domingo, 26 de setembro de 2021

bonitinho, mas ordinário [capítulo 2]

 



Minhas mentiras estavam ficando cada vez mais compulsórias, articuladas e complexas, confesso, mas era o único jeito de disfarçar pros meus funcionários a presença de um moleque folgado, marrento, vadio e saliente circulando pelos corredores do hotel sem pagar nada. Mesmo que ninguém ali fosse fofoqueiro, todo mundo sabia que eu era casado e que minha esposa às vezes aparecia pra ficar por dentro do que tava rolando, então procurei estar bastante precavido para que nenhum dos funcionários falasse da presença extrovertida e atraente do pivetão cruzando o saguão principal e se instalando numa das suítes presidenciais. Ninguém sabia da verdade, só eu e o...

- Ronald? – repeti comigo mesmo, parado no hall de entrada e observando o molecote chegando de mochila nas costas e a identidade na mão.

- Pode pá, coroa. Tu não me achou com cara de Ronald, não? RDzada, porra, sustenta! Hehehehehehe! – atrevido que só ele, o puto deu um tapa no meu ombro e mostrou o documento. – E aí, é hoje que eu broto da suíte presidencial mesmo ou tu tava só me gastando?

O jeito de falar, o comportamento abusado, folgado e marrento, o semblante de poucas ideias, apesar do sorriso fácil, todas as características exaltadas e marcantes me conquistaram fácil, mesmo com a cara de espanto dos meus funcionários ao me ver conversando com um flamenguista declarado.

- Não te dei a minha palavra, garoto? – lembrei. – Você vai ficar no meu melhor quarto, não se preocupa com isso.

- Porra, é assim que se fala, paizão! – sem medo, o malandro ainda jogou o braço por cima do meu ombro e me deu um beijo fraterno no pescoço, nem aí pra quem fosse ver nossa interação.

Pra me deixar numa situação ainda mais chamativa, Ronald fez questão de aparecer vestido com a camisa dez do Flamengo, além da calça de moletom, das sandálias slide nos pezões cobertos por meias e do bonezinho pra frente, meio que escondendo o rosto debochado e sorridente. Parecia até um MC de funk, um jogador de futebol chegando no aeroporto de mala pronta, todo tatuado, o cabelo descolorido e mascando um chiclete enquanto olhava na minha cara e esperava eu fazer seu check-in.

- Olha só, eu tô cumprindo com a minha palavra e preciso que você também cumpra com a sua, entendeu? Isso aqui não é só o meu trabalho, é a minha vida. Eu vivo por esse hotel, tudo que eu tenho vem dele. Fica dentro da suíte e não pisa na bolsa, escutou, Ronald?

Ao ouvir meu pedido, o sacana esticou os braços pro alto, olhou ao redor e começou a se despreguiçar, ficando na ponta dos dedões e levantando a parte baixa da camisa.

- Fica suave que não vai ter neurose nenhuma, velhote. Só brotei pra aproveitar o luxo, tô de boaça.

- Ótimo, então que continue assim.

Conforme ele se esticava, eu suava frio pra não manjar a genitália sobressaliente no moletom e os pentelhos curtos respirando o ar fresco do saguão. A boca encheu de água a partir daí, mas continuei firme pra não dar bandeira na frente da equipe de funcionários.

- Contanto que tu também cumpra o que prometeu.

- Prometi? Já não tô te trazendo aqui, garotão?

- Tá, pô. Mas eu disse que tu que vai me servir enquanto eu estiver hospedado aqui, tá lembrado? Tu disse que sim, coroa. Vai dar pra trás agora?

Aflito por alguém acabar escutando nosso papo, olhei em volta e por sorte não havia gente tão perto. Por conta do nervosismo, segurei Ronald pelo braço, ele encarou meu toque em seu corpo e não entendeu minha apreensão.

- Já pensou se alguém aqui começa a desconfiar de mim, seu moleque?! – sussurrei. – Fala baixo. Melhor, não fala nada dessas coisas enquanto a gente tiver fora do quarto.

- Ih, qual foi, velhote? Tilta não, pô, tá viajando? Solta, porra!

- Foi mal, tô meio preocupado.

- Já falei pra não tiltar que fica bem mais fácil pra tu.

Enquanto falávamos, eu terminei de preencher o cadastro do pivetão e reparei que ele tava sem o Rolex no pulso. Perguntei pelo relógio e, ao contrário do que imaginei, o safado até que se mostrou atencioso e detalhista.

- Tá maluco de alguém me ver com o teu Rolex no pulso, paizão? Surta não. – explicou. – Deixa que lá na suíte eu boto de novo, tem caô não.

- Ótimo. Então vamos.

- Terminou? Tá tudo certo, já posso pedir um espumante na hidro? Hehehehehe.

- Primeiro a gente sobe, depois faz isso. Vamo.

- Ô, ô, e isso daqui? – o pilantra apontou pras próprias costas, mostrou a mochila e aproveitou cada oportunidade de ser folgado às minhas custas. – Quem é que vai carregar minha mala?

- Seu moleque...

- Sssh. O hotel é teu e tu prometeu que ia me mimar, lembra? Hehehehehe. Bora, velhote, faz tua parte.

Mesmo um pouco puto pela ousadia dele, peguei a mochila pesada e o deixei confortável, só então fui andando até o elevador e o safado me acompanhou, andando ao meu lado, rindo à toa e achando graça de tudo. A mistura da raiva com a submissão intensificou ainda mais a excitação que eu sentia por dentro, principalmente depois de ver o macho flamenguista pisando com os pezões brutos no tapete persa do saguão e dos corredores do hotel. Isso pra não falar da euforia e também do receio agitando meu corpo, por medo de ser descoberto por algum funcionário, mas ao mesmo tempo curioso pelas coisas que o Ronald queria fazer entre quatro paredes. Desse jeito, envolvidos numa tensão do sexual com o desconhecido, chegamos no andar com os aposentos mais caros, paramos na porta e eu usei minhas impressões digitais para liberar a passagem.

- Puta que pariu, paizão! Sarneou muito, papo reto! Olha só o tamanho da moral que tu tá dando!? Anteontem eu tava soltando pipa na Leopoldo Bulhões, agora... – ele não se conteve com tudo que viu. – Caralho, eu tô no paraíso, sem neurose!

- Gostou? Fica à vontade, é tudo pra você.

- À vontade, é? – entre os risos, o abusado correu na direção da cama, arriscou um mortal e começou a fazer a maior bagunça no cenário que estava perfeitamente arrumado até então. – Hahahahaha, eu vou é me esbaldar nisso aqui, tem nem como!

- Hoje você é o meu hóspede VIP, garoto. Pode se sentir em casa e pedir o que quiser, qualquer coisa que tiver no menu.

- Papo reto? Olha que eu faço isso bem, ein? Hehehehehe! Vou pedir logo o prato mais caro no cardápio, tu tá ligado, coroa? – disse isso e manjou descaradamente o meu rabo. – Posso?

- Falei pra você ficar à vontade, não falei? Pede tudo, só não desperdiça comida.

- Minha mãe me ensinou a comer de tudo, paizão, pode ficar sossegado. Hehehehehe!

A cama onde ele tava jogado era enorme, feita sob medida para caber no espaço específico do quarto, com lençóis costurados à mão e as colchas bordadas em muitas estampas detalhadas, coloridas em tons amarelados e vinhos. As cortinas do quarto eram longas e em formato imperial, feitas em estilos grego, vitoriano e medieval, com lustre de vidro no teto, ar condicionado mantendo a temperatura amena e todo o ambiente à meia-luz. Confesso que não me programei para ficar o tempo todo na suíte presidencial fazendo companhia pro molecote, até porque isso definitivamente levantaria todos os tipos de suspeitas ao nosso respeito. Primeiro a equipe me viu sendo abraçado por um cliente flamenguista, depois carregando a bolsa dele, então o que pensariam se agora vissem o dono do hotel socado na suíte com o hóspede? Deixei a mochila na mesa, dei meia volta e me preparei pra sair do quarto.

- Ou, tá pensando que vai aonde? – o puto logo me chamou a atenção.

- Moleque, eu ainda tenho um monte de coisa pra terminar antes de tirar um tempo contigo. Deixa eu finalizar o trabalho e aí eu volto, tá certo?

- Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc. – fez o barulho de negação com a boca. – Negativo, pode vindo aqui me servir.

- Te servir?

- Com toda certeza, velhote. Me recebe, pô! Tô no teu trampo, no lugar que tu tanto cuida. Me recebe, cuida do teu moleque. Me mima. Não deu tua palavra de sujeito homem? Aproveita que eu tô aqui.

Fiquei sem reação, totalmente à mercê dos gostos e das vontades incabíveis do novinho marrento e mandão. Incabível porque eu não tinha como simplesmente abandonar a chefia da administração do hotel pra ficar ali com ele, mas era exatamente isso que meu corpo e a minha mente queriam naquele momento. Quando olhei praquele cafução todo jogado na cama, de pernas abertas e me chamando com o dedo, tive a confirmação de que estava completamente dominado e submisso antes mesmo da chegada à suíte presidencial.

- Vem cá. – falou olhando nos meus olhos. – Tira minha roupa, me deixa à vontade. Quero ficar peladão, coroa. Tem coragem ou vai ficar de historinha pra cima de mim?

- Aff, seu moleque! Você quer acabar comigo, é?

- Shhhhh... – levou o dedo à própria boca. – Só obedece o que teu sobrinho tá mandando, vai, tio? Meu corninho favorito. Hehehehehe! Vem cá, vem?

Vou ser sincero: não tentei resistir, nem mesmo um pouquinho. Assim que ele deu a ordem, meu físico se posicionou em sua direção automaticamente, as pernas saíram andando devagar e, quando vi, já estava parado de pé na frente de um molecote folgado, pidão e exigente. Ele de pernas abertas, eu entre elas e sem saber o que fazer, apesar de conhecer todas as minhas vontades com o pilantra.

- Vai mesmo me deixar peladão, coroa?

- Não foi o que você pediu? – achei graça. – Por onde eu começo?

- Começa tirando meu manto, vai? Mas ó... Lembra que é o escudo do Mengão nessa blusa, já é, meu corno? Hehehehehehe!

Debochou e caiu na risada como se fosse um molecão sem noção, aí levantou os braços e ficou me olhando, esperando pelos meus próximos movimentos. Meio apreensivo, porém bastante excitado, segurei a base da camisa vermelha e preta, comecei a suspendê-la e logo passei pela cabeça do marmanjo, deixando seu tórax tatuado e o peitoral estufado expostos. Só de moletom, Ronald pôs as duas mãos apoiadas pra trás na cama e continuou me encarando, agora sem blusa e ciente que meu próximo movimento seria remover sua calça. Desci o corpo entre suas coxas bem lentamente, sem desfazer nosso contato visual, até que o malandro chegou pra frente, dominou meu queixo e puxou meu rosto diretamente na direção de uma axila peluda, mantendo meu nariz preso aos pentelhos úmidos e cheirosos debaixo do braço.

- Dá um cheiro no meu sovaco, vai? Vê se eu tô cheirosinho pras mulé, do jeito que tu gosta. Isso, puto, brinca comigo.

- Sssss, seu garoto cheio de marra!

- Marrento, mas tu se amarra, né? Hehehehehe! Dá um cheiro forte nesse suvacão, dá? Isso, meu viado, assim mesmo, hmmfff! Cheira teu molecão, cheira?

- Você sabe como me deixar controlado, seu insolente.

- Tô pinta, num tô? Pai veio trajado, velhote! Cheira firme, cheira? Bota a língua pra fora pra sentir o gosto do teu moleque, vai? Tô ligado que tu gosta, tenho que te dar essa moral também.

- Aff, você que é um puto, garoto! Eu tenho que trabalhar e olha só o que você tá fazendo comigo, seu abusado? – tentei responder, mas ao mesmo tempo me deixei ser conduzido e usado do jeito mais delicioso possível, enchendo minha boca com gosto de suor, Malbec e Rexona misturados.

- Vai dizer que tu não curte o cheiro do teu macho, meu viado? Hehehehehe! Hmmmfff, isso, coroa safado. Tu se amarra, né? Tira minha meia então, vai?

Abaixado entre as pernas do marmanjo, parei de lamber a fragrância masculina dos sovacos pentelhudos e fui com as mãos em direção aos pés, mas o folgado dominou minha nuca e me fez descer com o rosto diretamente em suas meias, ainda mexeu com os dedos do pé nos meus lábios. O cheiro quente e entorpecente dos feromônios amorteceram minhas narinas, senti um prazer imenso se espalhando em meu corpo e acabei assinando o contrato final de submissão com Ronald, um flamenguista mais do que marrento e dominador. Ciente da minha decisão, o pipeiro insistiu com os dedos em meus lábios, eu cedi e abri a boca, permitindo que o tempero salgado e mundano de um pivetão rueiro dominasse meu paladar quente e tomasse conta da minha língua.

- Hmmmsss, papo reto que tu curte até chulezada do teu macho, é, corninho? Fffff, que delícia! Nunca nenhuma mina pediu pra fazer isso comigo, tá ligado? Primeira vez, tô achando do caralho! Hehehehehe! Relaxa teu homem, vai?

- Ghhmmmffff! – de boca lotada, eu mal conseguia responde-lo, até porque nem precisava, pois minha forma de demonstrar o máximo de devoção e de tesão era sugando e inalando sua testosterona exaltada.

- Boca quente, gostosa, viado! Ffffff, tu curte suor de flamenguista, né? E olha que ainda fez aquele charminho pra comer meu mingau, heheehehhe! Sabe o que tu vai fazer? Tira minha meia e língua meus dedos, vai? Mostra que tá mesmo a fim de me obedecer, paizão.

Nem perdi tempo, usei as mãos e libertei de vez as duas pranchas que o sacana chamava de pés. As bases do corpo eram grandes e rústicas, com alguns poucos pelos na parte de cima e também sobre os dedos, sendo o dedão o maior deles, cabeçudo e feito em traços bruscos, exagerados. A pele tão parda quanto o restante do corpo, a sola quente, massuda e mais clara, tudo isso umedecendo minha boca. Sem tirar meus olhos dele, pus os dedos na língua, fui chupando o restante e logo me vi com metade do pezão socado todo na goela, os beiços arregaçados e um garotão orgulhoso e sorridente brincando de prender minha língua nos espaços salgados entre seus dedos.

- Ffffff, minha putinha submissa! Dá gosto de ver essa fome, ó só? – acarinhou meu cabelo, forçou minha nuca e socou mais pé no fundo da garganta, fazendo questão de esfregar a sola ao longo da minha língua. – Passa vontade não, mata tua sede no suor do meu pezão, vai? Hmmmmsss! Quem diria que ver um corninho rico engolindo a cabeça do meu dedão daria tanto tesão, mmffffff!

Comecei a suar, fiquei muito excitado e meu rabo pegou fogo, dando muitas piscadas que se transformaram em pulsadas fortes no meu caralho, que logo subiu na calça.

- Aff, é sério que nunca nenhuma mina caiu de boca nesses seus pés assim?

- Nunca, velhote. Essas mina de hoje em dia tudo tem nojinho. Até pra mamada eu não posso tá pentelhudo. Suor, pé, nada disso é com elas. Tu é a primeira pessoa que eu conheço que curte essas paradas.

- Que injusto! Eu pagaria caro por esse suor delicioso, seu moleque folgado. Hmmmmfff! – voltei a mamar nas solas e ele ficou mexendo os dedos de prazer.

- Sssss, isso, meu putinho! Corninho submisso, me deixa à vontade, vai? Fffff, caralho!

Meu coração também disparou de nervoso, olhei a aliança no dedo e ela pareceu estar queimando na pele, evidenciando o quão fora da realidade eu estava. Ajoelhado no colo de um novinho de dezoito anos que tinha a idade pra ser meu filho mais velho, com metade do pé descalço dele enfiado até o fundo da boca e permitindo que ele me dominasse e usasse minha língua como lixa para as plantas dos pezões escuros, indo e vindo na minha boca. Meu rosto ficou todo suado, a pele do moleque toda babada e ele rindo à toa.

- Sssss, vem cá. Agora tinha minha calça, vai? – deu a ordem e não escondeu o volume de rola deformando o moletom. – Deixa teu flamenguista favorito peladão, que eu tô doido pra ficar à vontade. Chega de roupa.

- Hmmm, seu safado. Você é naturista, é?

- Naturista? Que porra é essa?

- Ah, aquele pessoal que gosta de ficar à vontade na natureza, sabe? Tem até algumas praias de nudismo, nunca ouviu falar?

- Tô ligado. É, pode ser. Agora para de enrolar e tira logo tudo, vai? – ele pareceu apressado pra querer que eu o visse nu. – Quero que tu me relaxe, paizão.

Sem perder mais tempo, arranquei o moletom do pivete com as mãos e ele ficou só de cueca boxer branca, me deixando abismado com a quantidade de carne e de massa recheando a roupa íntima. Parecia um braço, uma possível terceira perna escondida entre os panos e costuras, que por sua vez resistiam ao peso exacerbado da genitália e a mantinham toda acumulada em si mesma, criando um montante de rolão fazendo a curva pro lado na cueca. Devido ao seu estado de excitação, dava pra ver até a uretra vertiginosa e toda marcada no tecido, tão pesada e desenhada que o sistema de pica pesava e tornava a boxer insustentável, bem preenchida e em alto e vivo relevo. Toda essa montanha crescente encheu a boca de água e tonteou minha mente, me causando uma sensação de saciedade visual que nem sei descrever. Num impulso automático, pus os dedos nas alças da estampa da cueca e me preparei para removê-la, entrando em contato com a pele do ventre truculento e recheado do malandro. No instante exato que me preparei pra fazer isso, ele ficou de pé, pôs os braços em meus ombros e depois segurou meu rosto com uma mão em meu queixo, virando minha cabeça de lado pra falar no meu ouvido.

- Quem disse que tu podia tirar minha cueca, paizão?

- Você mandou eu tirar sua roupa, só tô cumprindo a ordem.

- Então o que eu falar, tu vai cumprir, é? Qualquer coisa que eu mandar, é assim que funciona?

- Não é? Pensei que fosse.

- Bom saber que tu tá pensando assim.

Hesitei por alguns instantes, ele percebeu e cheirou a região do meu ombro, depois deu uma lambida massiva e quente no meu cangote e me causou um arrepio que percorreu dos pés à cabeça. Minhas pernas tremeram, achei que fosse ceder de nervoso e de tesão, mas Ronald impediu que isso acontecesse quando deslizou as mãos dos meus ombros pro meu pescoço, me agarrando sem necessariamente forçar, mas fazendo questão de mostrar seu domínio nato e bem explícito sobre mim. Devagar, o pivete corpulento me desceu diante de seu corpo e não desfez o contato visual, me observando abaixar na sua frente. Fiquei com o rosto diante da protuberância pesada na cueca do macho, senti o cheiro quente de intimidade e cheguei a lamber os beiços, tão bem servido visualmente. Até a textura do volume descomunal de pica escondida na cueca deu pra sentir de longe, acho que por conta das colinas de rola, das veias destacadas no pano, da uretra bem desenvolvida nas costuras e também do trilho de pentelhos curtos descendo pelo umbigo do safado. Com os dedos nas alças da estampa, me preparei para deixa-lo nu, olhei uma última vez em seus olhos famintos de curiosidade e não me contive, puxei a roupa íntima pra baixo, no sentido dos joelhos, e em seguida manjei aquela parte do corpo que era seu instrumento de prazer.

- Puta que me pariu, Ronald! Tá de brincadeira comigo?!

- Curtiu? Hehehehehehe! Me amarro nessa reação quando mostro a piroca, ó só como é que eu fico animado? – saliente, ele remexeu a cintura bruta e fez o tronco empesteado de veias inchadas sacudir de um lado pro outro do ventre, ricocheteando nas coxas. – Gostou, né? Tira nem o olho, a lá! Hahahaha!

- Porra, pelo visto você com certeza tá acostumado com as moças reagindo desse jeito, porque não é possível! – demonstrei o quão aterrorizado fiquei com as dimensões da caceta do novinho. – Aquelas garotas lá de Bonsucesso tinham razão, olha só pro tamanho dessa clava!? Puta merda, cara!

- Gostou do picão do teu sobrinho, tio? Heheheheehhe, maior pirocão que eu tenho, fala tu? Dei o papo reto naquela novinha, mas ela nem aí pra mim. Agora tu tá vendo como eu sou um sujeito homem, não dou papo torto. Comigo é sem neurose, né não?

- É, é, com certeza! Sem neurose nenhuma, olha só pro tamanho desse papo reto!? Que isso! – eu não sabia o que dizer e nem como reagir, senão com muita curiosidade e empolgação. – Te digo com toda a certeza que nunca vi um pau tão grande quanto esse seu, moleque! Deve ter quanto de tamanho, já mediu alguma vez?

- 22 centímetros, velhote. Acha que tu se garante na mamada?

- Cacete! Eu nunca nem botei uma rola na boca, garotão. Como é que já dou conta de um trabuco que é maior do que uma régua, me explica?! Tem como não, impossível!

- Hahahahaahah, para de draminha, coroa. Até parece que é impossível.

- Porra, e não é?! Olha só o peso disso!? O tamanho da cabeça, parece até um morangão, Ronald!

- Para de show, seu corno! Hehehehehehe! Morangão, essa foi boa. – ele se fartou de rir das minhas reações de espanto ao tamanho descompensado e não projetado da caceta.

Aquela piroca parecia um tubo de desodorante, e olha que ainda tava no estado de meia-bomba, numa dimensão aparentemente acima do normal e do aceitável pra uma rola mole. Era fruto de uma geração que facilmente deixaria a anterior com inveja, já que a pistola de um pivetão de dezoito anos era maior, mais grossa e bem mais desenvolvida que a de muitos machos pais de família e donos de casa. Eu mesmo não tinha neuras com o tamanho do meu pau, porque se tivesse, com certeza teria me sentido oprimido por um fedelho com idade pra ser meu filho mais velho, mas com uma senhora lapa de pica facilmente maior do que vinte centímetros entre as pernas. Maior do que uma régua comum, cabeçuda e com as bordas rústicas da glande inchada bem separadas e destacadas do restante do corpo da rola, com direito as glândulas suculentas liberando cheiro quente do tempero de macho e enchendo minha boca d’água. O que mais me deixou excitado e com sede foi o espaço carnudo que o prepúcio cobria naturalmente, mas que acabava aparecendo quando o caralho entrava em ponto de bala e o couro massudo recuava pra liberar o tamanho máximo da carne de linguiça toscana que o molecote tinha coragem de chamar de pênis. Tudo mais escuro do que sua pele parda, o porrete em tons de chocolate e a ponta do cabeçote aparecendo, indicando que a cabeça do cogumelo era avermelhada, por isso a impressão do morangão enorme. Veias do começo ao fim, uma espessura grotesca da ferramenta, um sacão de touro e com bolas bem consolidadas abaixo, só deixando a desejar nos pentelhos mantidos aparados, não muito grandes.

- Qual foi? Tá sem palavras, é, titio? Hehehehehehe!

- Sendo sincero? De verdade, eu não sei nem o que dizer! Parece até piada.

- Né piada não, é papo reto, pô! Hahahahaha! Qual vai ser, pega ali o roupão pra me deixar completo, vai?

Ele deu a ordem, eu fui até o armário da suíte presidencial e tirei o roupão felpudo e branco pra vestir no flamenguista nu. Encaixei um braço dele de cada vez na roupa, acertei a parte da frente e ainda fiz questão de completar seu visual com um charuto cubano que tirei do bolso.

- Porra, assim tu me bota no auge, coroa! Sarneou, papo reto.

Puxando a fumaça, nu, enrolado no roupão e se olhando no espelho, o Ronald parecia até um rei, um imperador todo tatuado e bem à vontade na roupa aconchegante. Ficou a cara do malandro mafioso, canalha e meio cínico, daqueles golpes que a gente sabe que são emboscadas, mas que dão a maior vontade de cair. Todo relaxado e sorridente, eis que ele sentou na cadeira da mesa, ajeitou as mangas do roupão e começou a folhear o menu de um dos restaurantes do hotel. Demorou poucos minutos lendo alguns nomes, parou na parte de entradas e apontou em dois itens diferentes.

- Se liga, vou querer essa parada aqui, ó. Tal de ceviche de robalo e essa salada niçu... Ni-çu-

- Niçoise. – completei. – Salada niçoise.

- Isso, isso, tu já tá ligado. Pode mandar as duas e o espumante mais caro, tamo junto?

- Pera, mas aí você tá pedindo duas entradas. Esses dois pratos têm a mesma função, que é a de abrir a refeição principal. Eles são leves, não são pra te encher, então é melhor pedir só um.

Mas muito mandão e metido a sabichão, o cafuçu alisou meu rosto, deu um tapinha pra me provocar e respondeu de um jeito debochado e petulante, como sempre.

- Só traz o que eu mandei, morô? Qualquer coisa, peço mais depois. Hoje tá tudo na tua conta, não tá? Então, pô, hehehehehe! Agora vai lá que eu tô morrendo de fome, velhote. Manda fazer meu rango com carinho e dedicação, já é?

- Tá, tudo bem. Mas lembra da sua palavra, tá? Nada de sair dessa suíte pra nada, certo?

- Deixa comigo. Enquanto tu tiver fazendo minhas vontades e me mimando, não saio daqui pra nada.

Relembrado nosso acordo, eu dei meia volta, me preparei pra sair do quarto e o flamenguista marrento atirou a meia usada na minha direção.

- Pra que isso?

- Duvido tu enfiar isso na cara e ir até lá na cozinha sentindo meu cheiro, paizão. Tem coragem?

- Porra, mas aí você quer acabar comigo na frente dos meus funcionários, né, garoto? O que eles iam pensar de mim se vissem isso? Ainda mais que à essa altura já devem ter dado minha falta, então seria um passo pra começarem a desconfiar de você. Tá doido?

- Ué, tu não disse que ia fazer tudo que eu mandasse? Pensei que se amarrava em sentir meu cheiro.

- Eu gosto, você sabe bem disso. Mas tudo tem sua hora, concorda?

Falei sério, porque aquela era aparentemente a primeira experiência do Ronald com outro cara, então ele até podia me dominar, mas eu, estando no meu local de trabalho e correndo muito mais riscos do que ele, tinha que demarcar o território das nossas putarias e dominações sexuais. Era só até ali que eu poderia ir para não prejudicar minha imagem diante dos funcionários, por isso guardei a meia do safado no bolso da calça, fui até à porta e dei o recado.

- Já volto com a sua janta.

- Já é, meu puto. Tô esperando.

Assim que saí do andar das suítes de luxo do hotel e entrei no elevador principal, ignorei totalmente as câmeras, fechei a mão e levei até o nariz, disfarçando ao máximo pra sentir a fragrância e o tempero masculinos que o cafução flamenguista e abusado deixou impregnar na meia usada. Quanto mais fundo eu ia com o Ronald, mais conhecia e descobria a mim mesmo, por isso não consegui simplesmente dizer não à minha vontade de servi-lo, de vê-lo satisfeito e saciado em seus desejos e tesões de pivetão pipeiro e criado no asfalto quente da rua. Saí do elevador, fui direto pro restaurante escolhido pelo molecote e mostrei os pedidos à cheff da noite. Nesse meio tempo, pedi que meu melhor funcionário, o Gabriel, levasse espumante no balde de gelo pra suíte presidencial, que foi o que ele fez muito prontamente. Cerca de onze minutos depois de todo esse preparo e arranjo, lá estava eu voltando com o carrinho de refeições preparadas ao gosto do hóspede mais gostoso que já tive naquele andar. Abri a porta com as digitais, entrei com a comida e não encontrei o pilantra.

- Ronald?! – chamei, mas nenhum sinal dele. – Aff, eu sabia que isso ia acontecer!

Com medo de que o puto tivesse saído e a gente pudesse ser descoberto, corri na direção interna da suíte e comecei a ouvir um barulho atípico vindo do banheiro. Quando abri a porta do cômodo, o funk explícito tomou conta dos meus ouvidos e a cena foi de um marmanjo todo tatuado tomando espumante na hidromassagem, envolto às bolhas e aos sais de banho dissolvidos na água. Sobrancelha com dois talhos riscados, o corpo pardo tomado de figuras, frases e símbolos rabiscados, o cabelo, o bigodinho e a barbicha descoloridos e a boca se mexendo pra cantar o ritmo do funk explosivo na caixa de som do tamanho de um boom.

- Ele é novinho. Ele é novinho. Ele é novinho e já tem um pirocão!

Por um lado, fiquei tranquilo dele não ter ido longe. Por outro, achei que a música chamaria atenção, porém confesso que nem me importei tanto com isso, até porque, o malandro tava bem ali, tranquilo e à vontade na hidromassagem, relaxando bem diante dos meus olhos.

- Fui ficar com a novinha, ela duvidou de mim. Falou que eu era fraco, mas eu falei assim. Bora marcar um baratino, o destino é seu colchão. Ela ficou surpresa quando eu abaixei o calção. Ah, meu Deus, que pau enorme! Ele é novinho e já tem um pirocão! – vendo minha chegada inesperada e também a cara de incrédulo que fiquei, o cafução simplesmente ficou de pé na hidro, riu e sacudiu a cintura na última parte da música, ciente de que o tamanho da sua peça era o que dava sentido aos versos cantados pelo MC.

- Sua comida já chegou.

- Ih, já trouxe meu rango? Vou sair, pera aí

- Trouxe. E fiz questão de adicionar um item especial.

Mal disse isso e o abusado logo me olhou, fazendo o semblante de desconfiado e se enrolando de volta no roupão branco.

- O que tu aprontou, titio?

- Tá tudo tampado, então vou deixar você mesmo descobrir.

- Hmmm, tá querendo surpreender o teu sobrinho, né, meu viado? Então tá, quero ser surpreendido. Hehehehehe! – esfregou as mãos, se preparou pro banquete e veio pro meu lado checar as refeições.

Quando levantou a primeira bandeja e viu o tamanho da lagosta grelhada e bem servida que pedi à cheff, o garotão não escondeu a empolgação e praticamente pulou nos meus ombros, visivelmente animado e eufórico pelo que iria comer. Pra ser sincero, ele quase nem se admirou tanto pelas entradas que pediu, apesar de ter sentado pra comer tudo.

- Caralho, tio, hoje tu só sarneou comigo, papo reto! Tô te devendo pra caralho, isso sim. Me deu conforto, me deu dinheiro, comida, mó mordomia, ainda tá me servindo. Falta só o que, eu comer o teu brioco, né? Fala tu? Hehehehehhe! – ele enchia a boca de comida e se perdia entre rir, beber espumante e bater papo, fazendo questão que eu o visse dando conta de todo o banquete servido. – Não, mas papo reto mesmo, sem zoação. Fortaleceu, viado. Maior moral mesmo, sem neurose! Ninguém nunca fez nada disso por mim, só tem vacilão por aí.

- Não precisa me agradecer, moleque. Já falei que eu tenho condição pra tá fazendo tudo isso, não já? Então, só aproveita e fica à vontade, que não tem tempo ruim.

- Porra, velhote, agora que tu falou em tempo ruim, sabe qual ia ser a parada mais braba pra completar essa suíte?

- Hmm, você quer dizer que falta alguma coisa na suíte presidencial do meu hotel cinco estrelas? – provoquei. – Então tá, tô até curioso pra saber o que é.

- Pô, falar sem neurose pra tu? – botou a mão esticada do lado da boca na hora de falar, querendo me convencer da próxima vontade extravagante surgindo. – Falta é um narguilezão boladão, tá ligado? Pra eu, como? Torrar o skunk do bom que eu trouxe, pegou a visão?

Explicou o desejo, botou a mão no bolso do roupão e tirou vários pedaços esverdeados de algo fumável.

- E eu lá sei aonde vende isso por aqui, garoto?

- Tu pode não saber, mas aquele teu funcionário com certeza tá por dentro da parada.

- Meu funcionário? Qual deles?

- O que tem uma tatuagem de maconha no pulso. O branquinho, do cabelo curto e meio ruivo.

- O Gabriel tem uma tatuagem de maconha? – pensei comigo mesmo, meio desconfiado do contato entre eles. – Aliás, o Gabriel teve aqui no seu quarto?

- Claro que teve, porra! Tá ficando noiado, é? Foi ele que trouxe o espumante, paizão. Eu, ein.

- Claro, claro. Aff, tô é ficando confuso com esses seus pedidos, isso sim. Tá, deixa eu ver se entendi. – tentei elaborar verbalmente. – Você quer um narguilé pra fumar skunk numa das minhas suítes presidenciais, é isso? Quer usar droga ilícita dentro do meu hotel de cinco estrelas, é isso mesmo, Ronald?

Antes da resposta, vi o riso de petulância, arrogância, mas também de indignação brotando na face taxativa do novinho flamenguista.

- Vem cá, por acaso tu tá pensando que ninguém nunca usou droga por aqui só porque é geral riquinho, seu corno? Hehehehehehe! Tá achando mesmo que os ricaço não usam droga, não cheiram um quilo de maisena?! Milionário só não cheira farinha porque tem que usar pra fazer farofa, coroa, acorda pra vida, porra! Bota tuas ideias no lugar. – falou meio puto, fez uma arma com a mão e apontou diretamente na minha cabeça, não querendo ser contrariado em seu pedido e nem na própria ideia. – Tu não falou pros outros que eu sou afilhado de senador? Então, pô. Diz que eu sou afilhado do Aécio e que agora tô em outra parada, se ligou? Tô querendo fumar um natural, tem erro não! Heheheheheeheh! Ou então dá o papo que eu sou parente do Gabeira, pronto. Só me arranja o narguilé, paizão, eu tenho que gastar onda nesse castelo que tu me ofereceu, não tem como.

Paralisei. Se antes meu nervoso foi por simplesmente ter pisado no freio e dado meia volta com o carro pra rever o pipeiro que quase atropelei em Bonsucesso, agora a sensação de tesão e de adrenalina eram por conta da minha decisão de tê-lo levado não só pro meu local de trabalho, como também pro hotel onde todos os funcionários me conheciam e conheciam minha família, incluindo esposa e filhas. Uma pessoa que não curte dominação jamais vai entender o porquê de eu continuar me submetendo aos desejos impávidos de um completo desconhecido com quem trombei num dia totalmente aleatório. Quem é submisso só se contenta quando vê o macho dominador trabalhado nos três S da submissão: satisfeito, saciado e sorridente. Leve, acima de tudo, rindo à toa e orgulhoso pela minha serventia prestada ao seu bel prazer. De tanto eu pensar e demorar na resposta, o pivetão me encarou e fez a chantagem.

- Ou é isso ou eu vou ter que gastar a minha ondinha fora desse quarto, coroa. Quero te enganar não, tô logo avisando.

- Tá bom. – cheguei a tremer das pernas, mas meu corpo já estava totalmente adestrado em cumprir as ordens e saciar o ego faminto do Ronald. – Eu vou lá falar com o Gabriel e peço pra ele procurar esse tal narguilé numa tabacaria que tem lá embaixo. Se tiver, você fica tranquilo que vai dar pra fumar sua maconha sem ninguém te fazer mal. Prometo. É isso que você quer?

- É, paizão. Só quero teu patrocínio, pô, ainda bem que tu me entende quando eu abro o jogo. Tá pronto pra me dar essa condição toda?

- Tô. – falei decidido. – Vou lá adiantar isso.

- Suave. Vou terminar de comer e voltar pra hidro. Quero fumar lá mesmo, já é?

- Tudo bem, só espera o Gabriel sair do quarto antes de começar a fumar, pode ser?

- Tranquilidade. Mas já te aviso que se bobear esse viado fuma mais maconha que eu, tá? Hheheehehehe! E ó, manda ele comprar as paradas também. Carvão, papel alumínio...

- Tá, vou providenciar tudo, relaxa.

- Eu tô tranquilão, pô. De patrão. Confio no meu tio. Hehehehehehe!

Saí do quarto apressado, voltei pro elevador e fui pensando no discurso que faria pro meu melhor funcionário. Confesso que decidi apelar e fiz do jeito mais óbvio que poderia fazer, sendo dono daquele hotel e patrão do Gabriel.

- Preciso de um favorzão seu.

- Só pedir, chefe.

- Quero que você vá lá na tabacaria e compre um desses... – até olhei pro lado antes de falar. – Um desses narguilés, sabe? Pro afilhado do senador que tá lá na suíte presidencial. Ele falou que é afilhado do Gabeira, tá entendendo o meu recado?

Desconfiado e fazendo uma cara de detetive, o Gabriel apoiou o cotovelo em cima da mão, tocou no queixo com a outra, franziu a testa e ficou me observando, querendo entender o meu recado.

- Entendeu ou não entendeu?

- Eu entendi, chefe, mas tô querendo entender porque o senhor tá falando assim tão baixo.

- Porra, então você não entendeu, Gabriel! Se tivesse entendido, ia saber porque que eu tenho que falar baixo pra te explicar um pedido desses, né? Ora, bolas.

- Foi mal, chefe, é que... Ele só quer um narguilé, é isso?

- Só. Com carvão e papel alumínio, pra poder... Você sabe... Vai fumar lá em cima.

- Hmmm... Tá. E ele tem tabaco orgânico lá ou precisa comprar também?

Só nesse momento eu entendi o sentido que meu funcionário tanto procurava na conversa que estávamos tendo.

- T-Tem, ele tem tabaco sim. – menti. – Não precisa se preocupar.

- Tá certo.

Após o combinado, fui pro balcão do hall de entrada e fiquei alguns poucos segundos pensando no que aconteceria a seguir. Quando dei por mim, o Gabriel tava do meu lado e mantendo a cara de pensativo.

- Ah, meu Deus, o que é que foi agora?! – perguntei, meio nervoso.

- O senhor sabe que dá pra fumar várias coisas diferentes no narguilé, né, chefe?

Fiquei sem resposta, porque admito que não tinha a menor noção dessas coisas. Minha hesitação fez o sabichão falar ainda mais, me colocando numa posição de ignorante.

- Quer dizer, não é só maconha que se fuma num narguilé, se é com isso que o senhor tá preocupado.

- Você tá achando que eu sou burro, Gabriel!? – apontei na direção da saída. – Vai logo lá comprar o que eu te pedi e para de tentar me enrolar, tá? Anda, vai!

- Tá bom, tá bom, não precisa ficar puto!

Depois que ele saiu, aí sim fiquei aparentemente sozinho na recepção, distante alguns metros dos outros funcionários e com espaço suficiente para pensar sobre os limites que extrapolei ao convidar um flamenguista folgado e marrento pra uma das suítes presidenciais do meu hotel. Posso estar sendo chato por ficar remoendo essas ideias a todo momento, mas é que existia realmente um medo constante de que, no menor indício, alguém pudesse descobrir a natureza da minha relação com o pivete e colocar em risco a estabilidade da minha família. E o foda é que, sendo submisso, quanto mais alto o Ronald pedia, mais alto eu apostava e mais orgulhoso me sentia em satisfazer suas vontades, por isso não conseguia dizer não e simplesmente ver o moleque insaciado, querendo relaxar e não conseguindo. O que aquele cafução abusado e insolente poderia pedir que eu não era capaz de dar? Enquanto o Gabriel saiu, aproveitei pra focar um pouco nas tarefas pendentes da administração e me distraí no tempo passando. Depois que meu funcionário retornou com o narguilé e subiu para entregar ao pivetão, contei cerca de quinze minutos e só então fui até o andar das suítes presidenciais para ver como ele estava. Mal pus as digitais na porta e entrei, já senti o cheiro forte da maconha exalando firme dentro do quarto, com a fumaça densa sendo minimamente dissipada pelos meus movimentos de chegada no recinto. Da entrada mesmo avistei o flamenguista largado na cama totalmente pelado, coberto apenas pelo roupão e com a mangueira do narguilé na boca.

- Eita, porra! Isso sim que é ficar relaxado, ein, moleque? – cheguei do lado dele e achei graça da cena, devo dizer. – Tá bem?

- Porra, tô é bem pra caralho, tô legalzão. Ó só.

Fez bico, ajeitou a língua na boca e começou a soltar fumaça em formato de círculos perfeitos, de um jeito que eu só tinha visto em filmes e vídeos até então. O que mais me chamou atenção não foi seu nível de ousadia em realmente fumar skunk na suíte presidencial, mas sim a vermelhidão nos olhos caídos e secos. E enquanto observava seu olhar, notei a mão do Ronald procurando pela bengala no meio do roupão, até que achou e o formato inchado e exagerado da peça se fez desenhado no tecido, evidenciando a pré-ereção do safado.

- Coé, tu veio pra ficar aqui comigo?

- Ainda não dá. Tenho que terminar umas coisas que ficaram em aberto e o Gabriel já me salvou muito por hoje. Você entende, né?

- Tô ligado. Entendo. – ele fez que sim com a cabeça e soltou mais fumaça, coçando um dos sovacos em seguida, como quem estivesse muito à vontade. – Sabe o que tu podia fazer então pra me salvar?

- Lá vem você com esses pedidos extravagantes, Ronald.

- É que eu fumo skunk e fico galudão, tá ligado? A parada era tu chamar uma puta pra mim, paizão. Pra eu dar aquela gozada e ficar leve, pegou a visão?

- Peraí. Depois de fumar maconha no meu hotel, você ainda quer que eu contrate uma garota de programa? Sério?

- Pode ser garota de programa também, eu chamo de puta.

- Aff, Ronald!

- Ué, foi tu quem deu a palavra de obediência, pô, só tô te lembrando. Eu não tô querendo apelar contigo, não, se ligou? Pra mim, o sujeito prova que é homem quando cumpre o que prometeu sem ninguém ter que ficar lembrando, tá ligadão, coroa? – fez a pausa, esperou e retomou o tom de chantagem emocional. – Tu não disse que ia ser a minha puta, o caralho?! Puta minha não fica dando pra trás na palavra comigo, não, porra! Puta minha só dá pra trás se for o cuzinho pra mim, tá entendendo? Pergunta lá pro Gabriel se ele não conhece uma vagabunda por aqui querendo ganhar dinheiro, vai? Dou a minha palavra que vai ser a última parada que vou te pedir hoje à noite, tem erro não.

- ... – não respondi, muito tentado por obedecer. – Você promete isso? Vai comer uma puta e vai dormir?

- Não vou dormir, ainda quero ver o Mengão entrando em campo no pay per view. Mas prometo que não te peço mais nada, se é isso que tu quer. – riu debochado e alisou meu rosto. – Titio.

- Ah, Jesus, onde eu tô com a cabeça pra mimar esse garoto? – desabafei comigo mesmo e isso o fez comemorar. – Tudo bem, deixa comigo. Mais uma moral na minha conta, nada de novo. Já tô no inferno, né?

- Assim que se fala, meu puto! Quando chegar a tua hora quero só ver se essa garganta vai aguentar, já é? Hehehehehehe!

- Seu cretino.

- Óóoó, fala direito com o teu macho, ein, meu viadinho. Quer que eu fique boladão, é? Como é que vou meter isso daqui na bucetinha da piranha se tu me deixar pistola? – fez a pergunta, puxou o roupão pro lado e revelou...

Mais de um palmo do calibre mais grosso, borrachudo, inchado e grandalhão que já vi diante dos olhos. A cabeçota do cogumelo parecia mesmo um morangão pulsante, avermelhado e grande, com a superfície lisa e brilhante, chegando a brilhar de tão perfeita. Naquele estado ereto, a uretra pareceu um tubo de sustentação da ferramenta, assim como o prepúcio ficou na iminência de recuar totalmente e liberar de vez o freio escuro, longo e gasto da caceta preta do novinho caralhudo. Isso inevitavelmente aconteceu, o couro espesso e escuro recuou e deu todo o espaço pro cabeçote inflamado e vermelho que era a glande avantajada do cafuçu marrento.

- Como é a música que você tava escutando, Ronald? Ele é novinho e já tem um pirocão? Puta que pariu!

- Behehehehehe! Pelo visto tu curte mesmo uma vara, né? Pode nunca ter mamado, que nem tu deu o papo, mas o gosto por macho tá pegando fogo dentro de tu, meu corninho. Vai lá chamar uma piranha pra eu comer o cuzinho dela na tua frente, vai? – fez o pedido e o pedregulho pulsou, quase trincando no auge da ereção potente. – Ffffff, tô quase babando aqui, paizão. Providencia isso pro teu sobrinho, vai? Sem neurose, vou arregaçar o cu de uma puta hoje, tu vai ver.

Maior do que uma régua, como já bem constatado, e com aquele tão suculento espaço carnudo que o prepúcio cobria naturalmente, entre a chapoca massuda e o recuo do resto da vara. Era o tamanho quase que máximo da bigorna, ao ponto dela trincar e deixar vazar um filetão grosso e meio esbranquiçado de gala cheirosa, quente e pegajosa. Tudo escuro, menos a chapeleta avermelhada e o pré-gozo branco, resultando num mastro muito acima da média e muito mais parecido com uma tromba do que com uma rola. Quase babei sobre as coxas do piranho, afinal de contas, ele bem gostava de me ver comendo seu instrumento com os olhos e me mantendo fielmente atento às pulsadas cavernosas do porrete.

- Vai lá, coroa, me adianta. Tô cheio de fome, pô! – ele me apressou. – Desenrola com o teu funcionário uma rabuda que tope trepar por grana, vai?

- Tá, tá, já escutei, deixa de ser abusado.

Virei de costas, me preparei pra sair do quarto e comecei a andar, mas quando cheguei na porta escutei o assobio e o corpo imediatamente parou de se mover.

- Coé, velhote?

Tornei a virar, olhei na direção da cama e me deleitei com a visão do Ronald de longe, todo largado no colchão, deitado apoiado com os cotovelos pra trás, o físico relaxado e a pistola envergada pra cima, apontando pro lustre de cristais no teto elevado da suíte presidencial. Em dois gestos carregados de tesão, eis que o piranho segurou a base do pé de pica, deu uma balançada e riu pra mim, mas um riso exagerado, provocativo e cheio de intenções. No exato momento em que deu essa sacudida na ferramenta, mais dois filetes encorpados e esbranquiçados despencaram do topo do cabeçote vermelho da peça, escorregando pela uretra cavernosa e caindo sobre os dedos grossos do molecote pipeiro. Quando percebeu o babão escorrendo por cima do dedão, o flamenguista ignorou minha presença e cometeu o mais suculento ato de amor que um homem pode ter a si mesmo: pegou o filetão de pré-gozo no dedo, levou à própria boca e esfregou na língua, fazendo tudo isso sem tirar os olhos de mim. Além de folgado, marrento e pidão, o pivete caralhudo ainda se mostrou um verdadeiro macho sedutor, muito ciente de que todos os seus movimentos me traziam uma forte sensação de excitação, por isso experimentou o sabor do suco do próprio saco e me deixou ver. Não só isso, o canalha chupou o dedo, espremeu a extensão da caceta preta até à ponta da cabeça e extraiu mais néctar de testosterona nos dedos, em seguida apontou pra mim e me instigou.

- Antes de tu ir chamar minha puta, dá só uma lambida nessa parada aqui pra tu sentir o gostinho. Vê se eu tô do jeito que tu gosta, meu puto. Vem cá.

- Sério, Ronald?

- Papo reto, pô. Sente só.

Andei devagar, cheguei na beira da cama e sentei na ponta, esticando o rosto na direção da lapa de mão que o moleque tinha. Diante da minha atitude devota, Ronald encostou os dedos em meus lábios, abriu um pouco a boca e lançou ambos no fundo da minha língua, inebriando todo o meu paladar com o sabor vicioso de suas intimidades. Além do gosto delicioso do babão do sacana, senti também a textura robusta dos dedos e não hesitei em chupa-los, fazendo o máximo pra absorver os feromônios presentes na pele salgada e quente do putão. Quanto mais o nosso contato evoluiu, mais meus mamilos endureceram na roupa, meu caralho cresceu, o cuzinho piscou e a pistola do malandro envergou, se tornando quase um berimbau trincado, grosso e todo torto.

- Sssss, safada! Gosta de ser mandado pelo teu novinho, né, meu corninho? Hehehehehe, eu me amarro em te dar ordem, tu não imagina. Chupa tudo, vai? Engole meus dedo, viado! Fffff, putinha!

Submisso, excitado e com muito tesão nas pregas, me deixei levar e permiti que o cafução brincasse de dedar minha goela, algo que ele fez como se quisesse me preparar para o tamanho do pirocão preto quando entrasse na garganta. Quando ameacei tossir, ele parou, me deu um tapinha no rosto e fez o pedido.

- Vai lá adiantar minha puta, vai? Mais tarde tenho um presentinho pra tu.

- Tudo bem. Não sai daqui, tá?

- Tamo fechado, velhote. Vai lá, se adianta.

Saí da suíte presidencial com um único pensamento na mente: uma vez no inferno, a gente abraça o capiroto. Se já havia passado dos limites quando sugeri comprar roupas usadas e suadas daquele moleque aleatório, agora não tinha mais volta nos caminhos que tomamos para a dominação e submissão. Enquanto descia pelo elevador, senti o celular vibrando no bolso da calça, peguei, desbloqueei a tela e vi as notificações no aplicativo de administração do hotel. Fui na caixa de mensagens e abri o comentário enviado ao vivo por uma hóspede que estava em outra suíte presidencial.

- Boa noite, será que teriam como consertar o controle da TV? Estamos tentando usar o YouTube, mas acho que tá quebrado. – pediu a moça.

- Agora mesmo! Estou providenciando. – respondi. – Peço perdão pelo inconveniente.

Desci apressado, encontrei Gabriel no balcão da portaria principal e o chamei num canto, ciente de como abordá-lo sem levantar suspeitas.

- Preciso de outro favorzão teu, meu querido.

- Mais um, né, chefe? É pro Ronald lá na suíte?

- É, mas... – me perdi. – Como você sabe o nome dele?

- Ué, por que eu não saberia? Tá no registro do hotel e o senhor mesmo chama ele assim. Não chama?

- Chamo? – apreensivo, admito que tinha esquecido totalmente desses detalhes. – Ah, claro, claro que chamo! É que... Normalmente chamam ele pelo apelido, até me esqueci do nome do moleque. Hahahahaha!

- Acontece, chefia. São tantas pessoas circulando por aqui, que a gente se perde. Eu mesmo já troquei várias coisas de lugar nos quartos. Uma vez pendurei a vitoriana vinho na suíte master, sem querer.

- É o que, Gabriel? – fiquei espantado com a revelação do meu funcionário. – Tá falando sério?

Assim que percebeu minha mudança repentina de tom, ele se deu conta do quão sincero foi e começou a gaguejar nas explicações.

- N-Não, chefe, eu... Eu quis dizer que já me perdi, mas, mas-

- Eu não acredito nisso, Gabriel. – fechei os olhos, suspirei profundamente e apertei as têmporas, tentando focar nas prioridades. – Existe alguma possibilidade de você ter, por exemplo, trocado os controles das TVs de lugar?

Só pelo silêncio criminoso, a resposta ficou evidente.

- Corre agora lá em cima e destroca a bagunça que você fez nos controles, porque tem uma hóspede na suíte presidencial reclamando no aplicativo, seu desatento!

- Putz! Agora mesmo, chefe! – ele não ficou nem um minuto na minha frente e saiu acelerado.

- Ou, ou, ou! – chamei. – Volta aqui, volta aqui.

- Pois não, chefia?

- Depois que você resolver essa bagunça, vai naquele nosso livro e pede um serviço pro Ronald.

Meu pedido arregalou os olhos do melhor funcionário do hotel, porque ele, mais do que ninguém, entendia o significado oculto nas minhas palavras.

- Aqueles serviços?

- Sim, Gabriel, aqueles serviços pro Ronald. Agora se adianta e vê se não deixa a moça esperando lá em cima!

- Tá certo, tá certo, chefe! – e saiu em passos largos outra vez, tentando não correr pelos corredores.

Aproveitei esse intervalo pra dar conta de outras solicitações e pedidos específicos dos hóspedes, fazendo de tudo pra finalmente poder ter meu tempo livre com o moleque folgado e abusado que tava desfrutando de uma das minhas suítes presidenciais. Cerca de quarenta minutos depois, eu estaria recebendo um monumento de mulher no tapete de entrada do hotel. De vestidinho vermelho empacotado em seu corpo, revelando tanto as coxas fartas quanto os seios volumosos, a silhueta esculpida e a traseira destoante, Sheila surgiu sobre saltos finos e longos, pouco maquiada, mas mesmo assim chamativa com o batonzão carmim nos lábios grossos. Os peitões quase pulando do decote inflamável, o sorriso inconfundível no rosto, com a bolsinha segurada numa das mãos e a outra mantendo o vestido justo nas pernocas. O cabelo era loiro bem claro, grande e batendo no rabo enorme, fazendo um atraente contraste com a pele morena da profissional. Assim que me viu, ela deu uma risadinha saliente e pôs o antebraço tatuado de lado, esperando até que eu fosse ao seu encontro e a recebesse com a cordialidade de sempre.

- Sheila Caiçara. Deslumbrante e felina como sempre, ein? – elogiei.

- Eu com as minhas manias e você com as suas, não é mesmo?

- Ah, eu não sou modesto. Você é a melhor que eu conheço e sabe disso.

- Sei, sei. É que eu gosto de ser bajulada, benzinho. Hihihihi!

- E aí, como tá a vida?

- Tudo indo, bem, e você?

- Tudo indo também, podemos dizer. E seu filho lá no Poção, tudo na mesma?

- Na mesma. Tá na igreja com o pai, mas não vim aqui pra falar disso, né?

- Claro que não. Vamos entrando.

Acompanhado da beldade, cruzamos a entrada sem fazer check-in, passamos pelo corredor lateral e tomamos o elevador até às suítes presidenciais do hotel, apenas nós dois, ganhando espaço e discrição para conversarmos mais à vontade.

- E hoje, qual é o prato da noite? – ela ajeitou os seios no vestido embalado à vácuo e me olhou, curiosa. – Deixa eu adivinhar, é mais um sertanejo que veio fazer show em Itaguaí. Acertei? Da última vez o Sem R-

- Não, pode esquecer. – cortei. – Passou longe.

- Então com certeza é ator gravando filme aqui perto. Ah, já sei! – Sheila ficou eufórica. – É aquele bofe casado que dizem que adora contratar acompanhante de luxo quando tá hospedado em hotel!? Ele tava filmando aqui na praia semana passada.

- Nem perto, garota.

- Sério? Hmmm, então só pode ser... Um jogador de futebol procurando aventura. É minha última tentativa, benzinho.

Mexi o rosto de um lado pro outro, negando e sorrindo ao mesmo tempo.

- Hoje eu vou te surpreender, posso? – provoquei.

- E você acha que consegue?

- Quer apostar comigo, moça?

- Claro, benzinho. – ela se debruçou em meus ombros, me deu um abraço e depois o cheiro no pescoço. – Se esse seu cara me derreter, fica tudo por minha conta hoje. Mas se ele for só mais um...

- Se ele for só mais um...?

- Aí você paga dobrado. Hihihihihih!

Ela falou de dinheiro pensando que eu ia desistir. Pra ser sincero, eu quis apostar independentemente do resultado, com o Ronald aguentando o tranco da safada ou não, então foi o que fiz e apostei. Em vez de apertar as mãos, Sheila deixou a marca do batom selada em meu pescoço como prova do pacto feito. Em seguida, a porta do elevador abriu e nós chegamos no vazio corredor das suítes presidenciais. Quando me preparei pra sair, a donzela decidiu se olhar no espelho e retocar o batom, querendo estar impecável para o programa.

- Tinha que fazer isso agora? – falei. – A porta do elevador vai fechar.

- Então segura pra mim, benzinho. – dengosa que só, a moça sabia bem como lidar comigo, me fazendo ceder às suas vontades. – Cê sabe que eu gosto de serviço bem feito, não sabe? Tenho que estar preparada, ainda mais com uma aposta alta dessas.

- Sei, sei.

Terminados os retoques, nos ajeitamos e paramos na porta da suíte onde deixei o flamenguista folgado e dotado fumando seu skunk da última vez. Pus as impressões digitais, destravei a tranca e entrei, sendo seguido por Sheila e sua fragrância doce de mel selvagem. Mal entrei e fechei a porta e a visão primordial foi dominada pelo macho deitado na cama, pelado, se masturbando e vendo pornô de sexo anal na enorme TV. Assim que nos viu, o pivete deu um pulo, ficou de pé, abriu o sorrisão sincero e nem fez questão de esconder a piroca latejando e pulsando sozinha, mirada pro teto do quarto.

- Misericórdia! – a profissional reagiu logo. – Esse garoto tem permissão pra andar com porte de arma assim!?

- Gostou? – perguntei. – Enorme, né?

- Porra, olha só pra isso! Esse menino deve ser capaz de dar prazer até pra uma égua, bem!

- Ou, ou, para de falar como se eu não estivesse aqui, morô? – o abusado não se deu por intimidado e impôs moral. – Por que tu não dá esse papo olhando pra minha cara, safada? Até porque, nós vai meter firme, tu já tá ligada, né?

- Vamos? Hmmm, e será que você dá conta de comer um mulherão desses, benzinho?

- Ué, não tá ligada no tamanho da minha vara, porra? – ele fez a pergunta, debochou e sacudiu a pilastra. – Vou fazer é um estrago no teu cuzinho, sua rabuda, isso sim!

- Quem disse que tamanho é tudo, moleque abusado? – Sheila engrossou o tom, mas fez isso de um jeito sexualmente desafiador, instigando o malandro ainda mais. – Tô começando a achar que cê tá merecendo uma aula de sentada pra aprender o que é meter, não acha, não, fedelho?

- E quem é que vai me dar essa aula, piranha? Tu?

- Se você tiver idade suficiente pra isso. – a moça debochou.

- Vou fazer 19, pô! Mas já tenho mais de 20cm de pica, será que tu se garante na tua experiência?

Quando ele perguntou isso, a profissional riu irônica, fechou os olhos e fez silêncio. Pôs as mãos pra trás, desceu o vestido e revelou o corpo escultural, com os seios perfeitamente redondos e feitos pelas mais experientes mãos da área cirúrgica. A bucetinha raspadinha, com várias tatuagens no ventre e a cintura fina, sinuosa em relação ao rabão pesado e tão redondo quanto os peitões. O pirocão do cafuçu chegou a dar uma pulada bruta, ele então se sentou na cama e, mandão, deu dois tapas na coxa.

- Senta aqui, senta, gostosa? Senta, que teu professor vai dar uma aula de piroca socada no olho do teu cu, vem? Depois vai ser só botadão de charuto na tua buceta, já sabe. Quem perdoa é Deus e minha piroca não é cristã.

Destemida, Sheila foi na direção do Ronald e eu quase derreti por dentro nesse momento, porque fui eu que dei todas as condições materiais e funcionais para que aquele encontro explosivo acontecesse. De um lado, um pivetão pipeiro que encontrei todo suado, ralado e folgado no meio das ruas de Bonsucesso, com dezoito anos de idade e morto de vontade de comer as bucetinhas do bairro, mas sem poder, porque as minas não davam condição pra ele. Do outro lado, a acompanhante de luxo mais competente, safada e atraente que já conheci em tantos anos administrando hotel. Sheila era a primeira na lista quando eu recebia algum ator, cantor ou jogador de futebol como hóspede, por isso tenho certeza que ela jamais esperou ser apresentada a um novinho marrento, abusado e ainda por cima flamenguista, com jeito de macho posturado e o vocabulário trabalhado na putaria fácil. Sexo anal acessível e mordomia era tudo que o Ronald merecia, por isso achei melhor dar privacidade aos dois e me preparei pra sair da suíte. Quando cheguei na porta, novamente ouvi aquele assobio que tinha o poder pra paralisar meu corpo, como sempre acabava acontecendo.

- Ou, ou, ou. Vai aonde, meu corninho? – a voz do marmanjo me repreendeu.

A loira corpuda até se admirou pela forma dele de falar comigo, mas eu a encarei, coloquei meu dedo na boca e pedi que ela nada comentasse.

- Preciso trabalhar, te falei. Se eu deixar na mão dos funcionários, a coisa desanda.

- Não vai nem ficar pra me ver fodendo essa safada, paizão? – fez a pergunta e lascou a mão no rabo da moça, enchendo a boca no seio empinado dela.

- Fica, benzinho. Sssss! Esse moleque é muito tarado mesmo, não é? – a própria profissional falou. – Ele tá aqui dedando o meu cuzinho, acredita? Hihihhihi! Hmmmfffff, tesão! Quem sabe a gente não pode se divertir a três?

            Achei graça daquela possibilidade, mas confesso que foi de ironia, porque nunca aquilo se passou pela minha mente.

            - Desculpa, gente. – mostrei a aliança no dedo. – Sou casado.

- Ah, corta essa! Até ela quer dar a bucetinha pra tu, velhote, tu não quer!?

- Só dou se ele quiser comer, ninguém vai obrigar. – ela riu.

- Obrigado, mas eu passo. – dei a resposta final e abri a porta pra sair.

- Então pelo menos fica no quarto. Eu sei que tu quer me ver fodendo essa gostosa, paizão, não adianta fingir que não.

O corpo parou de se mover nesse instante.

- Oh, não falei? Hahahahaha! Volta e fica de olho no que eu vou fazer com essa safada, vem, putinho? Bora, me faz perder tempo não. Tempo é dinheiro, né, piranha?

- Sempre, moleque. E aí, benzinho?

Respirei fundo, fechei a porta e esperei alguns segundos antes de retornar pra parte interna da suíte presidencial. Educado e comportado, sentei numa poltrona individual que ficava de frente pra cama onde eles estavam, cruzei uma perna por cima da outra e acendi um charuto, me posicionando como um verdadeiro voyeur. Antes de começarem, o flamenguista tomou alguns goles de espumante, puxou mais fumaça do skunk no narguilé e soltou no ar, voltando a cair de boca nos peitões graúdos da loira. Enquanto a sugava e enchia as mãos nos seios massudos, o Ronald ainda aproveitou pra brincar com o dedo na ponta do grelo da safada, chegando a colocar três de uma vez no espaço apertado e quente da buceta. Quanto mais ele fazia isso, mais Sheila se abria sem seu colo e era dominada, gemendo e se desmanchando feito pétalas por cima da cama.

- Ainnssss, seu fedelho faminto! Gosta de buceta, gosta? Cheio de fome!

- Porra, eu sou buceteiro número um, piranha! Ffffff! Cadê, vou cair de boca no teu grelinho. Vou morder essa tua xereca até tu ficar molhada, isso sim!

- Me chupa, vai, moleque? – ela pediu e ele obedeceu. – Oinnffffff, isso, porra!

A acompanhante teve que se segurar nos lençóis pra não perder o controle, tendo o rosto e a boca sedenta de um marmanjo pipeiro bem no meio de suas pernas. O novinho, por sua vez, linguava sem medo em todos os sentidos, chegando até a fazer bochecho e gargarejo de cara no bucetão da loira, com a piroca dando trancos e solavancos enquanto fazia tudo isso. No auge da entrega, Sheila vestiu a camisinha com dificuldade no trabuco grosso do moreno, uma cena da qual eles até riram, por conta do quão apertado ficou o salame coberto apenas até à metade. Sem perder tempo com oral, Ronald logo se viu dentro das entranhas da corpuda, atolando mais de um palmo de picão preto, cabeçudo, inchado e faminto por quentura. Assim que engatou na loira e ela se prendeu em seus braços pra segurar o tranco, o cretino ainda fez questão de olhar pra mim e fodê-la enquanto me encarava, mordendo o lábio inferior e me mirando com ódio.

- FFFFF! Isso, pirralho caralhudo! SSSS! Soca essa porra na minha buceta que nem homem, vai? Macho marrento, assim que eu gosto!

- Tu não duvidou que eu lotava tua xerequinha, vagabunda? Sssss! Quem é teu macho, ein? – acelerado e começando a suar, o puto perguntou pra ela, mas olhou pra mim. – Quem é o teu moleque favorito, fala pra mim? Orrrfffff! Cadela do caralho, mal vejo a hora de botar nesse teu cu e ver essa tua carinha de obediente cumprindo cada ordem que eu dou, tá escutando? FFFFF!

- Tô! – Sheila respondeu e eu devo admitir que quase respondi com ela. – Acaba comigo, vai? Ainnssss, que fedelho mais caralhudo, benzinho! Hmmmmff, onde foi que cê achou um cara dotado desses, ein? Orrrssss, fode, porra! Fode bruto, vai!?

- Assim, piranha?! – com o corpo completamente engatado no da profissional, o Ronald transformou a posição numa espécie de gangorra e ganhou ainda mais ângulo pra meter com força, chegando a bater com as coxas contra as da moça. – AAARFFF! Assim que tu gosta, é?! Quem é que te come assim que nem eu, fala tu? Ffffff, puta!

Eu via toda a cena e não conseguia acreditar no nível de safadeza e de putaria do pivetão, sobretudo por ele ter a coragem de transar com uma das garotas de programa mais caras do livro do hotel, olhando pra mim e dizendo todas aquelas coisas enquanto se mantinha focado em meus olhos. Cada detalhe em seu corpo desenvolvido me hipnotizava, cada centímetro de piroca afogando no fundo da buceta quente da Sheila me manteve seduzido, absolutamente vidrado e entorpecido nos movimentos viciados do físico suado do flamenguista caralhudo. Até tentei fumar o charuto com dedicação, mas minha visão foi exclusivamente de um Ronald com o corpo todo ensopado, exaltado e inchado pelo esforço físico, encravado de lado, de frente, de costas, por cima e por baixo de uma loira cavaluda e arreganhada.

- SSSS, só pauladão na tua buceta, tá me sentindo lá no fundo? Fffff!

- AHAM! AAARGG, FFF! Soca, moleque! Soca, para não! Ainsssss!

- Hmmmfff, tá gostosinho, tá não? Orrrssss, delícia de xereca quente! Parece até o hotel do meu corninho, sempre de portas abertas pra me receber, heheeheheh! Arrrrffff! – como sempre, o cafução gemia, fazia as expressões faciais de muito prazer e depois respirava fundo, tudo isso olhando pra mim, pra me dar a certeza de que sua satisfação se devia à minha disposição.

Era quase como se a foda fosse comigo, apesar de eu estar poucos metros distante, sentado no conforto da poltrona e admirando a cena como um bom e comportado expectador.

- Sssss! Vai me dar o cuzinho, vai? Tô galudão pra comer tua bunda, papo reto, fffff!

- Oinnnsss! Duvido, seu pirralho!

- Ué, como assim? Não me chamou de fedelho? Pensei que tu era profissional, piranha, ffffff! Amadora, heheheehheh!

- Não adianta me provocar que eu não vou te dar a bunda, não sou doida. Só tenho um cu pra cagar, meu bem! Ainsssss!

O mais delicioso de ver era que o malandro fodia usando toda a carcaça, não apenas o pau grosso. Ele trepava e ao mesmo tempo encoxava a rabuda com as pernas por trás, metia e simultaneamente apertava os peitos pesados e redondos dela, como se quisesse ter acesso ao prazer completo com uma profissional do sexo. Por ser tão folgado, o piranho nem teve que se preocupar com o quanto foi pago, porque tava tudo na minha conta e era exatamente essa relação, esse vínculo sexual que me mantinha obediente, silencioso e voyeur naquela suíte presidencial. Todas essas circunstâncias colocavam a experiência da Sheila à prova e provocavam os mais sinceros gemidos de satisfação e de completude nela, que pareceu não se cansar de rebolar, de remexer o quadril e de dançar no mesmo ritmo da cintura agressiva e desesperada de fome do pivete cacetudo. Depois de quase uma hora e meia de muita meteção, suor, respiração acelerada, penetração íntima e várias trocas de posições, eis que um Ronald muito grande, inchado e todo apressado avisou que tinha chegado no limite, exausto de tanto foder, morder, beijar, sugar, amassar e trepar na xereca quente da acompanhante de luxo.

- SSSS, VOU GOZAR! FFFFF!

- Joga no meu peito, vai? – a safada pediu. – Quero tomar um banho com o seu leite, seu gostoso! Fffff!

- Aff, tu não quer na boca, não, piranha? Vai jogar um mingau desse fora assim? Orrrrssss! – ele logo se indignou, tirando a camisinha e emendando um punhetão aflito na vara grossa.

- É, tá ficando doida? – falei sem querer, e foi aí que os dois me olharam juntos. – Quer dizer...

- Né não, paizão? – sem medo de nada, o sacana sacudiu o punhetão na minha direção e riu. – Fortalece aqui, vem! Arssssss! Bora, rápido!

Perdido entre o que eu queria fazer e o que eu deveria fazer, ignorei toda a apreensão por conta da presença da mulher, sucumbi aos meus desejos e o corpo cumpriu com o tesão do novinho, ficando ajoelhado do jeito que ele pediu, bem diante daquela viga empedrecida mirada na minha direção.

- Mentira?! – Sheila não acreditou. – Quem diria, ein, benzinho? Hihihihhi!

- SSSSS, lá vem chumbo grosso, coroa! Ffffff! Abre bem o bocão que tu vai tomar argamassa direto da fonte, vai? Arrrrfffff, ooorrssss, caralho!

Com pouco cuidado e quase nenhuma precisão cirúrgica, Ronald segurou o tesão até à última mãozada possível e eu notei o exato momento em que a chapeleta da moranga deu a pulsada braba, porém não liberou nada. Acho que esse estalo significou a linha tênue entre a última segurada e a primeira vazada do leite, porque, na segunda vibrada forte, a piroca encavernou completamente e liberou a mais densa e gorda das golfadas de esperma quente que já vi na vida, acertando meus lábios, pegando na língua e estilingando na goela, quase me fazendo tossir logo de cara.

- Orrrrrffff! Arrrrssss, caralho, paizão! Hmmmfff, puta merda!

Dois, três, quatro, cinco jatos carregados e bem disparados na minha cara, indo leite no céu da boca, nas amídalas, pelos dentes e até em meus olhos, me obrigando a fechar um deles. Na primeira vez que tive a oportunidade de fechar a boca, mais sêmen continuou vazando da ponta da piroca grossa e foi aí que o Ronald fez a festa, leitando minha fuça, gemendo e rindo ao mesmo tempo.

- Hmmmmss, tá vendo qual é o lugar que todo vascaíno obediente merece, velhote? Hehehehehe, orrrrfffff! Tomando minha gala, assim que eu gosto de ver. Aprende com ele, piranha, se não tu não pode dizer que é profissa, tá ligada?

- Não se faz mais novinho marrento como antigamente, ein? – Sheila também achou graça da situação, levando o momento na esportiva. – Quando eu era mais novinha não era assim, não. O que cê tem de pica, tem de marra, garoto!

Enquanto ela ria e reclamava, o cafajeste soltava o sexto, o sétimo e o oitavo e último disparo de galada na minha língua, criando uma massa concentrada, pegajosa, cheirosa e densa de esperma por cima do meu paladar. A boca foi completamente dominada por um gosto salgado, forte e bastante gelatinoso, se transformando numa mistura viscosa e saborosa de sentir passando pela garganta quando engoli.

- Sssss, direto da fonte pra tu, velhote. Não falei que te dava um presentinho no final da treta? Hehehehehehe, tá aí, pra tu ficar contente. Ó. – disse isso, espremeu o pirocão na minha fuça e soltou o restante do leite quente por cima do dedo indicador, levando à minha língua pra eu comer. – Só mingau grosso direto do meu saco, que nem daquela vez, só que agora te deixei como? Fortão, fala tu? Heheheheehehe!

O pilantra não deixou passar nem a goza que espirrou no meu rosto e no olho. Fez questão de pegar o filete de gala com os dedos e depositar diretamente na minha língua, da mesma maneira que fez com todo o restante. Mais de um litro de suco concentrado de saco, de bola e de pica, tudo atravessando meu corpo e chegando no estômago, dando início à digestão mais saciada que já fiz até então. Um submisso pode querer algo melhor do que isso? Depois de terminados os serviços, quando estava descendo com a Sheila pelo elevador, ela parou pra ajeitar os cabelos desarrumados no espelho e ficou rindo.

- Que foi? – perguntei.

- Hoje cê ganhou, benzinho. Foi por minha conta. Parabéns, viu?

- Você quis apostar, não quis? Hehehehehehe. Mas não, você sabe que eu nunca te deixaria ir embora de mãos vazias. – tirei a carteira do bolso, contei o valor do programa e prendi na alça do vestido dela. – Meu hotel tem cinco estrelas de qualidade, foi assim que você me conheceu.

Entre os risos, ela viu o dinheiro preso na roupa e agradeceu.

- Cê só me valoriza, benhê.

- É assim que eu gosto. Te vejo na próxima?

- É só me chamar, gostoso.

- Deixa comigo, eu chamo. Boa noite, Sheila, e obrigado.

- É uma honra. E um prazer, sempre, te atender.

- O prazer é todo nosso.

Fui até à porta do hotel, onde ela me deu um beijo de batom no pescoço, tomou um Uber e partiu pra casa. Em seguida, voltei até o balcão do hall de entrada, resolvi umas últimas coisas e só então me preparei pra retornar até à suíte presidencial. Quando cheguei, vi o ambiente todo à meia-luz e Ronald largado na cama, aparentemente imóvel, sem se mexer, até que soltou o ronco e eu logo vi o bocão aberto, com o molecote dormindo pesado. Totalmente nu, o corpo ainda meio ativo e as solas dos pés viradas exatamente na minha direção. O pirocão massivo caído pro lado, as bolas descarregadas, cansadas e amontoadas entre as coxas peludas e o garotão com as mãos pra trás da cabeça, dormindo de axilas bem expostas. Algumas das roupas de cama ainda estavam suadas e a suíte presidencial exalava um cheiro forte do leite do flamenguista, ou, de repente, na verdade a fragrância que eu sentia estava mesmo era em minhas narinas, talvez por conta da enorme carga de espermatozoides que decidi engolir no fim da punheta do cafução. A cena de um pivetão daquele tamanho dormindo e descansando feito um anjo me deixou encantado, tanto quanto o momento em que tomei um tiro de gozada no olho e na língua. Minha vontade era de deitar ao seu lado e fazer carinho no meu marrento favorito até ele se sentir verdadeiramente relaxado e confortável, porém não quis incomodar seu sono e me retirei da suíte, dando todo o espaço pro Ronald se recuperar da noite intensa que teve.

Trabalhei até tarde, comi alguma coisa, depois tomei meu banho e fui dormir na minha própria suíte dentro do hotel, bem à parte dos outros quartos do estabelecimento. Na manhã seguinte, antes mesmo das dez da manhã, o molecote já tava de pé e me contando do quão foda achou a sexta-feira, por conta de toda a moral e condição que eu dei a ele. Como eu tinha que voltar pra casa naquele dia, dei uma carona e o deixei em Bonsucesso antes da hora do almoço. Na hora de nos despedirmos, parei com o carro na mesma esquina que virei nas vezes em que o procurei por ali, no mesmíssimo lugar onde quase o atropelei, mas que foi onde nos conhecemos, perto do fim da rua e em frente aos terrenos baldios. Ronald saiu do veículo, deu a volta e parou com os cotovelos apoiados na minha janela do motorista, rindo saliente pra mim.

- Me amarrei nesse passeio que tu me levou, sem caô.

- Gostou mesmo?

- Tá de sacanagem, titio? Teu sobrinho tá rindo à toa, pô! Gehehehe! Quando é que a gente vai repetir a dose?

- Hmmm, já tá querendo ganhar mais moral, é, moleque ordinário?

- Ah, vai dizer que tu não tá a fim de tomar mais mingau direto da fonte, meu corninho? – fez a pergunta, apertou o pau no moletom e riu pra mim. – Se me levar pra mais um rolé desses, eu juro que boto uma parada pesada na tua boca e no teu cuzinho. Mas só se me levar, o que tu acha?

- Vai botar mesmo? – instiguei.

Querendo ter mais confiança, fingi que ia botar a mão na mala do malandro e ele nem se intimidou, pelo contrário, pegou minha mão e fez questão de levar até o membro grosso e bem acumulado no meio das pernas. Aproveitei a oportunidade, dei uma apertada e senti uma pulsada de leve em resposta, quase como se aquele pirocão tivesse vida própria e fosse capaz de até mesmo se comunicar comigo. Entre os risos maldosos, Ronald olhava eu o bolinando e também ria de mim, sabendo exatamente o que fazer pra me manter seduzido, dominado e submisso ao seu jeito fácil de pivetão canalha e sedutor. Buceteiro nato, como ele mesmo dizia ser.

- Boto piroca na tua boca e no teu cuzinho se tu me fortalecer mais uma sexta-feira na mesma suíte do teu hotel, paizão. Qual vai ser, quer pagar pra ver?

Pensei um pouco nas possibilidades, imaginei que poderíamos repetir da mesma forma como fizemos e confesso que foi muito fácil responder, ainda mais com o porrete volumoso do pilantra na minha mão.

- Eu topo, já disse que pra mim isso não é problema. Você dá sua palavra?

- Sou sujeito homem, coroa, qual foi? Já te passei a perna alguma vez?

- Não.

- Então, pô. Agora é tua chance deu te passar-lhe a piroca, hehehehhee! Fechou? – esticou a mão na minha direção e esperou.

- Fechado. Sexta-feira que vem. – apertei a dele e selamos mais um pacto. – Mas olha só, e se eu quiser passar aqui durante a semana pra te ver. Posso?

- Ih, qual foi, meu viadinho, já tá ficando apaixonado, é? Ó, pode mudando de ideia que nem por mulher eu me apaixono. Se não tem buceta que me prenda, quem dirá um cuzinho, paizão!

- Que apaixonado o que, moleque. Tá doido? Eu sou casado, não quero arranjar relacionamento com ninguém.

- Hmmm, tô ligado. O que tu quer, então?

- Só quero te ver, não posso? Vai ter jogo na quarta, eu ia sugerir de te levar pra tomar um chope. Depois, quem sabe, tomar mais uma dose desse leite salgado e delicioso que você tem dentro das bolas. Quer uma moral, garoto?

- Com moral eu topo tudo, só passar aí. – ele deu dois tapas na minha janela, afastou o corpo e foi saindo. – Até mais, meu puto.

- Até... Gostoso.

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