entrou e saiu sorrateiramente, certamente voltou ao encontro da minha esposa e só nesse momento eu me senti frágil, uma vez que o negão podia contar todas as minhas verdades e segredos pra minha mulher naquele exato momento. Outra vez eu optei por dormir na sala, sendo que essa distância proposital sequer chegou a ser questionada pela minha esposa, ou seja, as coisas realmente estavam caminhando para um ralo inevitável, todos nós envoltos no mesmo vórtex e girando ao redor do mesmo eixo prestes a nos engolir.

A verdade é que cada vez mais eu estava levando o tipo de vida da qual não queria mais voltar. A vida que sempre quis ter, mesmo quando nunca imaginei que poderia sentir prazer ao me deitar com outros homens, tal qual fiz com Ronald e seus amigos Digão e Cléber, ou então com o amante da minha esposa, o Noronha. Fiquei com desejos bons e pensamentos negativos na cabeça, tanto por fazer o que queria, quanto por estar mentindo pras mulheres da minha família. Eu não tinha esse direito, sabia bem disso, mas como dizer não pra dois machos famintos e possessivos vivendo debaixo do mesmo teto que eu? Um era pra ter ficado só uma semana e já estava há mais de um mês, enquanto o outro mentiu pra mim, me enganou e se envolveu com a minha filha mais velha num relacionamento sério e carregado de sexo. Como eu faria pra me livrar deles? Aliás, isso era possível? Eu precisava de tempo, muito tempo. Tempo e espaço pra pensar, ficar com a mente livre e deixar os pensamentos voarem longe pra me trazerem respostas.

Depois de passar muitos dias seguidos trabalhando de casa, saí cedo no dia seguinte, não vi ninguém acordando, não dei satisfação e meti o pé pra Itaguaí, de volta ao lar doce lar que era meu hotel. Cheguei antes das 9h, passei pelo saguão de entrada e dei de cara com um grupinho de quatro ou cinco funcionários reunidos em volta do balcão do hall.

- Bom dia, bom dia. – falei.

- Oi, chefe.

- Tudo bem? Que caras são essas? – perguntei.

- Bom... É que temos um problema aqui.

- Problema? Que problema?

- Uma situação inédita, senhor. Parece que... Como dizer isso...

- Fala logo! – pedi.

- É que tem... Entrou uma pessoa numa das suítes presidenciais.

- Como assim entrou?! Invasão!?

- Mais ou menos isso.

- Pra quê que eu pago esses seguranças!? Ninguém foi lá em cima resolver isso!?

- É que... É melhor o senhor ir lá ver.

- Porra, qual é a suíte!? Que bosta! Vim de casa procurando paz e já comecei com o pé esquerdo, puta que pariu! – não parei de reclamar e saí andando na direção do elevador. – Por que o filho da puta do Gabriel não me ligou pra avisar disso?! Imprestável do caralho, aff!

Não consegui pensar em nada do que poderia estar acontecendo. Como que alguém entra na suíte presidencial e uma equipe inteira de funcionários não me informa? Há quanto tempo isso tava rolando sem eu saber? Minha mente esquentou, dei passos largos depois que saí do elevador e logo parei na frente da porta indicada pela galera no hall de entrada. Respirei fundo, inseri minhas digitais no leitor e o trinco abriu. Abri, entrei e vi o sujeito jogado na cama, fumando maconha e enchendo o quarto de uma fumaça bem densa.

- Amigão, dá licença, por favor. Vou ter que pedir pra você sair na amizade, ou então-

- Ssssssh. Eu não vou sair, tu não vai me tirar daqui. – o cretino respondeu com uma voz pesada, esquisita e carregada do fumo da erva.

Fui andando e usando as mãos pra tentar dissipar o ar branco ao nosso redor, me aproximei da cama, encarei o par de olhos tristes, ressentidos e sádicos e entrei em estado de choque, sobretudo porque os reconheci na hora e nunca os tinha visto tão vermelhos daquele jeito.

- O que você pensa que tá fazendo aqui!? Tá ficando maluco, seu arrombado?! Perdeu a noção, foi? Me dá um bom motivo pra não meter uma justa causa na sua carteira de trabalho agora mesmo, pode começar.

- CALA A BOCA, PORRA! TENHO QUE REPETIR, FILHO DA PUTA?!

Silêncio. Meu corpo obedeceu e meus olhos não souberam pra onde mirar. O quarto todo desarrumado, o Gabriel seminu e só de short de andar em casa, jogado na cama como se estivesse ali por horas, fumando e bebendo. Ele estava melancólico, deu pra perceber no tom arrastado pra falar comigo e também no semblante de ressaca e de raiva.

- Que jeito é esse de falar?! Eu sou seu patr-

- Chefe, eu andei pensando. – grosseiro, ele me cortou e seguiu falando. – O que faz um homem tão decidido, esperto e sagaz como o senhor abrir as pernas feito uma gazela praquele pirralho melador de cueca?

          Fiquei sem palavras, com a boca seca e sem conseguir piscar os olhos diante daquela cena inimaginável. De verdade, nunca esperei ser surpreendido da maneira que fui pelo meu melhor funcionário, acho que por isso demorei a acreditar no que estava acontecendo ali.

          - Abrir as pernas?

          - Literalmente. Eu vi a Sheila entrando e saindo desse hotel nas câmeras, vi o senhor indo várias vezes pra dentro do quarto daquele pirralho marrento e carregando as bolsas dele. Um flamenguista, logo a porra de um flamenguista! E esse tempo todo...

          - Qual é o seu problema com isso!?

          - Ssssh! Já não mandei tu calar a porra da boca!?

          - Gabriel, seu desgraçado!

          - Né disso que tu gosta, chefia? Eu passo o tempo todo ouvindo reclamação, tentando ser prestativo, educado, e na primeira oportunidade... O senhor... – ele ficou de pé sobre a cama, apontou pro chão do quarto e pulou na minha direção. – O senhor vem aqui pra cima SERVIR! SERVIR um fedelho de, sei lá, 20 anos de idade!?

- Pelo amor de Deus, o que você quer de mim!?

- Sssssh, eu ainda tô falando! Não foi o senhor que só ficou quieto e escutou quando aquele fedelho apontou o dedo na sua cara? Quando um macho fala, o viado submisso tem que escutar. Não é isso, senhor!? Não é assim que o senhor gosta que faça?!

Dava pra perceber o quão trêmulo ele estava em suas afirmações, apesar de manter a firmeza e de não fraquejar comigo em nenhum momento. Sem pressa, o Gabriel parou na minha frente, suspirou e pôs as mãos em meus ombros, me deixando ver pela primeira vez a tatuagem de maconha sobre um dos pulsos. Não somente aí, o restante do corpo branco e magro também tinha outras tatuagens, mas minha atenção mesmo foi ao fato de ter visto meu funcionário sem roupa pela primeira vez na vida. Nunca tinha reparado no quanto ele era definidinho, dos pelos meio castanhos, atraentes e cheirosos por baixo do uniforme. Será que eu tinha queda por homens com tatuagens?

- Tá na hora da gente ter um acerto de contas, chefe.

          - Gabriel... – falei baixo. – Por favor...

          - Ssssh. Não fala nada. – pôs o dedo em meu lábio, puxou o baseado na própria boca com a mão livre e fumou mais maconha.

          Em seguida, tirou minha blusa com cuidado, deu uma volta devagar ao redor do meu corpo e me admirou como se eu fosse um ídolo, um exemplo, não tirando os olhos curiosos de mim. Pareceu que ele sempre quis fazer aquilo, porém nunca teve a devida coragem e agora estávamos ali, eu exposto à sua vontade e me deixando levar pelo instinto ciumento e possessivo do melhor funcionário do meu hotel. Sem medo, Gabriel parou na minha frente, fechou os olhos e tocou meus lábios com os seus, procurando a minha língua com precisão e me convidando pra um dos melhores beijos que já recebi de alguém. Carregado de sinceridade, de desejo, mas também de temor e ao mesmo tempo controle. Tinha calmaria, agitação, calor, frio, tudo no mesmo tocar e dançar de línguas, lábios e bocas, ele me envolvendo em suas mãos e tirando cada peça de roupa minha até me deixar totalmente pelado no meio do quarto.

          - Sempre quis te ver assim. – falou. – Dá uma voltinha pra mim?

          - Assim? – fiz o que ele pediu e me senti um meninão sendo comido pelos olhos do pilantra, o corpo querendo pegar fogo graças à falta de pudor e ao excesso de coragem do Gabriel.

          - Isso. Desculpa se eu assustei o senhor, tá? Não queria...

          - Calma, tá tudo bem. A gente conversa, eu acho que você não tá 100%.

          - Eu tô 100% pra fazer o que eu quero fazer, chefe.

          - Tem certeza?

          - Só tenho certezas. E o senhor, tá pronto?

          - Para de me chamar de senhor. – pedi. – Já é um bom começo.

          Nossas bocas voltaram a se atracar, cada rosto para um lado, e o canalha explorou meu corpo com as mãos, chegando às minhas nádegas e mantendo as duas afastadas e suspensas. Foi do meio da beijação que levei a primeira dedada sincera e tímida que cutucou meu cuzinho e brincou em movimentos circulares por cima do meu anel piscante. Os mamilos intumesceram na mesma hora, me escorei por cima do colo do Gabriel e ele aguentou meu peso, incapaz de parar de explorar minha traseira.

          - Ainnnssss!

          - Sssssh. Relaxa pra mim, vai, chefe?

          - Tô tentando, mas isso tá muito bom, ssss!

          - É do jeito que cê gosta, é?

          - É, garoto. Ffff! Dedo nervoso da porra, hmmmfff!

          - Bom que o senhor goste. Sssss! – não parou de me chamar assim, mesmo eu pedindo.

          Quando não aguentou apenas beijar e dedar, eis que o cachorro finalmente deu uma chupada gostosa no maior dedo da mão tatuada e voltou a botar dentro de mim, agora com extrema facilidade graças à lubrificação natural do cuspe e da baba. A partir daí foi a maior delícia dos sentidos, principalmente o olfato e o paladar, com o devasso laçando dois dedos além do meu anel e não parando de chupá-los pra poder manter a dedação intensa. Pareceu até um ursão descobrindo minhas reservas de mel doce e fresco, cutucando fundo pra alcançar meu ponto de prazer na ponta dos dedos curiosos.

          - Vem cá, vou te mostrar uma coisa. – me abaixou no colchão.

          - O que você vai fazer comigo?

          - Só confia em mim, chefe.

          - Tudo bem.

          O puto me botou de quatro e com a bunda virada pra si, afastou minhas nádegas e pincelou a língua no mesmo buraco onde os dedos brincaram segundos atrás, dando início ao processo de me comer com a força da boca. Não teve qualquer nojo em me linguar, mesmo eu sendo peludo. Na verdade, acho até que foi isso que fez o Gabriel tomar ainda mais fôlego e força pra ir além, misturando o cunete com dedadas e tendo mais trabalho em me alargar e me dar prazer com o vigor da língua pesada. Pisquei mais do que shopping em época de natal, sentindo pela primeira vez o significado de chupada no cu.

          - Ssssss, caralho, moleque! Ffffff, para não, porra! – tive que me segurar nos lençóis pra não levantar voo do colchão. – Hmmmfff, que delícia!

          E o canalha nem respondia, de olhos fechados e com as mãos mantendo minha raba aberta e exposta, fazendo de tudo pra namorar meu anel de pregas em contato direto com sua boca nervosa e gulosa. No auge da empolgação, botei a mão pra trás, segurei o piranho pelos cabelos e o forcei ainda mais no sentido do meu lombo, praticamente obrigando meu funcionário a comer, engolir toda a extensão do meu cuzinho latejando de tesão.

          - Orrrssss! Puta que pariu, que sensação boa da porra, Gabriel! – mordi os lábios, os dedos dos pés se contorceram e um frio subiu da base da espinha até o cérebro, só pra descer em seguida e se espalhar pelo meu corpo, sobretudo ao redor do ânus pegando fogo. – Hmmmm, sssss! Não para, vai?

          - Ggghmmmm!

          Eu suava mais que tudo, minha excitação se transformou no caralho em ponto de bala e comecei a delirar com os dedos e a língua do safado me alargando e me sugando de dentro pra fora. Senti mordidas instigantes nas pregas, fisgadas pecaminosas no esfíncter e cuspidas que deixaram minha traseira mais e mais aberta e escorregadia, no ponto perfeito pra ser depositada com a vara que o Gabriel tinha no meio das pernas. Se eu nunca o tinha visto sem roupa antes, a pica só vi quando ele tirou a cueca e exibiu o cacete branco, circuncidado, da cabeça de fora, rosada, longo e não tão grosso, mas bastante veiúdo e sem pentelhos, liso.

          - Entra logo em mim, vem? – pedi.

          - É o que o senhor quer de mim?

          - É. Agora mesmo, garoto. Vem.

          Precavido, o rapaz vestiu o preservativo no instrumento, posicionou a ferramenta na porta de entrada que acabou de alargar e foi entrando com extrema facilidade, amarrotando as carnes do meu cu por dentro e se alojando de vez na minhas entranhas, pedaço por pedaço. Suas bolas logo encostaram nas minhas por trás, o encaixe se deu em pouquíssimos segundos e não tive como ficar de pau mole, principalmente com o cu dando piscadas extremas em torno do porrete me consumindo.

          - Ssssss, arrrfff!

          - Caralho, chefe! Hmmmmssss! Tá ardendo?

          - Tá, mas é uma delícia, garotão! Ainnnsss, que tesão!

          - Bom que o senhor tá curtindo, sinal que tô te deixando legal, heheheeheh! Fffff!

          - Era isso que você queria fazer, safado? – instiguei e fui me mexendo pra dar bundadas na jeba ereta. – Orrrssss! Hmmmfff, que gostoso!

          - Ainnfffff! Desde o começo, chefia! Sssss! Tá vendo como tudo tem seu momento?

          - Tudo, moleque, ainda bem! FFFF!

          Sem pressa e com jeitinho, o marmanjo ajeitou a posição, me segurou por trás e comeu na malícia, juntinho, deixando o corpo colado no meu e fazendo pouco peso e bastante movimento de botada e tirada. Ainda puxou meu rosto pra si, me beijou e não demorou até mudar a gente pra um frango assado, tudo na intenção de trocar linguadas comigo enquanto trepávamos. Foi assim que meus pés pararam pro alto, suspensos nos ombros do meu funcionário, ele me marretando no cu, massageando meus mamilos e eu tentando rebolar ao mesmo tempo que recebia as botadas bem servidas.

          - Sssss! Tá do jeito que o senhor gosta, tá? Ffff!

          - Tá, Gabriel! Arrrrsss, não para, porra! Hmmmssss, me come, puto, isso!

          - Assim, chefe? Orrrffff!

- Isso, assim mesmo, garoto! Oinnssss, delícia!

- Tá gostando, tá, chefe? Sssss, arrrfff!

- Pra caralho, ffff! Para não, seu ninfeto! Hmmmsss!

O gostoso segurou meus pés pelos calcanhares, abriu minhas pernas e me deixou arreganhado para recebe-lo, fazendo questão de me encarar enquanto dava os estanques com a cintura pra frente, pra dentro de mim. Nós dois suando, ele de pé e eu no franguinho na quina da cama, levando muita espetada na próstata, ao mesmo tempo que era masturbado pelo Gabriel, que se empenhou em me deixar satisfeito de tesão.

- Aainnfff! Foi assim que você aprendeu, é, garoto? Mmm, ssss!

- É, aprendi pra fazer só com o senhor. Orrrfff, ssss! Tá gostando, chefe?

- Tô, claro que tô! Tá um fogo delicioso me comendo, isso sim! Hmmmsss!

- Que bom, arrrssss! Tesão da porra, ffff!

Mãos nos meus mamilos, a boca na minha, a rola massageada no meio do meu rabo e nós dois conectados na mesma união, num mesmo tranco e sincronia. A dança era a mesma, tanto nas línguas quanto na penetração. Senti meu corpo muito relaxado e à vontade, passei a mão no pescoço do pilantra e ele me envergou pra sustentar meu peso, começando a me comer de pé. O Gabriel não ficou tanto tempo nessa posição, ele sentou na cama comigo, me deixou por cima e assim eu passei a dar cavalgadas montado em seu mastro, sentando, remexendo, quicando de leve e dando piscadas massivas no entorno da pilastra alongada. Desse jeito o controle foi todo meu, tive total liberdade pra mexer a cintura de um lado pro outro e conduzir o ritmo com trepadas precisas no cacete alongado.

- Ssssss, acaba comigo, chefe! Orrrffff!

- Ainnnssss, que pau gostoso de sentir, garoto! Fffff!

- E essa bunda quente me amassando? Arrrssss, delícia de fogo!

Ele pôs novamente as mãos em meus mamilos e os massageou conforme sentei no porrete envergado. A cama abaixo de nós começou a ranger, eu praticamente me despreguicei por cima do colo do meu funcionário e nosso encontro passou a emitir o eco da colisão dos corpos suados, um montado no outro. Meu ânus mastigando a vareta, a próstata cabeceada por dentro, minha pele ouriçada e o pau apontando pro teto, de tão empenado por conta das botadas certeiras no cu. Não consegui parar de piscar e senti uma queimação menos insistente e duradoura do que a do Ronald em mim, mas mesmo assim a sensação de ardência me causou um prazer intenso e constante, me deixando cheio de energia pra continuar sentando, quicando e rebolando no Gabriel.

- Oinnsssss, FFFF! Cacete longo, dá pra sentir lá no fundo. Ssss!

- Gosta que vá no fundo, chefe? Hmmmmff!

- Sssss, adoro, puto! Vai no fundo, vai? – pedi, abaixei e o beijei.

O marmanjo me abraçou, se prendeu em mim, mergulhou com a língua na minha boca e acelerou a foda enquanto se colou por baixo do meu físico. Os movimentos ficaram intensos, senti a cabeça da piroca se atropelando no fim do cu e uma poderosa endorfina do esforço sexual tomou conta de mim, me dopando a partir daí. Duas, três cutucadas massivas da chapeleta dando pinotes além da minha próstata, mantendo meu esfíncter alargado e se hospedando na toca do meu ânus, foi assim que perdi o completo controle das sentadas progressivas.

- HMMM, SSS! ORRRSSS, ISSO!

- FFFF, HMMM! Assim que tu gosta, chefia?! Sssss! – ofegante e rápido, ele mal conseguiu manter o fôlego. – Mmmm, carai!

Gabriel chegou a suspender o corpo da cama pra me penetrar enquanto recebia as quicadas, se mostrando aflito pra me possuir e saciar o desejo de me ver pleno no sexo, tal qual eu estava naquele momento. A gente se prendeu um no outro, boca na boca, e foi aí que minha pica envergou de vez e trincou, junto com o cuzinho comprimindo a pilastra do cafajeste. As jatadas de leite saíram sinceras e inesperadas, caindo por cima do peitoral úmido do sacana e enchendo ele do meu esperma abundante e esbranquiçado.

- SSSS, ORRRFFF! Caralho, moleque! Ssss!

          - Isso, chefe! Isso, porra! Ffffff, goza pra mim, vai? Hmmmssss, delícia!

          - Arrrrsssss, que tesão da porra, garoto! Fffffff, affff!

          Mesmo gozando, continuei rebolando e me desfazendo em uma onda intensa de prazer, com o gostoso trabalhando sob minha traseira e se mantendo preso a mim. O barulho dos nossos engates continuou se espalhando pelo quarto, o macho entrou num frenesi imparável e terminou de descarregar as marretadas insistentes na carne do meu cuzinho quente, me deixando no êxtase do prazer. Gabriel tirou o pau de dentro rápido, removeu a camisinha num só puxão e finalizou na base da punheta bem batida na minha cara, eu jogado na cama e de boca aberta para receber leite.

          - Ssssss, orrrrffff! Ssssss, arrrssss, caralho, chefe! Hmmm, ffff!

          - Goza, goza tudo, vai? Mmmm, que delícia, moleque... Safado, gosta de ver isso?

          As estilingadas de sêmen saíram acumuladas na ponta rosada da pica, pingando leite cremoso e pouco consistente diretamente na minha língua. Os três primeiros tiros foram tão bem disparados que acabaram chegando na minha garganta e me fizeram tossir, provocando uma engasgada à longa distância. O gosto doce foi único e muito característico, me deixando curioso em relação ao que o Gabriel comia pra ter uma gala tão saborosa. Tomei mais de duas colheres cheias de mingau, engoli e mostrei a língua vazia e com os rastros brancos pra ele.

          - Hmmmm, que cansaço! – despreguicei o corpo e caí pra trás no colchão.

          - Gostou?

          - Tá brincando? Óbvio, tô acabado!

          O piranho fez a mesma coisa, mas antes acendeu a ponta do baseadinho e só então deitou do meu lado na cama, nós dois suados e muito ofegantes. Ele deu um trago na maconha, soltou a fumaça no ar e em seguida me deu um beijo, compartilhando do gosto do próprio leite ainda presente na minha boca. Nossas línguas se cruzaram, os lábios dançaram e as salivas se misturaram, indo e vindo na mesma dança intensa e gostosa. Deu pra sentir até a essência da erva passeando entre a gente e transformando o beijo quase num ritual. Ficamos uns minutos nessa, até que o Gabriel voltou a fumar e eu fiquei observando, enquanto descansava do sexo que acabamos de fazer.

          - O que você fez comigo, garoto? – perguntei.

- Nada que o senhor nunca tenha feito, chefia. Hehehehehehe!

          Silêncio. Fumaça subindo, nossos olhares em sincronia e um olhando pra cara do outro. Seu semblante de ressentimento havia sumido, mas o aspecto de ressaca ainda permaneceu, talvez por conta da droga na corrente sanguínea e também do cansaço da nossa foda. Passei uns bons minutos pensando e admirando a beleza que nunca reparei anteriormente no meu melhor funcionário do hotel. Tantas coisas atravessaram a minha mente naqueles instantes, ele percebeu e hesitou antes de fazer a pergunta.

          - Chefe?

          - Fala.

          - Por que o senhor não se separa dela?

          Outra vez o silêncio atravessador de corpos e de ambientes, pra não dizer constrangedor.

- É complicado, Gabriel. Eu e ela, nós... Temos uma vida juntos. Com filhas, sabe?

- É complicado, mas também é muito injusto, né? Ela não sabe a verdade, o senhor não conta e tem uma pessoa sendo passada pra trás. Duas, no caso. E o pior, o senhor fica preso e tendo que se esconder pra ser o que é, pra fazer o que gosta.

- Foda. Pra ser sincero, eu ando pensativo quanto a isso e não sei o que fazer. – também não soube o que dizer. – É complicado. Nada é muito fácil.

Pensei que dormiríamos juntos, porém logo que terminei de falar, o marmanjo foi levantando da cama e se mostrou sorridente, animado. Em poucos movimentos, o Gabriel vestiu a cueca, depois a calça do trabalho e aí eu entendi que ele tava se arrumando pra ir embora do quarto.

- Aonde você vai? – perguntei.

- Eu? Vou trabalhar, senhor. Parei tudo que eu tava fazendo só pra chamar a sua atenção. Deu certo, heheheheeheh!

- Trabalhar? Depois disso tudo que a gente fez?

- Lógico. – calçou a blusa, ajeitou pra dentro da calça e terminou de arrumar o cabelo penteado no improviso com as mãos. – O senhor tá com a vida ganha, chefe. Eu sou só um gerente de hotel, tenho que trabalhar pra sustentar a maconha que vou fumar mais tarde lá na cobertura.

- Você fuma na cobertura, Gabriel!? Aff! Tá vendo como intimidade é uma merda?

- Sua maior conclusão sobre tudo isso que tá acontecendo é essa, chefe?

Silêncio pela terceira e penúltima vez.

- O que você acha que eu deveria concluir?

- O que eu acho? Bom, essa não é uma história sobre o que eu acho. Não sou o protagonista da sua vida, o senhor é quem decide.

Ele disse isso, passou a mão no meu ombro e foi andando até à porta.

- Até mais, chefe.

- Valeu pelo toque. – agradeci.

- Disponha.

          E saiu, me deixando com o quarto e último silêncio daquela manhã. Como ainda estava cedo, não fiquei tanto tempo enrolando na suíte presidencial, até porque tinha bastante tarefa pendente pra fazer na administração. Levei apenas o tempo necessário para me recompor, lavei o rosto, me refresquei, tomei uma água e tentei não andar muito de lado, apesar de ainda estar com o cu um pouco ardido da trepada com o meu funcionário. Saí do quarto, peguei o elevador, cheguei no hall de entrada e o Gabriel estava colocando algumas coisas em ordem, começando pelo pessoal que não sabia o que havia acontecido na suíte.

          - Tudo bem, senhor? – uma das moças da cozinha me perguntou.

          - Tudo ótimo, eu resolvi a situação. Não precisam se preocupar.

          - Que bom!

          Voltamos à normalidade aparente, mas minha mente não saiu do modo acelerado. Como que trabalha e resolve pendenga administrativa com a cabeça cercada por homens dominadores por todos os lados? Pelo menos o Gabriel não me dominou, propriamente falando, pelo contrário, ele me deixou sentar livremente e não se impôs em nenhum momento, só no começo, mas foi pra “invadir” a suíte presidencial e chamar minha atenção. Enfim, o que fizemos estava feito e significou mais um tijolo na construção da nova vida que eu tava fazendo pra mim. O problema era apenas um: como eu poderia abrir mão da minha esposa e das minhas filhas pra finalmente ser o que eu era e fazer o que eu fazia sem me esconder? Era possível? Passei o resto da tarde trabalhando em Itaguaí, trancado na minha sala e tentando não dedicar muito tempo do pensamento às coisas que estavam acontecendo. Na hora de ir embora pra casa, fui me despedir do Gabriel com um aperto de mão e ele me puxou pelo braço pra me dar um abraço apertado e fraterno. Confesso que pensei na reação dos outros funcionários vendo isso, mas me deixei levar e repousei o braço ao redor dos ombros dele, fechando nosso aperto num bom momento de demonstração pública de afeto.

          - Pensa no que eu te falei, chefe.

          - Tô pensando o dia todo. Deixa comigo.

          - Quero o senhor bem. – admitiu.

          - E eu quero que você pare de me chamar de senhor, já falei. Agora deixa eu ir lá.

          - Vai lá. Boa noite.

          - Boa, Gabriel. Te vejo amanhã.

          - Conta comigo, chefia.

          A ida pra casa foi intensa e tumultuada. Como se não bastasse o cérebro pensando em mil coisas ao mesmo tempo, o engarrafamento desproporcional me obrigou a tomar vários trajetos alternativos pra tentar escapar do intenso fluxo de carros circulando pelas principais avenidas da cidade. Não tive como transitar na Avenida Brasil, portanto fui pelos bairros de dentro e inevitavelmente cheguei naquela mesmíssima ruela com duas árvores na entrada, vários quebra-molas e inúmeras varandinhas nas casas de muros baixos. O fim de tarde e o cheiro do local me entorpeceram de nostalgia e me fizeram lembrar de quando conheci o Ronald, o macho que era minha atual paixão e também minha maior dor de cabeça. Como um quarentão casado se apaixona pelo primeiro namorado da própria filha?

          - “Eu preciso dizer não pra esses homens a partir de hoje. O Gabriel é o mais de boa, mas não dá pra ficar na mão do Ronald e nem do Noronha. Um é meu genro e namora a Alexandra, o outro é amante da minha esposa e sabe do meu segredo com o meu genro. Não posso cair em tentação, senão vai ser o fim de tudo.” – pensei, pensei e não parei de pensar. – “Essa é a minha conclusão sobre tudo isso que tá acontecendo. Distância é o que eu mais preciso agora, mas como?”


 

CAPÍTULO 7: CARNIFICINA HOMOERÓTICA

          Cheguei em casa por volta das 19h e minha mulher tava com o notebook na cozinha, terminando de trabalhar e cozinhando alguma coisa bem gostosa e cheirosa pra comer. Entrei, ela me viu e jogou um beijo de longe, porém não parou pra falar comigo porque estava com o celular no ouvido e participando de alguma reunião de voz. Alexandra, a irmã e Ronald estavam na sala, cada uma num sofá e o moleque no chão, descalço, com a cara de entediado que durou até me ver entrando.

          - Pai! – elas pularam pra cima de mim logo que me viram.

          - Oi, filhotas. Tudo certo?

          - Tudo. Deixa eu te mostrar as fotos do apê que eu vou ficar lá em SP!

          - Ah, conseguiu!? Claro, claro, me mostra.

          Tentei ignorar a presença do pivetão até então, não por ele, mas por mim e pela minha integridade mental pra não cair em tentação. O flamenguista não me deixou passar batido, se pôs de pé e abriu os braços pra me cumprimentar, exibindo também o sorriso largo e sincero.

          - Sogrão! E aí, como é que foi o dia?

          - Ah, pai, esse menino passou a tarde falando de você, meu Deus! Ele é seu fã, sabia? – Brenda, minha mais nova, comentou.

          - O quê? – fiquei sem graça.

          - Claro, pô, o cara é meu sogro. – Ronald tentou se explicar e me bajular ao mesmo tempo, como se quisesse soar convincente na explicação. – Quem me dera ser um administrador igual ao pai de vocês.

          - É, papai é bom no que faz. – Alexandra concordou. – Vem ver, pai, olha só isso.

          Ela voltou pro sofá, bateu na poltrona e me chamou, curiosa pela minha reação. Passamos um tempo ali conversando, interagindo, e isso foi muito bom pra renovar em mim a sensação do que era estar em família, sem a parte da putaria com o genro ou com o amante da esposa. Não dei muita atenção aos flertes bobos do Ronald comigo, acho que ele se deu conta da minha aparente indiferença e se contentou em ficar mais na dele, sem levantar muito a asa pra cima de mim diante das moças. Toda essa situação me deixou um pouco forte, porque representou que eu ainda tinha certo controle pra ter um fim de noite decente dentro da minha própria casa, sem ser tentado sexualmente por outros homens.

          - Opa, patrão! Tudo em cima? – Noronha entrou pela porta da cozinha com duas sacolas enormes. – Trouxe uma cerva pra gente acompanhar a final do jogo de hoje, heheehehehe!

          - Ih, é! Hoje tem Mengão e Vasco, daqui a pouco. – o garotão se animou.

          - Então hoje tem coça? – provoquei, não consegui ficar na minha. – Vai ser fácil!

          - Fácil pra gente. Vice de novo! Heheheheheheeh! – o encanador zombou.

          Cheguei a fechar as mãos, de tanta raiva que senti ao ser zoado pela dupla impossível. Pra fechar o meu pacote de resistência sexual, Ronald e Noronha tinham o fato de serem flamenguistas em comum, formando um combo de forças invisíveis capazes de me dominar na sala de casa sem qualquer uma das moças perceber o que estava acontecendo. Enfim, fiz de tudo pra não vacilar e cair em pecado, mesmo na hora que o jogo começou e nós ficamos bebendo e trocando zoações constantes. Acho que esse foi o único momento em que a intenção carnal do sexo saiu temporariamente da minha mente e deu lugar à uma rivalidade entre mim e a dupla de machos, tudo isso rolando na frente das minhas filhas e da minha mulher, que também permaneceram na sala pra acompanhar a partida. Ao fim do segundo tempo, a vitória por três a um do meu time do coração me fez explodir de felicidade, e o meu prazer extrovertido deixou o Noronha e o Ronald com cara de cu.

          - Não avisei? Flamenguista é tudo frango, não adianta. Já viraram fregueses, podem passar amanhã. Hehehehehehehehe!

          - ... – o gigante nada falou, só resmungou algo que não ouvi.

          - Isso aí, sogrão. Aproveita enquanto ainda tá por cima... Ainda.

          Levei tudo na esportiva, as horas foram passando e a empolgação não saiu tão facilmente do meu corpo. Logo as mulheres se retiraram pra dormir, eu fui pro meu escritório em casa, enchi o copo de whisky, acendi um charuto e continuei aproveitando a vitória do Vasco em cima do Flamengo, usando o computador pra rever momentos do jogo e também a reação da torcida Força Jovem. Silêncio. Devo ter passado uns dez ou quinze minutos nesse ritual prazeroso de idolatria pelo meu time, completamente mergulhado na magia do futebol rolando na tela do notebook e sem prestar muita atenção ao redor. Só percebi quando os braços enormes, escuros e massudos me renderam e me seguraram por trás da cadeira com extrema facilidade, fazendo eu dar um pulo.

          - O quê!?

          - Sssssh, caladinho. Sem abrir o bico, que a gente já tá sem paciência contigo, seu corno. – o filho da puta me manteve dominado e falou por trás da minha orelha, lambendo a lateral do meu rosto ao terminar de falar.

          - A gente?! Quem mais tá aqui?

          - Quem mais poderia ser? – a voz do Ronald veio do outro lado do escritório, o moleque andando na minha direção enquanto o Noronha me manteve preso e imobilizado. – A menos que tu tenha arranjado outro macho e não contou pra gente, sogrão. Hehehehe!

          - Quê?! Quanta bobeira, me solta logo. – falei num tom grosso.

          - Não solta, Noronha. Não solta, que a gente tem que fazer esse viado pagar, lembra?

          - É, tu tem que pagar cada minuto, seu cachorrinho! Heheheheehe, eu vou acabar contigo, cornão. Vou te transformar na minha putinha, na minha boneca de uso pessoal, tá ouvindo? – o brutamontes segurou meu rosto na hora de dizer isso.

          - Chega! Eu não quero mais essa putaria acontecendo dentro de casa, senão alguém com certeza vai descobrir. Já tá feio.

          - Ah, é? – o novinho flamenguista parou na minha frente e me olhou com cara de pena. – E quem disse que tu manda em alguma coisa aqui dentro, coroa? Foi-se o tempo, essa fase passou. Sabe quando ela acabou? No dia que tu me atropelou em Bonsucesso, tá lembrado?

          - É o quê!? Esse corno te atropelou? Que história é essa? – o encanador curioso quis saber.

          - Ué, tu não sabia? Esse arrombado me atropelou e depois teve a coragem de voltar com o carro pra comprar meu leite, Noronha. Hehehehehehe! Pagou um galo nas minhas roupas usadas, fez de tudo pra chamar a minha atenção. E conseguiu, né? Por isso estamos aqui hoje.

          - Caralho, mas que filho da puta! E todo mundo comprando esse papo de que tu é afilhado de senador, maluco! Puta que pariu, como é que o cara pode ser tão viado assim, me explica? – novamente o negão fez a pergunta e segurou minha face, querendo olhar na minha cara ao falar. – Tu não cansa de ser tão submisso assim pra macho, não, patrão? Que isso, porra!

          - Talvez eu tenha um problema com permissibilidade, confesso. – admiti. – Então é mais um motivo pra você me soltar e me ajudar a ter autocontrole, Noronha. Sério, a gente não pode continuar com essa putaria aqui dentro, me solta logo.

          - Não solta, negão! – Ronald insistiu. – Primeiro a gente tem que se divertir com esse safado, ele tem que comer na nossa mão hoje.

          - Aff, o que teve de mais hoje? O que foi que eu fiz pra vocês, ein? – perguntei, ainda preso pelo amante da minha esposa atrás de mim.

          - Hoje o Flamengo perdeu, patrão. E, como, eu fico enfezado pra caralho quando meu time perde de goleada, tá ligado? – o titã sussurrou no pé da minha orelha, me deixando arrepiado. – Ainda mais quando sinto cheiro de vascaíno viadinho dando sopa do meu lado. Tá sentindo isso daqui?

          Fez a pergunta, forçou a cintura no meu lombo e minhas pernas tremeram. Não tive como mensurar as dimensões do mastro que se esfregou no meu rego, só sei que o cuzinho latejou de uma hora pra outra, meu pau também envergou na roupa e o fogo do álcool na corrente sanguínea me deixou tinindo de tesão. O hálito do gigante também entregou que ele muito provavelmente continuou bebendo após o jogo, enquanto tramava com o Ronald a maneira como invadiriam o meu escritório e me renderiam, tal qual estavam fazendo naquele momento.

          - Cara, eu tô pedindo pra vocês com toda a sinceridade. – tentei abrir o jogo de vez. – Nunca fiz essas coisas que tô fazendo e quero tudo do jeito certo, tão me entendendo? Vocês tem que me ajudar, porra!

          - Agora não é hora de rendição, sogrão. – o moleque puxou meu rosto na direção do volume no short, pincelou a trolha no meu rosto e me passou seu cheiro entorpecente de testosterona salgada. – Agora é hora de punição. O Mengão perdeu e essa dupla aqui tá de saco cheio pra caralho. Hoje não teve Alexandra que me desse a buceta, mas tem o paizão aqui pra emprestar a curra pra gente, tá entendendo qual é a da parada? Hehehehehehe!

          O ogro faminto lambeu os beiços antes de me dar um tapa violento no rabo e de me pôr empinado. Noronha era careca, barbudo, alto, com uma barriguinha de leve, caralhudo grotesco e grandão, combinando num corpo desenvolvido e bonito de ver nu. Em dois movimentos, o gigante desceu o short, bateu com a clava na minha raba e babou que nem predador no meu ombro, doido pra me atravessar ali mesmo. Na frente, meu genro não parou de marretar o carvalho em minha boca através da roupa, e não segurou a língua solta.

          - Aí, negão, tu acredita que eu ganhei dinheiro pra socar um pepino no cu desse viado? Heheheehhe! Ssssss, foi o melhor dinheiro que eu já ganhei de alguém. O mais fácil também.

- Caô, irmão? Ffffff!

- Papo reto! Até cueca usada e suja de gala eu vendi pra ele. Quer saber mais? Fui várias vezes de patrão pra suíte presidencial do hotel desse corno, hahahahaahah! Usei e abusei dele, eu e meus parceiros.

- Puta que pariu! É mentira isso, né!? Já pensou se tua mulher descobre tudo!? – Noronha não desmontou mais do meu lombo, mexendo de um lado pro outro e procurando espaço pra ir empurrando e cravejando o martelo no meio das nádegas. – Sssss, orfffff! De corno tu não tem nada, tá vendo só, viado? Esperto! Heheheehhe!

          - Aff, vocês querem mesmo acabar comigo, ein? Hmmm, fffff! – estalei o pescoço, senti o calor dominando o corpo e logo soube que toda resistência seria em vão. – Se eu me soltar daqui...

- Até meu mijo ele tomou. – o novinho não parou de soltar as verdades.

- MENTIRA!?

- Sério! Um copão inteiro de mijo, até mostrou a língua pra eu ver a boca vazia depois que engoliu. Tô te falando, negão, esse meu sogro é um viado cinco estrelas, heehheeheh! O melhor que tem.

- Ah, não acredito nisso! – Noronha me virou de frente pra si, abaixou meus ombros e me pôs ajoelhado entre suas coxas firmes nesse momento. – Se tu bebeu mijão desse fedelho, então vai ter que tomar o meu também. Bora, abre a boca que eu vou matar tua sede com o suco da minha vara, viadinho guloso. Anda, porra, tô mandando!

Eu, Ronald, Noronha e o escritório de casa, tudo na surdina da madrugada, com o tempo parado, nós três nos olhando. Pareci a presa entre dois predadores, sem escapatória e não tendo exatamente pra onde recuar. Mas... Por que eu deveria recuar? Olhei pra trás, fitei meus olhos na encarada bruta do pivetão querendo me devorar e retribuí a ele a mesma carga sexual que me deu. Demonstrei minha ira por ser desrespeitado, voltei a olhar pra frente e o macho gigante bateu com uma vara grossa e mediana na minha cara, a cabeçota de fora e bem destacada do corpo da giromba. A uretra visivelmente desenhada sob o torpedo, o ângulo indicando que era torto pro lado e um sacão pentelhudo abaixo. O encanador não se demorou, apontou a vara na minha boca, eu abri os lábios e o jato de mijo escorregou firme e forte na garganta, me enchendo do gosto salgado de macharia como se eu fosse um tanque de fluídos masculinos. Sabe o que foi melhor? O riso. Olhei nos cornos dele enquanto engoli mijo e o puto tava rindo com tom de zombaria, incapaz de acreditar no que seus olhos estavam vendo.

- Caralho, que viadinho sedento que tu é! Além de corno, ainda é viado e viciado em mijo, hehehehehehe! Bebe tudo, vai? Ssssss, porra, muito bom!

- Bota esse filho da puta pra engolir tudo, isso aí. – Ronald segurou meu crânio na direção do jato grosso da urina do negão. – Toma tudão, vai, sogrinho? Hmmm, ffff, isso.

- Heheheeheheh! Que satisfação que isso dá, na moral. – Noronha desviou a pica e deixou a mijada explodir no meu rosto, me sujando e me dando um batizado em forma de banho. – Sssss, isso, cachorro. Fica à vontade no meu mijo, vai? Hmmm, ffff! Quem diria que uma parada tão estranha é tão boa, ein?

- Né, irmão? Também perdi a linha quando botei esse safado pra tomar meu mijo. Haahahahaha!

Bebi tudo, não desperdicei uma só gota. No fim do processo, o grandalhão bateu com a espada na minha língua, aproveitou o tapete de boas-vindas e entrou com o caralho salgado até chegar nas amídalas quentes e babadas. Assim que chegou lá, o sabor e o tempero masculino do pilantra entraram nas minhas narinas e entorpeceram meu sentidos, sendo esse o estopim pra eu me soltar de vez. Agarrei a piroca na mão, arregacei e caí de boca até o talo, indo facinho na garganta e mostrando pro cachorrão do que eu era feito. Ainda usei a mão livre pra segurar a saca farta dele e massageá-la durante o boquetão profundo.

- SSSSS, ARRRFFF! Caralho, patrão, tem medo de perder a língua na minha pica, não, é? Hehehehehe, mmmmfffff! – Noronha mordeu o beiço, fechou os olhos e virou a cabeça pro teto, de tão aflito de tesão pelo oral dedicado. – Boca de veludo, ó. Ssssss, puta que pariu!

- Isso, chupa a piroca dele toda, vai, viado? – Ronald empurrou minha cabeça e me fez engasgar na viga do ogrão. – Ffff, isso aí, para não!

Fui e vim com a boca e a língua podando, polindo e lustrando o mastro torto e grosso do negão graúdo, deixando-o totalmente envernizado com o poder de sucção da mamada violenta. Mostrei serviço, segurei no sacão, engoli e sustentei vários segundos de goela encaixada na glande massuda pulsando no fundo da minha boca. Outra vez o Noronha olhou pro teto, depois fechou os olhos, fez bico com os lábios e ficou na ponta dos pés, mergulhado no prazer controlado pelo outro flamenguista.

- Ssssss, isso, puto! Depósito de mijo. Limpa essa porra mamando, para não, porra! Arrrfffff! Demora não, que eu ainda quero comer tua esposa de manhã, antes de começar o trabalho, vai? Isso, hmmmssssss, que delícia de boca quente!

- Esse cachorro mama bem pra caralho, né? Fala tu? Hehehehehe!

- Porra, ó só como é que eu tô. – tirou a pilastra momentaneamente da minha boca e mostrou o quão ereta estava, com a cabeça preta pulsando de inchaço. – Ssssss, volta a mamar, vai? Isso, para não. Limpa esse caralho todinho, viado. Arrrssss!

- Assim eu fico com ciúme, porra! – o molecote avisou, ficou de pé do lado do amante da minha esposa e abaixou o short, exibindo os 20cm de bigorna grossa, longa, cabeçuda e pentelhuda. – Mama aqui também, vem? Senão vou ficar pistola com vocês nessa putaria, pô. Hahahahaha!

- Aqui tem espaço pra geral, maluco, fica bolado não. Heheheehe! – o titã achou graça.

Segurei uma pica com uma mão, arregacei a segunda na outra e fingi que tava esquiando, fazendo movimento de ida e vinda com as mãos nos dois pedaços de paus. Eles pensavam que me tinham no controle, mas na verdade era eu que os controlava naquele momento, tendo total acesso aos culhões massudos e também às toras dos safados em minhas mãos. Não parei de punhetá-los, caí de boca na moranga do Ronald e revezei boquete e punheta em cada um deles, desfrutando satisfatoriamente do excesso de testosterona reunida no mesmo espaço.

- Ssssss! Mama nós dois ao mesmo tempo, vai?

- Será que esse corno consegue, moleque?

- Consegue, claro que consegue. Meu sogrão é boqueteiro nato, negão, tu tá por fora, ó. – ajeitou o porrete lado a lado com o do Noronha nesse instante, agarrou dois caralhos na mesma mão e forçou na minha boca, me deixando arregaçado da mandíbula. – Arrrrffff, assim, calma que tu consegue, viado. Hmmmssss!

- Orrrrffff, ssss! Porra, caô que esse filho da puta sustenta tudo? – o colosso travou a mão no meu crânio, eu segurei seu antebraço e o puxei violento, jogando o canalha pro sofazinho que havia no canto do escritório. – Caralho, patrão, tá maluco!?

- Cala a boca, seu cuzão! – pulei em cima dele, afastei as coxas e deixei o anel do cuzinho deslizar no começo do chapéu da tromba do pilantra, dando início imediato ao nosso processo carnal de curra. – Não era isso que você queria de mim? Vamo ver se você aguenta, que tal?!

- Eita, porra! – até meu genro deu um pulo. – O sogrão surtou!

- Fica na sua senão você é o próximo, pirralho insolente. – apontei na cara do Ronald.

O cretino segurou minha mão e tentou me puxar, mas eu fui precavido, adiantei meu movimento e o puxei pra mim, fazendo o desgraçado cair sentado do lado do Noronha. Por falar no gigante, ele tentou levantar comigo, mas eu forcei o peso para mantê-lo derrubado na poltrona e fui descendo com o restante da bunda devagar, me abrindo no meio pra hospedá-lo e sossega-lo exatamente onde estava.

- Orrffffff! Puta que pariu, que fogo no cu é esse, corno? Arrrsssss!

- Ainnnssss! Ué, vocês não tão putos porque o Flamengo tomou uma coça? – debochei. – Então tá certo, vou mostrar como é que vascaíno gosta de dar o cu. Hehehehehe!

Sentei com gosto, o negão cravejou a cobra coral nas minhas entranhas e delirou de tesão quando me sentiu piscando com a carne quente ao redor do poste que ele chamava de piroca. Mal dei tempo pra reação, senti o cuzão pegando fogo, virei pro lado e caí de boca na cabeçota avermelhada da rola do namorado da minha filha, deixando o vira-lata ocupado e cheio de coisa pra fazer enquanto estava comigo ali. Dando pra um, mamando outro, até que os dedos do colosso se fincaram nas minhas coxas, ele me prendeu e acelerou os trancos, suspendendo o corpo do sofazinho pra me inserir em carrapeta nua e crua, no pelo e na pele. Ao mesmo tempo que isso aconteceu, o Ronald usou as mãos por cima do meu crânio, afundou a bengala na minha goela e me manteve preso no engate onipotente da jararaca suada e massuda dando pinotes na minha garganta viva.

- Orrrrssss! Como é comer a bucetinha desse corno, negão? Tá curtindo?

- Sssss, é apertadinha, moleque! O maridão corninho é mais apertado que a esposa, tu acredita nisso? Hmmmmffff, arrrssss!

- Porra, tu que é sortudo, maluco. Ssss! Era meu sonho comer a mãe da Alexandra, sem caô. Mas tudo bem, tô empurrando na filha e no pai, tá ótimo. Hehehehehe, ooorrffff!

- Isso aí, garoto, e eu empurro na esposa e no corno manso, hehehehe! Fffff, para de quicar não, porra, continua sentando na minha pica, seu safado. – dessa vez o grandalhão prendeu as mãos nos meus ombros e pressionou meu corpo pra baixo, no sentido da sentada, me mantendo colado e fixado a si. – SSSSS, ORFFFFF!

Pisquei muito, mastiguei a caceta cabeçuda com o poder do acolchoado do cu e o canalha quase desmaiou, de tanta pressão que sentiu no meio da curra. Do lado, um molecão caralhudo e dominador me mantendo mergulhado em vara e se afogando na altura da minha goela quente. Dominei e fui dominado dos pés à cabeça, usado em direções opostas e sentidos diferentes, porém tudo isso fez meu fogo aumentar e se transformar num verdadeiro incêndio carnal e abarrotado de pecados.

- SSSSS, ISSO, CARALHO! Só quicadão violento, assim que eu gosto, porra! Senta com gosto, vai? – travou minha cintura, me prendeu e FUZILOU marreta na minha bunda, sem medo e sem hesitar. – AAARFFFFF, TOMA NO CU, TOMA, CORNINHO? HMMM, SSSS!

- GHHHH, MMMM! – lotado pelo travessão do meu genro, não pude responder verbalmente, mas me entreguei às sentadas profundas, seguidas das reboladas casadas com as metidas impacientes e truculentas do Noronha por baixo de mim.

- FFFF, assim! Dá paulada no olho do rabo desse filho da puta, vai, negão? Sssss! Para não, sacode ele por dentro que esse puto gosta, heheeheh! Delícia de garganta, hmmmsss!

- ORRRRFFFF! SSSSS, CARALHO, VIADO! – agarrado, preso, cravejado na minha carne e bombando, BOMBANDO, BOMBANDO até revirar meus olhos e me tirar do boquete no Ronald. – Tá sentindo, viado!? TÁ!? VOU ESTRAGAR TEU CU, VOU TE VIOLAR, SEU FILHO DA PUTA! SSSSS, CARALHO, SE PREPARA PRA FICAR LARGO!

- ENTÃO RASGA, DESGRAÇADO! – berrei, levantei o corpo com gosto e sentei com tudo, repetindo o movimento inúmeras vezes sem cansar e arrancando o “PLOCT, PLOCT, PLOCT” infindável do impacto entre nós. – SSSS, OINNFFFFFF, PORRA!

- É ISSO QUE TU QUER, NÉ? FFFF! ENTÃO TOMA, VOU TE ESFOLAR!

- AAAINSSSSS! ESFOLA, QUERO VER SE TU É CAPAZ!

- Caralho, mané, que porra é essa que cês tão fazendo!? – até o molecote se assustou com as porradas infinitas do meio da nossa meteção.

Eu mordendo a boca, sem conseguir piscar os olhos, minhas veias todas saltadas no rosto suado e o encanador me enfiando o cano de baixo pra cima, enquanto apertava meu pescoço e me dominava em forma de enforcamento, se movendo intensamente sem sair do próprio lugar. Nós parecíamos correr uma maratona a cavalo, eu galopando na lapa de piroca que o macho possessivo do Noronha tinha dentro do short. Senti o cu dilacerando em chamas, meu pau estourando no tórax do jumento e ele quase rasgando minha bunda com as mãos, me puxando e me amassando ao mesmo tempo que me botava pra cavalgar e recebia minhas quicadas e reboladas intensas.

- SSSS, EU VOU TE MACHUCAR!

- MACHUCA, PORRA! FFFF!

- EU VOU TE MALTRATAR, ORRRSSS!

- MALTRATA, PIRANHO! NÃO PARA, NÃO PARA! FFFF!

E “pá, pá, pá, pá” sem parar. Encaralhado e cheio de ciúme, meu flamenguista favorito ficou de pé na poltrona, ganhou a altura do meu rosto e bateu violento com a chapeleta da giromba na minha cara, aproveitando a boca aberta pra socar trolha até o fundo da minha goela e usando as mãos pra prender e escorar meu crânio. Pronto, voltei a ser possuído por baixo e por cima, em direções e sentidos diferentes e por duas forças masculinas opostas, apesar de por vezes parecidas. Enquanto o Ronald queria provação no meio do prazer, o caralhudo do Noronha fez o oposto e procurava prazer em meio ao nosso teste de provação, nossa prova viva de fogo e de ardência sexual intensa. Possessão nua e crua, devo dizer, porque era exatamente isso que acontecia comigo, estando sentado no colo impositivo e taxativo do negão faminto e dominador.

- VOU TRANSFORMAR ESSE BRIOCO EM XOTA, CORNÃO! SSSSS!

- Isso, engole meu mastro até o talo, seu dá cu. Fffff, orrrssss!

- Ghhhmmm, fff! – lotado de vareta, não consegui responder pela boca.

- Hmmmmssss, delícia de bocão fofo da porra, maluco! Cada mamada é um parabéns diferente, ein, paizão? Papo reto, heheheehe! Orrrfffff, para não, isso. Continua, sustenta.

O macho da Alexandra tapou minha respiração com certa dificuldade, devido ao meus movimentos acelerados pra sentar no brutamontes encanador. De respiração vedada, ainda consegui mamar o Ronald e massagear suas bolas pesadas de leite ao mesmo tempo, tudo isso sem perder o compasso dos engates desgovernados e massivos do macho graúdo que não parou de me brocar por baixo. O melhor era sentar de pau duraço, piscando e mastigando o poste do amante da minha mulher em cada cravejada com o lombo na marreta.

- Orrrrffff, seu viadinho do caralho! Esse tempo todo podendo tá comendo teu cu e tu enchendo esse fedelho de regalia, né? Agora merece entrar na vara, tem reclamação não! FFFFF, toma no cu, toma?! Arrrssss, caralho!

- Hmmmffff! Fica com ciúme não, Noronha, hehehehehe! Tem cu e boca pra geral aqui, se bobear esse filho da puta tá dando até pra mais homem na rua, isso sim. Do jeito que ele é. – o cafução me provocou, deu um tapa na minha cara e continuou brincando de pescar com o anzol cabeçudo na minha garganta, extrapolando os limites das amídalas babadas e espancadas por pica. – Sssss, arrrffff! Assim, isso que eu gosto de ver, meu caralho sumindo todo nessa boquinha gostosa, heheheeh. FFFF!

- Corno manso da porra, ssssss! Me dá um bom motivo pra não querer a mesma regalia que esse pivete tá tendo nas tuas costas, patrão?

- Ele bem que podia fortalecer a gente dentro de casa, né não? Fazer a comida, poupar a esposa um pouco. Orrrsssss, para não! Hmm, sssss!

- Arrrrffff, sssss! Também acho. É bom que me dá mais tempo de comer a xota da mulher, hehheheeh. Senta, vai? Sssss! Vou comer tua esposa e ver o maridão botando a minha comida no prato. Tu vai me alimentar, me pagar pra consertar o encanamento da casa e da xota da tua mina, seu putinho do cu oco! Orrrrffff!

- Sssss! Só isso? E comer ele, tu não vai?

- Isso daí eu faço de graça, boto dinheiro no meio não. – o titã avisou, prendeu as mãos na minha cintura e acelerou, tirando o corpo do sofá pra me pistolar pelo cu. – Arrrrssss, caralho! Vou deixar o buraco desse corno parecendo uma couve-flor, SSSSS!

- Isso aí, assim que se faz. – meu genro concordou, travou meu pescoço e voltou a pregar a clava na minha goela. – Hmmmm, sssss! Tesão sinistro, puta merda!

Parei de mamar nesse momento, também cessei a sentada, levantei a perna e saí do sofá. Apontei pro novinho, indiquei a poltrona e dei a ordem.

- Você, senta aí no lugar do Noronha.

- Tu tá pensando que tá falando com quem, sogrão? – ele cresceu pra cima de mim.

- Senta aí e cala a porra da boca, seu infeliz! – empurrei o moleque no sofá, ele caiu pra trás e pulei no colo dele. – Vamos ver se a macharia dessa casa tem condição de apagar o fogo selvagem que eu tô sentindo na beirola do meu rabo. Vai fugir, borracha fraca?

O namorado da Alexandra segurou meu queixo, me encarou e respondeu entre os grunhidos de ira sexual impositiva.

- Olha lá como tu fala comigo, seu arrombado. Lembra com quem tu tá falando.

- Vai chorar?

Antes dele retrucar, encarei o encanador de pé do nosso lado, puxei o ogro pelo braço massudo e o posicionei atrás de mim. Nenhum dos dois percebeu minha intenção de imediato, sendo que depois que perceberam, não acreditaram no que eu tava pedindo.

- Vou dar pros dois ao mesmo tempo. O primeiro a gozar vai cair pra fora da minha casa e nunca mais pisa aqui, senão...

- Senão...?

- Senão eu mesmo vou contar tudo pra minha mulher e pra minha filha sobre quem vocês são. Não tenho mais nada a perder, já decidi qual é o tipo de vida que eu quero pra mim e tô pronto pra assumir todos os riscos. E vocês? Têm essa coragem?

Silêncio, nenhum deles respondeu. Levantei a mão, dei um tapa em cheio na cara do Ronald e virei seu rosto pra trás. No mesmo embalo, puxei seu corpo pra mim pela gola da blusa, encarei ele no fundo dos olhos e berrei na fuça do filho da puta.

- TEM CORAGEM, FEDELHO!?

- Tu tá perdendo-

- Mandei calar a porra da boca, moleque insolente do caralho! – alinhei a cuceta na direção do trabuco dele, sentei na cabeçota e quiquei pelo menos até metade da extensão da tora, fazendo o sem vergonha ENTORTAR e se contorcer de prazer explosivo. – AINFFFFF, SSSS!

- ORRRRFFFFFF! CARALHO, COROA, TÁ MALUCO!? SSSSSS!

- Ghhrrr, ssss! Perde tempo não, seu merda! – fechei a mão no braço do macho colosso e o puxei pro nosso encontro. – Vai ficar só olhando, lerdão!? Oinnnsssss! Entra logo nessa porra, para de perder tempo.

Aos trancos e solavancos, o careca barbudo pincelou a ferramenta na mesma entrada onde meu genro estava se alimentando, segurou nas minhas costas e forçou até conseguir o mínimo de espaço possível, me causando a sensação de que ia rasgar em duas metades diferentes, isso a partir do cu sendo compartilhado pela dupla de flamenguistas dominadores.

- Arrrrssss! Tá apertado pra caralho, puta que pariu!

- Ssssss, assim a gente vai acabar te rasgando, corno! FFF!

- Eu aguento, porra! Não sou eu que tô tomando no cu!? Não vão desistir agora, né? Ghrrrr, ffff! – mordi o lábio, fiz força, me concentrei e prendi a respiração pra poder aguentar mais dilatação anal. – Força essa porra, vai?! Mmm, sssss!

- Tem certeza que é isso que tu quer, safado? Sssss!

- É o que eu quero e é o que vocês também querem, porra! GHRRRR!

Suei frio, as veias quase explodiram no meu rosto amassado, os dedos dos pés se contorceram e usei minha própria ereção pra dar pulsadas e ir abrindo o diâmetro anal, propiciando cada vez mais espaço pra dois caralhudos famintos entrarem na minha carne, no pelo e na pele. Meus mamilos endureceram de forma violenta, o fogo me corrompeu a espinha e todo o atrito das jararacas me comendo de fora pra dentro pareceu me romper internamente.

- ARRRFF, SSSS! Que sensação boa dos infernos, parece que eu vou rasgar! Hmmm, oinnfffff!

- É assim que tu gosta, sogrão? Fffff, arrrsss!

- Desse jeito, caralho, continuem! Mmmfff!

- Sssss, oorrrsss, puta merda, maluco!

- NÃO PAREM, CARALHO! SSSS! – implorei. – ISSO, CONTINUEM! FFF!

Demorou muito até toda a dor e a aflição se transformarem em prazer, mas os dois entenderam o quão difícil foi todo aquele esforço e seguraram a onda num primeiro momento, me dando tempo pra relaxar e continuar a consumar dupla penetração. Pra ser sincero, o latejar do contato duplo com certeza os apertou, por isso também esperaram até eu me acostumar antes de começarem nosso show. O que dizer do meu esfíncter? Eu era o novo aro da cesta de basquete, sendo praticamente encaçapado e jantado por dois machos caralhudos e com rolas acima da média nacional.

- SSSSS, CARALHO, PATRÃO! Que rabada apertada é essa, vai tomar no cu! Hmmm, ffff! – atrás de mim, Noronha escorregou perigoso para o lado de dentro e fechou a parte de cima do meu ânus, amassando toda a carne superior com a envergadura da jararaca peçonhenta e selvagem. – ARRRFFFF! Puta merda, maluco, como é que pode?! Hmmm, ssss! Arrrssss, porra!

- OOORRSSS! Também tô passando mal dentro desse rabo, vai se foder! Hmmmffff, tesão da porra! – o Ronald também atravessou sinuosamente para o lado de dentro e atropelou a parte de baixo do meu cu, estacionando sobre o acolchoado inferior com o peso da jeba cabeçuda e grossa. – Arrrffff, assim vai ser foda de trepar, sogrão, sem sacanagem! Sssss!

- Ainnnsssss! Ué, sou eu que dou o cu e vocês que ficam de frescura, é? Hmmmmffff! Larguem de ser frescos e deem conta da tarefa, bando de come e dorme! Hehehehehe! – provoquei, me sentindo trincado por dentro por ser o ponto de encontro entre os corpos massudos da dupla de machos dotados e cheios de fome.

- Orrrrfff, tu vai sair daqui sem conseguir sentar, patrão. Depois não vem culpar a gente, puta! Ssssss!

- Você acha que é capaz de me foder nesse nível, seu cachorro? Grrrrh!

- Eu acabo contigo agora mesmo, sua vagabunda! FFFF!

- Será!? Oinnssss! Te faço gozar antes, seu grandalhão! – provoquei. – Isso, não para de socar, porra! Sssss!

- Ah, quer que soque mais? Tão toma, vadia, toma no cu, toma!? – o gigante acelerou, prendeu as mãos nas minhas ancas e me imobilizou pra enterrar mais arpão no fundo do meu oceano anal. – Orrrssss, caralho, viado!

O melhor é que as estocadas dele automaticamente deslocavam o Ronald também inserido em meu ânus e isso provocava o encontro total entre as duas picas, resultando nas cabeças se atritando e latejando uma na outra, as uretras grossas grudadas e em pleno estado de namoro, tudo isso acontecendo na tubulação extraviada que era o meu cuzão largo naquele momento. Eu virei um lugar, uma hospedagem, um estacionamento, uma vaga para senhores botijões de gás inseridos no meio da minha bunda.

- SSSS, ACELERA, VAI!? FFFF! – pedi. – Faz comigo pior do que você faz com a minha esposa, seu cavalo! Hmmmmssss!

- HMMM, FFF! Toma pica, toma, puta!? Vadia, vagabunda!

- Cadela do caralho, senta nessa piroca grossa, vai, sogrão!? Hmmmmfff! Assim, isso! Sssss! Para não, porra, continua! – o genro pediu e me abraçou, me descendo por cima de seu peitoral suado e ao mesmo tempo me colocando ainda mais empinado e de rabão exposto pro encanador reformar meu encanamento. – ORRRFFF, QUE DELÍCIA!

- AINNN, SSSSS! Isso, seus cretinos! Arrrrfffff, caralho, me rasguem!

- HMMM, FFFF! Queimação boa da porra na minha vara, vai tomar no cu! Orrrsssss!

De tão juntos em meu interior, as bolas do Noronha repousaram atrás das minhas e nossos sacos descansaram por cima dos culhões do moleque cafuçu, resultando no total de seis ovos masculinos carregados de muito leite e em total sincronia no meio da dupla penetração perigosa que estávamos fazendo em pleno escritório de casa. Eram só nossos gemidos, respirações, sons de colisão, “ploc, ploc” e “pá, pá, pá” estalando nas quatro paredes do ambiente, até que eu finalmente me senti quase que todo acostumado com o peso de dois caralhudos me mantendo no extremo do alargamento e comecei a querer rebolar enquanto era empalado.

- Sssss, isso, me arregacem, caralho! FFFF! Sem pena, vai!?

- Pena porra nenhuma, aqui não tem galinha, filho da puta! Orfffff! Quer o cu aberto, quer?! Hmmmmf!

- Quero, soca essa porra! Oinnfff, tesão da porra!

- Quem tem limite é município, mermão! Arrrrffff, ssss! Carioca que é carioca não perdoa ninguém, não! Abre o cuzinho, vai? Isso, sogrão, agora aguenta! Hmmmssss!

- Carioca só é amigo na hora que a bala come, isso sim, moleque! Fffff, que delícia de fogo, caralho! Sssss!

Parecia que nós três sabíamos que aquele era nosso último encontro debaixo do mesmo teto, acho que por isso nos entregamos tão vividamente ao ato de reprodução e de satisfação do prazer juntos. O pivetão não parou de chupar meus mamilos, mantendo o corpo todo esticado sob o meu e eu preso em seus braços possessivos, enquanto ele me pregava pelo cu com a marreta de baixo pra cima, sendo completamente atravessado e escorado pelo cano massudo que era o bichão do Noronha.

- Tu aguenta pica que é uma beleza, ein, paizão? Hehehehehe, profissional mesmo, ssssss!

- Aguento, vocês que pelo visto tão chegando no limite, né? Ainnnffff, sss!

- Duvido, aqui não falta disposição, porra! – o Ronald suspendeu o corpo da poltrona pra me estocar com a giromba, junto do negão corpulento. – Orrrssss! Sustenta, vai? Isso, fffff!

O amante da minha esposa mostrou do que era feito, aguentou a pressão das minhas piscadas megalomaníacas nas duas pirocas cabeçudas e arranjou força, energia e resistência suficientes para escorar as mãos no meu cóccix, botar os pés pra cima do assento do sofá e se prostar montado em meu lombo, passando a meter como se estivesse cruzando feito vira-lata no cio. Me possuiu, me comandou e controlou os movimentos de botadas carcadas e marteladas dentro de mim. Me deixou de lombo exposto e arregaçado, eu ainda rendido e imobilizado com as mãos pra trás. A clava afogada no fundo do meu ser, extrapolando meu esfíncter no mais sucumbente e caloroso incêndio carnal.

- SSSS! Puta merda, dar o cu é muito bom, porra! Oinnnssss, que delícia!

- Tá gostando, viado? Fffff! Então vai dando piscadinha, vai? Assim, puta, ssss! Cuzão gostoso da porra, sem neurose, hmmmsss!

- Pra caralho! Arrrsssss!

- Para não, continua piscando, corno manso! Ssssss! Isso aí, continua mastigando minha vara com esse cu guloso e quente, filho da puta. Cadela de macho, hmmmfff!

- Já vai gozar, é, grandão? Hmmmfff! Pensei que você fosse mais forte.  -provoquei.

- Forte, é!?

Bruto e violento, ele desceu as duas mãos bem firmes na minha raba arrebitada, ganhou ainda mais engate e pressão de montaria e jogou o pezão enorme e escuro por cima da minha cara, afundando meu rosto do lado do corpo do Ronald jogado no sofá.

- Chupa meu dedão enquanto eu abro um túnel no teu brioco, vai, cachorra!? Sssss! Não queria ser adestrado, patrão? FFFF!

- Hmmmmf, isso, caralho! Acaba comigo, porra!

- Arrrrssss, puta que pariu, paizão, tu tá me deixando com as pernas bambas, isso sim! – o pivete marrento abriu o jogo. – Caralho, vai se foder! Ssssss!

- Tá perdendo o jogo, é, piranho!? Mmmmfff! – instiguei.

Tomei no cu sentindo o cheiro do suor das solas carnudas e suculentas do amante da minha esposa, desfrutando da testosterona exalada do filho da puta e o deixando devorar meu banquete anal com extrema fartura e jeito pras botadas incansáveis. “Ploc, ploc, ploc, ploc, ploc”. Minha próstata derreteu por dentro, achei até que fosse desmaiar, porém não perdi o controle do corpo em nenhum momento, segui piscando o anel de pele e sentindo minha vara inchada no ápice da ereção.

- Oinnnfffff, que maravilha esse teso no olho do rabo, que delícia! Hmmss!

- Arrrsss! Tá do jeito que viado gosta, né, paizão? Hehehehe, FFFF!

- SSSS, sustenta, corninho, sustenta teu macho, porra! Mmmff! – o grandalhão exigiu e acelerou as estocadas, se tornando cada vez mais inchado e pesado nas minhas entranhas. – ORRRFFFF, CARALHO! AGUENTA, PUTA!

- AINNSSS! ISSO, É DESSE BARULHO QUE EU GOSTO, PORRA! Ssssss, isso, caralho!

- Arrebenta esse desgraçado, negão, tem pena não! – o molecão tocou fogo na gente, também se deslocando pra enfiar mais tora na união dos paus com meu cu. – Arrrrffff, sssss!

Noronha me carcou e engasgou até o talo da cobra no meu lombo, se prendendo com as mãos fechadas e os dedos fincados no couro da minha bunda. Chegou ao ponto de agarrar minha pele e puxar as dobras pra se prender em mim no meio dos trancos insistentes e explosivos. Ainda forçou o quadril pra dentro, deixando o saco estufado no meu e também no do Ronald, misturando três sistemas diferentes no mesmo conjunto de pentelhada, bolas e rolas, tudo no meu cuzinho. Na única vez que eles ousaram tirar de dentro pra ver o estrago feito, o titã arrastou a carrapeta pra fora com lentidão, despressurizou meu traseiro e me causou o maior frio deixado pelo buraco feito em meu ânus deliciosamente violado.

- Caralho, irmão, olha só o estado disso? Sssss! Habitat natural da minha piroca, papo reto. Ó? Dá nem vontade de sair, orrrrfff. – meu genro riu.

- Tu vai levar um tempo sofrendo com goteira, patrão. E olha que de encanamento eu entendo, ein? Hehehehehehe! – me provocou, antes de apoiar a chapeleta preta da marreta por cima da peça amarrotada e grossa do novinho cafuçu e voltar pra dentro de mim. – Arrrrssss, que sensação boa de agasalho, viado! Fffff, tesão do caralho! Vou botar tanto leite dentro de tu que tu vai passar dias sentindo escorrer, sem neurose! Sssss!

- Já tá querendo gozar? – pisquei intenso, sem dar qualquer segundo de descanso pra pressão anal em cima dos dois. – Oinnnssss, cadê a disposição, porra!? Ffff!

- Se tu continuar, eu vou mesmo acabar descarrilhando aqui mesmo, patrão, tô nem aí! Orrrffff! Encher essa tua rosca queimada de argamassa e cola quente, né isso que tu quer?

- Ah, vai? Fffff! Então quero ver, bota pra foder nessa porra! – rebolei. – Quero ver leitada escorrendo do meu cu, seu brutamontes! Vai me dar?

- Tá querendo ver leite, é coroa!? Arrrfffff! – o gigante me travou pela cintura. – Tu vai chorar na minha piroca, isso sim! Hehehehe!

- Qual é, seus filhos da puta, se continuarem assim eu vou gozar também, ein?! Ssssss! – o novinho caralhudo avisou, sem parar de se mexer por baixo de mim. – Arrrsss, tô pesadão de leite, papo reto! Hmmmff!

- Porra, e eu, moleque!? – o encanador concordou. – SSSS! Tá chegando a hora de estourar a minha champanhe, meu corninho manso! Orrrff, hmmsss!

Todos nós suando, o tranco sem parar por um só minuto e crescendo cada vez mais, se transformando numa catástrofe masculina natural, uma avalanche de testosterona, uma erupção vulcânica de feromônios de machos em plena cruza e em processo de coito explícito, reprodução sexuada e com direito a montaria selvagem entre homens. Era a verdadeira e derradeira chuva sodomita em nossas cabeças, explodindo na mais deliciosa e intensa carnificina homoerótica de machos.

- SSSSSS, CARALHO! Vamo trocar, senão eu vou gozar, caralho!

- AAINFFF! Ué, tão desistindo, seus fracotes!?

- Assim eu vou te encher de mingau, filho da puta! Orrrssss! Vou perder a porra da aposta e gozar primeiro, é isso que tu quer!? FFFF!

- Foda-se, moleque fraco da porra! Oinnsss! – me entreguei ao embalo fatal das carcadas. – Isso, arrrrssss!

- HMMM, FFFF!

Aceleramos rumo ao impossível físico do prazer. As carcaças exalando jatos de vapores devido ao esforço, como se fôssemos máquinas entroncadas e engatadas no mesmo sistema triplo de selvageria anal, movendo nossas estruturas e engrenagens físicas pra obter prazer bruto e incandescente.

- AARRRFFF! Tu quer ver gagau escorrendo dentro do rego mesmo, né, viadão do caralho? Sssss! Corno manso, vou te encher de leite mesmo, então! Hmmmssss!

- AINNSSS, PORRA, ISSO! FFFF! ME FODE, ME QUEBRA, PUTO! VOCÊ NÃO É MACHO PRA COMER MINHA ESPOSA, CRETINO!?

O negão afundou outra vez o pezão na minha fuça, depois atravessou a mão no meu cabelo e me puxou pra trás, grunhindo e gemendo sincero no pé do meu ouvido enquanto estalava as cravejadas no fundo do olho do meu cu carnudo e inchado de pica.

- SSSSS, ORFFFFF! Assim que tu gosta, é? Tá escutando esse som, tá?

“PLOC, PLOC, PLOC, PLOC, PLOC”. Só pentadão violento e concentrado dentro, o corpo do gigante trincado no meu e a bengala massuda dele roçando e transando com a piroca grossa do novinho encaralhado debaixo de mim.

- ASSIM, CARALHO! SOCA, PORRA! GRRRRRR!

- ORRRRFFFF! ORRRRSSS, FILHO DA PUTA! SSSS!

- CARALHO, NEGÃO! HMMMSSS! – até o Ronald sucumbiu ao tesão. – FFFF, PUTA QUE PARIU, MALUCO!

- NÃO ERA O QUE TU QUERIA, CORNINHO? VOU EMPESTEAR TEU BURACO DE FILHO, VAI SAIR MANCANDO, PORRA! ARRRSSSS!

- ME FODE, PUTO! ME ENGRAVIDA, ME EMPRENHA, SSSSS! – mordi a boca, achei que fosse desmaiar ou sumir em tanta caralha grossa me comendo. – HMMM, SSSS! DELÍCIA!

Nós três nos movimentando acelerados, sem sairmos do lugar, trabalhando nas idas e vindas, tiradas e botadas, mexidas e remexidas pra frente, pra trás, pra cima, pra baixo e também pros lados, tudo em prol de provocar um único alargamento através do diâmetro das caralhas exageradas e cabeçudas no meu cu. As coxas do ogrão bombando atrás das minhas pernas quase bambas e nenhum de nós dando qualquer sinal de que ia parar ou reduzir a velocidade, pelo contrário, o atrito imparável e a sensação infinita de uso e desuso físico eram o que nos moviam através dos caminhos pecaminosos da sodomia entre machos.

- SSSSS, VOU GOZAR, PORRA! FFFF!

- Ainnnffff, eu também tô derretido por dentro, puta merda! Sssss!

- ARRRRFF, VOU TE ENCHER DE MINGAU, VIADO! MMMSSS!

- Orrrrrsss, também vou gozar, filho da puta! Hmmm, ssss, caralho! Ffff!

Avassaladoramente saciados pelo prazer da curra. Eles esbaforidos, apressados, como se estivessem numa corrida e competindo pra ver quem ia chegar por último. Mas como vencer o tesão, é possível? Os dois nem tinham o porquê disso, muito menos eu, que usei uma das mãos livres pra me masturbar no pouco espaço disponível entre meu corpo e o do Ronald me escorando por baixo.

- FFFFF, VOU GOZAR! – avisei.

- EU TAMBÉM, BUCETA! SSSS! – Noronha soltou um urro de prazer.

- AAARSSSS, HMMMMF! Puta merda, sogrão! Ssssss! – o cafução também se rendeu à cruza.

As pulsadas que dei com a vara se transmitiram ao ânus arregaçado, que ficou piscando ao redor das massas. O encanador parou de se mover nesse momento, fincou os dedos na carne da minha bunda, engessou a uretra tubulosa nas minhas entranhas, bem por cima da tora do novinho roludo, e aí sim desmoronou feito uma muralha sobre meu lombo, lançando muitos jatos de gala em forma de lava no fundo do meu cu piscante.

- SSSS, caralho! Ffffff, que sensação gostosa dos infernos, meu Deus! – desabrochei feito uma flor toda aberta. – Sssss, muito bom, porra!

- ORRRSSS! ARRRSSS, CARALHO!

- Hmmmmm, ssss! Vai se foder, moleque, tô morrendo ou nascendo de novo, que isso! Mmm, ffff!

Quatro braços me prenderam em direções opostas, com dois machos me requerendo em lados diferentes e com suas fomes em nível máximo. No auge do aperto, dos agarrões e puxões, senti minha carne se desfazendo, o cuzão dilatando na base das pauladas gordas e uma sopa de gala sendo estufada dentro do meu ânus, que já estava no limite possível do alargamento. Um incêndio sem precedentes consumiu meu corpo, fiquei todo arrepiado e novamente senti que a visão ia sumir, porém me prendi nos dois e tentei ficar agarrado à realidade do extremo do prazer.

- Arrrssssss, ffff!

- Oinnfffff, caralho! Hmmmsss!

- Fffff, tá gostoso, tá, sogrinho? Sssss!

- Tá delicioso, moleque! Oinnsss!

- Hmmmfff, corno do cu quente, puta que pariu! Sssss!

Por cima e pra trás, o Noronha engatou em mim, forçou tudo dentro e emassou os tiros de sêmen fresco por cima da próstata, como se fosse uma calda quente que me fez sentir tudo no interior. O filho da puta meteu e continuou engatado, fissurado no nosso encontro, até que o Ronald também latejou e deixou a calda grossa e pegajosa escorrer por tudo dentro de mim, incandescendo minha pele dos pés à cabeça. Eu tava finalizando a punheta, comecei a gozar junto deles e isso produziu muitas comidas com o cu nos fuzis, nos trazendo ao clímax da satisfação física, energética e mental da trepada marginal, brusca, violenta e selvagem que demos.

- Hmmmms, tô todo ardido, sssss! Puta merda, olha isso?

- Porra, viado, tu tá é arrombado, isso sim. Heheheheeh! – o amante da minha mulher caiu na risada, completamente ensopado de suor, ofegante e ainda se mantendo nas minhas entranhas, mas tentando recobrar a própria sustentação sobre meu traseiro arrebitado. – Falei que ia maltratar, não falei? Ssssss, caralho!

- Sogrão deu o cu sorrindo, que isso! Hahahahaha! – até meu genro riu. – Hmmmmfff, tá me sentindo, tá? Ssssss!

- E tem como não sentir duas lagartonas dessa dentro de mim? Fffff, delicioso, isso sim. – mordi a boca, mexi a bunda de leve e senti o engate dos dois me ardendo e me incendiando do melhor jeito possível. – Arrrffff, cacete, tá bom pra caralho!

Fiquei estufado de leite, que por sinal começou a vazar assim que o lado de dentro lotou. Revirei os olhos, senti calafrios no corpo e a dupla continuou imóvel dentro, deslizando tudo e deixando minha carne bastante escorregadia no interior. Aflito, Ronald me abraçou por baixo, tirou um pouco a piroca cabeçuda e voltou a arrancar pra dentro, iniciando a transformação da sopa de leite masculino em pura papa espumada de homens. Nossos sacos juntos e suados, eu voltando a tomar no cu e com porra escorrendo nas laterais arregaçadas do ânus.

- Ssssss, tá queimando? Heheheeheh, ffff!

- Pra caralho, moleque! Hmmmmfff! Mas é bom você aproveitar esse momento bastante, sabia?

- Ah, é? E por quê? Vai correr de mim depois disso, é?

- Nunca se sabe quando eu vou parar de sentar em vocês. Pode ser que amanhã eu me canse, já pensaram nisso? – levantei a dúvida.

- Tu se cansar da minha vara? – Noronha me instigou e deu um tapão na minha raba. – Sssss, duvido, porra! Muito leite ainda pra socar nessa tua bunda, pode apostar comigo que sim, corninho. Hahahahaha!

Eles não pararam e brincaram de ficar pincelando e cutucando por dentro da poça de esperma cuspida em meu interior. Rasgaram meu rabo, deixaram um buracão explícito e fizeram do meu anel um verdadeiro caldeirão de lava esbranquiçada, quente e grossa que escorreu. Mas nenhum dos dois quis deixar isso acontecer, por isso não cessaram os movimentos de pegar o leite vazado e depositar de volta pro meu rego, me enchendo de mais ardência e de fogo no rabo.

- Ssssss, puta merda! Sensação deliciosa, que isso. – delirei de calor e de suor, tão ensopado quanto os dois.

- E tu acha mesmo que vai conseguir viver sem isso, sogrão? Até parece, duvido! Hehehehehe!

- Tu não combina com casamento, não, patrão. Teu negócio é putaria, libera logo a esposa e deixa ela ser feliz comigo. – o titã em forma de homem falou baixinho no meu ouvido, arrancando risos do Ronald. – Faz isso que eu continuo aparecendo pra te comer. Vou te abandonar não, tu vai ser meu cu amigo. Hehehehehee!

- Papo reto, paizão! Também acho que é isso que tu deve fazer. Libera logo as mina e vai viver pra dar o cu, já pensou? Dá até uma vontade de fidelizar e fazer um cartão de VIP no teu rabo, sem caô! Hahahahaha!

Entre os risos e deboches, desfrutei da ardência me consumindo de dentro pra fora, fui controlando as vibrações e pulsadas do ânus em torno das cacetas dando pinotes e tentei respirar sem ser atropelado pela minha própria respiração acelerada. Olhei pro molecote flamenguista, fiz uma cara feia e ele não entendeu.

- Que foi? – perguntou.

- Se eu terminar com a minha esposa, por acaso você vai terminar com a Alexandra pra ficar comigo, moleque ordinário do caralho?

- Tu vai largar a tua esposinha? – ele segurou meu rosto e falou grosso comigo, ostentando o semblante de impaciência. – Vai ficar dando o cu só pra mim ou vai dar pro Noronha também?

- É, patrão, pode parando de onda que eu também quero continuar comendo nesse cuzinho, sem caô! Hehehehe! E ó, pode anotar que vou querer as mesmas regalias que esse pivete aí teve. Quero ir pra suíte presidencial e ficar de bobeira o dia todo, tá ligado?

- Hmm, até parece! – debochei.

Dei um pulo que provocou a queimação dilacerada da escapada da dupla de caralhas escuras, os dois homens finalmente se viram separados de mim pela primeira vez em muito tempo e essa foi apenas uma das várias distâncias que decretei a partir daquele momento. A última, eu diria. Nu, fiquei de pé, peguei minhas roupas e comecei a me vestir. Eles não entenderam absolutamente nada, ficaram com as pirocas balançando, pingando resto de leite e me vendo enquanto eu terminei de colocar o short e a camiseta. Olhei pra porta, acenei com a cabeça e não falei duas vezes.

- Foi muito bom esse tempo todo, foi tudo maneiro, mas acabou. Eu quero os dois fora da minha casa amanhã cedo.

- HAHAHAHAHAHA! Tá bom, corninho. Ficou manso o tempo todo e agora quer cantar de galo pra cima d-

- Sssssh. – botei o dedo na boca, fiz silêncio e apontei pro alto. – Tá ouvindo esse barulho, essa paz? Eu não quero que isso mude e se transforme numa briga, numa merda grande. A minha mulher e a minha filha não sabem quem eu sou, mas elas também não sabem quem vocês são. Ou essa porra começa a andar no meu ritmo, ou eu jogo essa merda na fogueira e foda-se todo mundo. Cansei. Não quero falar outra vez.

Silêncio. O encanador desfez o tom de graça e ficou com a cara assustada, os olhos arregalados e a boca entreaberta, o corpo ainda todo suado e agitado.

- É o quê!?

- Tá zoando, né?

- Nunca. Tô falando muito sério. Essa é a minha casa, eu tô mudando a minha vida e vou fazer tudo que é necessário pras coisas darem certo. Não tem conversinha. – mantive a seriedade. – Agora ralem daqui. Se virem, façam o que vocês quiserem, mas vão embora. Tchau!

Apontei pra porta, sustentei a pose e não voltei atrás na palavra, tampouco olhei pros dois.

- Tu... Tá... É sério?

- Vou ter que repetir? – falei. – Fora. Chega de reforma no encanamento pra você e chega de Rio de Janeiro pra você. Quero os dois LONGE. A-GO-RA!

O Noronha deu um pulo, não tornou a me olhar, vestiu a roupa apressado e foi o primeiro a sair, totalmente calado e quieto.

- Tu não tá falando isso pra mim, tá? – o flamenguista marrento não acreditou. – Falou só pro negão, né?

- Claro que serve pra você. Desde o começo isso foi sobre você, Ronald, e agora tá começando a ser sobre mim e sobre o que eu quero fazer. Tá entendendo?

- Não, não tô entendendo.

- Claro que não tá entendendo, você só entende o que diz respeito a você. Egocêntrico, egoísta. Eu quero pensar mais em mim, sabe? Aprendi muita coisa nos últimos tempos e quero explorar mais isso.

- Sem mim?

- É, sem você. Eu não tenho o direito de machucar a minha filha só porque tô emocionado com o sexo à essa altura da minha vida, garoto. E você... Você é... – as palavras não saíram.

- Bonitinho. – ele completou, fechou a cara, abaixou a cabeça e se vestiu.

- É... Mas bem ordinário, eu já sabia disso. Acabou, moleque, e o último a sair tem que apagar a luz.

Silêncio. O tempo parou. Ou, na verdade, ele sempre esteve parado e só agora voltou a andar? Quem vai saber? Antes de sair pela porta, o Ronald virou pra mim e me olhou com o semblante de cão sem dono, parado um tempo, sem reação e meio que sem rumo. Meu coração apertou, mas uma coisa era uma coisa e outra coisa era outra coisa. E todas as coisas estavam bem assentadas e separadas na minha mente e no meu peito, por isso me mover era preciso. Não tinha possibilidade de movimento se não me desprendesse de alguns vínculos, então mexi os braços, as pernas e me libertei, soltei das amarras que prendiam minha sexualidade até então. O pivetão saliente e marrento, pipeiro e rueiro nato de Bonsucesso, apagou a luz do escritório, saiu, fechou a porta e me deixou sozinho. Mas não pense você que eu fiquei no escuro, não mesmo. Dei passos largos até o interruptor, acendi a luz e essa luminosidade foi diferente, foi metafórica. Eu não simplesmente acordei, eu despertei. Tranquei a porta sem saber que passaria muitos meses da minha vida sem ver o Ronald e o Noronha outra vez. Também foi a última vez que dormi exausto e moído no sofá depois do banho. E o detalhe: ainda sentindo a gala quente queimando a carne por dentro e me relembrando dos deliciosos prazeres pecaminosos dos homens fáceis e vadios.

- Você tinha razão, Gabriel. – falei comigo mesmo, pensando alto antes de pegar no sono. – Se eu sou o protagonista da minha vida, só eu posso dizer o que fazer dela. Um passo de cada vez... E coragem, muita coragem.

CAPÍTULO 8: POR UMA VIDA NOVA

- Hmmmmm, que sono da porra! – despreguicei o corpo, me estiquei todo na cama de casal e bocejei profundamente, na intenção de despertar e ficar acordado. – Ffffff, deu pra descansar um pouco, pelo menos, mas ainda tô cansado.

- Então vê se volta cedo hoje pra descansar, que tal? – de conchinha comigo, a voz masculina falou atrás da minha orelha e me mordeu. – Bom dia, gostoso!

- Bom dia, delícia. Dormiu bem? – dei-lhe um beijo nos lábios.

- Tem como dormir mal do seu lado? É sempre bom.

- Ah, para de bobeira, você tá é apaixonadinho, heheheeheh! – brinquei.

- Hmm, tô mesmo, não é novidade. Pelo menos agora a vida tá bem melhor, concorda? Olha a diferença.

- É. – pensei por alguns segundos, ainda deitado e abraçado com o rapaz. – Muita coisa mudou em três meses, né, Gabriel?

- E vai continuar mudando, senhor.

- O que não muda mesmo é essa sua mania de me chamar de senhor, ein? Que saco.

- Para, chefe, que eu sei que o “senhor”... – fez questão de frisar. – Gosta quando eu chamo assim.

O safado mordeu minha bochecha quando terminou de dizer.

- Hehehehe, claro que gosto. Quem é que não gosta?

A gente se abraçou e ficou um tempinho assim colado, se curtindo na maior intimidade. De fato, tudo mudou em três meses. E sim, ainda ia continuar mudando, assim como outras coisas continuaram do mesmo jeito ou apenas mudaram de cara. A vida tem dessas transformações, não tem?

- Vou precisar ir lá na antiga casa pra pegar uns documentos do divórcio. – falei pro Gabriel.

- Lá onde sua ex-mulher tá morando?

- Sim. Mas prometo que não demoro, volto antes do almoço pra comer com você. Combinado?

- Combinado. – ele me deu um beijo.

Fui pro banheiro me arrumar, tomei banho, escovei os dentes e não consegui parar de assobiar uma música enquanto me preparava pra sair de Itaguaí. Três meses morando no meu próprio hotel, que foi a única coisa que fiz questão de manter após o fim do casamento. Cheguei no Centro por volta das 9h, não vi o carro da ex-mulher na garagem e deduzi que ela não estava em casa. Três meses que eu quase não aparecia no lugar onde morei com a nossa família durante toda a minha vida, e que agora pertencia tão somente à minha ex-esposa e também ao...

- Opa, corninho! Tu por aqui? De bobeira na minha casa, é? Hehehehe, quem diria.

Noronha apareceu na porta, cruzou os braços, mexeu na peça gorda solta no short e riu em deboche da minha cara. Alisou a barba, depois a careca e continuou rindo.

- O que mandas? – perguntou.

- Vim pegar uns documentos do divórcio. Por acaso ela tá aí ou deixou alguma coisa com você?

- É, deixou sim. Mas... – o grandalhão demorou um pouco. – Tu vai ter que entrar aí pra pegar, porque eu não sei onde tá, não. Sabe como é, né, minha casa é muito grande. Hehehehehehe!

Respirei fundo, olhei pros lados e pensei bem no que fazer. O titã aproveitou minha indecisão, se aproximou de mim e pesou a mãozorra num dos meus ombros, me inclinando com facilidade a aceitar a proposta de entrar pra procurar meus documentos.

- Tudo bem, eu entro.

- Claro que entra. Sinta-se em casa, patrão. Hehehehehe! Fica à vontade, a casa é como se fosse tua.

As piadas não pararam, eu quis não demorar e fui mexer na estante da sala, buscando por qualquer envelope que se parecesse com a documentação pela qual estava procurando.

- Vem cá, cadê a minha filha? – perguntei, enquanto segui a busca.

- A mais nova?

- É.

- Ela tá passando um tempo com a irmã em São Paulo. E te falar, coroa, ouvi uns papos de que ela também vai morar lá, já arranjou até namorada.

- Quê!? – quase dei um pulo pra trás. – Sério!? Ela tá em SP e nem me falou?

- Bom, tu tá um pouco distante, né... Enfim, foda. Questões aí de vocês que são família.

- Não, tudo bem. Bom você ter me falado, fico feliz. De repente ela precisa de tempo, é isso.

- Vai ver é isso mesmo.

Noronha sentou no mesmo sofá onde eu vi jogos do Vasco da Gama durante incontáveis noites, depois abriu as pernas e coçou o sacão na cara de pau, nem aí pra mim. Ligou a TV, fingiu que tava assistindo qualquer coisa, mas não tirou a mão de jeito nenhum do volume da jeba pesada e torta deformando o tecido do short.

- A Alexandra eu sei que tá bem. Fazendo três cursos, um de idioma. – falei.

- Tá ela e o... Como eu falo? Genro? Ou ex-macho? Hehehehehehe!

- Para de graça, ridículo. Meu genro e só isso, ou você esqueceu que eu joguei vocês dois na rua?

Silêncio. Continuei procurando o documento, perdi um pouco da atenção ao redor e não percebi quando o colosso estacionou atrás de mim, se preparou pra pegar no meu braço, porém segurou a onda e só ficou me olhando.

- Que foi? – fiquei curioso. – Perdeu alguma coisa comigo?

- Quero te comer.

- É o quê!? Tá maluco, Noronha?

- Foda-se, eu quero te comer. Tá a fim? Tem ninguém em casa, minha mulher só volta de noite. Hehehehehe! Tu sabe bem a rotina da tua ex, não se faz de difícil.

- Você só pode tá brincando comigo. Era o amante da minha ex-mulher e agora tá querendo ser o meu amante, sério isso?

- Ué, que mal tem? Se tu quiser, eu quero.

- Na boa, Noronha, você tá fora de si.

- Tô, tô maluquinho, porra! Por isso que eu tô aqui querendo te enrabar. – fez o pedido e encostou com o espeto em plena ereção na minha bunda. – Abre a porta pra mim, vai? Mó saudade de tu, patrão.

Pensei duas, três, quatro vezes no que fazer. O erro foi não ter pensado na quinta vez, porque o cuzinho pegou fogo, perdi o controle e logo me vi cometendo os mesmos vacilos de antes, mas agora de novos jeitos. Quando o negão saliente meteu a mão na minha bunda, apertou e viu que eu tava a fim, deu um sorrisão e não resistiu em me provocar.

- Sabia que tu ia deixar, hehehehee!

- Ah, cala a boca, sem vergonha! – mandei. – Vem chupar o meu cu, vem?

- Agora mesmo, viado!

O filho da puta beijou meu pescoço, rolou a barba no meu ombro e me deixou arrepiado e vibrando de tesão dos pés à cabeça, em poucos segundos de reencontro. Eram três meses distantes, afinal de contas, então havia todo um resgate de sensações e de tensões sexuais exaladas entre nós. Até beijo na boca o grandão me deu e aí sim fiquei nervoso.

          - O que você pensa que tá fazendo!? – me assustei.

- Qual foi? Aquele pirralho não te beijava, é, patrão? Comigo tem essa não, rapá, é beijo na boca, tapa na cara e linguada no cu. Amor selvagem, já ouviu falar? Tô aqui é pra te namorar, vou ficar só melando cueca contigo não.

Disse isso, meteu o beijão na minha boca, entrou com a língua, me deixou nu no meio do processo e depois cumpriu com o que falou, me dando um banho com surra de linguadas no cuzão peludo e piscante. Dei o cu pro Noronha sentando em seu caralho escuro e massudo, me desfazendo e suando no colo dele na base das cavalgadas bem casadas, remexidas e reboladas, escoradas nas coxas grossas do ogrão. Ele me pegou de jeito no sofá, matou as saudades, mordeu meu pescoço e me mostrou seu lado não-egoísta, focado em me dar mais prazer do que me marretar em piroca.

- Não falei que tu não tinha como se cansar da minha vara? Ssssss! – murmurou no pé do meu ouvido. – Te avisei que ainda tinha muito leite pra socar no teu rabo, não avisei? Meu ex-corninho, ooorrssss!

- Seu desgraçado do caralho, é viciado em cu mesmo, né? Ainnfffff!

- Arrrffff, claro que sou! Sssss! Toma no cu, toma? Vai sair larguinho, sacana! Hmmmfff!

          Fui embora da antiga casa no começo da tarde, por volta do meio dia, depois de ter dado o lombo pro Noronha e também de ter achado os documentos que fui lá buscar. Voltei pro hotel em Itaguaí, almocei com o Gabriel e ele logo se deu conta da minha cara de sem graça após ter transado com um brutamontes no sofá da casa da minha ex-mulher.

          - Aprontou, né? – brincou comigo.

          - Você sempre sabe se eu mentir, prefiro contar a verdade.

          - Hmmm, relaxa. Acho que o senhor tem trabalhado muito, chefe. Mais do que o normal. – o gostoso encheu um corpo de whisky e me deu. – Vai descansar e deixa que hoje eu cuido da administração do hotel.

          - Como sempre, você empenhado em cuidar de mim.

          - Sabe que logo menos eu vou querer uma horas na suíte presidencial, não sabe? E não vai ser a sós, vai ser com... Você. – riu.

          - Finalmente esqueceu essa ideia de senhor, ein? – eu também achei graça.

          - Tô começando a me adaptar. Mas nada vai mudar, chefe.

          - Tudo bem. É bom que a gente mantenha o respeito no ambiente de trabalho, até por conta dos outros.

          - Sim, eu concordo.

          A gente se despediu com um beijo, peguei o elevador e fui pro andar do meu quarto, onde estive dormindo pelas últimas semanas. Não parei ali, em vez disso mudei de caminho e fui pra mesma suíte presidencial onde passei boas horas com o Ronald meses atrás. Botei as digitais na porta, entrei, fechei, observei o espaço e fui na direção da cama, sendo amortecido pelas lembranças, memórias e nostalgias comendo meu corpo nesse momento. Deitei no colchão, pensei em cochilar e acabei pegando no sono profundamente, perdendo totalmente a noção do tempo e do espaço. Acordei muitas horas depois, no escuro absoluto e sem lembrar exatamente de onde estava. Acendi as luzes da suíte na base das palmas apressadas, o ambiente ficou iluminado e eu me vi ali do mesmo jeito de antes, sozinho e aproveitando o silêncio absoluto do lugar. Pensei em levantar, senti o estômago roncando alto e a fome me atordoou. Foi aí que o celular começou a tocar, eu corri até à mesa pra ver de quem se tratava e me deparei com um número desconhecido e sem localização aparente, algo que o sistema do aparelho logo reconheceu como possível spam.

          - Aff, era só o que me faltava! Essa gente de dentro do presídio me mandando trote à essa hora. – reclamei comigo mesmo. – Será que não tem mais o que fazer?

          Mais pela curiosidade, passei o dedo na tela, aceitei a chamada e pus o telefone no ouvido.

          - Alô? – chamei. – Quem é?

          - Coé, minha puta? Tá pensando que só porque eu tô em Sampa não vou ficar na tua cola, é, meu viado? Heheehehehe! – o risinho cínico e debochado de sempre atravessou meus ouvidos e arrepiou minha pele. – Bateu mó saudade de tu, de ouvir essa voz de boqueteiro guloso que tu tem. Como é que tá aí no Rio, sentindo muito a minha falta?

          O peito queimou na mesma hora. Minha mente esquentou, pensei em todos os esporros possíveis e não poupei o moleque.

          - Seu pivete abusado e marrento... Me esquece, vai? Tem pelo menos um mês inteiro que você tá dando perdido na Alexandra pra ficar me ligando de número desconhecido, sério isso?

- Eu te avisei que tu ia comer na minha mão, não avisei? Que tu ia ser meu e só meu. Agora que tá solteiro tá pensando que tá de asinha solta, é? Negativo, puta, tu é minha, fui eu que te comi, tá lembrado?

- Aff, de novo esse jeito escroto de falar comigo! Você é um folgado, foi por isso que te mandei pra São Paulo. Chega disso, vou desligar.

- Que isso, meu viado! Vai tratar teu moleque desse jeito, tem certeza?

- Absoluta, você não merece um segundo de atenção.

- Por que não, posso saber?

- Porque você é do tipo que quando a gente vê, já tá dentro. O mais perigoso que existe. Vou desligar, já avisei.

- Poxa, meu putinho... Tô com a piroca latejando aqui na mão pensando em tudo que a gente fez, saco chega tá pesadaço. Vai me deixar assim mesmo? Sabe que o culpado de eu tá assim é tu, pô...

- Ronald, eu não aguento mais você. – falei, mantendo o tom bem firme.

Respondi uma coisa, porém não nego que o cuzinho até piscou na emoção, pondo um pouco da minha raiva de lado e trazendo preocupação, já que se tratava do namorado da minha filha mais velha no fim das contas. Foi justamente por conta desse comportamento inconsequente, altamente sexual e possessivo que optei por me afastar e também afastá-lo de mim, então não tinha porquê procurar reaproximação àquela altura do jogo. Só que foi difícil resistir, sobretudo devido à saudade.

- Bora desenrolar isso, vai? – o flamenguista insistiu.

- Já disse que não. Desliga logo essa merda e volta a dormir, chega.

- Só nós dois, vamo? Tô a fim de te sentir por dentro, meu puto... Sssss!

- Ronald...

- Sei que tu gosta, sogrão.

- Vou desligar.

- Espera. Faz só uma coisa pra mim antes.

- O que você quer, seu sem vergonha?

- Abre a porta aqui pra eu entrar, vai?

- Hahahahahaa! Para de sem vergonhice e vai dormir, vai? Eu tenho um trabalho pra tocar, não tenho a sua vida em São Paulo. Uma hora dessas e você me ligando de número desconhecido, tem que ser muito cara de pau mesmo!

Quando me preparei pra tocar na tela do celular e desligar a chamada, eis que três batidas lentas e precisas ecoaram da porta da suíte presidencial onde eu estava, cobrando toda a atenção que eu tinha pra dar. O coração quase saiu pela boca, bateu um nervosismo repentino e me faltou ar, assim como as palavras pra responder.

- Abre, sogro. Me deixa sozinho aqui não. – o moleque continuou falando no telefone.

Totalmente paralisado, foi como fiquei.

- Garoto... Se eu abrir essa porra... – balbuciei. – Se eu abrir essa porta e der de frente contigo... Vou me estressar, tô falando muito sério. Vai dar merda, Ronald, você trata de me escutar.

- Só abre e deixa eu entrar, vai? Tô com saudade.

Trêmulo, caminhei até à porta, inseri as impressões digitais na trava e abri o quarto. A luz que entrou pela fresta me permitiu ver tudo e mais um pouco. A mão apoiada na parede, o corpão numa pose de espera ingrata e o sorriso sacana inigualável no rosto agora barbudo. Sim, cheio da barba escura em volta do queixo, nas costeletas e também no bigode, agora grosso sobre o beiço. O cabelo preto todo penteado pro lado, uma mão pra dentro do bolso e o jeito possessivo e faminto de me olhar, de me observar sem saber como não pôr as mãos em mim e brincar. O sujeito da pele parda, do comportamento abusado e que era meu genro, diretamente de São Paulo pra porta da minha suíte no Rio de Janeiro. Não era mais um pivetão rueiro, mas sim um homem feito e em desenvolvimento pleno, isso depois de um trimestre inteiro sem dar as caras.

- Tu esqueceu do que eu te disse naquele dia? – perguntou.

- O que você me disse, seu inconsequente?

- Que eu tava amarradão na tua. Ainda tô. E aí, qual vai ser? Vai me deixar entrar ou não?

- Ronald...

Respirei fundo outra vez.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Uma história sobre a famosa lenda do tio pagão, aquele viado que normalmente é chamado de padrinho ou de tio pelos moleques mais velhos do bairro, justamente os mais rueiros e soltos. Quando chegam nos 18 anos e descobrem o mundo desses coroas com moral pra dar e dinheiro pra investir, os caras só querem saber de mimo: é pisante de grife no pé, relojão de prata no pulso, trajado com roupa de marca no corpo, perfume do bom, a carteira recheada da mesada e o sexo à disposição do tio pagão. Famosa relação “sugar”, aqui permeada pela temática de dominação, submissão, objetificação e idolatria.

+ HISTÓRIA BÔNUS: RENATINHO

          Bom, o que eu poderia dizer do Renato? Acho que posso começar descrevendo o safado fisicamente: a pele branca, mas não branquela e sim meio dourada do sol; o cabelo curto, disfarçado nas laterais e com reflexo loiro; uma das sobrancelhas riscadas na ponta; poucas espinhas na testa; 1,80m; o corpo magrinho e definido, desses com poucos gominhos do tanquinho aparecendo no tórax, descidinha na cintura, as coxas torneadas do futebol, bem peludas, as pernas levemente arcadas e um sorriso que ressalta ainda mais a cara de lerdão e o jeito de bobão. Mas é bom que ninguém se engane, porque o Renato é um moleque como qualquer outro do meu bairro e todos eles já estão em seus 18, 19 anos de idade. Esses putos bebem, fumam, jogam bola, alguns já trabalham, transam, outros começando a ter seus primeiros filhos e descobrindo a vida adulta, ou seja, ninguém é tão bobinho e lerdo de verdade, é só no jeito de se comportar ou na aparência mesmo. Também tem aqueles que são mais vadios, os à toa que não fazem nada pra ninguém e passam o dia todo na vida fácil. Aqui só tem moleque saliente, com jeito de bobinho e fome de macho safado. Enfim, não tô aqui pra falar dos caras do meu bairro no geral, tô aqui pra falar especificamente do Renato e do que esse gostoso acabou se tornando pra mim. Nós temos a mesma idade, ele mora pouquíssimas casas depois da minha, porém nunca tivemos nenhum contato ou aproximação. Acho que a única coisa que sabemos que temos em comum é que ele é primo da minha amiga, a Rafaelle, mas mesmo assim eles dois não são amigos, apesar de terem alguma pouca convivência familiar. Eu comecei a ter olhos pro Renato logo que me mudei pra casa onde moro e passei a vê-lo andando pra cima e pra baixo aqui na rua, sempre fazendo alguma coisa pra alguém. Ele é desses novinhos que não têm bem uma ocupação e que fazem de tudo um pouco, desde entregas pro pessoal da farmácia do bairro nos dias de semana até lavar os carros dos vizinhos aos sábados e domingos. Apesar da cara de bobalhão e do sorriso cínico, pode-se dizer que o moleque é sagaz e sabe se virar, nunca ficando sem um tostão no bolso pra tomar uma cervejinha ou fumar seu cigarro de sempre. Pois bem.

          Eis que de uns meses pra cá eu simplesmente parei de ver Renato por aí. Até pensei que fosse impressão minha, por conta do excesso de provas no curso e também do trabalho no shopping pesando pra mim, só que não, o safado realmente parou de dar as caras aqui na rua e me fez pensar que alguma coisa séria poderia ter acontecido. Enfim, as semanas foram passando e as fofoqueiras e os coroas faladores da rua começaram a dizer que Renato estava indo de mal a pior: se envolveu com o pessoal da favelinha, afundou a cara em álcool, mulheres e maconha, depois fez dívida na boca de fumo e por isso teve que sumir para não ser morto pelos traficantes do morrinho que havia no bairro. Essa fofoca me deixou bastante preocupado, mesmo não convivendo muito com o moleque, e foi justamente essa preocupação que acabou aproximando a gente de um jeito absolutamente inesperado e aleatório. Eu tava no portão de casa esperando o entregador chegar com meu lanche, isso por volta da meia noite, e meus pais já dormiam no quarto deles, foi quando escutei barulho de passos apressados, olhei pro lado e vi o Renato caminhando na minha direção. De olhos pequenos, vermelhos e sem piscar, ele parou assim que me viu, abriu o sorrisão largo e esticou a mão no alto pra me cumprimentar.

          - Porra, irmão, não falei que eu vinha te ver?! Que saudade, maluco!

          Sem entender nada daquele comportamento, fiquei travado e não soube o que fazer. Notei o safado suando bastante, percebi ele um pouco nervoso e só então me dei conta da viatura da polícia passando apagada atrás dele, foi aí que entendi o contexto e entrei na mesma dança.

          - Caramba, você veio mesmo, ein, Renato? Achei que fosse mentira, mano!

          - Eu não dei o papo que vinha? Brotei, pô! E aí, o pessoal já ralou?

          - Já, já, tem um bom tempo. A Rafaelle também tava aqui, perguntou de você.

          - Caralho, mó tempão que não vejo a Rafa, irmão! Como é que ela tá?

          - Tá bem, tá bem. Com namorado novo, já conheceu?

          - Não, ainda não. Pô, bora marcar de... – o pilantra disfarçou, olhou pro lado de rabo de olho e viu a viatura passando direto pro fim da nossa rua. – Puta que pariu! Tu viu isso agora?!

          - Se eu vi? Tô até nervoso por você, sem brincadeira! – botei a mão no peito acelerado e ri de pânico. – O que você fez com eles?

          - Nada. Mas...

          - Mas...

          - Tô fumando umas paradas aí, né... – meteu a mão no bolso e me mostrou o cigarro grosso de maconha. – Como é que eu vou pra casa assim? Esses cuzão devem tá me esperando logo na virada da esquina, tô fodido.

          - Cacete, garoto! E agora?

- E agora fodeu, porra! Tô fodido. Pior que se eu voltar pra favela eles vão me seguir antes de chegar lá. Tô fodido, fodidaço.

- Hmmmm. E se... Quer esperar um tempo aqui, pra ver se eles cansam e vão embora?

- Tem caô pra tu não, irmão?

- Não, não, claro que não. Eu tô esperando um lanche, tem problema nenhum.

- Tem certeza?

- Claro, pô!

Foi eu acabar de falar e o motoqueiro chegou com a minha entrega. Recebi, paguei pela comida, entrei pro quintal e deixei o portão aberto pro Renato entrar, mas ele não quis e me fez insistir.

- Anda, maluco, entra aí.

- Não vai ficar ruim pra tu, mermão?

- Já te disse que não, porra. Se desse eu não teria chamado, né? Entra.

- Tá, beleza. – aí ele parou de fazer o tímido, cruzou os braços meio acuado e foi entrando. – Licença, parceiro.

- Toda. Entra aí.

- Eu posso ficar aqui na varanda, tem terror não. É só o tempo dos canas meterem o pé.

Tive que pensar em alguma maneira de fazê-lo entrar e confesso que não tive qualquer dificuldade nisso. Minha mente pareceu já ter tudo arquitetado, passo a passo, incluindo o fato dos meus pais terem o sono pesado.

- Tem certeza? Tem um quintal lá nos fundos que ninguém vai, dá pra você fumar seu baseado de boa sem a polícia te pegar na rua. – tive que esconder minhas más intenções com o Renato quando falei isso. – Tá a fim?

- Caralho, caô!? – ele não acreditou, até arregalou os olhos vermelhos e pequenos de moleque chapado. – Papo reto, cria?

- Sério. Bora lá?

- Mas e teus coroas?

- À essa hora eles já tão no quinto sono. Eu fecho a porta do corredor e não tem erro, ninguém vai sentir nem o cheiro da marola, pode ficar tranquilo.

- Porra, se não for pegar mal pra tu, tô dentro! Mas tu vai fumar comigo, já é?

- Nada, tô de boas. Eu gosto só do cheiro mesmo, não sou de fumar. – respondi e fui pra sala, sendo seguido pelo Renato.

Ele entrou junto comigo, fomos à cozinha e deixei meu lanche guardado dentro do micro-ondas. Levei o gostoso até o quintal dos fundos, em seguida retornei sozinho até à sala e fui na porta do quarto dos meus pais só por precaução, para ter a certeza de que ambos estavam dormindo. Não deu outra, os dois roncando alto e em sono profundo, o que me deixou seguro pra voltar ao quintal dos fundos e encontrar com o Renato acendendo o baseado grosso na boca. Chinelos de dedo nos pés, camiseta sem mangas pra deixar os braços de fora, um dos antebraços tatuados com um crucifixo e a bermuda de tactel estampada, estilo surfista.

          - Qual foi, tá olhando o quê? – ele quis saber. – Tu que disse que eu podia fumar daqui.

          - E pode, eu só tava... Pensando.

          - Ah, é? Pensando em quê? – tragou a fumaça branca, segurou um pouco e soltou no ar acima de nós.

          - Nas coisas. – menti. – Já pensou se a polícia te pega, cara?

          - Porra, nem brinca com isso, irmãozinho! Tu que me trouxe esse livramento, papo reto. Só percebi que eles tavam na minha cola quando dobrei a esquina. Ainda bem que te vi no portão, senão taria tomando tapa na cara uma hora dessas.

          - Sério que eles fazem isso?

          - Fazem! Zoam com a nossa cara, tomam a nossa maconha e depois vendem.

          - Mentira!?

          - Papo reto! Se fosse pó, eles teriam tomado de mim e cheirado, é porque é maconha, aí os canas não são muito fã.

          - Mas que filhos da puta!

          - É, é o Brasil. Foda...

          Ele falava, fumava, mostrava sua indignação e ao mesmo tempo ficava relaxado ali no quintal, podendo fazer a cabeça à vontade e sem a preocupação de ser pego. Até se encostou no parapeito de um murinho e continuou papeando comigo, nós dois sob a luz da mesma lua no céu noturno e eu toda hora de olho no volume entre as pernas do magrinho, torcendo pra ele coçar o saco e ficar dando pegadas na rola igual a todos os outros homens.

          - Mas me conta. O que é que você sente quando fuma isso daí? – tentei puxar assunto.

          - Eu?

          - É. Te dá o que, relaxamento? Calma? Foco?

          - Hmmm, mais ou menos por aí.

          Quanto mais ele fumava o baseado e soltava a fumaça no quintal, mais eu me sentia quente por dentro e muito focado na realidade da noite à nossa volta. Parecia que tudo confluía para que estivéssemos ali naquele momento, compartilhando da mesma energia e dos mesmos minutos na companhia inesperada um do outro. Devo dizer que não consegui tirar os olhos do corpo trabalhador e dourado do Renato, sobretudo da pica que ele não parou de apertar no short enquanto conversava comigo e fumava o cigarro de maconha.

          - Eu gosto porque aumenta os sentidos, tá ligado? – falou e tentou segurar a fumaça ao mesmo tempo, resultando num jeito de falar meio preso, pra dentro. – Fumar um alivia o estresse, anima, acalma. Gosto mais do que lasanha, irmão, sem caô.

          - Nossa, tudo isso? A maconha faz bastante coisa, então. Deve ser por isso que tem gente que usa como afrodisíaco, né? – tentei mudar um pouco o sentido da conversa.

          - Ainda tem isso. Fico galudão toda vez que eu fumo um, cria.

          - Sério!? Mentira!?

          - Muito sério. Quase sempre que eu fumo dou uma trepada depois, é de lei. Tu tá ligado que eu fico com a Ritinha lá do morro? A gente fode mais do que coelho, não sei como ela não engravidou ainda.

          - Que isso, garoto! Sério mesmo?

          - Sério, porra, tô te falando. É porque ela toma anticoncepcional, se não fosse por isso... Só gozadão, só leite dentro. Mas também só fodo assim com ela, pegou a visão? Minha fiel.

          - Entendi. Então é por isso que você anda sumido esses tempos.

          - É, mais ou menos por aí. Foi o chá de buceta da Ritinha, hahahahaha!

          - Tá certo, não tá errado, não.

          Enquanto a gente conversava, o magrinho não parou de fumar o baseado e de dar leves pegadas com a ponta dos dedos debaixo do saco, como se quisesse desamontoar as bolas que estavam uma por cima da outra. Tentei não olhar muito, mas admito que foi difícil, principalmente com a cara dele de chapado, os olhos vermelhos e pequenos me dando uma sensação de que alguma safadeza tinha que acontecer ali no quintal dos fundos. Esse hábito do Renato de coçar a piroca durou até o momento que o moleque não se aguentou mais e acabou me fazendo o pedido inesperado.

          - Qual é, tem banheiro aqui?

          - Ali naquela porta à esquerda, só seguir reto. – apontei e indiquei a direção.

          - Vou lá dar um mijão, já é?

          - Claro, vai lá. Fica à vontade.

          E assim ele foi, sem se desfazer do jeito meio largado e relaxado de andar, com os ombros pontudos suingando de um lado pro outro, meio malandreado. Não levou nem dois minutos pra mijar e eu ainda consegui ouvir o barulho do jato de mijão despencando da caceta e caindo direto na água do vaso sanitário. Parecia que cada detalhe da presença do Renato nos fundos da minha casa me deixava atônito, ansioso e muito excitado. Pra completar a situação, ele ainda fez questão de voltar do banheiro com o malote pesado e dançando no meio das pernas, bem marcado e com os pingos do mijo salientes no tecido úmido.

- Porra, valeu. – agradeceu e limpou a mão na própria roupa. – Tava apertadaço pra mijar.

- Ah, que isso. Não precisa agradecer, para de graça. – fui generoso.

Depois o puto sentou no beiral do murinho ao meu lado, acendeu novamente o baseado e voltamos a conversar, sendo que a partir daí eu não consegui mais ignorar o trombone roludo deformando o short e produzindo uma protuberância bizarra, gritante e mais do que chamativa. Dava pra ver exatamente a curvatura pesada do instrumento dele fazendo a curva na dobra do tecido e isso me fez suar bastante, principalmente quando o moleque começou a brincar de suspender a blusa e mostrar a descidinha marcada no quadril magro e definido.

- E vem cá, me conta umas histórias desse bairro aqui. – não contive minha curiosidade e apostei no fato dele estar fumadaço de maconha. – Você já comeu aquela tal de Stephanie?

Óbvio que a reação dele foi de graça, porém mesmo assim me respondeu.

- Stephanie, Stephanie... A da rua de trás? Uma alta, magra, loirinha, rabuda, que ficava com o Malvadão?

- Sim, minha ex-amiga. A de franja.

- É, Stephanie. Ela mesmo. Pra que tu quer saber se eu comi ela? Hahahahahaha.

O puto se empolgou com a minha pergunta e entrou na mesma energia que eu, dando cada vez mais sinais de uma possível excitação. O que dizer da trilha de pentelhos abaixo do umbigo e sumindo na estampa da cueca boxer, então? Fiquei louco, minha boca encheu de água, ainda mais com o gostoso toda hora pegando na marreta e deixando ela mais e mais marcada no pano da roupa enquanto conversávamos.

- Eu quero saber, porque... – fingi timidez. – Não sei bem como dizer isso sem parecer babaca, Renato.

- Dá o papo, pô. Não te acho babaca, não, tu me salvou de apanhar na cara hoje. Pode falar sem pena, mano.

- Tem certeza?

- Absoluta, irmão. Palavra de sujeito homem. – frisou. – Nada que tu diga vai me deixar puto depois do que tu fez por mim.

- Hmmmm, tudo bem. É que...

Meu coração até acelerou antes de fazer a pergunta. Senti nervoso, confesso, mas não voltei atrás na decisão de ficar íntimo com o meu vizinho molecão.

- Desembucha logo, porra! – o próprio pilantra insistiu. – Pra que tu quer saber se eu comi a Stephanie?

- Bom. Tá, vou contar. É que na época ela bem falou que você tem um rolão e eu nunca acreditei, sabe?

Quase travei na hora de falar. Assim que ouviu, o Renato deu um pulo do beiral onde estava sentado, cuspiu a fumaça densa da boca sem tragar e começou a tossir, rindo e pigarreando ao mesmo tempo.

- Hahahahahahahahahahaha! Caralho, maluco, tu não existe! Hahahahahaha, argh! Papo reto que ela disse isso de mim?

- Disse, só que eu nunca acreditei. É porque a Stephanie sempre se gabou de pegar os caras pirocudos aqui do bairro, nunca teve um que fosse pau pequeno, por isso que eu não acreditei quando ela contou. Mas por favor, não comenta nada disso com ela, tá? A gente nem é mais amigo, isso foi muito tempo atrás. É só uma curiosidade que eu tenho, nada de mais.

- Puta que pariu, quando que eu ia imaginar isso. Tu e Stephanie falando do tamanho da minha pica, tenho que rir. Hehehehehhe...

Entre os risos, ele recostou de volta no parapeito e continuou fumando, mantendo o silêncio duradouro entre nós. Fiquei com a maior sensação de que meu plano não deu certo, me senti insatisfeito, porém não soube como continuar a conversa sem parecer chato e insistente. Foi aí que o puto meteu a mão no volume do tacape por cima do short, apertou a caceta de leve e voltou a tragar o baseado, olhando pra mim com os olhos pequenos e bastante vermelhos.

- Quer dizer então que tu ficou curioso pra saber se minha rola é grande, moleque?

- Fiquei, muito. E tô curioso até agora, desculpa falar assim tão sincero.

- Não, tudo bem. Só acho engraçado, nunca esperei ouvir isso de outro cara.

- Nunca esperou? Sério?

- Sério, ué. Não ando por aí pensando se os caras tão olhando pro meu pau, entendeu?

- Ah, sim. É, tem sentido, eu também não ando por aí pensando nisso. Mas e aí, mata a minha curiosidade. Você tem ou não tem rola grande?

- Mano, é complicado falar disso. Eu acho normal, mas tuas amigas acham grande. Hehehehehe! Não me gabo, pra ser sincero. – ele falava, ria, fumava e pegava na pica a todo momento, me deixando louco de vontade de sentir o cheiro quente em seus dedos salgados. – Mas também não acho pequeno, tá ligado? Sei lá, pra mim é normal.

- Hmmm, entendi. Bom, mas será que você passaria no teste do calção? – provoquei.

- Teste do calção? – o Renato puxou mais fumaça do baseado, tapou as narinas com os dedos e segurou a respiração pra ficar mais chapado, falando com a voz carregada e pra dentro. – Que porra é essa?

- Ué, você nunca ouviu falar?

- Nunca, irmão. Dá o papo.

- É um teste famoso pra dizer se o homem é roludo ou não.

- Sério que existe isso?

- Claro, Renato! Porra, você é um cara que não sabe se tem rola grande e nunca fez o teste do calção, como assim?

- Tô te dando o papo, porra, nunca nem ouvi falar nessa parada. Como é que funciona? Fiquei curioso, hehehehehehe! – quanto mais o safado falava, mais pegava no trombone deformado no short.

- Tipo, é bem simples. A ideia é que o maluco roludo sempre fica com o pau marcando na roupa, então é só fazer o teste do calção pra confirmar se isso é verdade ou não.

- Hmmm, tô entendendo. Como é que confirma?

- Se a rola ficar marcada na roupa é porque tá confirmado, você passou no teste e tem rolão. Se não marcar não é roludo.

- Tá, tá, tô sacando tudo. Mas como é que faz esse teste?

- Pega assim pelo elástico do short, puxa pros lados e suspende. – gesticulei com as mãos em volta da cintura dele, tentando demonstrar sem tocá-lo. – Mais ou menos assim, tá vendo?

- Suspender? – o molecão pôs os dedos na borda do short e puxou um pouco pra cima. – Por aqui?

- Isso, agora pra fora e pra cima.

- Porra, tô entendendo é nada, heheehehheheh! – o Renato caiu na risada. – Tô é chapadão, isso sim.

- Pô, é facinho, cara. Por aqui, ó. – tentei indicar outra vez, sempre sem encostar nele.

- Ahn, faz aí pra mim. – ele pediu.

- Posso?

- Pode, me mostra. Tem caô não.

- É tipo assim, ó.

Com cuidado, segurei o elástico do short do meu vizinho com os dedos pelas laterais do quadril e suspendi, fazendo a roupa dele subir e o caralho subir junto. O peso da peça na vertical fez pressão pro calção descer e logo a tromba ficou torta e mais do que destacada no pano, revelando o quão bem dotado o gostoso do Renato era. Assim que percebeu o sentido por trás do teste do calção, o puto começou a rir. Fumou mais maconha, cruzou os braços na altura do peitoral e achou graça do elástico do short muito acima da cintura, marcando as dimensões de seu instrumento borrachudo sem a menor vergonha.

- Aí, não falei? Parabéns, senhor roludo, passou no teste do calção. Hahahahahaha!

- Caralho, irmão! Tu gosta mesmo dessas porra, né?

- Gosto, sou muito curioso.

- Tô vendo. Hehehehehe!

          Acabou, o estrago já tava feito dentro de mim. Senti muito tesão por estar frente a frente com a carrapeta do molecão evidente na roupa. Dava pra ver o contorno da cabeça, o peso dos culhões cheios de gala e até o formato da uretra em alto relevo no tecido, tudo isso enchendo minha boca de água e me deixando nervoso. Estávamos sozinhos no quintal dos fundos, só eu e meu vizinho, enquanto meus pais dormiam dentro de casa e a polícia possivelmente ainda tava à espreita do maconheiro nas ruas ao redor do quarteirão. Essas circunstâncias se somaram com o momento de intimidade e foi como se tudo me desse a certeza de que tínhamos que fazer uma putaria ali no quintal e na calada da noite, não tinha como deixar passar. Estava pensando nisso quando o Renato me pegou vidrado em seu cacete e riu.

          - Ainda tá olhando, é?

- Tô, tô imaginando a cor da sua rola e dos pentelhos. Essa pica é escura?

- O couro é, mas a cabeça é meio rosada.

- Aff, que foda! E os pentelhos, você deixa ou tira?

- Costumo tirar, mas tô um tempo sem. Tá na hora de aparar, olha só isso.

Sem mais nem menos, o puto abaixou a parte da frente do short e da cueca boxer e mostrou uma selva arrogante de pentelhos lisos, escuros e em fios grossos cobrindo o púbis magro, me fazendo perder a linha de vez.

- Puta que pariu, que delícia! – tive que admitir, principalmente com o cheiro do suor do maconheiro subindo da pentelhada.

- Qual foi, tu é viado?

- Sou. Tem problema?

- Não, pô, claro que não. Nada contra, tenho um primo que é assumido, desses afeminados, sabe?

- Ótimo, então você tá acostumado com viado. Bom que assim eu posso pedir uma coisa sem sentir culpa. Deixa eu ver sua rola?

          - Caralho, tu quer ver meu pau?! – o moleque tomou até um susto.

- Quero. Tô curioso pra ver o tamanho dessa rola desde quando a Stephanie comentou que era grande e eu não acreditei. Posso?

- Pô, mano... – ele hesitou por alguns segundos com o baseado aceso na mão. – Tá, eu deixo. Mas se liga, essa parada morre só entre a gente, tranquilo?

- Claro, relaxa. Entre nós, ninguém precisa saber. – concordei.

- Já é, então. Vê se tu acha grande.

O maconheiro deu um riso sincero e chapado, botou o cigarro de maconha preso na boca e usou as duas mãos pra descer o short até às coxas, revelando o tubo de caralho que ficava escondido na roupa. Tava molenga, em formato de penca e destacado do ventre, era saltado do púbis e em tom de pele mais escuro do que o resto do corpo do meu vizinho, somente com a ponta do cabeçote mijado e rosado pro lado de fora. A trilha de pentelhos abaixo do umbigo se transformava na mesma selva deliciosa que vi minutos atrás e todo o cenário da genitália batia exatamente com a descrição dada pelo próprio Renato antes: couro moreno, glande meio rosa e bastante pentelho no talo. E ele não era só roludo, o saco também era grande, pesado e dava pra ver as duas bolas bem portadas dentro dele, tão escuro quanto o resto da caralha.

- RENATINHO, MEU DEUS! Caralho, como é que uma coisa dessas é possível!? Tô assustado!

- Ah, qual é, para de graça, porra! Hahaahahahaha! Não te dei o papo que acho normal?

- NORMAL!? PORRA, VAI SE FODER! Normal não é nem metade disso, seu sem noção! Você é cego, é?

- Calma, viado! Ahahahahaha! Tá emocionado com o pirocão, é?

- Ah, seu filho da puta! Você sempre soube que é dotado, né? Aposto!

- Não sou de me gabar, te avisei. Hahahahahaha! Pra mim é normal, sem caô.

          Disse isso e ainda mexeu o quadril pros lados pra borracha grossa ricochetear de leve nas pernas. Mas o de leve ficou só na intenção, porque não tinha QUALQUER possibilidade mínima de haver leveza nos movimentos daquele pedaço grosso de picão moreno e borrachudo, pesado por natureza. Mesmo mole era massivo, grosso e aparentemente curto, não tão longo, porém com a maior cara de que alongava quando endurecia e ficava truculento. Uma veia espessa por cima do corpo da vara deu essa sensação, porque mesmo estando flácido o porrete era robusto.

          - Puta que pariu, Renatinho. A Rayssa tinha razão, você é o maior roludo!

          - Gostou? Hehehehehehe! – ele não parou de mover a cintura pros lados, estalando a borracha nas pernas e me hipnotizando.

          Não tive como controlar o tesão que estava sentindo, só consegui abaixar e ficar com o rosto na altura daquela trave grossa e veiúda que o maconheiro tinha no lugar do pau. A textura enrugada da pele do saco dominou minha mente, a boca encheu de água e quase babei diante do moleque. Sem pressa, estiquei a mão, encostei na bola esquerda dele e o puto deixou, voltando a fumar enquanto observava e sentia meus toques iniciais na saca gorda.

          - Não tem como não gostar de um pauzão desses, cara! Olha só pra isso, muito grosso.

          - Curtiu, né? Heheheheheeh!

          - Claro que curti. E você esse tempo todo falando que é normal, normal. Até parece!

          Dos culhões, eu fui pra jeba do safado e usei os dedos pra segurar seu couro espesso, moreno e recém mijado. Não quis assustá-lo, fiz movimentos lentos e tentei recuar o prepúcio pra expor a cabeça, até que o próprio Renato meteu a mão na piroca e botou o capacete de fora, fazendo o maior cheirão de pica subir entre nós.

          - Pô, foi mal. Desci a favela sem tomar banho, ainda nem fui pra casa.

          - Que nada, esse cheiro é a maior delícia que tem. – fiquei entorpecido, tão drogado quanto ele. – Testosterona pura, ainda mais com tanto pentelho em volta.

          A rola tava limpa e reluzente, só que suada e com o tempero exalando direto pras minhas narinas. Ele me deixou tocar sem problemas, então tentei segurar na palma da mão pra sentir o peso exagerado deixando minha pele salgada e pingada de mijão de moleque solto. Mexi com muita curiosidade e fui tocando cada parte do membro grosso, passando pelo freio, nas glândulas em volta da cabeça, nas veias, tudo isso enquanto sentia a retidão do porrete e a dimensão da chapuleta rosada, ligeiramente menor que o corpo da pica.

          - Cara, esse pau é muito grande. Que isso, inaceitável!

          - Sério mesmo que tu achou tão grande assim, viado?

          - Tá de sacanagem? É a maior rola que eu já vi até hoje, sem brincadeiras! Pode não ser tão grande de comprimento, mas é muito grossa, Renatinho. Né possível que você não concorde comigo.

          - Concordo, concordo. Mas é por isso que eu acho normal, porque compensa na grossura, tá ligado? As minas se amarram, heheheeheheh!

          - Tá explicado o porquê, né? Puta que pariu! – não consegui parar de elogiá-lo a todo instante. – E é toda bonita, toda bem feita. Essa pele do freio, o prepúcio, tudo é lindo nessa pica, garoto.

          - Que isso, tu curtiu mesmo, mano?

          - Porra, você nem imagina! Picão de adulto desses. Bem que dizem que todo magrinho é pirocudo, né verdade?

          - HHAAHAHAHAHA! – o safado caiu na pilha fácil, chapadinho. – Tu não existe, irmão. Me divirto contigo, sem caô. Hahahahaha!

          - Ué, mas não é verdade? Eu já escutei isso, de que todo magro é dotado. Tá aqui você que não me deixa mentir. Hehehehehehe!

          - Pior que não tenho nem como discordar, pô. Hahahahahaha!

A gente conversava e eu não parava de tocá-lo, de senti-lo, aos pouquinhos tentando masturbá-lo, só que era difícil devido à espessura violenta da própria ferramenta. O Renato nem parecia um molecão da minha idade, de 18 anos, parecia mesmo um macho adulto, experiente e já feito, julgando pelo tamanho e pela desenvoltura graúda e completa de seu membro avantajado. Nunca que aquele era o cacete de um simples molecote magrelo e de 18 anos, era inaceitável. Como eu não parava de olhar e nem de mexer na marreta dele, teve um momento que o puto olhou pra mim com semblante de maconheiro chapado e ficou me observando com bastante atenção.

- Tu tá manjando minha pica e pensando em quê, viado? – ele quis saber.

- Como é mesmo aquele funk, ein? Tô olhando pra ele agora e tô vendo uma anaconda? Heehehehehehe!

- É muito bom foder na onda, hahahahahaha! – completou.

- Isso, esse mesmo. Porra, uma anaconda de verdade! Eu não falei que devia ficar enorme quando endurecesse? Tá aí a prova.

- Ah, mas cresceu só um pouquinho também, não foi muito.

- Pouquinho, Renato!? Puta que pariu, garoto, deixa de ser generoso e fala a verdade! – cobrei.

E não tirei as mãos da ferramenta do meu vizinho, aproveitando todo o tempo e oportunidade que estava tendo naquele momento. Quanto mais eu mexia e manuseava a bigorna, mais ela ficava pesada, dura, ainda mais larga e maior do que já era. E o cheiro nos meus dedos, então? Só cresceu, junto com o calor e o tempero forte da testosterona do Renatinho indo longe, sobretudo dentro do meu nariz. Sim, eu conseguia sentir tanto o cheiro da maconha quanto o odor do pivetão, acho que por estar tão próximo e com as mãos na caralha morena dele.

- Caralho, olha só o tamanho que essa porra tá ficando!? – não escondi o susto. – Isso é uma arma, mano! Não para de crescer, puta merda!

- Também, tu não tira a mão da minha pica, não tem nem como ficar mole.

          - Sério que você é desses que fica durão à toa? – zoei.

          - À toa nada, deixa de ser safado.

          Papo vai, papo vem, a trolha ficou quase dura na palma da minha mão, ostentando o dobro do tamanho e da dimensão original. Mais um pouquinho e chegaria ao triplo, de tão emassada e grande que estava naquele instante. Apertei a cabeça rosada de leve, esfreguei o freio e senti as glândulas saborosas ao redor da chapeleta vibrante, tudo isso me causando a maior sensação de sede e também de fome, como se a boca soubesse exatamente com o que eu estava lidando. Quando dei por mim, já estava mais do que abaixado, tava praticamente com o rosto no meio das pernas do Renato, observando sua pochete por baixo e tentando equilibrar a curvatura grotesca da piroca apenas com o dedão e o indicador de uma mão.

          - Porra, sabia que eu tô com a boca cheia de água aqui? – fui sincero.

          - Tá, é?

          - Tô, morrendo de vontade de mamar. Posso?

          - Pô, eu nunca deixei um cara me mamar, tá ligado? Tenho até uns parceiros que deixam, mas eu mesmo nunca deixei.

- Tá, mas a minha pergunta não foi essa. Quero saber se eu posso mamar, não o que você já fez.

- Mas como eu vou dizer que sim se nunca fiz uma parada dessas antes, mano?

- Você não precisa fazer nada, só relaxar e deixar que eu faço. – alisei o tórax magro dele, passei os dedos nos pentelhos abaixo do umbigo e mal acreditei que estava mesmo tendo aquele tipo de acesso ao corpo delicioso do meu vizinho maconheiro.

- Porra, mas aí é foda. O que eu vou falar pra Ritinha depois?

- Não precisa falar nada, Renato. Fica só entre a gente, lembra? Não foi você que disse que fica galudão quando fuma um baseado? – mexi no saco dele e tentei suspender o peso dos culhões. – Tô bem sentindo essas bolas carregadas. Tá muito tempo sem foder?

- Pior que tô.

- Sério?! – foi difícil de acreditar.

- Sério. Tem uns dois meses que a Rita tá trampando em Teresópolis, a parada tá foda.

- Eita! Então quer dizer que o cara que disse que fode mais do que coelho não tem fodido tanto assim, é? Quem diria...

- A distância é uma merda, já tô um tempo sem comer. – o moleque desabafou. – Barriga tá vazia, sabe qual é?

- Aí, mais um motivo pra eu cair de boca na sua vara e te aliviar. Você tá carente, pesadão, fumado e galudo, imagina minha garganta calibrando a cabeça dessa rola?

-Porra, assim tu me quebra. Eu nunca fiz isso, viado, já te falei.

- Relaxa e confia em mim. Só encosta aí e deixa comigo, pode ser?

Meu vizinho pareceu meio nervoso com a situação e também pelo meu pedido, então tratei de tranquilizá-lo e mostrei que o que eu ia fazer era pra dar prazer e não para causar nervosismo ou estranheza. Era tão somente um boquete, nada de tão novo assim pro Renato, por isso não pensei duas vezes e o fiz ficar recostado no parapeito do murinho que havia no quintal dos fundos da minha casa. O cheiro da maconha indo longe, o gostoso fumando o baseado pela metade e me olhando com o semblante de preocupação, como se não soubesse exatamente o que esperar. Sedento, ajoelhei no meio das pernas meio arqueadas dele, olhei pra cima e vi a cara de chapado que o pilantra tava, com o trabuco dando pinotes na direção da minha face. A primeira coisa que fiz foi tocar com a ponta da língua no prepúcio dele e sentir o gosto salgado do mijão recente, sendo que a pilastra ficou ainda mais larga no meu rosto, eu não me aguentei e tentei engolir o máximo que pude, ficando com a cabeçota entre o céu da boca e a língua babada logo de primeira.

- Porra, tu não devia tá fazendo isso, viado. Te falei que ainda não tomei banho, minha rola deve tá com o cheiro do mijo, isso sim.

Mas eu não tava nem aí, queria era muito mais do que só metade da cobra dentro de mim, por isso recuei a garganta, abri a mandíbula com gosto e fui engatando mais e mais comprimento da jeba grossa do maconheiro dentro da minha boca, sentindo cada latejada e pulsada que explodia no corpo envergado da maçaneta. Era como se minha garganta se comunicasse com o tronco do Renato na base dos estanques, ambos dando pinotes e se querendo na minha saliva quente. Segurei o talo da piroca dele com a mão, arregacei o prepúcio e deixei a glande rosada bater no fundo da goela, exatamente do jeito que eu queria, só então olhei pra cima novamente e vi meu vizinho fazendo as primeiras caras e bocas em reação ao atrito da ponta da caceta com o fim da minha garganta pressurizada.

- Caralho, moleque, tu não tem nojo disso, não? – fez a pergunta com curiosidade e até então não soltou qualquer gemido ou deu sinal verbal de prazer. – Falei que meu pau tá suado e nem assim tu desiste de mamar, é? Puta que pariu, tem que gostar muito mesmo.

Os sentidos me deixaram em erupção. O olfato foi totalmente tomado pelo cheiro delicioso que a pentelhada do safado exalava diretamente nas minhas narinas coladas nas raízes, isso misturado ao odor da maconha espalhada no quintal dos fundos. Meu paladar tava temperado pelo sabor salgado de moleque que fuma baseado e fica galudão, com a bengala dando tremidas cavernosas durante as minhas sugadas caprichadas. Minha visão era exclusivamente da cintura arrogante e magra do Renatinho, eu cara a cara com a trilha de pelos que ele tinha debaixo do umbigo e lacrimejando de nervoso e também de tesão, sem deixar de olhar pra cima e analisar cada feição do rosto do caralhudo se deformando mediante minha sucção. Meu tato pertencia tanto à textura do saco peludo do pivetão, escorado no meu queixo, quanto às bolas sendo massageadas na minha mão enquanto eu mamava intenso. E o que dizer do suor escorrendo na testa durante a mamação profissional? E minha rola dura feito pedra dentro do short, com o cuzinho piscando à beça? Sem palavras. Foi do caralho, nunca fiz algo tão bom e escondido desse jeito.

- Mermão... – ele começou a frase e não terminou.

Faltava só um sentido: audição. Tudo que eu ouvia era o barulho da minha chupada massiva chegando no talo da verdura calibrada do Renato. Eu cheguei a abraça-lo pela cintura só pra me prender ainda mais na extensão da peça grossa do safado, e foi aí que ele finalmente completou os meus sentidos pra putaria e soltou o primeiro gemido sincero, entregue e intenso, em resposta ao meu boquete dedicado e sem qualquer nojo da pica dele.

- Hmmm, sssss! Caralho, viado... Orrrffffff, que isso, ein? Porra... Ssssss!

Esses sons foram melodia pros meus ouvidos. Todo bom boqueteiro sabe o quão deliciosa é a sensação de ouvir o macho aberto e à vontade só com o poder da nossa mamada. Por conta disso, parei de abraça-lo pelo ventre, desci as mãos em suas pernas e senti os pelos delas, fazendo o cheiro do suor ressecado do Renatinho subir mais forte entre nós. Aflito pelo meu capricho, o puto chegou a me segurar pelos ombros e teve que controlar o ritmo pra não acabar ficando à vontade demais no fundo da minha goela, só que eu queria muito mais e não parei com o ritmo de ida e vinda com a boca no caralho grosso, deixando o novinho maluco na profundidade do boquete.

- SSSSS, ORRFFFF! Calma, viado, assim tu vai me fazer gozar rápido, porra. Fffff!

Eu até queria responder e questionar o fato dele agora dar uma resposta dessas, mas pra isso teria que parar de chupar e essa era uma coisa que eu definitivamente não queria fazer. Mamar aquele moleque todo magrinho e definido enquanto massageava as bolas dele e alisava seus pentelhos foi absolutamente indescritível. O cenário do quintal dos fundos à noite, o cheiro da maconha, a fuga da polícia e o fato de estarmos escondidos dos meus pais dormindo, tudo isso me deixou muito excitado e dedicado na mamada, além de deixar o cuzinho piscando e de manter a boca cheia de saliva quente.

- Arrrrsssss, mermão, onde que tu aprendeu a chupar rola assim, ein? Hmmmffff, caralho, tá de parabéns! Ó, chego a tá suando, vai se foder! Sssss!

O Renato ficou relaxadão encostado no parapeito do murinho, fumando a metade final do baseado e mantendo a blusa suspensa pra me deixar livre nos cinquenta metros profundos de boquete olímpico. Mamar com a visão dos pentelhos dele era surreal, o que dizer então do cheiro do suor misturado com a maconha e também da pentelhada do moleque roçando nos meus lábios em volta do talo? Muito fogo, isso sim, eu tava suando e delirando de tesão e me senti orgulhoso de ficar com os joelhos no chão de cimento do quintal pro pirocudo chapado. Falando nisso, os olhos dele vermelhos e fechadinhos não paravam de revirar a todo instante, principalmente quando eu ia com a garganta na ponta da cabeça da pica, aí sim o puto delirava.

- Orrrrfffff, delícia! Tu é muito bom de mamada, tomar no cu! Sssss!

- Melhor que a Ritinha? – sim, eu parei de chupar só pra satisfazer meu ego de bom boqueteiro. – Fala a verdade.

- Só entre nós, vai contar pra ninguém?

- Ninguém, minha boca é um túmulo. Só entra piru, heheheehhhe!

- Aff, seu viado sem vergonha! Hahahahaha! Tu dá de dez a zero na minha fiel com essa mamada, digo sem medo.

- Isso que eu gosto de ouvir. – voltei a cair de boca no luxo, proporcionando ao novinho tudo que ele tinha direito.

- Ssssss, arrrfffff! Porra, que tesão do caralho, maluco, ffffff!

Sabe o que foi melhor? O Renatinho não era ganancioso, marrento e egoísta que nem os outros caras, bem o oposto disso, ele gostava do prazer e de me ver engolindo pica, por isso me deixou trabalhar e não ficou com aquela palhaçada de forçar minha cabeça ou me engasgar de propósito. Eu mesmo fazia isso na piroca envergada e grossa dele, mas pela minha livre e espontânea vontade, porque o molecote em si tava galudão, chapado e hipnotizado pelas coisas que eu podia fazer com a bigorna no fim da boca. Por falar em chapado, acho que foi isso, a maconha. De repente a onda do boldo fez ele só querer receber a mamada, pra combinar com o relaxamento e a sensação de leveza do boquete, por isso que me deixou trabalhar sem ficar interrompendo.

- Hmmmsssss, ooorffff! Isso que é bola gato, sem neurose, irmão! – ele chegou a ficar na ponta dos pés, o corpo todo empinado e a pele arrepiada de nervoso.

Os gemidos e reações físicas do Renato eram o que entregavam seu nível de prazer durante o sexo oral. No auge do fogo no cu, parei de mamar, bati com a pilastra dele na língua e o provoquei.

- Dá tapa na minha cara, dá? – pedi. – Me trata que nem cachorra, seu gostoso!

- Tu gosta disso, viado?

- Adoro, pode me dominar.

- Porra, eu não sou chegado nisso, não, comigo a parada é mais paz e amor, tá ligado?

Quando ele falou isso eu quase entrei em erupção. Além de gato e pirocudo, o Renato também era romântico até na hora da putaria nua e crua, combinando com o fato de ser maconheiro e me deixando ainda mais atraído depois disso.

- Tô ligado, mas eu quero tapa na cara. – insisti.

- Ah, quer tapa, cadela? Então vem cá que vou dar o que tu quer, sua puta. – ele entrou no embalo, bateu com o tronco na minha boca e me pôs pra engasgar, dando um tapa em cheio no meu rosto.

Senti a truculência enlatando a minha goela, os mamilos logo endureceram na roupa e eu fiquei em ponto de bala, doido pra ser atravessado em rola naquele momento. Totalmente engasgado na trolha envergada do meu vizinho maconheiro, enquanto ele fumava o baseado e realizava o meu desejo de ser domado por ele no meio do sexo oral. Só que a selvageria não durou muito, logo o Renatinho diminuiu o ritmo, começou a rir e fez o que jamais imaginei.

- Foi mal, viado, tava brincando! Hheheeheheh! Não dá, eu sou tranquilão mesmo. Pode mamar à vontade. Ssssss, isso, puto!

Pronto, Renato era pra casar mesmo. Pirocudo, maconheiro, muito fofo e à vontade pra me deixar suga-lo, o que mais eu poderia pedir? Realmente surgiu algo que não esperei que fosse surgir àquela altura, algo inédito e que me deixou empolgado.

- Arrrrsssss! Já que tu tá fazendo uma parada comigo que eu nunca fiz, vou fazer contigo uma parada que tu nunca fez. – o moleque esticou a mão pra mim e me ofereceu o baseado. – Fuma aí pra dar um gás na mamada, vai? Hehehehehee! Duvido.

- Não, eu nunca fumei maconha. Pode fumar, não me importo, mas eu não quero.

- E eu também nunca ganhei mamada de viado, mano. Bora logo, fuma comigo. Se eu consigo furar minha bolha, tu também consegue furar a tua.

- Aff, seu pilantra. Tá bom, mas só um pouco, tá?

- Beleza. Vai ficar que nem um japonesinho, hehehehehehe!

- Quero ver.

Peguei o cigarro de erva ainda aceso, botei na boca e dei duas puxadas fortes, meio sem saber o que fazer com a fumaça presa. Respirei fundo, segurei um pouco e a queimação me deu vontade de tossir, que foi o que fiz e acabei soltando a maior parte do fumacê branco e denso no ar noturno entre nós.

- Calma, tem que ir com calma. – ele tentou me ensinar.

- Não, chega. Pra mim já tá bom, eu já tô meio lento só com isso.

- Sério?

- Sério, sou fraco pra essas coisas. Olha só. – olhei pro meu braço e vi a pele arrepiada, como se eu pudesse sentir o ar passando através dos pelos. – Já tô mega concentrado aqui, isso sim. Hehehehehehhe!

- Caralho, tá até rindo à toa, hahahahahaha!

- Te falei, porra. A boca ficou até seca, puta merda! E agora, como que vou mamar?

- Ué, tu não é o mais pica? Quero ver! Hehehehehe!

Botei a mão em volta do talo grosso da peça, arregacei o couro e voltei a cair de boca no seco mesmo, até a língua começar a fazer saliva quente e lubrificante pra mamada novamente. Além do tesão e do pau duro, senti também um calor tomando conta do meu corpo e a cabeça muito leve, como se minha presença estivesse se espalhando no quintal. Muita sede, a boca sedenta e babando muito na piroca pra deixar lustrada, envernizada, polida, lapidada com o poder de sucção das mamadas.

- Sssss, caralho! Que delícia. Ficou até melhor depois que tu fumou, viado, sem caô. Hmmmmffff, isso, para não.

- Gmmmmf! – eu lotado de vara na goela, me engasgando com a extensão alongada que a caceta grossa adquiriu depois de ereta.

Chupei enquanto bati uma punha pra ele e outra pra mim, sem tirar a mão da caralha durante as sugadas na chapeleta da vareta. Também não me aguentei, desci a boca no saco e me dediquei em dar um mamadão em cada uma das batatas gordas que o molecote tinha no lugar dos ovos. O tamanho deles combinava com o da caceta em si e resultava numa dimensão bonita de se ver, satisfatória aos olhos de qualquer boqueteiro que se preze. Foi só nesses momentos que senti a mão do Renato por trás do meu crânio e escorando as sugadas, aí entendi o quanto ele se amarrava em mamada nos culhões.

- Ssssssss, puta que pariu, mano! Assim eu fico maluco, papo reto, fffff!

Como sempre, eu nem parei pra responder, só continuei calibrando a garganta, indo e vindo na giromba. As únicas vezes que parei de sugar foi pra voltar a chupar as bolas, pra cheirar a pentelhada do safado e esfregar a língua na cabeça da ferramenta, sentindo cada pulsada dada pelo pedaço de calabresa grossa. Também brinquei de bater a pica do meu vizinho na minha boca e ele ficou rindo da cena, fumando o baseadinho e se aliviando diretamente no poder dos meus lábios bem babados e quentes.

- Porra, tu mama bem pra caralho, viado! Que isso, tô perdidinho. Orrrr, sssss! Podia dar uma aula pra Ritinha de como se chupa um piru, sem neurose. Hehehehehe, ffffff! Isso, arrrffff.

Ele revirava os olhos, ficava na ponta dos pés e às vezes mexia com a cintura de leve pra frente e pra trás, como se quisesse dar conta de foder minha boca enquanto eu o mamava, tudo ao mesmo tempo e com a maior e mais deliciosa sincronia entre a gente. Mamei segurando o saco peludo e gordo dele na mão, mexendo com carinho nas bolas babadas, depois voltei a afundar o nariz nos pentelhos quando fui até o talo e escorei os culhões com o queixo, que mais pareceu um saco de pancadas da saca estufada do caralhudo.

          - Hmmmmff, que boquinha quente que tu tem, ein? Ssssss, isso, para não. Me deixa babadão, vai? Isso, caralho! Orrrfffff, que tesão da porra!

A coisa foi ficando intensa, ele não parou de gemer a partir daí e eu logo soube que estávamos entrando em um caminho sem volta. Até queria parar e dar o cu pro Renatinho no quintal dos fundos, mas o barulho da minha sucção se misturando com os gemidos sinceros dele ficou tão bom que eu não consegui mais parar de chupar. Cheguei a segurar nas pernas firmes dele enquanto levava estocada na garganta, engasguei várias vezes e isso só deixou o boquete mais envolvente, íntimo, saboroso de pagar. Quando ele ficou com o corpo reto, ganhou firmeza na postura, suspendeu os braços e só socou piroca até o talo, eu soube que o bicho ia pegar.

          - Arrrssss, caralho, irmãozinho, que isso! FFFFF!

          - Ghhmmmm! – lotado de ferrão e de saca pentelhuda, não consegui fazer outro barulho e passei a mão em seu corpo magro enquanto chupava.

          Tudo na mamada era bom. O cheiro, a piroca vibrando na minha língua, o gosto do mijão recente do moleque maconheiro, até o jeito tranquilão dele de não segurar na minha cabeça era instigante, porque demonstrou o quanto o novinho realmente não era tão acelerado e precipitado quanto os outros. Ele preferiu suspender os braços e pôr as mãos atrás da cabeça enquanto era mamado, em vez de travar minha nuca e dar tapa na minha cara, por exemplo, e devo admitir que achei esse comportamento ainda mais foguento, porque deu gosto de ver como era o lado sexual de um caralhudo maconheiro feito o Renato, mesmo ele sendo mais tranquilo.

          - Ssssss, aulas de boquete, ein, guloso? Caralho, eu perco a linha quando tu engole tudo, puta que pariu! Hmmmmff, isso, oorrrffff!

          Eu dizer que o gostoso era menos apressado não significa que ele era menos selvagem ou piranho em suas atitudes, não mesmo. As caras que o pivetão fazia quando eu engolia a estaca inteira, as levantadas de cabeça pra olhar pro céu escuro do quintal, as investidas lentas e concentradas com o quadril pra dentro da minha cara, até mesmo o excesso de suor escorrendo na testa do meu vizinho, tudo isso entregava o quanto o puto tava totalmente relaxado e suscetível ao meu paladar salgado e apurado em volta do tronco de rola dura e grossa atravessado na goela.

          - HMMM, SSSS! Porra, viado... – ele deu o primeiro e único aviso que teve tempo de dar.

          Não consegui parar de masturba-lo enquanto chupava a piroca grossa, indo e vindo na ferramenta com a maior vontade e disposição possíveis. O ritmo acelerou, ficamos praticamente engatados um no outro e senti a viga dando espasmos no fundo da minha goela, entrando em contato íntimo com a minha faringe. Os culhões gordos do novinho ficaram escorados no meu queixo, a pentelhada afundou em meu nariz e eu me perdi na minha própria punheta no meio da mamada. Até que ele descarrilhou dos trilhos, meio que abaixou o corpo e quase dobrou as pernas, sem sair com a vara da minha boca. Outra vez ficou na ponta dos pés, fechou os olhos e se contorceu todo, suando frio com a materialização do orgasmo intenso.

          - SSSSSS, ORRRFFFF! SSSSS, QUE ISSO, MANO!

          Aí pulsou, pulsou de novo e pulsou outra vez, trincando a linguiça em cada uma dessas latejadas. No terceiro arranque, a cobra ficou enjoada, enfezada e pesada, concentrou as presas e fincou veneno quente, pegajoso e cheiroso lá no fim da minha garganta, deixando minha boca com o maior e mais suculento gosto salgado, pra não falar da textura grudenta e viscosa das jatadas de sêmen.

          - Arrrrrsssss, ffffff! Porra, tu é boqueteiro de primeira mesmo, ein? Caralho, viado, tô todo suado só com uma mamada dessas, ó. Ssssss!

          Contei uns sete ou oito jatos carregados de mingau viscoso e de excelente qualidade, diretamente da saca gorda de batatas graúdas que meu vizinho tinha no meio da pernas. Tava mais do que confirmado que os magrinhos eram mesmo potentes, e olha que nem foi preciso dar o cu pro Renato pra saber disso. Enquanto ele terminava de gozar na minha boca, eu também finalizei a punheta e gozei no chão do quintal dos fundos, soltando gala no escuro e na surdina da noite. A sensação mais gostosa daquele momento foi terminar o boquete com a língua grudando devido à presença dos milhões de filhotes que o novinho cacetudo depositou na minha boca. O que dizer do catarrão de esperma que ficou preso na minha garganta? Pecaminosamente delicioso saber que era o suco das bolas do moleque que tava agarrado na minha goela, me fazendo pigarrear e ao mesmo tempo desfrutar da essência de testosterona pura que permaneceu dominando a boca por tanto tempo após a mamada no quintal.

          - Argh, que delícia de rola boa pra mamar, Renatinho. Tá de parabéns, viu? – elogiei.

          - Gostou, viado?

          - Pra caralho, matou minha sede.

          - Também, né? Comeu meu mingau todo, deixou nem uma gota. Hahahahahaha!

          - Te falei que eu tava sedento, pô. Hehehehehe! Ainda fumei maconha, tô chapado até agora.

          - Porra, mas caprichou na mamada, sem caô. Não sabia que viado mamava tão bem assim, não, papo reto. Meus parceiros vivem falando isso e eu nunca botei fé.

          - Agora que tá sabendo já vai poder voltar aqui várias vezes pra fumar de madrugada e ganhar mamada. Não passa mais fome, Renato.

          - Calma, sem pressa. Vamo devagar, mano.

          Enquanto ele falava e terminava de fumar a ponta do baseado, eu segurei a penca de rola meia bomba e analisei o estado grosso dela naquele instante pós gozada. Deixou de ser um pouco mais longa graças ao fim da ereção, porém a largura permaneceu praticamente a mesma, com as veias destacadas na parte de cima e a cabeçota rosada bem destacada do restante do corpo do caralho. Botei a mão no talo, vim espremendo no sentido da chapeleta e extraí o restante do leite gostoso e cheiroso que restou na uretra, tomando literalmente a última gota do sêmen do meu vizinho maconheiro.

          - Devagar é o caralho, eu quero é leite. – falei e ri.

          Ele também achou graça, em seguida matou o beck e deu um peteleco que arremessou a ponta do baseado por cima do muro, diretamente no quintal do vizinho.

          - Boqueteiro da porra, tu gosta é de mingau grosso, né? Tô sacando qual é a tua.

          - Ah, tá? – provoquei.

          - Tô, tu gosta é de pica. Vou te botar pra mamar todo dia depois que eu fumar um e ficar galudão, tamo combinado?

          - Perfeito. E fica sabendo que meu único arrependimento dessa noite foi não ter dado o cu pra você, seu safado.

          - Caralho, papo reto? Porra, viado, e pior que hoje eu tava galudo pensando na rabeta da Ritinha, puta merda! Se prepara que amanhã eu vou brotar aqui na mesma hora, já é?

          - Já é.

          Trocamos WhatsApp, ele subiu o short logo depois e eu não resisti em suspender o elástico da cintura da roupa do caralhudo, só pra fazer a vareta marcar no tecido mesmo depois de mole.

          - Teste do calção. Hehehehehehehe!

          - Gostou do pirocão? Hahahahahaha!

          - Mal posso esperar pra sentir dentro do cu, isso sim. – admiti.

          - Relaxa que amanhã eu tô aqui pra te comer. Pode dormir de estômago cheio e sabendo que esse cu é meu, viado. Vou fumar um e te botar pra sentar.

          - Aff, quero só ver.

          Suados, voltamos pra dentro de casa e eu fui na frente pra ter certeza de que meus pais estavam dormindo. Ouvi os roncos altos vindo do quarto deles, passei pelo corredor junto com o Renato e o levei até o portão de casa, onde nos despedimos formalmente e com um aperto de mão. Na cara dele dava pra ver o riso fácil combinando com o semblante de chapado, tudo por ter ganhado uma mamada profissional da minha boca sedenta e também da garganta foguenta. Fiquei da calçada vendo o novinho magrinho indo embora da minha casa todo leve, à vontade e confortável, fumadão de maconha e sem qualquer peso no saco. Antes de virar a esquina, ele olhou pra trás, riu pra mim e acenou de longe, mostrando novamente o sorrisão largo e sincero de quem ficou satisfeito com o fim de noite inesperado que recebeu. Ainda meteu a mão no volume da caralha no short e sacudiu pra mim, me fazendo rir também. Voltei pra dentro de casa com o tempero salgado das bolotas do Renatinho dominando minha boca.





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3 comentários:

  1. Boa noite, os personagens Digão e Clebinho aparecem em alguma outra história?

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  2. Eu acabei ler os contos e cara por favor.. kk qual foi o desfecho do reencontro deles? Eles se pegaram de novo? Ou finalmente se beijaram? Qualquer coisa!

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